When I Saw You.

Aquele com a sacerdotisa Midoriko e a escolha de Kagome.


POV SANGO

Estou sentada mais vez nessa sala de espera completamente branca. Tem sangue em minhas mãos e tudo que eu consigo fazer e encara-las.

— Não tem sentido. Ela não tinha pulso. Nem respiração. – Inuyasha está sentado do meu lado como um borrão vermelho já que sua camisa branca ficou completamente suja de sangue – Eu escutei os enfermeiros falando que não tinha batimentos cardíacos.

— Por um instante, eu senti que ela havia morrido em meus braços, eu senti ela morrer ... – Sua voz ressoa baixa na sala vazia. O encaro sentindo um frio na espinha – Alguém trocou o punhal de propósito.

— Como assim? – Ele me fita com seus olhos dourados como se estivesse com medo de falar – Eu estava lá com você, não importa a loucura que diga, talvez eu seja a única a pensar que você tem razão.

Ele respira fundo passando a mão pelo cabelo nervoso.

— Acho que foi uma experiência. Ela não usava esse maldito anel a dias, não decidiu interromper o processo de divórcio por completo. Porque usaria o anel de noivado?

— O anel ... mais cedo eu vi na mão da srt. Kagura.

— Quem cuidava da produção do cenário? Kagura-sempai! – Ele diz fechando os olhos segurando a respiração.

— Ela fez isso por ciúme? Essas filhas da puta! Eu não aguento – Me levanto irritada e o garoto me segura pelo pulso.

— Eu a conheço. – Eu quero soca-lo.

— Ela tentou matar a Kagome e é isso que você diz?! – Suspiro irritada,me levantando e o encarando diretamente.

— Kagura é ardilosa. Precisamos de provas, não simplesmente acusações!

— O anel. Precisamos pegar de volta. Deve estar nas coisas da Kagome!

— Então precisamos dele pra ter algum norte. – Ele parece ainda mais abatido.

— Eu vou pegar.

— Conhecendo ela como conheço, a essa hora, já deu um jeito de sumir com ele e está agarrada ao Sesshoumaru em algum lugar. Por isso não conseguimos falar com ele. – Ele me olha diretamente e eu lhe belisco com força.

— O que há com vocês Taisho’s? Sempre com a mulher errada! – Eu digo irritada e o garoto cora na hora – Vocês tem um imã pra coisa ruim ...

— Ei, não fale assim. – Ele me chama atenção.

— Tudo bem ficar aí sozinho por um instante? – Pergunto pra ele que me olha de lado.

— Apenas vá.

— Enfermeira ... – Chego no balcão com meus braços limpos. Finjo estar com frio pra ter um plano B. A real é que estou tão nervosa que nem frio eu sinto.

— Sim. – A jovem me diz prestando atenção a falta da parte de cima do meu vestido de Maid.

Na correria eu sai sem a blusa, apenas com o corset que fica por baixo da parte de cima do vestido.

— Minha amiga está operando, eu consigo pegar seus pertences? Ela estava usando um broche da sua avó no vestido, então eu queria guardar. Assim quando ela acordar, eu posso entregar em suas mãos no mesmo momento. – A enfermeira me encara curiosa – E muito importante pra ela. Eu consigo retirá-lo. Deixo todos os meus dados.

— Qual o nome da paciente?

— Kagome Higurashi. – Tento olhar por cima do balcão pra ver se leio alguma coisa.

A mulher engole em seco e agora eu tremo de verdade.

— Me desculpe, apenas o marido dela pode retirar ou alguém da família. Você é da família?

Droga. Eu já disse amiga. Suspiro pesarosamente.

— Sou melhor amiga dela. Mas tudo bem, vou pedir pra alguém vir ... – Finjo tremer de frio me abraçando – Você conseguiria um moletom pra mim? To congelando aqui!

Ela balança a cabeça e sai para pegar o casaco. Aproveito a deixa e viro a tela vendo quais eram as informações.

Kagome Higurashi Taisho. Taisho? Desde quando ela mudou o nome?!

