Wine Red

Joan and jungle.


Annabeth Liddel POV

Uma semana depois que os garotos foram embora...

- A partir da abolição da escravatura os negros tiveram uma vida digna, Damon? – Eu pergunto ao notar a desatenção do aluno do segundo ano com um IPod.

- Professora, desculpe. Mas eu tirei uma foto sua. Não é sempre que por uma semana inteira a sua professora vem vestida igual a uma adolescente selvagem na sua vida. – Ah se eu tivesse o direito de bater em alunos irritantes...

- Você não respondeu a minha pergunta. Mas tudo bem, eu respondo. Não. Os negros não tiveram uma vida digna por que durante a escravidão eles não ganhavam dinheiro, o que acarretou a pobreza entre os negros, e eles continuavam dependentes dos seus chefes. Não sabiam para onde ir, o melhor lugar para ir. Eles eram excluídos de todas as regalias brancas e por isso não tinham conhecimento sobre nada. E é isso o que vai acontecer, Damon, se você não parar de tirar fotos minhas. Agora vai até a sala da pedagoga por que eu não te agüento mais, caralho.

(...)

- “Agora vai até a sala da diretora por que eu não te agüento mais, caralho.” Foi isso o que eu disse, Sanny. Me desculpe. E me desculpe Damon, eu não deveria...

- Suas atitudes nos últimos dias estão lastimáveis, senhorita. Deveria puxar as rédeas da situação. Assim vai perder o emprego. – Sanny e a sua puta falta de consideração. Mas pô, o caralhinho aqui do meu lado tava tirando foto de mim!

- Eu sei, tudo está resolvido agora. Eu vou pra minha sala. – Enquanto eu me levanto Sanny me proíbe apenas com o olhar e eu me sento novamente.

- A senhorita Deen vai lhe substituir nessas suas duas últimas aulas. Vá para a sua casa e ponha as coisas em seu lugar. Segunda feira não se atrase como nos últimos cinco dias e vista roupas como uma profissional, não como uma qualquer.

(...)

- Merda, caralho, porra, puta que me pariu, foda-se esse colégiozinho de merda, eu vou voltar com as Wines! Cacete! Vai se fuder!

- Vai voltar mesmo? – Eu conheço essa voz. Joan.

- Veio acabar com o que sobrou de mim, Jett? – Eu desisto de ligar o carro e ela se senta no banco do carona.

- Nossa, tu ta tão deprê assim por causa do seu namorado que foi pra Europa? Puta que me pariu, Sophie. – Ouch, Cady já me dedurou pra Joan.

- Vai se fuder Eddie.

- Voltou a falar palavrões não é? Coisa linda. Ei, eu quero conhecer a banda dos seus garotos. Quando eles voltarem... So call me maybe.

- Eles não são os meus garotos.

- O Andrew é, pelo o que a Kenzie falou. – Eu não disse que a Cady fofoca tudo? Santo deus...

- E se eu te falar que eu beijei o Juca? Juca não, Jinxx? E eu não estou brincando, eu não brinco. – Eu dei uma piscadela.

- Brinca sim. Claro que brinca. Lembra dos nossos brinquedinhos? Noites em Nova Orleans... Ménage à Tróis com a Daddie. Oh Sophie... Eu sinto tanto a sua falta.

- Eu mudei Eddie. Eu mudei. Quer que eu te deixe na sua casa? – Momento olhar malicioso da Joan.

- Não, eu estou esperando a louca da Sandy West. Nós combinamos de nos encontrar aqui no centro pra gente ir numa hamburguería nova que abriu a poucos dias. Quer ir? A Daddie também vai e a Cady depois que sair da aula, acho que daqui a pouco.

- Não, Joan. Daqui a duas horas. Ela me substituiu por que eu falei um palavrão na frente dos alunos. – Eu encosto a minha testa no volante e tento não chorar. - Se eu sair do Sheridan... Fudeu.

- Volta com a gente.

- Eu vou ganhar muito menos.

- Nós não precisamos ganhar, nós precisamos viver. Cara, nós precisamos ser felizes, aqui tu não é feliz! Um dia você ainda vai se arrepender do que ta fazendo com a gente. Mas caso queira voltar, estaremos de portas abertas, esperando por você. – Ela sai do meu carro sem nem dizer um tchau. Grossa!

