When I Saw You.

Aquele com o momento romantico.


POV SANGO

— Onde você está?

— Porque quer saber? – Ele diz enrolado. Pelo barulho está em algum bar. Esse idiota não vai me dizer nada. Desligo na cara dele e ligo pro Miroku.

— Miroku!

— Quem gostaria ? – Ele diz desentendido.

— Ata, você ainda está chateado.

— Yume-chan! Quanto tempo! – Ele diz manhoso – Passamos aquela noite MARAVILHOSA e você desapareceu ...

Respiro fundo usando todo meu auto controle para não manda-lo para o inferno.

— Sango. Não Yume.

— Sango? Acho que ligou errado moça. – Ele desliga na minha cara me deixando perplexa.

— É assim que vai ser projeto de monge do Paraguai?! – Grito comigo mesma.

—-

Vou bater na porta dele. Uma musica absurdamente alta vem de dentro, olho no relógio e não são nem 17:00 ainda.

Toco a campainha e nada. Bato na porta e nada. Tento abrir a porta mas está trancada. Ligo novamente para o Miroku que não atende mais o telefone.

Dou a volta na casa procurando outra entrada. A entrada dos fundos está aberta. A musica está extremamente alta e ao entrar na sala vejo várias mulheres dançando, muitas mesmo, pelo menos umas 20 garotas dançando e bebendo despreocupadamente.

— O que é isso? – Vejo Miroku sentado no sofá rodeado de garotas. Saio pisando firme com meu salto quando vejo Inuyasha com o rosto deitado no balcão do bar da sala.

Ele está mais do que bêbado como imaginei. Imediatamente mudo meu foco.

— Inuyasha ... – Digo ao sentar na bancada ao lado dele.

— San-go! – Ele diz com um sorriso no rosto – Você é a única que presta, definitivamente ...

Suspiro pesadamente.

— Se você esta aqui, sozinha – Ele agarra uma garrafa de vodka e bebe no gargalo – Eles já casaram ... – Ele projeta o corpo como se fosse levantar – Eu vou buscar a A-Agome ... Kagome ...

— Eles já viajaram, sossega ai – Puxo ele para que sente novamente.

— Viajaram? – Sua respiração acelera e parece que o álcool sobe pra sua mente. Sua expressão de magoa me faz crer que estava completamente errada. Ele está apaixonado pela Kagome.

— Sim, ela precisava de um tempo. – Ele joga a garrafa de vodka no chão, mesmo assim ninguém vê já que a música abafa o barulho. Ele me olha com tanta raiva que eu levanto dando um passo atrás – Acho que você também precisa de um ...

— Aquela estúpida! Eu fui que nem um idiota me declarar pra ela e foi dar pro meu meio irmão? – Ele murmura pra si mesmo quase chorando. Coitada da Kagome – O que tem de errado comigo? Aquele cara matou a minha mãe, nada dá certo? – Umas lágrimas começam a descer por seu rosto e eu me aproximo dele.

— Quem matou sua mãe? – Eu digo segurando o rosto dele tentando entender o que está dizendo.

— Ele matou a minha mãe. Ele também vai pega-la! – Seus olhos dourados estão tão tristes, toda raiva se foi.

— Inuyasha ... – Como está sentada na bancada está basicamente no meu tamanho, eu o abraço gentilmente e o garoto chora de soluçar me abraçando com força.

O que ele está dizendo ... Quem matou a mãe dele vai pega-la também ... Pegar a Kagome? Sesshoumaru vai fazer isso? Eu preciso desse garoto sóbrio.

— Calma, calma. Vai passar ... Vamos tomar um café, ok? – Digo para o garoto de cabelos prateados. Eu o ajudo a levantar, passo seu braço pelo meu pescoço e vamos subindo degrau por degrau quando sinto meu cabelo sendo puxado quase nos jogando escada abaixo.

— Você vem na minha casa e te encontro subindo as escadas com meu melhor amigo?

— Argh! Precisava puxar meu cabelo seu babaca?! – Digo agressiva, Inuyasha começa a pesar ainda mais em meu ombro – Inuyasha precisa de ajuda.

O moreno olha para o garoto e depois pra mim.