Olho a lista com todos os pertences e lá está ele. O anel de noivado ainda está lá, preciso que o Inuyasha venha pega-lo o quanto antes.

POV INUYASHA

Ando de um lado pro outro esperando que o tempo passe rápido.

A luz se apagou. O médico disse que ela está estável mas não me deixou entrar para vê-la.

"Eu nunca vi coisa assim". – Palavras dele ao ver o buraco em seu peito mais seu coração que parou por um minuto, com uma perfuração, voltou a bater.

— Inuyasha ... – Escuto alguém me chamar e tomo um susto despertando dos meus pensamentos – Só liberam pra parentes ... eu vi que a cirurgia acabou.

— Você leu a ficha dela? – Pergunto agora agitado.

— Claro, o anel está lá. – Ela olha a luz apagada da sala de cirurgia – Como ela está?

— Desacordada. Não querem me deixar entrar! – Pego o celular discando o número do Sesshoumaru. Desligado – Aquele babaca! – Ligo pra Kagura e ela atende na terceira chamada.

— Kagura, Sesshoumaru está com você? – Sango pega o telefone já falando sem me dar escolha – Preciso falar com ele.

Ela coloca o telefone no viva voz entre nós.

— Sango? – A voz do imbecil do meu irmão embrulha meu estômago.

— Seu imbecil, eu te liguei milhares de vezes! – Digo impaciente – O que você tem na cabeça seu idiota?!

— Vá encher o saco de outro, Inuyasha! – Sesshoumaru diz irritado - Adeus.

— Inuyasha ... – A garota segura meu braço – Sesshoumaru, estamos no hospital, teve um acidente na peça. Kagome foi operada de emergência.

Em seguida escutamos o barulho da ligação encerrada.

— Eu simplesmente não acredito nisso.

— Meu Deus. Eu pensei que ele se importasse um pouco com a Kagome ... – A morena diz incrédula, se sentando em uma das cadeiras – Será que eles bolariam o plano juntos?

— Não. Isso não ... – A verdade é que não tenho certeza.

Desvio meu olhar para o chão.

— Você e um péssimo mentiroso, Kagome tinha razão. – Ela suspira – Devia ir se trocar. Eu vou ficar aqui.

É verdade, ainda estou coberto pelo sangue dela.

— Quero vê-la.

— De repente quando você voltar, ela já acordou.

— O que houve?! – Sesshoumaru diz tão alto atrás de mim que tomo um susto, ele me olha perplexo. Assustado. Eu nunca o vi tão assustado – Vocês querem me dizer como ela está?! – Ele está se segurando o máximo para não gritar.

Como chegou tão rápido aqui?!

— Trocaram o meu punhal na peça da escola. Quando ela se apunhalou no último ato, foi de verdade.

Seus olhos estão fixos em minha camisa, agora vermelha.

— Ela sobreviveu? – Ele pronuncia as palavras como se estivesse em modo automático.

— A faca atravessou seu coração. Os médicos disseram que nunca viram um ferimento desses ter uma cirurgia bem sucedida.

— Ela está desacordada. – Sango diz gentilmente – Mas ela vai melhorar. Kagome é forte, vai sair dessa.

Ele cai sentado na cadeira bem ao meu lado, sem dizer mais nada.

— Porque não atendeu antes?

— Eu vou pegar uma água pra você. – Antes de sair, minha amiga vira pra mim – Inuyasha, não esquece de fazer o que eu te pedi.

Pegar o anel antes que esteja na mão do Sesshoumaru.

Se ele está metido nisso, não temos muito como agir.

— Não tem nada que queira me contar? – Ele murmura baixinho agora.

— Como assim?

— Punhal no coração. Como ela pode não ter percebido?! Inuyasha ... – Ele se levanta endireitando a postura – Não da mais pra fazer isso. Não posso viver assim, se isso foi obra do Naraku, eu vou acabar o matando.

Eu nunca o vi tão machucado. Isso é estranho demais.

— Eu vou buscar as coisas dela na recepção. Se te ligarem você pode liberar? – Ele me olha de lado hesitante – Sesshoumaru, você devia se preparar pra enfrentar o que vier, esteja sempre um passo à frente.

