Capítulo III – Luzes Azuis.

Merida

– Escreva o que lhe digo: Merida vai ficar trancada pelo resto da vida na torre!

A Rainha Elinor esbravejou como um urso do meio do salão, pisando forte de um lado para o outro e, consequentemente, assustando quem aparecia na sua frente. A madeira tremia, os móveis de mogno saiam do lugar, e Mauddie saltava entre gemidos de susto com cada bufada da Rainha.

Aquele salão claro tinha paredes em pedras rústicas e brutas, apesar do chão claro e de todos os móveis em madeira pesada que lhe davam cores suaves enquanto o sol ainda estava no céu.

– Elinor, querida! – o Rei Fergus murmurou com as mãos levantadas, mancando na direção da esposa. Eram um homem enorme, mas seu coração o fazia mais meloso que sua própria rigorosa mulher. – Pense só, ela deve estar ocupada com suas obrigações reais, deve estar procurando os garotos ou até mesmo...

Ela o olhou com severidade e suspirou, pousando a mão na própria testa enquanto falava:

– Por favor, Fergus... Merida? Em obrigações reais? Só pode estar brincando.

– Ela está tentando. Tudo bem que aos poucos e muito poucos, mas está tentando. – Fergus suspirou, passando as mãos enormes pelos ombros delicados da Rainha Elinor. – Logo partirei, Zeus espera minha resposta logo, então vocês duas tem que se entender para manter a ordem no reino.

Ligeiramente, as sobrancelhas dela se ergueram. Não estava surpresa, estava, na verdade, conformada com a situação que estava por chegar. Já havia passado mais de semanas desde que tropas invasoras adentraram no planeta de Tartan.

Ao invés de fugir para o espaço, a família de DunBroch decidiu se estabelecer no castelo e fortificar todas as defesas. Como era um governo independente do Sistema Imperial de Zeus, a sua jurisdição e o seu apoio contra invasores não existiam. O grande Imperador Zeus ofereceu sua ajuda e convocou o Rei Fergus para uma assembleia, mas aquela ideia era difícil por conta das constantes invasões do Exército Maldito.

Há algumas galáxias de distância dali, a temida bruxa maldita começou seu reinado contraposto ao de Zeus. Agora, seu exército tentava destronar a família de DunBroch. Pequenos barcos caças inimigos já estavam dentro dos limites do planeta, além dos galeões intergalácticos rodeando o sistema independente...

O medo corroía Elinor todas as noites, mas o Rei Fergus foi decisivo ao dizer que não abandonaria seu reino. Logo, para garantir sua segurança e a dos seus filhos, a Rainha tentava ao máximo mantê-los sob vigilância... Tentava.

Longe, muito longe dali, a Princesa Herdeira se encontrava. Tartan era um planeta pequeno, repleto de pântanos cheios de gosmas mutantes. Algumas regiões tinham pesadas nuvens espessas cobrindo florestas de árvores que rangiam durante dias inteiros. Além das terras, Tartan era detentor de oceanos imensos e profundos. Os maiores perigos estavam nos oceanos...

A população de Tartan era, em sua maioria, de humanos e Jewes, seres de inteligência ameaçadora, mas pouca força bruta, que conviviam pacificamente em diversos clãs espalhados por sua extensão. Havia centenas de anos desde que a paz foi estabelecida pelo clã DunBroch.

– DunBroch... – sua voz ecoava devagar.

A Princesa Herdeira se encontrava no topo de uma das maiores rochas à beira do oceano Álfröðull. O vento límpido carregava seus suspiros e seus enormes e cacheados cabelos, desembaraçando-os à medida que a brisa dançava.

– Merida DunBroch, Duquesa de Jord, Ponta de Flecha, Domadora do Urso e Princesa Herdeira. – resmungo, levantando-se e agitando seu vestido. Estava furiosa e queimava o horizonte com seu olhar, chutando pedrinhas e migalhinhas do pão que havia acabado de engolir – Quem precisa dessas porcarias de títulos? Títulos... Títulos... Estamos em guerra, droga! Argh!

