Eu não tinha um objetivo. Só queria ficar sozinho. Então caminhei até a praça. Era tarde, e estava frio. E então, eu vi alguém sentado de baixo da árvore. Era Hanna. Isso não se parecia coincidência para mim mais, algo estava errado. Eu não sabia o que estava fazendo, e por um impulso, eu fui atrás dela.

Então, eu assentei do lado dela. E olhei para o céu. "Ainda não está satisfeito? Qual o seu problema?" Eu senti ela virar pra mim. "Eu... eu..." Não conseguia dizer sequer uma palavra... Droga. Foi aí que me virei pra ela e vi o seu rosto. Ela estava vermelha, assim como os seus olhos. Hanna estava chorando. "Você não pode simplesmente..." Sua voz falhou e lágrimas correram pelo seu rosto desesperadamente. "O que aconteceu?" Ela estava acabada. Minha pergunta provocou uma enxurrada de lágrimas. Eu não conseguia entender muito do que ela estava me dizendo. "Josh... vai embora... Washington... faculdade." Foi por causa dele. O babaca fez Hanna chorar. Agora, a única coisa que eu queria era quebrar todos os ossos daquele idiota. "Ele vai a Washington para começar a faculdade?" Ela colocou a mão na cabeça, como se não estivesse acreditando.

"Sim, depois da formatura... ele me trouxe ao Rod's hoje para me dizer isso." Hanna olhava pra frente, ela estava perdida assim como eu. "Então, o que você fez?" Parecia que ela precisava de conversar. E, francamente, eu também "Nada. Saí sem dizer uma palavra. Ele sabe como isso é para mim. Sei que sim." Sua voz estava fraca, e eu me sentia péssimo por não poder fazer nada para ajudá-la. "Se serve de consolo - o meu dia também foi uma merda." Eu não estava acreditando que estávamos conversando sem ela gritar. Hanna olhou pra mim, ela havia parado de chorar, mas eu conseguia ver seus olhos cheios de água. Mas aí, ela deu um sorriso. Eu queria que isso nunca acabasse.

"Bom, seu dia não pode ter sido totalmente ruim, o show foi ótimo!" Estou sonhando? "Eu nunca tinha imaginado que você era vocalista. Aliás, as letras das músicas também são incríveis." Agora sim eu sorri. "Obrigado. Eu as escrevo, mas não fica tão bom assim." Ela estava surpresa. "Você que escreveu? Billie, você me surpreendeu hoje. Meu Deus." Isso me fez rir, mas eu realmente desejava que ela estivesse se referindo ao beijo. Mas isso não importa. Estou tendo uma conversa civilizada com Hanna, já é suficiente. "É, você sabe, mesmo soando gay, eu tenho sentimentos." Ela riu. Ela era tão bonita quando ria. Esse momento era perfeito.

"Eu deveria ir embora" Não. Esse foi o primeiro pensamento que passou pela minha mente. Eu não estava pronto para deixar-la ir ainda. E se amanhã ela acorda e me odeia de novo? "Pra que a pressa?" Hanna se afastou alguns centímetros e vi suas bochechas ficarem vermelhas. "Eu não sei de você, mas isso é estranho pra mim" "Por quê?" "Não sei, nós nunca conversamos desse jeito e não tenho certeza se quero isso. Você sabe, você não é uma das minhas pessoas favoritas." Ela se levantou e eu também. "Você não cansa dessa merda toda? Por que me odeia? Por que você não deixa isso mudar?" Hanna olhou para baixo e balançou a cabeça. "Billie, eu preciso ir..." Ela queria ir embora, estava fugindo de mim. Eu me aproximei dela e não pude evitar de pegar suas mãos. "Eu sei que nunca vamos ser próximos. Mas não me odeie. É a única coisa que te peço. Eu não espero uma amizade ou algo do tipo. Só, não me odeie. Por favor."

Meu coração estava acelerando. Eu segurei sua mão como se fosse a minha última chance. "Você não deu a miníma para mim durante 4 anos. E nenhum de nós importava com isso. O que mudou agora?" Ela não tinha percebido até agora? Tudo está diferente. "Eu sempre me importei. Mas você sabe o que? Não me importo mais com isso. Eu apenas queria que você soubesse..." Eu ainda segurava firme suas mãos. "Queria que eu soubesse o que, Billie?" Aquilo não era óbvio? "Estou apaixonado por ti, Hanna."