Annabeth Liddel POV

- Adoro sucrilhos com leite. – Quanta animação minha.

- Idem. – Andy também. Muito animado. E esse diálogo ta tão proveitoso...

To querendo enganar quem? Ta chato pra caramba aqui. Eita monotonia.

- Dormiu bem?

- Não. – Nossa, vou tacar a tigela na cara dele agora. Doeu meu coração com essa agora. Vou ficar em depressão.

- Por que? – Ta, não taquei a tigela. Mas continuando...

- Você ficou sem roupa e se esfregando em mim. Isso te responde? – Nunca ri tanto na minha vida. Se duvidar tive um mini-enfarto de tanto rir.

- Idiota.

- Ah ta. Você fica me excitando e eu que sou o idiota.

(...)

Finalmente sábado...

- E aí, casal? – Porra mas a Candice nem bate na porta. Mico agora. Eu agarrada com o Dennis na cozinha. Opa... Andrew. Sabe, questão de rir da cara dele mesmo por que nome composto é muito cômico.

- Então. Vamos ensaiar. – To muito vermelha. Andy, Cady vadia, Sandy, Joan que fica praticamente beijando os pés do Andy, Cherie, e finalmente eu, subimos a escadinha mortal do porão. Sótão... Foda-se. O lugar escondido lá.

- Começar por qual? – Sou muito malvada, taquei o livreto de músicas na cara do Andy. – Escolhe você.

- Aquela que você falou na última vez que estivemos aqui.

- Uma clássica. Standing in the way, meninas. – Mandona? Eu? Magina.

- 5, 4, 3, 2,1. – É uma fanfarra ou uma banda de rock? A gente ta tocando feito babuínas.

Suas costas estão contra a parede

Não há ninguém em casa para chamar

- Ta errado isso. – Comentário da Cherie.

- Só você notou? – Joan, finalmente. – Sandy, você ta muito rápida na batera. Cady... WTF? E Anna, a sua voz não é essa.

- Ah ta, você ta tocando perfeitamente então. – Mas a Sandy tem que se intrometer? Ai eu odeio brigas.

- Vocês estão tentando entrar no ritmo das outras. Cherie quer entrar no ritmo da Anna e a Anna não ta ligando pra melodia. E Joan, você ta muito errada. – Agora sim eu amo o Andy! (quase)... – Ta tentando tocar seguindo a voz da Anna também e a sua guitarra não é um baixo. Se quiser trocar a sua guitarra com o baixo da Cady por que a Cady ta tentando tocar guitarra com o baixo dela. Isso ta muito louco.

- Eu não notei. Bom, na verdade eu to meio nervosa e é que...

- Troquem os instrumentos. E Anna, a sua voz é como uma guitarra. Solta mais ela, só não força por que a sua voz vai ficar rouca e lenta.

- Tudo bem professor. – Chata eu? Magina.

- 5, 4, 3, 2, 1.

Suas costas estão contra a parede

Não há ninguém em casa para chamar

Você está esquecendo quem você é

Você não pode parar de chorar

É em parte não desistir

E parte confiando em seus amigos

Você faz tudo novamente

E eu não estou mentindo

- Anna, solta a voz. – Esse cara ta achando que é quem?

Oh oh oh oh ohh Oh ohh

Oh ohh Oh oh oh oh ohh Oh ohh

Ficando no caminho do controle

Você vive a sua vida

Sobrevivendo da única forma que você conhece, conhece

E a Joan faz questão de errar algumas notas pro Andy ir ajudar ela. Até colocou a guitarra errado pra ‘arrastar asa’ pro MEU amiguinho. Ai se eu mato...

Estou fazendo isso por você

Porque é mais fácil perder

E é difícil de encarar a verdade

Quando você pensa que está morrendo

É em parte não desistir

E parte confiando em seus amigos

Você faz tudo novamente

Mas você não pode parar de tentar

- Sandy segue a melodia. Não se exalte. – Vontade eterna de rir. Até que isso ta engraçado. Um pouco. Talvez.

Oh oh oh oh ohh Oh ohh

Oh ohh Oh oh oh oh ohh Oh ohh

Ficando no caminho do controle

Você vive a sua vida

Sobrevivendo da única forma que você conhece, conhece

- Essa... My Medicine. Quem escreveu? – Ouch. Esse foi um balaço bem na cabeça.

- Eu. Estava na reabilitação. – Momento Anna envergonhada. My Medicine é... My Medicine. Única. A música drogada da minha vida. Porém... Eu lembro de cada segundo que eu sofri. – Mas eu não quero cantar ela. Escolhe outra.

- Make Me Wanna Die. – Uhul, to menos triste agora.

- 5, 4, 3, 2, 1. – Quem é que fala essa porra?

Pegue-me, Estou viva

Nunca fui uma garota com uma mente pervertida

Mas tudo parece melhor quando o Sol se põe

Eu tinha tudo, oportunidades para a eternidade

E eu poderia pertencer à noite

Seus olhos, seus olhos... Eu posso ver em seus olhos.

(...)

Ai meu pâncreas. Ficar ensaiando uma vida inteira cansa sabia? Cadê o meu colchão (vulgo Andy) pra eu descansar agora? E por que eu to sozinha aqui no estúdio mesmo? Ah, é pra arrumar tudo enquanto eles estão lá na cozinha comendo bisnaguinha com queijo e tomando Nescau. Acho que sou muito boazinha.

- Olha só... – Adivinhem o que a queridinha aqui achou? Uma foto antiga. Eu bebêzinha. – Saudade desse tempo.

- E aí. – O Andy quase me assustou sorrateiramente, mas como eu sou uma felina muito esperta me virei antes do susto. (risos)

- Eu não me lembro de deixar você ficar aqui na minha casa depois que elas fossem embora.

- Elas não foram. Ponto pra mim.

- Acabaram de ir.

- Qual é você não gosta que eu fique aqui? Tudo bem eu vou embora, vou morar lá no Camboja, numa tribo só de mulheres e elas vão me chamar de Macho Alfa.

- Pode ir.

- Sério mesmo? Ah, agora perdeu a graça, não quero. – Queria um taco de baseball pra estourar a cara do Andy. Ai que raiva!

- Ta né.

- Ei, só ta nós dois aqui. Vamos trepar?

- Seja mais fofo.

- Vamos trepar encima do algodão então?

- Você não sabe ser doce com uma mulher mesmo!

- Ah, doce? Vamos trepar encima do açúcar?

Oh, Deus, por que esse homem é tão idiota?

(...)

- Bom dia flor do dia!

- Caralho Andy, eu te expulsei da minha casa ontem depois que você disse que queria trepar no açúcar... Como você entrou aqui filho de uma foca???

- Andy??? Que mané Andy queridinha sou eu, Ashley!

Merda :)