- Como queira. – Eu respondo. Não chora Annabeth, não chora.

(...)

- É Miau, nós estamos fudidos meu querido. – Eu digo depois de contar tudo o que aconteceu para o meu cachorro. Viu? Não sou forever alone.

- Por que? – Argh, eu conheço essa voz agourenta. Mas por que essa criatura ta aqui, meu pai?

- Juca? Vocês não estavam numa turnê especialissíssima? Ta fazendo o que aqui? Contato por holograma agora? E porra, tu me assustou!

- Hey, calma minha filha. Nós voltamos por que estávamos em Lisboa e uma fã lunática puxou o Ashley pela perna e ele caiu do palco e quebrou um braço. – Ele se sentou ao meu lado, no chão e começou a acariciar o meu cãozinho lindinho.

- Bem feito pra ele! Quem mandou me embebedar? Ei, onde estão os outros? Não que eu me importe. – Eu me levanto e vou fazer... Café. Qualquer coisa pra me manter longe dele né gente?

- Você é magra. – Isso está ficando meio constrangedor. Ele deveria ter feito um comentário diferente tipo: Ei, tem uma alface no seu dente.

- Ótima observação.

- Fica ainda mais magra com a minha camiseta. – Masoq? Como o cara notou saporra? Puta que me pariu, que cara filho da mãe! Não acredito que fiquei pegando umas camisetas lá... Argh eu não deveria ter feito isso.

- Ammm, me desculpa é que eu estou em um momento não muito agradável na minha vida e eu acho que mudar o meu armário seria uma ótima opção pra mim encontrar o meu eu. Digamos que isso seja muito filosófico mas... – Ok, ele me beijou de novo. Cadê a porra do chinelo quando se precisa dele?

- Quer saber? Você fica linda assim. – E quer saber, Juca? Eu achei o meu chinelo e se você me beijar de novo vai levar uma chinelada na cara seu grande babaca! Aff... Bem na hora da chinelada ele vai embora. Puta que me pari...

- CACETE, ASHLEY, SAI DE CIMA DE MIM! – O garoto veio correndo e pulou encima de mim. Drogado sim ou... Óbvio?

- Você... Sua megera, sua piranha! Minhas playboys estavam por ordem de masturbação, por quê fez isso? Por que desorganizou tudo? Sua vaca!

- Ei, parou, eu achei que vocês iriam gostar de uma faxina naquele lixão da mãe Lucinda! E cuidado com o seu braço seu babaca! – Eu iria bater no coitado mas... Coitado.

- Foda-se o meu braço, você desorganizou as minhas playboys! – Momento cri cri cri de grilos e olhares selvagens do Ashley. Meu, parece que eu matei alguém da família dele por que ele ta rodando a baiana aqui.

- Ual, não é todo o dia que eu posso desfrutar da Anna vestida assim. – Oh Andrew, por que você me faz ter essas sensações quando eu ouço a sua voz? Puft, coisa romântica, some daqui. Eu conheço os guris há uma semana.

Andy Sixx POV

Fiz um sinal para Ashley ir embora e eu e Anna ficamos sozinhos.

- Então, entre você e o Jinxx. É algo sério? – Muahaha eu vi os dois se beijando né melsqueridus. Sou safadinho.

- O Juca é um babaca! Vem me beijando e esfregando as mãozinhas bobas em mim e esses elogiozinhos infantis. Se ele soubesse o que eu penso enquanto ele me beija se suicidaria. – Nós começamos a tomar café.

- Você parece frustrada. E não é com o assunto Juca.

- Sei lá eu... Não me sinto mais a renomada professorinha de História do grandioso Sheridan College. Cansei. É muita pressão, eu tento relaxar mas é como se eu ficasse ainda mais cansada. Minha mente não descansa. Eu extravasei nesses últimos dias. Me atrasei e fui para o colégio como uma vadia e falei palavrões na frente da sala e... Deus, eles estão me intimando. – Se eu estou com dó dela? Eu estou me remoendo de dó.

- Você quer relaxar? Eu tenho uma ótima idéia.

- Nem vem com as suas fantasias sexu...

