When I Saw You.

Aquele do encontro.


Entro na banheira para um banho quente demorado, parece que a pedra do anel brilha ainda mais do que quando Sesshoumaru me entregou, mas só as rosas. Que estranho.

Fico rolando na cama, sem conseguir dormir. Levanto e coloco uma calça de correr e um moletom. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e decido correr.

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Saio do portão e vou caminhando pela calçada, já são quase 05:00 então logo vai amanhecer.

Ao passar pela calçada da casa da Kikyou a vejo com o Inuyasha na porta. Ela está de roupão conversando com ele.

— Que vadia. - Reviro os olhos Vejo que estão se despedindo então começo a correr. Corro, corro, corro desesperadamente até chegar na casa da sango. Ligo pra ela até atender.

— Que foi Kagome?! - Ela acorda no susto.

— To aqui embaixo - Minha respiração está completamente irregular, meu coração parece que vai sair pela boca, sento na frente da porta da casa dela.

Ao abrir a porta ela me encara com a maquiagem completamente borrada e o cabelo desgrenhado.

— É melhor ser algo urgente - Ela me estende a mão para que consiga levantar - Não faça barulho. Vai direto pro meu quarto.

Tiro meu tênis e subo na pontinha do pé, alem da família da Sango ser enorme metade deles são da policia. Então qualquer barulhinho eles acham que é invasão.

Ao entrar no quarto ela fecha a porta com cuidado.

— O que houve?

— Não consegui dormir, me desculpa - Sento no chão no meio do quarto.

— Achei que você sempre vai pra casa do Kouga, ainda ta zangada? - Ela deita de lado na cama virada pra mim.

— Não consigo ficar muito tempo com raiva dele. - Encaro seu tapete cor de rosa - Mas ele deveria ter me contado.

— Eu sei, por isso não falei. Espero que você entenda Kagome-chan ... - Ela murmura praticamente dormindo.

Eu deito no tapete felpudo e acabo pegando no sono.

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— Kagome, Kagome ... - Minha amiga tenta me acordar.

— Me deixa, hoje é domingo - Rolo no chão ficando de costas pra ela.

— ACOOOORDA! - A morena me chacoalha e eu levanto no susto - Sua mãe ligou, eu disse que tínhamos saído pra correr de manhã e você estava dormindo um pouquinho.

— Eles querem colocar um gps em mim - Sento na cama meia zonza.

— E disse que você sairia comigo hoje, então toma um banho e veste uma roupa. Distrair um pouco ... - Ela coloca a mão no topo da minha cabeça - Te espero lá embaixo.

Tomo um banho rápido e coloco uma roupa da Sango, uma calça jeans com os joelhos rasgados e um cropet branco rendado. Faço um coque alto mal feito e pego uma mochilinha furta cor. Faço uma maque bem básica. Quando desço minha melhor amiga ainda está deitada no sofá de pijama.

— Ue? Não íamos sair? - Digo indo até ela.

— O Allstar rosa ta na porta. Divirta-se! - Ela pisca pra mim e volta a assistir TV.

Vou até a porta e vejo Kouga do lado de fora. Ele dá um aceno tímido. Coloco o tênis e saio. Ele está mais arrumado do que o habitual.

— Oi. - Cruzo os braços o encarando.

— Oi ... Ainda com raiva? - Ele coloca as mãos no bolso da calça, e me encara com seus grandes olhos azuis.

— Você é um babaca - Ele ri - E vai me bancar hoje.

— Claro, qualquer coisa é só vendermos esse anel ai - Ele indica minha mão direita com a cabeça.

O anel de noivado. Tiro ele e penduro no meu cordão, colocando dentro da blusa.

— E ai? O que vamos fazer?

— Vamos ter um encontro - Ele sorri segura minha mão e me leva até seu carro.

Kouga abre a porta pra mim e espera eu entrar, canta animado o caminho todo.

— Onde vamos?

— Ao cinema. Primeiro. - Não consigo conter um riso.

— Quero algodão doce, quero caminhar no parque, quero tomar um banho de chuva. Pelo menos um encontro de verdade. - Fecho os olhos e respiro fundo.

— Então tem um beijo no momento certo. - Ele diz zombeteiro.

— Beijar você? - Começo a rir de nervoso quando o sonho volta a minha mente - Para de palhaçada - Dou um tapa no braço dele que me olha de rabo de olho.

Primeiro vamos ao cinema. Vemos um filme de terror que parece mais comédia e a cada jump scare em que o Kouga dá eu me divirto ainda mais. Ao sairmos do cinema ele ainda ta assustado, dou um beliscão nele e ele arregala os olhos.

— Meu Deus! - Não aguento e começo a rir - Como você é medroso! O filme foi terrivel. Você foi a graça dele - Mostro a lingua.

