Winter Cursed

Capítulo 7 - Revelações


O que foi que eu fiz? Eu estava encrencado.
– Morreu? Mas você ta aqui na nossa frente. - disse Elsa.
– Brincadeira. - falei, mas sabia que minha voz não era convencente.
– Explica isso Frost! - disse Zana.
– É explica ai. - concordou Hiccup.
– Não posso.
– Começou a falar agora acaba. - resmungou Merida.
North me perdoe. Falei mentalmente.
– Vou contar uma historinha pra vocês.
– Corta essa Frost. - disse Leonardo.
– Deixa eu acabar caramba.- falei.
Todos me encararam. Respirei fundo e comecei.
–Há muito tempo um menino levou a irmazinha patinar, ela estava com medo, e ele prometeu segura-la, ela começou a deslizar pelo gelo, e ele a seguia com certa distância, só que ai ela foi para onde o gelo era fino e frágil, e com o peso dela o gelo se rompeu, a menina afundou. E o garoto que tentou salva-la também. Então sob a luz da lua do fundo do lago congelado o menino foi trazido pelo homem da lua... - havia lagrimas nos meus olhos, lembrar dela era dolorido demais, não daria pra continuar. - Flyn é com você.
– O Homem da Lua trouxe o garoto de volta a vida, o Homem da Lua tornou o menino um Guardião. O quinto Guardião. O menino não se lembrava de seu passado apenas acordou e descobriu seu poder sobre a neve e o gelo e que podia voar com a ajuda de seu cajado. Vôo até a cidade, mas ninguém o via. Isso era porque para um Guardião ser visto é preciso que acreditem nele, e ninguém acreditava em Jack Frost. Quase trezentos anos depois o Papai Noel recebeu um aviso do Homem da Lua um aviso que as trevas retornariam, Pitch o bicho papão estava voltando. Nenhum dos guardiões sabia até aquele dia para que Jack existia. Foi com o recado do Homem da Lua que descobriram que ele era a resposta para salvarem o mundo das Trevas. Depois de uma longa corrida contra o tempo para impedir Pitch conseguiram, pois Jaime acreditou em Frost. O tempo passou e North o Papai Noel depois de um tempo descobriu algumas coisas que me fez jurar que não falaria, então não vou falar. Ele mandou Frost para um internato e contou a ele que a imortalidade dele não era real, que algo num passado remoto era um empecilho que mudava o fato dele ser guardião. Alguma coisa no destino tinha mudado. - falou Flyn concluindo a história.
Na verdade ele tinha falado até demais. Eu já havia me recomposto e todos me encaravam.
– Isso é brincadeira né? - perguntou Anna, quando chegamos na sorveteria.
– Quem me dera fosse.
– Então você é um dos Guardiões? Tipo North, Sandman, Coelho e Fada? - perguntou Elsa incrédula.
– Ei. Pera ai como você sabe dos Guardiões? Vai me dizer que acredita?
– Arendelle tem uma biblioteca enorme e passei quase dois anos dentro dela. Nunca desacreditei nem acreditei, afinal que provas tinha para dizer que não existiam.
–Arendelle... - murmurei.
– É o que é que tem? - falou a garota um pouco furiosa.
– Nada. Só lembrei de uma coisa.
– Do que? - perguntaram.
– Não interessa.
– Ei se o nosso reino te lembra algo pode ir falando. - disse Anna comendo o Sunday dela.
– É que eu li um livro sobre Arendelle e sobre a linhagem de rainhas e princesas. E queria saber quem foi Ely Snow.
– Quem? - perguntou a ruiva.
– Ely Snow. Ela se tornou rainha.
– Não tenho ideia de quem é essa. Tipo eu passei minha vida estudando a história do reino e não sei nada sobre Ely Snow.
Elsa se mexeu desconfortável na cadeira.
– Uma vez achei uma pilha de livros todos com o mesmo título " Diário de Ely." Mas o velho Tupret não me deixou lê-los. - comentou ela. - Ele disse assim " Criança não pode desejar do futuro e do pasaado saber. "
– Como assim não deixou você ler? Tipo você é a princesa. - perguntei.
– O velho Tupret é dono da biblioteca e não deve satisfações. - explicou.
– Ah. Mas o que ele quis dizer com futuro?
Ela parecia confusa e nervosa.
– Não sei.- admitiu.
A mesa começou a congelar. Retirei a mão dela um pouco confuso.
– Elsa! - chamou Puz.
– O que?
– A mesa!
Ela olhou a mesa e viu que ela estava congelando. Puxou a mão da mesa que parou de congelar. Elsa abriu a bolsa e puxou um par de luvas.
– Elsa me da essas luvas agora! - falou Anna.
Elsa a ignorou e colocou o par de luvas pretas.
– Pra que luvas se é verão? - perguntei.
Ela baixou a cabeça.
A mesa começava a descongelar. E então me toquei. Não fora eu que havia congelado a mesa. Fora ela. E ela estava mal porque tinha feito.
– Elsa, a Melin não iria querer que você... - falou Merida.
– Não diga o que ele iria ou não! Ela não pode querer nada. Tudo por minha culpa! - gritou a loira.
A mesa e as cadeiras começavam a congelar. A loira se virou para correr dali, mas foi impedida por Anna que a segurou.
– Elsa, não foi sua culpa! Não nos reunimos para relembrar o passado, dores e magoas. Viemos viver o presente. - falou ela.
Anna abraçou a loira que continha as lágrimas.
– O que ta acontecendo? - perguntei pra Merida enquanto Anna falava com Elsa.
– A El tem uns problemas em se controlar deis que umas coisas aconteceram.
Elsa se sentou, mas não tirou as luvas.
– Ainda to perdido. - falei.
– Não quero falar disso.
– Ok. Só eu falo do meu passado por aqui. - falei de forma fria e dura.
– Frost. Eu só... Não consigo falar disso. É muito difícil.
– Como se fosse fácil falar que morri e que minha irmã morreu junto .- resmunguei um pouco irritado.
Percebi que estava provocando ela. Lagrimas rolaram pelo rosto dela. Ótimo agora ela estava chorando.
– Elsa... Foi mal... Desculpa. - disse quando ela se levantou.
– Anna já venho vou comprar um remédio pra dor de cabeça.
Ela seguiu andando para a farmácia ignorando o meu pedido. Me levantei e a segui.
– Elsa! Desculpa ta bom! Não quis te chatear.
– Olha Frost! Meu passado é algo pelo qual não aguentaria passar duas vezes. Perdi muita coisa, perdi meu controle, perdi pessoas queridas. E não suporto falar disso. Entendo que seria justo falar considerando que você falou o seu. Mas eu NÃO CONSIGO.