- Pirou é? MINHA FILHA? – Eu imitei o Juca. Ou Jinxx, cêis que sabe né rapaziada. – Eu e a galera temos três semanas livres por causa do incidente. Vamos fazer uma trilha, há várias aqui, pelas redondezas. Não vai acontecer nada muito horrível se quer saber. É super seguro.

- Sei não...

- Vamos Anna, vai ser divertido e você vai relaxar. – Faço uma carinha bem fofa e claro, ninguém resiste aos meus encantos baby.

(...)

- Uma trilha? Vocês piraram o cabeção? Eu to fora, não quero fazer dodói. – CC faz birra. Puta falta de coragem.

- Eu e o Jake combinamos de pegar umas gatinhas sábado, não vai dar.

Jinxx (Juca) POV

Aff, fala sério. O Andy só vai pra comer ela no meio do mato. Eu preciso ir. Ele não vai fazer mal algum à Anna.

- Eu vou. – Respondo.

- Ótimo. – Ela sorri daquele jeitinho. Como essa garota foi gostar logo do Andy? Ele é uma criançona infantil desorganizada e mentalmente perturbada. E nunca leu um livro. Vai pra puta que pariu isso sim. Eu sou muito mais culto, inteligente e bonito que ele. E vale ressaltar que eu sou mais gostoso também. Olha só, ele é um magrelo e eu todo musculoso e... Vou parar de ma gabar ok?

Annabeth Liddel POV

Uhul! Eu, o Juca meloso e o Andy. Não tão perfeito, porém legal.

(...)

- Acorda sua baranga.

- Andy você é muito delicado sabia? Desse jeito eu caso contigo. – Se você pensou que ele veio até o meu quarto de acordar com chacoalhões acertou.

- Eu sei que você me ama. Fiz cereal com leite pra você.

- Belo banquete. Agradecida. – Começo a comer o meu cereal preparado pelo CANTOR DA BANDA BLACK VEIL BROTHERS. Morram de inveja. (Autora: É Black Veil Brides, querida.) Foda-se Catnip, eu escrevo do jeito que eu quiser por que quem manda nessa porra sou eu, zé.

Enfim...

Eu e ele ajeitamos as minhas coisas rapidamente e o Jinxx não demora muito pra chegar também. Nós estamos levando três odres de água, três cobertores e duas barracas e comida. Andy queria levar lasanhas mas PUTA QUE ME PARIU, QUEM É QUE LEVA LASANHA PRO MEIO DO MATO?

Enfim 2...

- É, estamos prontos.

(...)

Eu estaciono o meu carro no estacionamento (avá) e nós saímos do carro com as bolsas. O resto (12 km) são a pé. Caralho. De acordo com o meu GPS – sou chique bem – a sede das trilhas são aqui. Legal.

- Eu acho que vou desistir, olha esse mapa aqui. – Eu pego um folhetinho e vou desdobrando-o formando um mapa grande pra cacete. E é só 12 km, filhos.

- Ta com medinho, querida? – Andy eu vou te estrangular.

- Você está com mais. – Eu mostro a língua e coloco meus fones de ouvido, coloco no play e começa a tocar The Verve, Lucky Man. Perfeita para relaxar. Nós começamos a andar por uma trilhazinha de pedrinhas. Até aqui ta tudo legal.

- Cadê a cachoeira? – Andy pergunta. – O cara falou que lá pode ser a primeira parada pra comer e eu to com fome pra caralho.

- Vamos chegar nela em três quilômetros, não três metros. – Juca fala pela primeira vez na vida dele. Brincadeira.

- Tudo bem, eu só estou tentando deixar um clima descontraído em que todos nós interagíssemos. – Falou o filósofo agora :)

(...)

- Vou ter um troço aqui, vou infartar, cadê a porra da cachoeira? – Quinze minutos depois e o Andy ta saindo do armário.

- Vamos Andy. Toma um pouco de água que nós nem começamos a droga da trilha ainda. E a idéia foi sua. Anda, levanta, extravasa! – Louca sim ou claro?

(...)

- Olha Andy, sua querida cachoeira. – Nós nos sentamos em algumas rochas e fazemos o nosso precioso lanche e mergulhamos um pouco.