Sentou-se novamente. O sol de Tartan, também chamado de Álfröðull, começava a se por na extensão infinita do oceano de mesmo nome.

Merida pensava em seus pais e em suas insônias com constantes notificações da invasão. Não entendia de maneira alguma o motivo das invasões! Tatran não era base militar, não tinha localização vantajosa, nem vínculos com o governo intergaláctico de Zeus. Estava à beira do oceano justamente por saber que o pai não havia mandado nenhuma força de patrulha por ali há dias.

“Está ficando escuro. Mamãe deve ter percebido de fugi.” Ela imaginava, abraçando os joelhos. Já havia prometido a si mesma parar de sair sozinha com Angus do castelo três vezes. Três vezes. Parte dela queria voltar, mas parte queria se certificar de que nada estava acontecendo ao norte do castelo. No total, Merida queria estar ali por seu reino e por seu planeta.

Então, ao lado do sol de Álfröðull, um brilho se intensificou por um mero instante.

– Desejar a uma Estrela... – ela disse, rangendo os dentes.

Não lembrava há quanto tempo a Estrela da tal profecia estava ali, praticamente berrando para todos “venham me pegar!”. Havia se passado um mês desde que a execução do detento Gepeto aconteceu, onde ele anunciou que a Estrela brilharia em todos os céus. O destino provavelmente pregaria outra peça maldosa.

Destino.

.

A porta do salão principal rangeu finamente e mais baixo que os passos leves que Merida tentava esconder. O plano era passar rapidamente pelo salão e atravessá-lo até a escada principal do castelo! Entretanto, tudo foi interrompido com o eco de algo caindo.

De imediato, ela saltou de susto, vendo que alguns biscoitos caíram de uma bandeja.

Cerrando os olhos, rapidamente ela imaginou que os pestinhas haviam passado por ali. Acalmou-se e voltou sua atenção para a escadaria, quando outra voz interrompeu sua concentração e a assustou ainda mais:

– Ocupada, Princesa Merida?!

A Rainha Elinor estava na sua frente de braços cruzados e boca retorcida.

Merida deu uma risadinha sem graça, já imaginando o discurso cuidadoso e cauteloso da mãe... Ao invés disso, Elinor a abraçou forte e repentinamente, pousando o rosto no ombro da moça, enquanto afundava-se no meio dos cabelos.

– Mãe, está tudo bem. Estou em casa. – Merida falou, medindo as palavras.

Elinor saltou o rosto para trás, já enraivecida.

– No que estava pensando? Queria me matar? Queria matar seu pai de preocupação? – a Rainha murmurou chorosa.

– Não, mãe. Eu sabia que o papai não havia mandado ninguém para vigiar a ponta leste do oceano de Álfröðull, então pensei que...

– Pensou o que? – Elinor rosnou, parando de abraçar a filha e encarando seus olhos com uma mistura de incompreensão e raiva – Pensou que poderia conter algum exército inimigo, sozinha?

Merida deixou a boca entreaberta antes de murmurar devagar:

– Não... Eu pensei que...

– Pensou que poderia correr com o Angus mais rápido do que eles te alcançariam com caças batedores? Pensou que poderia fazer alguma diferença com seu arco?

O resto de fôlego no peito da Rainha Elinor se extinguiu com um suspiro triste. Estava tão preocupada com Merida que seu coração batia mais rápido que o normal, deixando-a tonta.

Enquanto isso, a Princesa Herdeira apenas a observou com cautela. Sabia que não seria capaz de fazer absolutamente nada, mas imaginava que poderia servir de algo para seu reino. Queria ter utilidade! Queria fazer algo para acalmar sua mãe.

– Mamãe, eu precisava ir. Não poderia ficar no castelo mais tempo.

– Como não poderia?! Este é o seu lugar. – Elinor falou mais alto, mas em seguida se arrependeu, suspirando com um pesar quase assombrado – Filha, você fará sua parte no governo deste reino, deste planeta. Você ajudou a todos a derrotar Mor’du, e, agora, assumirá fortes responsabilidades. Acredite que você é responsável pelo seu destino.

