When Love Comes Around

New Life In The Big City


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P.O.V Angie

3 de Janeiro de 2012, 21:30 (Horário de Londres)

O voo foi tranquilo, menos pela parte que eu tive que sentar ao lado do meu irmão que ficou reclamando o tempo todo de como já estava com saudades de casa. Pegamos nossas bagagens e chamamos um táxi, logo estávamos na nossa nova casa.

–Wow. – eu disse olhando maravilhada.

–Eu escolho o quarto primeiro! – gritou Josh e saiu correndo.

–Gostou? – meu pai perguntou abraçando meu ombro.

–Se eu gostei? Pai, isso aqui é maravilhoso! – respondi olhando para ele.

–Seu pai e eu tivemos um trabalhão procurando uma casa assim, então é bom ter gostado mesmo. – ela falou em tom de brincadeira. Nós rimos e entramos.

Se eu pensava que não tinha como ser mais perfeito que aquilo, eu estava completamente enganada. A sala de estar era muito confortável, a cozinha era maravilhosa, o banheiro do andar de baixo era bem maior que o da casa de Tybee Island. Tybee Island... A lembrança dolorosa da despedida com Matt e Charlie veio a minha cabeça. Rapidamente evitei as lágrimas que ameaçavam cair e fui ver meu quarto, que apesar de eu ainda não ter decorado, era extremamente espetacular.

Mais tarde nós fomos jantar fora e combinamos que arrumaríamos as coisas apenas no dia seguinte. Fui para o meu quarto, tomei um banho rápido e quando estava a caminho da cama lembrei-me que eu tinha que avisar para o Zayn que eu havia chegado em segurança, decidi deixar para o outro dia também.

4 de Janeiro de 2012

Após o café da manhã, começamos a colocar as coisas no lugar. Começamos pelo andar de baixo. Quando estávamos terminando, ouvi meu celular tocar, olhei a tela e assim que vi quem era, abri um enorme sorriso, atendi e pensava que ia ouvir alguma coisa linda, tipo: “Senti sua falta quando:

–Por que você não me ligou ontem? – sua voz era uma mistura de irritação e preocupação.

–Me desculpa, mas eu pensei que você estava muito ocupado fazendo um SHOW! – respondi surpresa.

–Que horas você chegou aí? – dessa vez ele falou um pouco mais calmo.

–Eu cheguei aqui umas nove horas da noite e depois fui jantar com meus pais. Quando cheguei pensei que você ainda tava no show.

–E você devia estar muito cansada também, me desculpa. Mas, você dormiu bem? – seu tom de voz agora estava calmo e carinhoso.

–Muito bem. E como foi o show? – perguntei saindo de casa e indo para o gramado.

–Foi maravilhoso, como toda noite. Mal posso esperar para ver você dia 9...

–Dia 9? Eu pensei que o show era dia 10. - disse confusa.

–Sim, mas como dia 9 não tem show mesmo...

Continuamos conversando por, mais ou menos, uma hora e meia quando a minha mãe grita do andar de cima:

–Angelyn, desliga esse celular e vem ajudar a arrumar a casa agora!

Essa foi sua mãe? – ele perguntou rindo.

–Você tá rindo porque ninguém tá olhando estranho pra você. Mas que droga, meu segundo dia aqui e eles já devem achar a família maluca. – disse me referindo aos vizinhos que estavam passando pela rua e olharam para minha cara como se eu fosse algum tipo de maluca.

–Relaxa, com o tempo você acaba se acostumando com as pessoas te olhando desse jeito. – ele respondeu.

Me despedi e desliguei o celular.

9 de Janeiro de 2012, 15:30

Eu havia arrumado um emprego! Sim, eu estava trabalhando como bibliotecária em uma biblioteca perto de casa. Como meu pai já estava aqui a um bom tempo, as coisas ficaram mais fáceis. Ele conseguiu um curso de um ano de Biologia (que é o que eu vou fazer na faculdade) e um emprego de meio-período para que eu pague o curso.

