Winter Cursed

Capítulo 11 - Um Pouco da História


Pov Elsa

Logo após as lagrimas encherem meus olhos corri para o meu quarto para desencadear a crise que obviamente viria.
Mas no meio do caminho parei bruscamente no corredor limpando minhas lagrimas.
Estava cansada de sofrer, cansada de me culpar por tudo, cansada de viver de mágoas, e principalmente cansada daquelas malditas crises. Se uma vez junto de minhas amigas superei meus medos e ganhei controle podia fazer de novo. Eu podia me controlar.
Não importava o quanto era dolorido aquelas palavras que foram ditas a mim, eu iria manter o controle.
Segui o corredor, porém não fui ao meu quarto, continuei até a escada, qual eu desci e fui em direção a cozinha.
No balcão ainda havia as ervas coletadas para fazer meu chá, ao lado havia uma faquinha pontuda e uma colherinha. Entretanto não havia mais nada para comer.
Já que não tinha comida, eu apenas me sentaria na sala e esperaria amanhecer.
Sentada resolvi fazer um boneco para conversar, mas antes que eu o fizesse uma dor me atingiu.
Elsa, estou orgulhoso do seu novo controle. Mais orgulhoso ainda sendo que este veio de tua raiva. Hahaha a querida alimente a raiva, e a dor. Não sabe o quanto desejo isso.
Uma voz ecoou dentro da minha cabeça. Era uma voz fria e assustadora.
Segurei minha cabeça com a dor que veio em seguida.
– Argh. - gemi.
Logo a dor se foi, mas os pensamentos sobre a voz não.
Minha cabeça girava em perguntas. A quem pertencia? Realmente pertencia a alguém? Eu estava louca?
E o pior perguntas sem respostas, frustrada fui ao jardim.
Agora que encontrará Jack lá, e que sabia de seus poderes, eu começava a suspeitar de que o criador fosse ele.
Sentada no banco vi uma figura descer do céu, apoiado em seu cajado Jack Frost se aproximava.
Quando alcançou o chão caminhou até mim.
– Elsa, eu não acho você infeliz está bem? Eu só estava com raiva de seus pensamentos negativos sobre ser feliz. Mas sei que é por algum motivo muito forte. E eu devia ter entendido, mas ao invés acabei dizendo o que não devia. Ora me perdoa. - ele disparou assim que chegou na minha frente.
– Frost, confesso que não foi o fato da frase que você disse que me magoou e sim o fato dela ser verdade. De fato muitas coisas me aconteceram. Muitas mesmo. Mas talvez, apenas talvez, seja a hora de supera-las. Talvez seja a hora de tentar ser feliz. Eu te desculpo Frost. - falei.
– Elsa, você tem seus amigos você pode ser feliz. - ele falou animado.
– É talvez.
– Acho que te devo uma resposta.
O encarei confusa.
– Sobre o que vim fazer aqui. Vim ver meu jardim.
– Seu? Você o...
– Sim.
Então realmente fora Jack Frost que havia construído o Jardim Invernal.
Sorri.
– É lindo Jack!
– É. Só não sabia que os bonecos e as lobas iam se mexer.
– Não? Vejo isso sempre, Olaf meu boneco de neve fala se mexe, canta e dança.
– Uau.
– E também ama o verão.
– Oi?
– Pois é. Ele ama o verão.
– Ok, né quem sou eu para questionar.
Ele deu de ombros e tirou as mãos do bolso deixando um papel escapar.
Peguei a imagem que caiu aberta no chão e olhei. Havia uma mulher com um bebê no colo, um homem com a mão no ombro do filho, que notei que era Jack, mesmo que o cabelo estivesse castanho e os olhos esverdeados.
– É eu e a minha família. - ele disse suspirando.
– É uma família bonita Jack. E vejo que você pelo jeito exagerou na água oxigenada.
– Hey! Eu não usei nada no cabelo, foi o Homem da Lua.
– Verdade Frost não usou nada muito menos pente.
Ele deu a lingua pra mim me empurrando de leve.
– O que? É verdade, acho que seu cabelo não vê um pente a três séculos.
Ele fez uma careta.
– Está amanhecendo e acho melhor voltarmos.
– É também acho.
– Olha é bem mais legal ir voando, mas se você quiser vou a pé.
– Pode ir voando. Vou conversando com as vozes.
– Vozes? Que vozes?
Jack parecia uma menininha assustada.
– Não tem voz nenhuma é só brincadeira. - falei rindo.
– Vou a pé. - disse ele já caminhando para beira da floresta.
Não falei mais nada apenas o segui.
Depois de um bom tempo chegamos ao jardim da escola. Conversamos pouco até chegarmos ao meu corredor.
– Tchau Frost.
– Tchau Majestade.
– Imbecil.
Me virei para ir ao quarto e ele seguiu outra direção.
Abri a porta e me deparei com Merida, Zana, Astrid e Puzzi todas sentadas nas camas.
– Elsa! - gritou Puzzi ao me ver.
– Onde é que você tava? - perguntou Zana com um pouco de sono.
– Elsa, se some no meio da noite e volta as seis da manhã! - grunhiu Merida. - Podia ter avisado.
– Por que vocês estão todas aqui? - perguntei.
– Oras, talvez porque nossa amiga suma a noite! Merida foi correndo chamar a gente. - falou puz segurando meu braço.
– Gente não quis causar isso. Eu só sai para dar uma volta no jardim.
– AVISA POXA. - gritou Merida me abraçando.
– Desculpa gente. Agora acho que todo mundo tem que ir dormir.
Elas concordaram e saíram do quarto, Merida se deitou e automaticamente dormiu.
***
Na manhã seguinte acabamos por acordar todos mais ou menos na mesma hora, dez e meia lá estávamos nós sentados, Merida, Zana, Puz, Soluço, Jack, Flyn, Astrid e Leo.
– Elsa congela ele? - perguntou a ruiva se referindo ao primo.
– Hum, não sei Merida acho que o diretor não vai gostar da ideia. - respondi.