Meu irmão suspira impaciente.

— Você era pequeno quando ele morreu, ainda se lembra disso?

— Ele era meu pai, como eu poderia esquecer?. – Murmuro pra mim mesmo. Relembrando as conversas com meu pai.

“ Esteja sempre um passo à frente. Se estiver preparado, vai saber como cair e assim, levantar com toda glória merecida. “

No fim, tudo se resumia a isso. Conseguir seu momento tão esperado de “gloria”.

POV SESSHOUMARU

— Como assim ela não acordou ainda? – Digo exaltado.

— Parece que a sra. Taisho sofreu um choque que afetou sua atividade cerebral. – O médico hesita antes de continuar.

— “Parece”? Você só pode estar de brincadeira comigo! – Eu dou um passo em sua direção mas Sango me puxa pra trás.

— Calma Sesshoumaru. – Ela se dirige ao médico – Me desculpe, ele está ... abalado. Poderia me explicar melhor? Já passou de 24 horas depois da operação.

— Está tudo certo com o corpo dela. O ferimento está cicatrizando incrivelmente rápido, mas sem retorno de atividade cerebral. Não posso afirmar se ao menos um dia ela acordará. – O velho me olha de lado por um instante – Nunca vi um caso como este.

— Podemos fazer alguma coisa?

— Ter fé.

Eu me sinto a pior pessoa do mundo. Eu nunca me importei com isso, mas vê-la na cama do hospital cercada de aparelhos faz eu começar a suar frio.

Sango se aproxima da cama e segura a mão da minha esposa, eu não consigo me mexer. Isso não foi culpa minha, então porque me sinto tão responsável?

— Kagome-chan, estamos aqui. Você pode acordar quando quiser ... – A garota engole o choro – Sesshoumaru está tão apavorado que congelou. – Ela da um riso fraco – Ele também ama você. Quem iria imaginar né?

Eu a amo?

Me aproximo da cama, ela parece a bela adormecida mas sua pele perfeita parece gelo.

— Sesshoumaru, ela é forte. Eu sei que vai acordar, só precisa de um tempo pra descansar do mundo. Não se culpe, Kagome com certeza não ia querer isso ... – Sango está abatida, mais 24 horas dentro desse hospital. No momento ela parece mais madura que eu.

— Deveria ir pra casa. Eu fico aqui com ela até os pais chegarem. – Digo pra garota que respira fundo encarando a melhor amiga.

Ela concorda com um aceno de cabeça, saindo em silêncio do quarto.

Eu me sento na cadeira ao lado da cama.

Eu virei o mundo dessa garota de cabeça pra baixo. Desde o dia do nosso noivado coisas terríveis tem acontecido a ela.

“ As mulheres Taisho sofrem. “

— Eu posso amar você quando eu nem mesmo sei o que é amor? – Murmuro baixinho – Você com certeza poderia me explicar o que eu estou sentindo, sabichona. – Meus olhos enchem de lágrimas – Essa dor no peito é amor ou culpa?

Seguro sua mão gelada e noto que as lágrimas estão descendo sem eu ao menos senti-las.

Se eu disser isso em voz alta vai ser verdade.

POV KAGOME

Eu levanto assustada. Completamente suada, respiração acelerada, meu peito dói.

— Ai! – Me levanto com dificuldade.

— O que você pensa que está fazendo?! – Kouga sai do banheiro correndo e me apara – Você precisa descansar sua teimosa! – Ele me repreende e eu o encaro ao vê-lo só de toalha em meu quarto.

— Você só pode estar de sacanagem comigo. – Eu reviro os olhos e o ele ri. O som da sua risada me tranquiliza absurdamente.

— Eu sei, nada de provocações. Mas se continuar me encarando assim, eu vou esquecer que está de resguardo sra Hasegawa. – O moreno de me dá um selinho demorado e o eu congelo - Péssima ideia fazer uma cesariana!

Resguardo ? Sra. Hasegawa?

