When It All Falls Apart

Capítulo 28: When it all falls apart


Acordei e já estava em casa, Matt me sacudiu de leve.
Ele levou minha mala pro meu quarto e foi embora.
Troquei de roupa, deitei na cama e dormi mais, acordei com um beijo na testa.
Abri os olhos e vi Syn. - O que está fazendo aqui?
- Matt te sequestrou, então vim ver como você está.
- Bem.
Ele sorriu e se sentou do meu lado, eu coloquei o travesseiro em seu colo e deitei lá.
- Ele não brigou com você?
- Brigou, mas eu expliquei pra ele que não precisava de ninguém pra escolher por mim.
- Boa menina. - Ele disse e eu sorri.

Fiquei deitada em seu colo por um tempo, enquanto ele brincava com meu cabelo e cantarolava alguma música. Me ergui nos cotovelos e o olhei.
- Que horas são?
- Cinco e meia.
- Eu pulei o almoço. Merda.
Ele riu - Quer ir comer alguma coisa?
- Não.
- Ah sim, sua mãe foi levar seu irmão na casa de um amigo.
- Ahh ta, obrigada por avisar.
Sentei e me espreguicei, depois o olhei, ele estava com uma sobrancelha erguida.
- Você sabe que sua blusa é branca e que você está sem sutiã, não sabe?
Baixei os olhos pra mim mesma e percebi que ele estava certo.
- Ah é, estava com preguiça de por muita roupa.
Ele sorriu sacana e tirou o travesseiro do colo, batendo nas coxas, eu ri e fui até lá, sentando em seu colo.

Gates me puxou para um beijo, agarrando minha cintura, enquanto eu fazia o mesmo em seus cabelos.
Depois desci as mãos pelos braços e segurei a borda de sua camisa, puxando-a pra cima, ele riu e me ajudou a tirá-la, voltando a me beijar logo em seguida.
Arranhei-o e apertei seus ombros, enquanto ele brincava com meus seios sob a blusa.

Levei as mãos a sua calça e percebi que ele usava um cinto um tanto complicado de tirar.
- Quer ajuda Ash? - Sussurrou contra minha boca.
- Quero.
Ele riu e levou as mãos as minhas, me ajudando enquanto beijava meu pescoço, abriu o cinto e colocou as mãos em minhas coxas, apertando-as e puxando.
Sem a droga do cinto, consegui abrir sua calça jeans, que ele me ajudou a tirar, e depois tirou minha blusa, que era a única coisa que eu usava além da calcinha.
Me deitou na cama e beijou meu corpo de cima a baixo, depois voltando aos seios e beijando-os com calma.
Enquanto ele brincava com a boca naquela área, me beijando, lambendo, mordendo e chupando, eu gemia e o arranhava, puxando seus cabelos.
Quando deu-se por satiseito de brincar ali, terminou de tirar nossas roupas, deitando comigo de novo.
- Vamos tentar de outro jeito. - Disse beijando minha boca e sentando-se - Vem aqui.
Fui pro seu colo e ele me ajeitou, puxando meu quadril pra baixo.
Ambos gemíamos enquanto eu subia e descia em seu colo e ele me ajudava com as mãos em minha cintura.

Acordei em seus braços e sorri, dando-lhe um selinho, ele abriu os olhos e sorriu.
- Te acordei? - Perguntei mordendo os lábios
- Não.
Sorri e beijei-o de novo, um beijo mesmo dessa vez.
- Estou com fome. - Eu disse quando nos separamos.
- O que quer comer?
- Não sei, o que tiver na geladeira, to com muita fome.
- Vem então.
Nos vestimos e descemos para a cozinha, encontrei minha mãe chorando enquanto assistia um filme na sala, resolvi ignorar que ela podia muito bem ter ido no meu quarto e nos visto.