— Eu não sou medroso, só não me sinto muitoa vontade no escuro com você - Ele dispara revirando os olhos - Você me assusta real. Com essa cara de fantasma perdida psicopata!

— Você ainda não viu nada - Deu um sorriso psicopata.

— Ta vamos! - Ele me arrasta para o parque de diversões.

Nós lanchamos, brincamos nos brinquedos, dançamos em maquinas de dança. Ele até ganha um bichinho de pelucia pra mim. Um panda vermelho.

— Qual nome vai dar pra ele?

— Hmmmm, não sei ...

— Que tal pan pan? - Eu rio.

— pan pan? Ele não parece fofo - Balanço a cabeça negando - Melhor zangado.

— Coitado, vai viver na sua mão daqui por diante - Ele revira os olhos e eu dou um tapa em seu braço.

Continuamos jogando e no fim da tarde eu estou exausta.

— Agora espera aqui - O moreno sai correndo me deixando parada na frente da roda gigante.

Pego meu celular e vejo algumas mensagens da minha mãe, respondo e antes que eu bloqueie o celular recebo uma mensagem de um numero desconhecido.

A foto que foi tirada ontem, Kouga me abraçando no banheiro. Sinceramente, não vejo nada de mais, que se foda!

— Aqui! - Kouga me entrega um algodão doce em foma de ursinho.

— Annnnnnnnnnnnnnnnw! QUE COISA MAIS LINDA! - Fico chocada com tanta fofura.

— Se você não comer, eu como - Ele tenta pegar e eu não deixo.

— É MEU! SAI! - Viro de costas pra ele que me abraça por trás. Nos rimos como a muito tempo não acontecia.

Entro na roda figante ainda comendo meu algodão doce, ele consegue roubar alguns pedaços e finjo que não estou vendo.

— Ta, quando vai me contar pra onde vai e quando vai? - Ele está sentado ao meu lado em vez de estar na minha frente.

— Eu não sei se vou, era só ... Uma opção.

— Não foi isso que eu ouvi.

— Ta, eu ia pra Londres. Mas não sei se vou mais. - Ele se vira pra mim - Eu não consegui te contar a verdade.

— Porque não? - Fixo meus olhos nos seus.

— Porque Kagome, você é o único motivo de me fazer querer ficar. - Coloco o ultimo pedaço de algodão doce na boca dele.

— Eu acho que você deveria ir. Vai, seja livre, nem que seja por alguns anos ... Eu sei tanto quanto você o que é se sentir em uma gaiola. - Dou um sorriso triste.

Estamos no topo da roda quando ele segura meu rosto entre as mãos, seus olhos azuis fixos nos meus e me beija.

Um beijo leve mas firme. Eu fico completamente paralisada.Ele se afasta o suficiente para me olhar nos olhos.

— O beijo perfeito. - Ele sorri docemente e me deixa completamente embabacada.

Não mas nada até sairmos da roda.

Estamos caminhando em direção ao carro quando ele segura minha mão e eu paro de andar o encarando.

— O que foi? É um encontro. Talvez, o ultimo já que vamos casar em breve com pessoas que não gostamos. - Eu olho para o céu e vejo as estrelas começarem a aparecer.

— Você tem razão ... Você foi o mais perto de amor romântico que eu já cheguei.

— Ei, isso parece mais uma ofensa do que um elogio - Eu dou um sorriso apertando sua mão.

— Me beija, de verdade. - Suas sobrancelhas levantam e ele me encara - Vamos tornar isso um encontro de verdade, mesmo sem a chuva e cena clichê de filme romântico. Só me beija.

Eu me aproximo dele, fico na ponta do pés e o beijo. Entrelaço minhas mãos em sua nuca e aprofundo o beijo enquanto ouga corresponde prontamente me apertando contra seu corpo. Não sei por quanto tempo ficamos nos beijando, mas quando nos afastamos, nos dois temos sorrisos idiotas no rosto.

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Kouga para o carro na frente da minha casa.

— Obrigada por hoje, foi ótimo - Dou um beijo em sua bochecha e saio do carro.

— Kagome! - Ele me chama.

— O que? - Paro na janela do lado de fora.

— Até que você não seria uma namorada tão ruim - Ele pisca pra mim.

— Babaca! Eu sou um tesouro - Coloco as mãos na bochecha tentando parecer fofa e vou embora rindo atoua. A garota que estiver com ele, vai ser uma garota de sorte.

Estou chegando na porta quando vejo o carro do Sesshoumaru na porta.

— Srt. Higurashi, se divertiu? - Sua postura está um pouco mais rígida mesmo encostado ao carro.

— Sim. Em que posso ajuda-lo? - Cruzo os braços na frente do corpo.

— Eu realmente não queria conversar com você sobre isso, mas você não me dá escolha. - Ele se vira pra ficar de frente pra mim.

F*deu, esse cara vai falar sobre o Kouga, aquela vadia deve ter mandado a foto pra ele.