Olho para minha mão e vejo o anel de noivado de sua avó junto com a aliança. Kouga usa uma aliança novinha igual a minha.

Escuto um choro de bebê vindo da babá eletrônica. Kouga me senta na cama e sai correndo do quarto e eu percebo que estou em sua casa.

Ele volta com um bebê nos braços e me entrega. Recém nascido, quentinho, cabelos negros.

— Calma, calma Inoue-chan– A voz do meu amigo vacila e eu o olho diretamente, ele faz carinho na cabeça do bebê o ninando – Mimada como a mãe ...

O que está acontecendo?

— Inoue? – Encaro o bebê em meus braços que começou a dormir – Ela não tem cara de Inoue!

O moreno rir e suspira.

— Então, qual nome você sugere?

— Serena.

— Isso ela nunca vai ser! – Ele me fita intensamente com seus olhos azuis. Um sorriso descansado nos lábios.

Aqui com esse bebê nos braços tão a vontade com o Kouga eu me sinto bem. Quase aliviada ao pensar que tudo aquilo que eu achei que fosse minha vida, na verdade era um grande pesadelo.

— Eu tive um pesadelo horrível. – Minhas palavras saem hesitantes – Eu estava casada com um homem estranho, ele não gostava de mim ... Acontecia cada coisa absurda.

— Espera, você está me traindo nos seus sonhos?! – Eu seguro uma risada para não acordar o bebê que dorme tranquilo – Kagome! – Ele me belisca.

— Aí!

— Shiu! – Ele sela meus lábios com o seu e eu arregalo os olhos surpresa. Automaticamente eu penso no beijo daquele outro homem e me afasto – O que foi?

— Vamos acordar a Serena desse jeito! – Sussurro o mais baixo possível.

Já faz cinco dias que continuo tendo o mesmo sonho.

Estou arrumando as roupas do bebê na cômoda tentando lembrar de mais alguma coisa. Algo lá fora prende minha atenção.

— Cabelos prateados, olhos amarelos. – O homem caminha sem perceber que está sendo stalkeado pela janela, ele entra na casa ao lado da minha – É você ... Isso não faz sentido algum.

Uma dor no peito me invade. Tão forte que me faz cair sentada na cadeira de balanço ao lado do berço.

O bebê começa a chorar.

— Shiiii, tá tudo bem, mamãe está aqui ... – Eu me levanto a pegando no colo, ignorando essa pressão em meu peito – “ A memórias no lugar, onde o vento ... encontra o mar”— Cantarolo pra menina enquanto a embalo – “Durma logo e vera, o rio te leva a se encontrar...”

Faço movimentos leves de sua testa até a ponta de seu nariz com o dedo mindinho e a menina se acalma dando um sorriso preguiçoso.

Ela abre os olhinhos e eu vejo o tom de azul intenso de seus olhos.

— Olha só, você tem os olhos do seu pai ... Que inveja! – A menina ri como se entendesse o que estou falando – “ A voz de longe irá soar, e te alcançar onde estiver ... Não deixe o medo atrapalhar, a enfrentar o que o rio trouxer ... “

— Eu amo você. – Kouga diz me chamando a atenção. Ele está na porta assistindo desde quando? – Eu amo vocês duas e não sei o que faria sem vocês ...

— Desde quando está aí? – Eu estreito meus olhos para o moreno que tem os olhos emocionado.

Desde o início.

Eu sei o que ele quer dizer, mas isso soa tão estranho. Porque minhas memórias parecem tão falsas ... Eu tenho tentado tirar isso da minha cabeça, mas toda noite esse mesmo sonho volta destruindo toda solidez que crio durante o dia.

— Porque parece que isso não é real? – Encaro o bebê em meus braços dormindo - Eu estou assustada.

— Só não será real se você não quiser ... - Ele se aproxima de mim em segundos me abraçando pela cintura, enterrando seu rosto no meu pescoço - Essa é a realidade que você sempre quis. - Eu me afasto dele colocando o bebe já adormecido no berço - Você vai escolher nos abandonar depois de tudo? - Eu me viro o encarando.