Comi um misto quente enquanto ele me observava.
- Certeza que não quer nada?
- Tenho.
- Então tá.
Depois do misto comi uma maçã e estava feliz, ele me abraçou, beijando meu pescoço.
- Tenho que ir Ash, falei pro meu pai que não ia demorar e já fazem duas horas.
- Tá.
Fui com ele até a porta, recebi um beijo de despedida e ele se foi, subi os degraus com calma e antes de virar o corredor pro quarto, minha mãe me chamou.
- Sim?
- Como foi o acampamento?
- Bom.
- Matthew te trouxe e disse que você dormiu com ele todas as noites. Ele mentiu?
- Não. Por sinal ele não ficava feliz quando eu ficava com o Brian na frente dele.
- Ótimo. Tudo normal?
- Tudo.
- Então, suponho que vocês gostem de dormir juntos e sem roupas.
Arregalei os olhos e fiquei roxa de vergonha. - Mãaae!
- Ok, desculpe, mas eu fui ver se estava tudo bem, mas vocês estavam lindos dormindo. E eu me diverti em ver um garoto desse tamanho em baixo de um lençol de estrelinhas.
- Pelo amor que você tem a mim, cala a boca!
Ela deu de ombros - Acho que vou ter que trocar seu presente de aniversário por uma caixa de camisinhas.
Resolvi desistir dela e me virei de costas, andando pro quarto e batendo a porta do mesmo.
Era tudo o que eu menos precisava, mesmo!

Tomei banho e desci para comer mais, é, eu ainda estava com fome, depois disso fui dormir e acordei.
Aliás, fui acordada.
- SUA VELHA! - Foi o grito de Steve no meu quarto.
Me revirei grogue na cama e olhei-o. - Own, você é lindo Steve.
Ele vinha com uma bandeja de café da manhã pra mim.
Comemos juntos e eu desci para escutar as baboseiras dos meus pais.
Vi no meu celular várias mensagens a meia noite.
Na hora do almoço, Matt chegou lá em casa todo feliz e saltitante com um presente pra mim e abraços de sua família.
Comemos e fomos nós dois pro meu quarto, abri seu presente, que era um corset.
- Val me ajudou a escolher, mas a ideia foi minha. - Disse sorrindo e eu o abracei, beijando seu rosto.
Passei grande parte do dia com Matt, que me deu o recado de “Syn vai vir mais tarde, está ajudando o pai dele.” sem muito entusiasmo.
- Você ainda está com raiva por isso?
- Um pouco.
- Matt, eu não tenho cinco anos.
- Por mim, não quero nem saber do seu namoro com ele ok? Isso é segredo seu e você não vai me contar. Ok?
- Ok.
- Nem se ele te der uma rosa de ouro ou sei lá o que você pode querer, me entendeu?
- Sim senhor.
Sorri e pulei em cima dele, fazendo Matt andar comigo de cavalinho pela casa.

Ele foi embora e já era noite, Syn não chegava de jeito nenhum, fiquei com as pernas pro ar no sofá, até ouvir o sininho do cara do algodão doce, é eu sou feliz.
Peguei um dólar em cima do móvel e fui atrás dele pela rua.
Comprei um algodão doce azul e fiquei feliz, quando ia me virar pra ir embora, Jeremy me gritou e eu parei, esperando-o chegar perto.
- Parabéns Ash! - Disse feliz me puxando para um abraço, que eu correspondi parcialmente por conta do meu algodão.
- Obrigada Jer! Quer?
- Não valeu, mas você não devia comer essas coisas da rua, lembra aquela vez que você passou mal?
- Lembro, mas hoje é meu aniversário, estou me recompensando.
Ele riu e me entregou uma caixinha. - Pra você Ash.
- Ahh Jer, não precisava! Abre pra mim? Minhas mãos estão, uma ocupada e uma um pouco nojenta.
Ele riu e abriu a caixinha, revelando um anel de caverinha.
- Gostou?
- Amei! Que lindo Jer! - Disse o abraçando de novo.
- Eu sei do que você gosta Ash.
- Aparentemente sabe mesmo.
Uma garotinha da minha rua veio saltitante e me pediu um pouco do algodão doce e eu entreguei todo, já tinha cansado mesmo.