– Elsa, não me congela não. - suplicou Hiccup.

Ele estava infernizando Merida sobre seu quase casamento arranjado.

– Não posso te congelar, mas tem algo que eu posso. BELLA!

– NÃO ELSA. NÃO.

Eu ri do desespero dele.

– Ok, eu não chamo ela, mas você vai parar de encher a Meri.

– Eu paro, ok? Parei.

Rimos.

O dia foi passando rápido, eu Leo e Jack fomos pra biblioteca estudar sobre Ely Snow, agora até eu estava curiosa. Merida foi cavalgar e atirar flechas, Puzzi e Anna foram andar no jardim e ajudar animais ou sei lá o que, Zana e Astrid foram para a Arena de Combate Avançado, nela apareciam obstáculos durante a batalha. Hiccup e Flyn foram ver TV antes do encontro do Hic com Bella.

– Achei uma coisa. - falei olhando um livro sobre Arendelle.

– O que?

Olhei para o livro na minha frente e comecei a ler.

Arendelle possui uma longa linhagem da rainhas nascidas no reino, e uma não tão longa de reis, ou seja geralmente a rainhas de Arendelle são princesas legitimas do reino e se casaram com príncipes de outros reinos. A linhagem de rainhas começou com a família fundadora do reino. Arendel'les foi uma importante família da época, enriqueceu ajudando o povo e recebendo seu apoio, os tiranos lideres da vila foram depostos pelo povo e ela família, que nomeou um conselo e criou novas leis, subindo ao trono Anna e Walac reinaram por dez anos antes de falecerem, deixando apenas Lyndsay e George vivos seus únicos filhos. Lyndsay foi assassinada por uma Ordem dos antigos lideres deixando o trono para George que liderou e impediu uma guerra, ele se casou tendo uma linda filha Mayra, após sua morte a rainha casou sua filha e se casou novamente, a filha já casada assumiu o trono aos quinze anos, teve um reinado difícil, devido ao inverno rigoroso que prejudicou todo o reino, seu marido a usava muito e era um completo tirano. Aos seus oitenta e sete anos faleceu deixando três filhos, Silvia, Maria e Henry todos se casaram e tiveram filhos maravilhosos. Silvia teve duas filhas e três filhos, Elizabeth, Ângela, Marcos, Peter, George II. Maria teve uma filha chamada Francy. Henry teve sete filhos homens e se tornou príncipe das Ilhas do Sul. Silvia foi uma rainha brilhante, mesmo depois de viúva liderou Arendelle como nunca antes, impediu crises de fome, abrigou pessoas, empregou quem precisava, construiu casas, cercou o reino com um exercito para que os inimigos não chegassem a cidade, e todos que duvidaram dela se arrependeram depois. Peter seu filho se tornou Lorde de um reino escocês, Marcos se tornou general e liderou grandes batalhas, George o casula ficou no reino e se tornou Duque e membro do conselho, auxiliando nos planejamentos. Quanto a suas filhas Elizabeth se tornou rainha, Ângela se casou com um príncipe de Corona. Maria pariu em aventuras deixando sua filha no reino como Duquesa. Elizabeth teve um reinado excelente, mas não tanto quanto a mãe, ela teve apenas um filho Thomaz que se casou com uma Condessa Inglesa, a mulher dele se casou apenas por interesse e eles viviam de brigas, a verdade era que ele era apaixonado por uma plebeia chamada Silivia. Com a morte de sua mãe ele assumiu a coroa, num dia ele não foi fiel a sua esposa, o rei foi atrás de Silvia que também apaixonada cedeu, desta única vez após anos separados nasceu uma batarda Ely, dois anos depois a rainha deu a luz a Kriss que era uma filha legitima portanto o reino e a coroa pertenciam a ela. Os anos passaram e Ely cresceu, o rei continuou fazendo o bem ao contrário de sua esposa, sempre que o homem podia se certificava do bem estar da filha mais velha e de sua amada. Ely cresceu muito bem na cidade junto da mãe, mas seus dias felizes acabaram com um fatídico dia que invadiram o castelo. Na invasão mataram a rainha e o rei sem piedade, bateram e feriram Kriss, porém ela sobreviveu, seu estado era grave e ao saberem disso o Conselho convocou a presença de Ely, contra sua vontade ela foi ao palácio, visitou a irmã que a humilhou dizendo que iria sobreviver e que assumiria o trono. Três noites depois Kriss faleceu e completamente oposta sobre isso Ely assumiu o trono. Reinou por três anos, combateu a fome, lutou na Guerra Invernal, abrigou pessoas, estabeleceu o novo comercio de gelo, impediu que o inverno rigoroso destruísse tudo dentre outras bem feitorias. Aos seus vinte e um anos desapareceu misteriosamente, seu corpo foi encontrado em uma parte congelada da floresta, apesar de ser primavera, haviam cinzas ao seu lado e muitos destroços, junto dela foram encontrados dois bebês que carregavam um bilhete dela que dizia.