Acabei de sair do curso e fui direto para o trabalho. Cheguei lá e tirei o casaco e comecei a rotina de sempre: arrumei alguns livros que estavam fora de lugar, ajudei alguém a achar algum livro, tirei o pó de algumas prateleiras, ajudei alguém a achar um livro, arrumei cadeiras que estavam fora de lugar, ajudei alguém a achar um livro e depois sentei no banquinho que tinha atrás da recepção. Lia um livro tranquilamente, vez ou outra dava uma olhada para ver se alguém precisava de ajuda. Marc, um funcionário que amava dar em cima de mim, apareceu do nada ao meu lado:

–E aí, gatinha? – ele piscou um olho para mim, percebi que ele mascava um chiclete.

–Eu quero. – estendi a mão. Ele entendeu o que eu quis dizer, pois revirou os olhos e tirou um do bolso do seu avental.

–Chega, não fala com ninguém e já vem pedindo o chiclete?

–Tá bom, então. Olá, Marc, boa tarde! – disse abrindo um sorriso falso.

–Isso, boa garota. – ele deu duas batidinhas na minha cabeça como se eu fosse um cachorro. – Então, Malik chega hoje, né?

–Como você sabe? – perguntei confusa enquanto arrumava meu cabelo. Ele me olhou sarcasticamente. – Tá, talvez eu tenha ficado um pouco feliz de mais.

–Um pouco feliz de mais?! – ele repetiu com indignação. – Você não parava de falar sobre isso a semana inteira!

–Que foi? Tá com ciúmes? – perguntei dando duas batidinhas na sua cabeça, como ele fez comigo. Ele grunhiu e saiu andando.

Passei o resto da tarde lendo e algumas vezes ajudando alguém a achar algum livro. Quando deu 07h30min avisei as pessoas que a Biblioteca estava fechando e por volta das oito já estava fechada. Me despedi de Marc e de Becky (irmã dele que também trabalhava lá e era mil vezes mais madura) e fui embora.

Bem antes de abrir a porta de casa ouvi risadas, muitas risadas e uma que se sobressai:

–Niall? – sussurrei em voz baixa. Abri a porta e lá na sala estavam Zayn, Harry, Niall, Louis, Liam e Danielle rindo junto com minha mãe.

–Oi, gente. – disse um pouco confusa, mas ao mesmo tempo super feliz. Quase que imediatamente todos viraram para me olhar. Zayn abriu um enorme sorriso e se levantou desajeitadamente. -Pensei que eu iria ver vocês mais tarde.

–Iria, mas a gente decidiu jantar aqui. - ele respondeu sem tirar o sorrisinho bobo do rosto.

–Angelyn! Que bom que você chegou, filha. Seu pai deve estar quase chegando também, vou ver como está o jantar. – ela foi até a cozinha e eu fui até o pessoal.

–Angie! – disse Niall dando pulinhos de alegria. – A gente pensava que você nunca mais iria chegar.

–A biblioteca tava cheia hoje. – eu disse o abraçando.

–Minha vez! – Zayn gritou e veio ao meu encontro, quase me derrubando quando me abraçou. Obviamente todos riram. – Você não sabe o quanto eu senti sua falta. – ele sussurrou no meu ouvido.

–Eu tenho ideia. – o abraçei o mais forte que pude, não querendo nunca mais soltá-lo.

Não sei por quanto tempo ficamos assim, provavelmente bastante porque ouvi Liam pigarrear.

–Angie, essa é a...

–Danielle, eu sei, quando a gente tava em Tybee Island você não parava de falar dela. – respondi fazendo-o corar. Ela riu e disse:

–Que bom que posso dizer a mesma coisa. – ela olhou para Zayn fazendo-o corar também e nós rimos e nos abraçamos.

Cumprimentei o resto do pessoal e quando fui abraçar Harry, tive quase certeza que ele me abraçou tão forte quanto Zayn, senão mais. Depois disso meu pai finalmente chegou e nós fomos jantar. Josh parecia maravilhado ao conversar com Liam sobre... coisas, Louis não parava de dizer que não via a hora de me apresentar a Eleanor, Harry conversava com meu pai, Niall colocava no prato tudo que via pela frente e Zayn não parava de dizer o quanto tinha sentido minha falta. Ou seja, o jantar havia sido ótimo. Depois todos foram para a sala de estar, menos eu e Zayn que fomos para o quintal.