— Eu vou levá-lo. Vá pegar o café na cozinha. – Ele diz emburrado. Parece que não bebeu nada alias.

— Não, eu vou levar. Pegue você o café e rápido! – Digo ríspida. Usando toda minha força para subir as escadas com Inuyasha pendido não vale o meu orgulho.

Abro a porta do primeiro quarto que vejo e o coloco na cama. Quando estou ajeitando seu travesseiro ele segura meu braço me chamando atenção.

— Miroku vai trazer café, você vai tomar um banho e vamos conversar. Tá bom? – Ele me encara calado.

— Se continuar olhando para minha namorada assim, você é um homem morto Inuyasha Taisho! – Miroku grita me fazendo dar um pulo.

Inuyasha dá um sorriso mas ainda ta chorando.

— Obrigada. – Ele me diz sonolento, eu seguro sua mão com força e ele entende o que eu quero dizer.

O moreno praticamente enfia o café na minha cara. Inuyasha parece ter adormecido, então coloco o café sobre a mesinha ao lado da cama. Agora que eu olho o quarto vejo que é o do Miroku.

— Sim é o meu quarto, se não fosse tão relutante já teria conhecido ele. – Ele diz irritado e me fazendo revirar os olhos – Ei, você não devia ficar tão perto de caras bêbados.

Eu o levo para fora do quarto.

— Eu estava ajudando seu amigo! – Eu digo irritada.

— Eu sei, e aquele cara lá dentro é ótimo. Sério mesmo, mas está irritado e bêbado. Você é linda e estava debruçada sobre ele.

Eu quase rio.

— Você desligou na minha cara, disse que não sabia quem eu era, dá uma festa só com mulheres e ainda me chama de namorada – Eu fixo meus olhos nos dele – Eu nunca fui sua namora Miroku. Nem mesmo sua amiga, mas sou amiga do Inuyasha. E estou aqui por ele enquanto você estava enrolado em meia dúzia de vadias.

— Essa festa foi ideia dele! – Ele diz ofendido e eu cruzo meus braços o encarando – Ok, foi ideia minha mas para anima-lo! Ele levou um fora depois de admitir que amava sua amiga, pra ele, admitir que gosta de alguém é uma coisa difícil. Muito mais que ele estava enganado!

— Ele não levou um fora. Ela o ama.

— Maneira estranha de demonstrar. – Ele dá de ombros.

— Ah, você acha? - Eu debocho e o garoto desvia o olhar – Enfim, não importa agora. Inuyasha estava murmurando que alguém matou a mãe dele e vai pegar ela também. Ele comentou alguma coisa sobre isso?

— Não.

Miroku para por um minuto pensativo.

— Droga, então ele descobriu alguma coisa sobre o assassinato da mãe dele.

— A mãe dele foi assassinada?! - Digo boquiaberta e ele concorda com um gesto de cabeça.

— Nunca pegaram o responsável.

— Tadinho, vamos ajudar. A Kagome disse que volta logo depois do recesso mas eu sei que não vai. Ela não sabe mentir ... – Respiro fundo encostando na parede ao lado da porta – Ue, e a música? – Murmuro não escutando nada.

— Eu mandei todos embora. – Ele me diz sério, seu olhar faz meu coração pulsar. Eu tenho fugido dele como se dependesse disso pra viver.

Eu sempre soube que Miroku era um mulherengo mas o modo que ele olha pra mim me desarma e isso é perigoso.

— O que foi? – Digo desviando o olhar.

— Você vai fugir até quando? Eu falei sério. – O garoto coloca as mãos no bolso e me olha nos olhos – Eu gosto de você.

Eu contenho um risada.

— Eu gosto mesmo de você, Sango. Mesmo sendo covarde em encarar o que sente, então não ria. – Ele faz bico.

— Eu estou rindo, porque você é o único idiota para fazer declarações cheirando a pelo menos 10 tipos de perfumes femininos diferente! – Ele me olha perplexo – Ah, você nem mesmo tem a desculpa de que bebeu, porque sei que não bebeu então vamos lá, eu também gosto de você. Mas isso aqui? – Aponto pra mim e depois pra ele – Vai ser uma coisa bem difícil de se manter.