Destino. A palavra soou novamente em sua cabeça.

– Eu sei disso. Eu sei. – ela murmurou, baixando a cabeça e dando um passo para trás – Mas não posso ficar parada, enquanto invadem nosso planeta.

Merida passou as mãos por seu vestido como se quisesse tirar a poeira de cima do tecido. Lentamente, e para a surpresa da Rainha, ela endireitou a coluna e seguiu pelo salão, caminhando com os passos ecoantes sobre a pedra do chão.

Os pensamentos dela giravam em torno dos perigos, que estavam óbvios. Tão óbvios que não eram vistos. Ao que parecia, os pais estavam mais preocupados em se protegerem de um massacre do que em expulsar os invasores. Aquilo era revoltante. Passou a soluçar pela vontade de chorar, até que chegou ao próprio quarto e desabou sobre a cama em lágrimas revoltosas.

Destino. A palavra soprou com o vento que vinha pela janela de seu quarto.

Subitamente, Merida tomou um susto. Ela levantou o rosto e se deparou com um pequeno e quase imperceptível flash de luz azul, rodopiando e flutuando sobre o parapeito.

– Não pode ser. – ela sibilou, secando as lágrimas. – Não outra vez.

A luz azul parou de girar e se voltou para a moça, assobiando um barulho silvoso.

Lembrou-se então de todas as vezes em que havia se deparado com aquelas luzes: O dia em que Mor’du pegou a perna de seu pai, o dia em que ela encontrou-se com a bruxa maluca... As luzes azuis sempre a levaram até seu destino.

Destino. Você não pode fugir do seu destino. As palavras vieram até ela pela brisa em um tom divertido e rouco de um homem.

Então, a luz do parapeito se desfez como chama. Merida correu até a janela, lançando o rosto para fora do prédio da torre e vendo que, na grama muito abaixo de seus pés, uma trilha de pequeníssimas luzes azuis crescia em um caminho que se direcionava até a floresta próxima ao castelo.

A dúvida cresceu em seu peito. Olhou para trás e percebeu que não poderia ficar ali. As luzes lhe mostrariam o que deveria ser mudado! O que estava prestes a mudar!

– Esperem por mim... – ela disse, determinada pelo vento que lhe chamava.

Correu até o armário, retirando o arco de Kant, uma antiga árvore da região que o povo Jew considerava sagrada e forte. Mas hesitou ao lembrar-se do que a mãe falou:

“Pensou que poderia fazer alguma diferença com seu arco?”

Rapidamente, desceu pelas escadas do castelo e seguiu até o arsenal dos guardas reais. Ali, havia uma lança equipado com pontas de geração de impulsos eletromagnéticos. Talvez aquilo bastasse para imobilizar seus inimigos. Então, ela praticamente voou pelos corredores até encontrar o próprio cavalo, Angus.

Lançaram-se pela floresta, seguindo os confusos caminhos formados pelas luzes. Todos aqueles arredores já haviam sido explorados diversas vezes, mas Angus estava mais agitado que o normal. A noite caía em uma velocidade assustadora, dificultando a visão de ambos.

– Devagar, Angus! Assim não dá! – ela berrava para o cavalo, que bufava e relinchava agudamente, como se fugisse de algo. – Devagar!

A floresta, então, começou a se tornar um pântano úmido e escuro. Apesar disso, as luzes brilhavam ainda mais intensas por entre troncos mais rígidos, pelas deformações de árvores e pelas raízes mais levantadas que o normal.

Angus começou a cansar, parando gradativamente à medida que a grama sob suas pernas dava espaço para água do pântano cheia de musgos e plantas pesadas. Devagar, Merida suspirou e notou que a água já alcançava os joelhos do animal. Não poderia continuar por ali por muito tempo, mas as luzes não paravam.

