Billie Joe P.O.V

Eu gritei aquela idiotice para ela mas logo me arrependi. Mas por que eu devo me importar? Hanna me odeia e eu não sei de nada sobre ela. Eu falava com ela, enquanto ela gritava. Aquilo não poderia ser chamado de 'conversa'. Talvez o motivo seja, que ela é diferente das outras, Hanna realmente não dá a miníma para o que pensam dela. Só queria ser ela mesma e nunca vai deixar alguém a mudar. Eu estava a pressionando, eu sabia. Mas a garota continuava negando, me deixando falando sozinho com cara de babaca. E talvez eu admirasse isso nela, mas só um pouco.

O que estou dizendo? E por que eu ainda estou aqui? Por que eu estou em pé no meio do corredor, olhando como um idiota, pensando em alguém que eu falei com a primeira vez apenas hoje? Devo estar louco.

Corri pelo corredor, encontrei o meu carro lá fora e fui para casa. Mike teve o dia de folga e Tré não tinha emprego de qualquer maneira, portanto, foram todos para casa para o resto do dia. Entrei, disse um silencioso 'oi' para os caras, subi para o meu quarto e tranquei a porta. "O que aconteceu com Billie?" Eu podia ouvir Tré perguntando ao Mike. Eu me joguei na cama e olhei para o teto por alguns minutos. Havia tantas perguntas na minha cabeça. E o pior de tudo era que eu era o único que poderia respondê-las. Mas agora eu estava muito assustado para pensar.

Peguei, minha guitarra, Blue, e corri para fora de casa. Andei pela rua por volta de uma hora com a guitarra nas minhas costas. Cheguei na praça onde sempre frequentava e sentei embaixo de uma grande árvore. Comecei a tocar alguns acordes, quando ouvi uma melodia. Havia uma guitarra tocando, mas dessa vez não era Blue. Me levantei para procurar de onde vinha esse som e... Merda! Era Hanna. Que coincidência, ela estava bem ali, naquele mesmo momento.

Ela me olhou em choque. Eu senti como se seus olhos verdes estavam lendo cada pensamento em minha mente. Mas ela não disse nada. Então, talvez eu tinha que dizer. "Então, você toca?" Provavelmente a pior coisa que eu poderia dizer na situação, mas eu estava tão surpreso, eu mal conseguia falar. "Por acaso estava me perseguindo, Armstrong? E obviamente, sim, eu toco." Mesmo depois disso, nenhum de nós se moveu. "Agora, por favor você pode sair? Ou eu mesma vou ter que ir?" Eu tinha tantas perguntas na minha cabeça, eu mal conseguia me concentrar. Eu provavelmente deveria ter fugido, mas por algum motivo eu me sentei ao lado de Hanna. "Vamos fingir que este pequeno incidente nunca aconteceu, ok?" "Claro..." Estou de volta à realidade e na realidade que ela me odeia. Perfeito. "Tudo bem. Então, o que você tá fazendo nessa praça? Eu normalmente não vejo ninguém da escola por aqui."

Essa foi provavelmente foi uma pergunta muito idiota a se fazer pra alguém que te odeia. Mas, ei, limites são para ser empurrado, não são?