A queda do anjo

Meu nome é Angel. Nasci em 26 de Julho, sou leão com ascendente em escorpião. Estou prestes a experimentar o melhor momento da minha vida, agora finalmente vou poder sorrir de verdade.

Flashback #1

Eu tinha 5 anos. Meu pai me acordava cedo e me levava ao parque todos finais de semana. Eu brincava em todos brinquedos. Fazia amigos facilmente, então não era difícil me ver enturmada com as crianças de minha idade. Voltavamos logo depois que quase todos haviam saído do parque. Ele era muito legal e brincava muito comigo. Fazia isso todas as vezes... Menos neste final de semana. Meu pai me acordou mais cedo do que costumava me acordar. Eu ia sempre com um macacão rosa, mas neste dia, ele me fez vestir um vestido rosa com detalhes roxos. Era lindo.

Assim que saimos de casa vi uma lágrima cair de seu olho, e perguntei:

– O que você tem, papai?

– Não é nada não, filha! Vamos se não vamos nos atrasar - disse ele, meio depressa.

Eu não entendi muito bem pra o que nós iriamos nos atrasar, mas resolvi não questionar... Assim que chegamos ao parque, meu pai me leva para cumprimentar seus amigos, normalmente. Junto com eles havia um moço que eu nunca o tinha visto no parque junto com meu pai.

– Então você que é a Angel? - pergunta curioso.

– Sim - eu respondo agarrando-me a perna de meu pai - e quem é você?

– Eu sou o Alex - ele se abaixa e fica na altura do meu rosto - quer tomar um sorvete?

Eu olho para meu pai. E ele concorda balançando a cabeça.

–Tudo bem! - digo entusiasmada.

Ele me da a mão e então me solto da perna de meu pai e vou com ele. Assim que saimos do parque, Alex fala:

– Angel, eu esqueci! Tenho que levar um lero com seu pai, rapidinho - ele diz amigavel - não saia daqui, volto em 5 minutos!

Aceno com a cabeça em concordância e ele da uma corridinha até meu pai. Ele o entrega algo e eles dão umas risadas, mas não consigo entender do que estão rindo. Alex volta em menos de 5 minutos.

– Voltei! - ele sorri pra mim - Como prometido.

Ele me da a mão e caminhamos até uma caminhonte, então eu pergunto:

– Aonde estamos indo?

– A sorveteria. A melhor da cidade! É um pouco longe, então iremos de carro.

Não vejo nada de errado e então entro na caminhonete, no banco de passageiro. Ele pergunta se eu estou com sede, então me da uma água que parece fresca. Eu bebo alguns goles...

Acordo em um lugar totalmente desconhecido, é um tipo de barraca, só coberta com panos escuros... Tem uma pequena abertura, então eu espio por ela. Muitas pessoas passam pela frente, parece ser algum tipo de mercado. Eu saio e procuro o amigo de meu pai.

– Angel! - ouço uma voz gritando perto de mim. Viro para tras e logo Alex pega com força em meu antebraço e grita - Não saia de perto de mim!

Fico sem entender. Ele não estava na barraca comigo. Não me lembro de ter tomado sorvete. Só me lembro de ter saido do parque junto dele.

– Mas você não estava perto pra mim avisar - eu falo choramingando.

– Não importa! Não quero que você saia dessa barraca, a não ser que eu mande! - ele grita comigo nervoso.

Ele me joga dentro da barraca de novo. Estou confusa.

Por que ele gritou comigo tão nervoso? Aonde está meu pai?Depois de alguns minutos, ele abre o feixo e abaixa. Ele olha fixamente nos meus olhos e me diz:

– Agora você é minha! Você tem que me obedecer menina. Ou se não eu acabo com a tua raça!

Where Did Jesus Go?