Ela desceu do cavalo com cautela, observando ao redor de si. Tudo estava quieto e frio demais. A água estava fria e cobria parte de sua perna. Geralmente, os pântanos de Tartan tinham animais medrosos, mas aquilo já beirava a uma situação medonha. Teve que respirar fundo antes de pensar em continuar com seu caminho.

– Eu já volto, Angus... – disse com calma e baixinho, passando a mão pela crina do cavalo.

As águas estavam quentes, ela sentia com desagrado. Por precaução, segurou firmemente seu próprio arco enquanto andava e deixava Angus para trás.

Ouviu uns rosnados grossos, além de pios trêmulos. Os animais, aparentemente, estavam se aproximando dela. Não que tivesse medo deles, longe disso. Tecnicamente, estava mais curiosa com o lugar que as luzes lhe levariam do que amedrontada.

Subiu e desceu por raízes, caindo novamente na água turva, até que ouviu um zumbido metálico passando por ela. Imediatamente, parou de andar e rodeou seu arredor com os olhos grandes e azuis. Novamente, o barulho corroeu sua espinha.

Alguém estava ali.

Em um impulso rasante, Merida puxou uma flecha e jogou o próprio corpo para trás, mirando no escuro enquanto berrava:

– Quem é você?! – entretanto, ninguém surgiu do breu – Vamos! Saia daí!

Algumas folhas se mexeram, quando, do nada, um corpo de um rapaz começou a surgiu. Ele era alto, magro e tinha cabelos castanhos, sendo um total desconhecido para Merida e um provável inimigo do Exército Maldito. Ele levantava as mãos com calma, fitando a princesa severamente.

– Não atire, por favor. Eu vim em paz. – ele murmurou de voz rouca.

Ela, no entanto, cerrou os olhos. Observou o rapaz de cima a baixo, sem mexer os braços para não tirá-lo da mira. Estava vestido com um casaco de couro com o símbolo da Academia Interestelar do Sistema de Baleia.

– O que estava fazendo, me seguindo?! – Merida esbravejou, sacudindo o rosto e voltando a encará-lo.

O rapaz retorceu a boca com desagrado, ameaçando ir para frente. Aquilo assustou a moça, que esticou mais o cordão parecido com fibra de cerâmica.

Então, ele sorriu como se tivesse entendido que ela não atiraria. Deu um passo para trás e VASH, caiu dentro da água do pântano de uma vez rápida e intensa, submergindo em menos de dois segundos. Desapareceu como se tivesse sido engolido por um buraco.

Merida levou um susto, hesitando para trás e procurando o perseguidor com os olhos na água borbulhante. De longos passos até o local sem se desarmar, tentando examinar com cuidado cada bola de ar que surgia no limiar da água do pântano.

– Psss... Aqui! – a voz do rapaz surgiu atrás dele com ele uma pistola de laser apontada para a cabeça da moça. Estava completamente molhado. – É melhor largar a arma.

Observando lentamente, ela viu que bolhas saiam violentamente da água atrás dele, como se houvesse algum tipo de tubo com correnteza que levasse de onde ele caiu até onde ele estava. Certamente, era uma pessoa inteligente por ter visto aquilo, ou já estava há dias por aqueles pântanos para ter notado a deformidade única.

Merida não largou o arco. Ao contrário do que ele havia pedido, a princesa sacou a lança, ligando suas pontas que soltavam raios circulares e destrutivos.

– Você está falando com a Princesa Herdeira. – ela disse, sorrindo.

O corpo dela avançou com rapidez apesar do vestido pesar sobre a água. Ao ver aquilo, o rapaz da não hesitou em atirar. Entretanto, o tiro de laser foi redirecionado pela ponta de pulso da lança por um movimento diagonal de Merida. O que surpreendeu bastante e o fez atirar mais rapidamente.

Todos os tiros foram desviados, até que a moça se encontrasse à frente dele.

Por um instante, ela pensou que o havia pegado, então passou as mãos para a ponta da lança e deferindo um golpe extenso de cima para baixo.

– Lenta... – ele murmurou.