Quando eu caio na real que tudo isso é um sonho, esse mundo congela. Sua expressão de magoa me machuca tanto que começo a chorar.

— Eu te dei uma chance de conhecer seu coração. - Eu me viro dando de cara com uma mulher de cabelos negros médios e olhos violeta - Tudo isso pode ser seu Kagome. Essa paz é merecida e não vou lhe julgar se decidir ficar.

— Quem é você? - Digo dando um passo pra trás.

— Você desejou que não doesse mais e eu ouvi. - Suas roupas de sacerdotisa me chamam atenção - Graças a sua linhagem estávamos destinadas a nos encontrar. - Ela sorri levemente - Meu nome é Midoriko.

— Hã? - A mulher se aproxima de mim colocando a mão em meu peito deixando visível uma cicatriz - Eu me apunhalei ... - As lembranças vão surgindo uma a uma - Você é Midoriko, a sacerdotisa da árvore sagrada ...

— Você sofreu muito Kagome.

— Eu não posso ficar aqui, isso não é real! Preciso acordar ... - Abraço meu corpo tentando afastar o frio que me invade.

De repente estou na frente da árvore sagrada. A sacerdotisa me encara com tristeza nos olhos.

— Seu destino é trágico. Tem certeza que quer voltar? - Eu a encaro fixamente concordando.

— Eu preciso! Eles são minha família ... Eu vou mudar esse destino.

— Não é tão fácil assim, dessa vez eu te salvei. Não serei capaz de fazer isso novamente. - Ela estende a mão pra mim me mostrando o anel com a pedra rosa - Esse anel foi confeccionado com a joia de quatro almas. Precisa destruí-la antes que ele destrua vocês.

— Como assim?

— Se eu não tivesse interferido, essa joia teria roubado a sua alma, Kagome. - Eu me aproximo dela e percebo que a energia que eu sentia ao ficar próximo a árvore é dela - Você tem uma energia espiritual forte e pura. A joia de quatro almas se alimenta de energia maligna, como você não tem ela cria situações para essa energia emergir ao seu redor.

— E como eu acabo com isso? - A sacerdotisa não responde - Com a minha vida ...

Midoriko balança a cabeça concordando com um leve aceno. Um frio na espinha me pega de jeito.

Eu abraço meu corpo com ainda mais força tentando afastá-lo.

— Depois que a joia for destruída, você poderá descansar. - Ela encosta sua mão em mim tentando me confortar - Em recompensa pelos seus feitos eu a deixarei viver aqui, como passou esses 10 dias. Se você se permitir, poderá ser feliz e ter a paz merecida.

— Esse tempo todo eu senti que algo não encaixava, que algo estava errado. - Murmuro mais pra mim mesma que pra mulher desconhecida a minha frente - Isso aqui não é onde eu quero estar. Quero estar com o Sesshoumaru. Com meus amigos ... Eu os amo. - As lágrimas descem livre pelo meu rosto - Eu amo o Sesshoumaru ...

— Sesshoumaru é a causa do seu sacrifício. Ainda consegue ama-lo?

— Eu não me importo, eles são minha família! Daria minha vida por eles ... - Eu digo mais alto do que esperava.

Midoriko me encara sorrindo gentilmente quando ela encosta seu dedo indicador em minha testa, tudo fica escuro.

Escuto longe o barulho da máquina indicando minha pulsação acelerada. Abro meus olhos com dificuldade.

— Kagome! - A voz da Sango me acorda por completo, vejo a imagem embaçada da garota correndo pra fora do quarto, ela volta acompanhada pelos médicos - Você acordou ... - Ela está chorando.

— O que houve ? - Minhas palavras saem quase inaudível - Minha cabeça está latejando ...

— Vai ficar tudo bem. - Ela aperta minha mão com força - Estamos aqui.

Um homem surge entre os médicos que estão checando meus reflexos e aparelhos.

Seus olhos amarelos me chamam atenção mas eu não consigo lembrar onde já os vi. Aperto a mão da minha amiga e ela se aproxima.

— Quem é ele? - Sango arregala seus olhos castanhos pra mim em seguida o fita assustada.