" Chamem - os de Thomas e Silvia II, diga-os que eu tentei mudar meu destino. "
Perdoem-me não posso nem assegurar-lhes um pai. "

Como ninguém sabia quem nascera primeiro os dois concordaram e reinar juntos, e seus devidos companheiros matrimoniais foram apenas nomeados Arquiduques...

– Bem querem que eu leia sobre os filhos dela? - perguntei.

– Não precisa. - disse Leo meio confuso.

– Como é que a Rainha some e só acham ela um tempo depois morta? - perguntou Jack.

– Como é que eu vou saber?

Jack deu de ombros.

– Ei! Olhem esse livro aqui. - disse Leo segurando um pequeno livrinho de capa vermelha.

Peguei-o e li a capa " Jackson Khirk. "

– Leo o que isso tem haver com a Ely?

– Eles se conheciam.

– Como você sabe.

– Li num desses livros.

Jack puxou o livro e o abriu.

Vinte um de dezembro.

Finalmente o inverno, ninguém acharia estranho neve aparecer nos telhados nem, gelo no lago, eu poderia agir normalmente em relação aos meus poderes.

Saio correndo do meu casebre ansioso para congelar os pés das pessoas.

Uma flecha dourada passa uivando bem na frente dos meus olhos.

– Raquel! Devolva meu bracelete! - grita uma ruiva segurando um arco todo entalhado.

Da porta de uma casa sai uma garota toda esfarrapada com roupas veraneias, seu cabelo loiro claro como os meus seus olhos de um tom azul cristal. Tão azuis quanto os da própria princesa, que ela viva para sempre, outra flecha voa e algo muito estranho aconteceu uma barreira de gelo se ergue rápida em forma defensiva e ofensiva contra a flecha. Eu não havia lançado aquele gelo.

– ELY! - grita uma garota ruiva atrás da menina platinada que agora estava protegida pela barreira.

– Luanne já pra dentro. - diz a menina.

O quão estranho estava aquele dia, pensava eu comigo mesmo, segui andando até trombar num homem de roupas escuras e pele pálida.

– Pitch! - diz a loira correndo falar com o cara.

Atrás dele pequenas borboletas negras feitas de pó surgiram, elas rodaram e de repente ao lado do homem havia uma menina pequena de cabelos pretos e olhos verdes sorridente, que correu para os braços da loira...

Jack soltou o livro contudo no chão.

Nós três nos encaramos por um tempo.

– Pitch? - disse ele. - Por que é que isso não me surpreende?

– Neve? - disse Leo.

– Borboletas? - falei. - Achei que fossem coisas mais malignas.

– Vindo dele, tudo é maligno.

– O que isso significa? - perguntei. - Tipo, então Ely Snow era amiga do Pitch, e conheceu uma versão Jack passada?

– An? - perguntou Leo.

– Faz sentido o que a Elsa disse. Bem não tenho ideia, mas irei descobrir, depois de almoçar.

Ri, Jack Frost as vezes falava coisas estúpidas demais nas horas erradas.

– Pois é meu bem, sei fazer as pessoas rirem. - ele balançou o cabelo de um lado para o outro só aumentando meus risos.

– Cale a boca Frost.

– Claro Vossa Majestade.

Ele fez uma reverencia patética e aquilo foi o cumulo para mim, eu comecei a rir loucamente imaginando ele como uma bobo da corte na época que esse cargo existia.