O corpo dele se moveu rapidamente para o lado, escapando do golpe da princesa – que não chegou a atingir a água por precaução. Quando percebeu, o punho da pistola dele atingiu sua mão, fazendo-a largar a lança, enquanto o rapaz a agarrava por trás, segurando a lança e a apertando contra o pescoço da menina.

“Esse é o fim?” Merida pensou, arregalando os olhos com pânico. “Ele vai me matar?”.

Entretanto, bem devagar, o rapaz começou a solta-la com um suspiro quieto e sua voz calma, que dizia:

– Eu vim em paz. Não irei machuca-la...

Ela se virou e o encarou, enquanto dava passos para trás.

– Quem é você? O que está fazendo aqui? – Merida falou, passando uma mão na própria garganta. Já a outra, recolhia a lança em suas costas.

– Meu nome é Jim Hawkins, alteza. – ele falou sem reverência ou cordialidade. Não tinha bons modos se havia reconhecido que ela era princesa.

– Você é da Academia Interestelar, não é? A Academia está instalada em Tartan?

Jim não a respondeu imediatamente. Demorou alguns instantes em silêncio antes que, de repente, um grito agudo e metálico ecoasse por entre as enormes floras escuras que os rodeavam num desespero incabível:

– JIIIIIIIIM!

Um robô magricelo correu com tudo, atingindo o corpo do rapaz e o derrubando na água.

– Mas o que diabos? – Merida sibilou, arqueando as sobrancelhas e perdendo a pose.

– Jiiiimmy! – o robô tornou a choramingar, levantando-se e puxando Jim Hawkins pelo casaco – Foi horrível! Eu vi uma raríssima cobra Micrurus lemniscatus que é totalmente irregular neste planeta! Só que várias delas começaram a cair sobre mim como se fossem separar e arrancar todas as minhas partes metálicas! E eu sou COM-PLE-TA-MEN-TE de metal! Eu ia morrer!

Jim Hawkins cerrou os olhos e bateu na cabeça do robô com força, fazendo os pixels de seus olhos piscarem. E, felizmente, fazendo com que ele ficasse em silêncio.

– Eu vou te matar, B.E.N. – ele resmungou com um sorriso irônico e se levantou em seguida para voltar a encarar a moça. Estava ainda mais encharcado que antes – Atualmente, estou independente da Academia. Estou, na verdade, em busca de algo que me pertence e que fora deixado neste planeta. Espero que permita que eu continue minha busca.

Merida achou a situação estranha. Teriam as luzes levado de encontro ao rapaz propositalmente? Afinal, as luzes não erravam... O objetivo é que estava difícil de ser entendido.

– Meu nome é Merida, princesa de DunBroch. Preciso que vá até meu pai comigo. – ela falou com toda sua desconfiança.

– Entendo que seja complicado acreditar em um estranho. – Jim murmurou, passando a mão pela nuca – Entretanto, eu preciso ir embora o mais rápido possível deste planeta. Não posso ir com você.

Com aquelas palavras, o rapaz deu meia volta e começou a andar com a pistola ainda em mãos. Se ele a quisesse morta, já teria feito aquilo acontecer, disso Merida estava certa, mas não poderia deixa-lo andar por aí daquela forma. Afinal, ele era um provável invasor.

– Volte aqui! Você não pode fazer isso! – ela berrou com forma, vendo que ele adentrava mais no pântano sem dar ouvidos. Não deixaria que ele fosse sozinho! Imediatamente, correu atrás do rapaz.

A medida que os passos eram dados, Merida já não sabia se quem falava era seu senso de dever com Tartan ou se era sua curiosidade. Não sabia, entretanto que era seu destino agindo.

“Você não pode fugir do seu destino” a voz soou atrás dela como se alguém a falasse, mas ao se virar, Merida não viu ninguém. Rapidamente, voltou a seguir Jim sem se importar com o que não estava atrás dela, mas sim em cima... e se materializava na forma de um símio quase humano, azul e risonho. “Garota boba. Logo aprenderá sobre o destino, e todo o resto ficará no passado...”.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.