— Bom, eu não desisto fácil. – O moreno dá um sorriso de canto e seus olhos parecem brilhar. Quando ele tenta dar um passo em minha direção eu estendo o braço para que ele se afaste.

— Você não vai chegar a um metro de distancia antes de um banho. Argh! – Faço cara de nojo e ele ri sem graça.

POV KAGOME

— Você alugou a cobertura do hotel. – Olho para o homem ao meu lado mexendo no celular. Quando o rapaz com a bagagem chega abrindo a porta do quarto, Sesshoumaru guarda o celular no bolso e lhe dá uma gorjeta, em seguida me pega no colo me deixando extremamente sem graça.

Ele passa pela porta comigo no colo e eu fico olhando pra ele com cara de idiota, com toda certeza. Assim que o rapaz sai do quarto ele me coloca no chão.

— O que foi isso? – As palavras saem no automático.

— Recém casados. Não é só uma cobertura Sra. Taisho – Ele diz sério – É a cobertura de núpcias.

Eu sinto minha alma saindo do corpo. Sesshoumaru estala os dedos na minha cara tentando me trazer a si. Eu corro pela cobertura imensa e vejo que tudo está decorado com rosas vermelhas. Na banheira, na cama em formato de coração, borda da piscina está toda revestidas com rosas também.

— Nossa! – Digo maravilhada – Que lugar é esse?

— Gostou? – Ele diz parando ao meu lado na área aberta da piscina.

— É lindo. AH! Você viu os papeis da adoção?

— Sim, eu achei que conseguiria tudo evitando todas as etapas burocráticas, mas vamos ter que fazer a entrevista familiar.

— Hmm ... Também pensei ... Mas vamos tirar isso de letra. – Dou meu melhor sorriso e posso ver que ele desconfia.

Ele respira fundo e expira olhando a vista.

— Hoje é seu aniversario. – Ele tira uma uma correntinha do bolso do paletó – Achei parecido com você.

— Uma margarida. – A correntinha prateada tem um pingente de margarida. Não só uma margarida, mas uma margarida sorridente – Que fofo! – Eu tento pegar mas ele segura acima da minha cabeça – Ue, não vai me dar?

Ele sorri suavemente.

— Feliz aniversário, Kagome. – Ele me entrega o cordão. Passo os dedos pela margarida sorridente.

Eu o abraço. Forte. Demora um minuto até ele me abraçar de volta.

Kouga costumava me dar margaridas desde que eu era pequena, esse tempo todo eu tentei não pensar que era meu aniversário. Eu deixei tudo que eu pude pra trás, mas meu coração veio comigo.

— Pode chorar. – Ele diz me abraçando como se eu fosse uma bola – Eu não sou muito bom com abraços.

Levanto a cabeça o abraçando mais forte.

— Vai ter que aprender, vamos ter uma filha em breve. – Ele engole em seco me encarando – Você ta morrendo de medo né?

— Apavorado. – Ele diz me apertando um pouco mais agora.

—-

Um relógio desperta bem ao lado do meu ouvido.

— QUE É?! – Acabo caindo do sofá no susto. Sesshoumaru está com segurando o relógio na minha frente – VOCÊ NÃO IA TRABALHAR?!

— Estamos em lua de mel querida, como eu poderia ir trabalhar?

— PQP, me deixa dormir. – Digo deitando no chão mesmo – Você já ganhou ontem e ficou com a cama. Eu só não te xingo mais porque o sofá é bem confortável até. Na boa, eu durmo até nesse tapete mesmo ...

— Levanta Kagome! – Ele me segura pelo braço me puxando – Se não levantar, vou te jogar na piscina.

— Aham, vai nessa. – No segundo seguinte estou em seus braços, ele praticamente voa porque quando abro os olhos já estou na beirada da piscina com o sol me cegando – Sesshoumaru! – Ele me joga na piscina mas eu me agarro ao seu pescoço o levando junto comigo.

O homem me ajuda a subir a superfície e vamos até a beirada da piscina.

— Precisava disso? – Ao escutar a risada dele minha raiva passa. Sesshoumaru para de rir e me encara sério – Você ... Você ...

