— Quem é você?

— Sou o irmão Zacharias, tenho cuidado de você.

— Você não parece nada com um irmão do silencio, você é um gatinho.

Ele não responde, só sorri. Uma ardência surge por todo meu tórax produzindo uma ânsia muito forte, mas não há nada. O irmão me traz um copo de água e sentasse na cadeira ao lado da minha cama.

— Preciso ser sincero com você e eu acho que sei de mais coisas do que você gostaria que eu soubesse, e se quer tenho certeza de que você sabe, já que passou um mês inconsciente.

— UM MÊS?

— Sim... então deixe-me atualiza-la antes de tudo.

E ele o fez. Irmão Zacharias contou-me tudo desde que a clave começou a se movimentar sobre a ameaça de Valentim até o momento em que Isabelle me encontrou desmaiada em meu quarto na casa dos Penhallow. Contou-me que o caçula Max estava morto, que o filho do Valentim o havia matado. E contou-me que agora ele estava morto, da mesma forma que Valentim. Uma guerra aconteceu enquanto eu dormia, meu pai estava morto, não me restará nenhuma família e por ser menor de idade eu era responsabilidade da clave.

Mesmo com todos os horrores que ele me contou eu não chorei. Eu não conseguia.

— Não quero ficar em idris. – foi a primeira coisa que consegui dizer.

— Eu sei e você não pode.

— Como assim?

— Você esteve envolvida com ele, Valentina, a clave ainda não sabe, mas esperam que eu relate o que descobri, eu tenho que contar a verdade.

— O que isso significa? Que verdade?

— Que você e o garoto Morgenstern eram amantes. – ele fala calmamente.

— Eu... Como sabe disso?

— Eu os vi cavalgando para a floresta juntos e... Enquanto a examinava, bom, você está gravida.

A capacidade de falar foge de mim. Por instinto minhas mãos vão para a barriga e o pequeno volume ali me assusta.

— O motivo de você estar mais doente é que a criança dentro de você é muito forte. – ele põe a mão sobre a minha – Sinto muito.

— Eu consigo dar a luz? Vou ao menos aguentar o tempo da gestação?

— Eu não sei, você está fraca demais, precisou de um mês para acordar de uma pequena lesão. Não sei o que poderia te manter viva. – ele se interrompe e aperta minhas mãos – Escute, Valentina. Você ainda pode viver, sabe que tem essa escolha. Pode se tornar uma irmã de ferro e terá saúde. Você só tem que me deixar fazer o ab...

— Não!

— Valentina é a única form...

— Não.Vou.Matar.Meu.Bebê!

— Eu não sei como salvar os dois, não sei nem se consigo te manter viva o suficiente para a criança nascer.

— Mas eu sei... – Disse um homem surgindo atrás do Irmão.

Ele não precisou olhar para trás. Somente sorriu e disse:

— Magnus Bane.

SETE MESES DEPOIS

— Força Val! – ele incentivava segurando minha mão.

— Por favor... – choramingava entre os gritos de dor – Eu não consigo. Faça parar, faça a dor parar.

— Só mais um pouco Valentina. É a parte mais difícil, um empurrão e a dor se vai. – a mulher cujo nome eu não sabia me motivava.

— Você consegue, eu sei que sim, minha doce irmã.

Ouvindo as palavras de Magnus grito em plenos pulmão e quando meu grito cessa o de outra pessoa começa. Meu bebê berra em plenos pulmões.

— É um menino. – a mulher anuncia colocando o bebê chorão nos braços de Magnus que o apoia próximo para que eu possa vê-lo.

— Um lindo menininho. – ele fala – Como vamos chama-lo?

— Levi – falo respirando com dificuldade – Ele é Levi.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.