Conversei com Jeremy por um tempo, já tinha guardado o anel e estava começando a ficar irritada com minha mão grudenta.
- Acho que já vou Jer, preciso me limpar antes que as formigas me ataquem.
Ele riu e me puxou para outro abraço, então quando eu fui me separar dele, o mesmo me puxou e beijou minha boca.
Fiquei em estado de choque, depois soquei seu ombro, enquanto ele me puxava.

Tentei me soltar de todas as formas possíveis, então resolvi apelar pra puxar o cabelo dele, isso doí certo?
Agarrei-o com as duas mãos e puxei com força, foi aí que uma luz cegante bateu em meus olhos fechados e eu os abri, vendo faróis, o dono do carro buzinou alto e Jer me soltou, limpei a boca e o chutei.
- POR QUE FEZ ISSO IDIOTA?
Ele riu de canto e os faróis baixaram, fiquei piscando pra me acostumar e vi que o dono do carro descera, forcei a vista e percebi que era o porsche, e o cara era Gates.
Ele nos olhou fuzilante e andou até nós rápido.
- Syn. - Eu chamei sorrindo, mas ele sequer olhou pra mim, agarrou a gola da blusa de Jeremy e socou-o tão forte que eu ouvi um estalo. - Para! - Gritei quando ele desferiu o segundo soco. Mas ele sequer olhava pra mim, só socava Jeremy com toda força, o garoto reagia, mas não tinha nenhuma chance.

Gates o jogou contra o muro e socou-o mais forte ainda, Jeremy já estava sangrando e eu estava desesperada.
- Para Syn! Para!
- Se você me chamar de Syn mais uma vez… - Começou entredentes - Eu mato esse filho da puta.
Arregalei os olhos enquanto assistia-o bater em Jer, o garoto já estava mole de tanto apanhar, mas ele não parava.
Eu estava tremendo, mas mesmo assim tentei fazê-lo parar. - Brian, eu não sei porque você está com tanta raiva…
- Não sabe? - Perguntou com irritação e um quê de desespero na voz. Enfiando mais um murro em Jeremy - Então você é mesmo muito burra!
- Olha, ele me agarrou, mas…
- Claro, te agarrou, e você que é uma menina muito boa resolveu corresponder por pena. - Disse chutando a barriga de Jer, que a essa hora já estava pelo menos desmaiado.
- Correspondi? Você é louco? Eu estava tentando tirar ele de perto de mim.
- Estava sim. Eu vi Ashley!
- Então você tem problema de visão Brian! - Disse irritada e ele se virou pra mim, o que na verdade me assustou e me aliviou ao mesmo tempo, Jeremy já estava muito ferrado.
- Diga Ash, como ficar brincando com o cabelo do cara é tentativa de tirá-lo de perto de você.
- Eu estava puxando, pra ver se ele me soltava!
- Sei.
- Brian, por favor. Você não acredita em mim? - Perguntei chegando mais perto dele.
- Nesse momento? Não. Nem um pouco.
- Por que?
- Esse cara foi um idiota com você o tempo todo desde que eu vi vocês juntos, e mesmo assim você tratava ele bem, cuidava do cara. Até hoje sua explicação era “Somos eu e o Jer Brian, você não entenderia”, estou te dando sua chance de explicar. E é melhor não mentir… Ash.

Respirei fundo e olhei o garoto desacordado no chão. - Vou chamar uma ambulância.
- Claro, seu primeiro namorado não pode ficar desacordado na rua.
- Não é assim Brian! Eu faria isso por qualquer pessoa.
- Eu ainda estou esperando a porra da sua explicação!
Respirei fundo e o encarei por um momento.
- Poucas pessoas sabem disso, mas acontece que minha mãe ficou grávida de novo, como era uma gravidez de risco ela não ficou aqui, foi ficar com a irmã dela… Enfim, minha irmã nasceu e nós estávamos felizes e comemorando e tal… Mas aí um dia ela teve parada cardiorespiratória…. - Disse sorrindo fraco, sentindo as lágrimas nos meus olhos.
Ele piscou um pouco atônito e veio até mim, me abraçando. - Eu… Sinto muito.
Correspondi ao seu abraço - Por isso eu não queria te falar, eu odeio que sintam pena de mim.
Ele beijou minha testa. - Ok. Eu acredito em você. Desculpa ta?
Sorri e concordei com a cabeça - Agora você pode ligar pra ambulância?
- Melhor você ligar.
- Por que?
- Eu bati no cara.
Concordei e ele me estendeu o celular, liguei pro hospital e Syn foi pra minha casa, já que não podia ficar lá.