— O que? – Ele tira o cabelo molhado do rosto me encarando com seus olhos amarelos, o cara parece um modelo, PQP! Que genética nessa família! – Em minha defesa, foi culpa sua.

Eu sorrio pra ele que sai da piscina e me ajuda a sair. Por um instante ficamos nos encarando. Essa proximidade. Esse clima. O que está havendo comigo? Acho que vi filmes de romance demais, onde o cara se apaixona ao ver a mocinha atrapalhada. Estamos imitando um filme adolescente?! Tem alucinógeno nessa água pra esse cara está incrivelmente irresistível assim?!

Sesshoumaru da um passo em minha direção e antes que eu faça besteira pulo na piscina de novo.

— Posso te acordar assim todos os dias já que gostou tanto! – Ele diz e eu afundo embaixo d’agua pra não ficar olhando para a roupa colada em seu corpo malhado. Se acontecer qualquer coisa entre nós, acaba com qualquer futuro que eu possa ter com o Inuyasha.

Fico boiando na piscina de pijama por um tempo, torrando no sol.

— Vem tomar café, temos um dia cheio pela frente. – Sesshoumaru aparece na beira da piscina completamente seco.

— Só se me deixar usar esse seu shampoo ai! Finalmente vou descobrir seu segredo Oh grande Sesshoumaru-sama! – Grito pra ele que revira os olhos – Não sabia que iríamos vir pra uma praia ... – Meu “marido” me dá as costas e volta pra dentro me deixando falando sozinha.

Saio da piscina e vou direto pro chuveiro.

POV SESSHOUMARU

— Argh. – Ela caiu na piscina pra fugir, sabia que ia acontecer alguma coisa. Ela estava com medo de mim ou de si mesma? Bebo meu café esperando ela sair do chuveiro. Meu celular toca, Jaken já deveria estar aqui com o que eu pedi – Porque está demorando tanto?!

— Sr. Sesshoumaru! Estou chegando, estou chegando! – Desligo na cara dele.

Kagome aparece em um short jeans curto e uma blusa de alcinhas verde. Ela está usando a correntinha com a margarida. Seu cabelo está molhado e solto, ela parece um tanto incomodada.

— Ta, qual é o motivo de sairmos daqui? – Ela diz pegando um copo de suco.

— Você pode me dar um motivo pra ficarmos aqui. – Ela me olha surpresa e eu rio – Temos que nos conhecer pra passar na entrevista familiar para a adoção. A Sra. Yamashi é muito rigorosa.

Kagome faz cara feia.

— Ela acha que eu sou sua, jovem aprendiz ... – Ela bebe um gole do suco desviando o olhar.

— Que?

— O que você queria que eu dissesse? Ou melhor, porque você não disse nada? – Ela me encara com as mãos na cintura e eu suspiro.

— Enfim, temos que nos conhecer melhor. – Digo desviando o olhar – Passando pela entrevista, conseguimos adotar a Rin.

— Ótimo – A morena diz batendo o copo no balcão – Vamos nos conhecer melhor, Sesshy-kun – Ela pisca pra mim me desconcertando.

POV INUYASHA

Acordo com uma dor de cabeça absurda pra variar.

— Se continuar bebendo assim, vai ter que entrar na reabilitação. - Sango diz me entregando um copo com agua e uma aspirina.

— Acho que ele precisava disso. - Miroku diz e eu percebo que está deitado ao meu lado, eu sento o encarando - A cama é minha amigão, você que tem que cair fora.

— Inuyasha, não temos tempo. Ontem a noite você disse que quem matou a sua mãe vai pega-la - A morena dá uma pausa e me encara - Quem matou a sua mãe e quem é "ela" que irão pegar?!

Minha cabeça dá pontadas.

— Um cara que está com a Kikyou, roubou o anel as 3 vezes e atacou a Kagome naqueles 2 dias ... - Digo baixinho.

— COM A KIKYOU?! - SANGO DIZ ALTO DEMAIS.

— Arrrrrrrrrrrrrrgh! QUE DOR! - Grito de volta.

— Inuyasha, você tem certeza que a Kikyou está envolvida nisso? Isso chega a ser uma hipótese absurda! - Miroku se senta na cama perplexo.

— Sim. A troco de que, eu vou descobrir.