Ouvia alguns passos um pouco distantes, tentando me alcançar. Não parei e nem diminui a velocidade para deixá-los chegar perto. Parei quando estava na beira do penhasco mais alto, olhei para a beira da floresta, e pulei quando a maioria já estava ali. Abracei meus joelhos deixando-os juntos do corpo. Me choquei contra a água, um pouco fria. Olhe para cima, vendo alguns dos meus amigos e outros Quileutes olhando para mim, acenei, e logo vi uma mancha humana, que depois reconheci como Pietro caindo.

-Pensei que fosse pior. – Falou quando voltou para a superfície.

-Eu também. – concordei. Vários pingos de água se atiraram em mim quando todos pularam, um em seguida do outro.

-E então, o que acharam? – Perguntou Jacob.

-Fácil. – Lucy respondeu.

-Fácil demais. – Luke completou, mais por implicância.

-Prefiro a corrida. – dei de ombros, quando todos me olharam. Os Quileute ficaram chocados, e eu revirei os olhos. – Já passei por momentos com muito mais adrenalina.

-Ok, ok. – Jared desistiu.

-Mudando o assunto. –Sam começou. – Estou com uma duvida a algum tempo. – fizemos sinal para que prosseguisse. –Quem de vocês explodiu os vampiros na guerra?

-Eu. – respondi, não entendendo o por quê dessa pergunta.

-Como fez aquilo? E por que somente naquele momento, sendo que poderia ter os explodido assim que chegou lá? – Questionou.

-Usei o controle que tenho do fogo para explodi-los. – respondi com sinceridade a primeira pergunta. –Nós usamos nosso poder em último caso, e achei que aquele era o melhor momento. – Falei, agora meia verdade, a verdade completa seria que eu achei o melhor momento, pois haviam machucado o lobo castanho avermelhado, que julgo ser Jacob.

-Entendo... –Sam terminou. Sophia me olhava, como se soubesse que havia algo a mais, e, de certa forma, ela sabia.

- Quando vamos começar a corrida? – Questionou Pietro.

-Pode ser agora, mas teremos que passar em casa para nos trocarmos. –Sam respondeu.

-Tudo bem, vocês sabem o caminho, nos encontramos em casa. – Falei, saindo da água. Todos me seguiram, Fomos andando até a casa dos Black, onde estava o carro e a moto. Nos despedimos, e fomos para casa.

Não demoramos para chegar, a casa já estava em reforma, algumas paredes já não existiam mais, e outras se formavam. Fui para meu quarto, assim como os outros. Separei uma roupa, e fui tomar banho, para tirar a água salgada do corpo. Fiquei pouco tempo debaixo do chuveiro, me sequei e coloquei a roupa que havia separado. Uma blusinha roxa, com uma calça jeans um pouco justa e calcei uma bota por cima da calça. Penteei meu cabelo, o deixando solto. Me sentei no chão, com a parede de vidro em minha frente. Observei a correnteza do rio, queria mais uma vez, que meus problemas fossem levados pela água para bem longe.

-Isa. – Ouvi Sophia me chamando.

-Entra So. – falei, sem me mexer.

-Posso falar com você? – me perguntou.

-Claro, senta aqui. – bati a mão no espaço vazio ao meu lado. Sophia fechou a porta, e se sentou.

-Seja sincera. – começou, e eu assenti. – você sabia que o lobo era Jacob quando explodiu os vampiros?

-Não.

-Fez aquilo sem saber quem era? –assenti, confirmando o que ela falava. – Você acha que faria isso por qualquer lobo que tivesse se ferido?

-Acho que não. – fui sincera.

-Isa, você não sabia quem ele era, por que fez aquilo? Garanto que não foi coincidência de fatos.

-Eu não sei So, mas senti uma raiva tão grande do vampiro que o feriu, que o explodi. – olhava fixamente pela janela.

-Venham vocês duas, eles chegaram. – Ouvimos Lucy.

-Já vamos. – Respondi.

-Isa, o que você sente por ele, é tão forte, que mesmo não o reconhecendo, faria qualquer coisa por ele. – comentou, se levantando, assim como eu.

-O que eu faço? – perguntei, lhe olhando.

-Por enquanto, nada, mas você terá que resolver isso logo. – Sophia afirmou. – agora vamos. – me puxou, quarto a fora. Minha amizade com Lucy nunca foi muito aberta, o fato de tê-la como cunhada, me impedia de lhe contar algumas coisas, até por que, ela é muito fiel ao irmão. Já com Sophia, eu sabia que poderia contar-lhe qualquer coisa, e ninguém mais saberia, ela me ajudaria, me daria conselhos, mas me deixaria tomar a decisão.

-E então, vamos correr? – Paul perguntou quando me viu.

-Mas é claro. – confirmei, indo para a garagem.

-São esses carros? –Sam perguntou um pouco de desapontamento vindo de sua voz, enquanto via nossos carros de passeio, e não os de corrida.

-Na verdade. – falei, enquanto andava para abrir uma segunda porta na garagem, onde guardávamos os carros usados nas corridas. – São aqueles ali. – apontei para eles. A cara que eles fizeram foi impagável, mas também, não é para menos, afinal não é todo dia que se vê os carros mais velozes do mundo, reunidos em uma garagem.

-UAU!! – Falaram.

-o único que não estará disponível para vocês, é este. Quanto aos outros, fiquem à-vontade. – Falei, entrando no carro indisponível para ELES. Afinal, eu correria nele. Eles andaram, olhando bem cada um dos carros, não deu exatamente um carro para cada, pois eles eram 7 e o número de carros 5.

O primeiro a competir comigo seria Jared, depois Embry, Quil, Paul, Sam, Leah e Jacob. Saímos da garagem, olhei desafiadoramente para Jared, e lhe lancei um sorriso.

-Começo e fim aqui, passando pela reserva. – falei o trajeto, e fechei o vidro, esperando o já que Lucy gritaria.

Saímos de lá em disparada. Pietro e Leah, os mais rápidos de cada bando, nos acompanhariam. Leah como loba, e Pietro em forma humana. Segui na frente o caminho inteiro, ele não tinha muita prática. Cheguei novamente em casa, ele uns 20 segundos depois.

Fo fácil a vitória contra Jared, Embry, Quil Paul e Sam. Todos corriam da mesma maneira, provavelmente, nunca tinham tocado em um carro de corrida como esses.

Já a vitória contra Leah foi um pouquinho mais complicada, ela dirigia bem, e parecia conhecer cada controle do carro. Mas ainda assim, eu ganhei.

-Já havia andado em um? –perguntei quando chegamos.

-Não, mas li um pouco sobre ele na internet. – falou, e eu balancei a cabeça como quem concorda. Jacob já estava dentro do carro, e me olhava desafiador. “JÁ” Lucy gritou, e nós aceleramos.

Jacob corria bem, ficou lado a lado comigo durante grande parte do percurso, e até me ultrapassou por um momento. Tomei um pouco de vantagem em uma curva na reserva. E a partir daí, fiquei na frente, com um pouco de dificuldade, mas ainda assim ganhei, por alguns milésimos de segundo de diferença.

-Vocês correm muito bem. – falei para Jacob e Leah. – mas eu corro melhor. – Brinquei. Ficamos conversando, Emily, noiva de Sam chegou e notei que Leah se afastou um pouco.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.