Logo eles levaram Jeremy e eu fui pra casa, lavei as mãos e fiquei um tempo com Syn, ele queria me convencer a saír, mas eu não estava com humor pra isso.
- Ash, você tem que vir!
- Não tenho!
- Qual é! Vai passar seu aniversário todo dentro de casa?
- Eu gosto da minha casa.
- Anda Ash, eu te levo aonde você quiser.
- Então me carrega pro meu quarto, vou dormir.
Ele rolou os olhos - Não pro seu quarto! Qualquer lugar fora dessa casa!
- Então me carrega pra varanda.
Ele bufou e me pegou no colo, saindo pela porta.
- Estou te levando pro carro.
- Por que?
- Porque você vai sair comigo.
- Syn!
- Fim de conversa.
- Eu estou horrível!
- Não está, eu estou sujo de sangue e mesmo assim estou indo.
- Por favor! Eu não quero!
- Quer sim! - Ele disse me colocando em frente ao porsche, - Entra.
Bufei e me acomodei no banco do passageiro, ele foi pro lado dele e dirigiu alegre.
- Não quero sair.
- Pra lugar nenhum?
- Não!
- Problema seu.
Ele continuou dirigindo e ligou o som, cantarolando junto com a música. Parece ter esquecido que quase matou Jeremy, ou isso, ou a ideia o deixava mais feliz.

Fomos para algum lugar bem deserto se você quer saber, ele parou em um galpão escuro e desceu.
- Ah qual é? - Perguntei irritada - Que merda de lugar é esse?
- Vem. - Ele disse me puxando.
- Se você queria transar, seu carro está aí pra isso.
Ele gargalhou e me puxou para um beijo. - Não vamos transar, não aqui pelo menos.
- Então por que…? - Comecei a perguntar, mas ele empurrou a porta e as luzes se acenderam e as pessoas pularam de diversos lugares gritando SURPRESA!

Eu me assustei e depois comecei a rir, olhei pra Jimmy, que estava com um chapéu de Heiniken, ele passou uma cordinha na lata e colocou na cabeça.
Abracei todos e agradeci, cheguei em Jimmy que sorriu mais.
- Eu sei que foi sua ideia.
- Que bom, não quero ninguém tomando meus créditos.
Sorri mais e o abracei, sendo levantada do chão.
Matt veio até nós e me puxou, me fazendo virar pra ele. - É ridículo, mas eu te amo, por isso eu fiz.
- Fez o que?
Ele abriu a jaqueta e me mostrou a blusa de baixo.
Comecei a rir e beijei sua bochecha - Obrigada Matt, ninguém tinha usado uma blusa de “Parabéns Mana” pra mim antes.
Ele sorriu feliz e me abraçou de novo.

A festa foi bem divertida e eu voltei pra casa exausta, troquei de roupa e dormi feliz.

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Parei o carro e ele já estava na varanda, ia ser melhor mesmo...
- Oi Ash! - Disse sorrindo e abrindo os braços, sorri de longe e parei antes das escadas, ele me encarou confuso e desceu-as, vindo em minha direção - Que foi?
- Escuta, eu preciso falar uma coisa séria com você… - Disse andando um pouco pra trás.
- Que é? - Perguntou confuso chegando mais perto.
- Olha, foi muito… Legal, ficar esse tempo com você, mas…
- Foi muito legal? - Perguntou em um tom estranho - Como assim?
- Brian, eu acho que me enganei… - Disse baixando a cabeça - Eu vim aqui pra te dizer que é melhor se cada um for para o seu lado.
- Você está…?
- Estou. - Disse erguendo o olhar para ele - Estou terminando com você.
Ele piscou algumas vezes confuso, eu dei as costas e entrei no carro, dando a partida e deixando-o parado no mesmo lugar.