Wander e os Colossos

Cápitulo 1 - Prólogo: O Povo Antigo


Um povo antigo seguia uma religião onde seus mandamentos e ensinamentos não eram tão obedecidos, mas eram compreendidos e aceitos. Essa religião dizia para encontrar e alcançar o significado de sua alma. O sacerdote desse povo era visto como uma reencarnação de um deus onde se acreditava que "baniria" o mal com a sua luz e traria de volta a luz cintilante. Esse sacerdote era o verdadeiro brilho, e acreditavam na reencarnação de um deus através de sua alta sabedoria e conhecimento, dedicando sua vida e os ensinamentos ao povo. A população dessa terra acreditava nisso antes do "ser iluminado" aparecer e se mostrar ser o ser iluminado, conquistando seu povo, ensinando, e educando, foi visto que ele era esse ser iluminado. Todos estudavam sobre sua religião, o que permitia e o que não permitia, o que deve e não deve fazer, o pecado e suas consequências, mas o sacerdote sabia mais que os outros... Mas... nessa religião, o pecado é algo que você pode se redimir após o feito, e compensar com seus atos após, voltando a ser puro, supostamente. Caso esses pecados fossem cometidos com frequência e abusos, algo os puniria pior do que o próprio pecado, algo que apenas o ser iluminado pudesse fazer de sí a salvação, e passar de gerações à gerações seus ensinamentos para combatê-lo, o combate é apenas uma batalha de muitas que talvez não haja fim, mas que sempre existirá com os mortais. Nessa religião não diz que o homem pode ou não colocar sua criação à um ponto que transcendesse seu próprio estado e até mesmo Deus, sendo Deus o ser supremo, do conhecimento, da vida, e do amor, assim pensava o povo.


Após anos, e o ser iluminado ser revelado para o povo, uma entidade, que se denomina um deus, com aparência negra, chifres, e de mesmo tamanho dos humanos, aparece. Essa entidade não tinha noção do porque estar alí ou até mesmo estar existindo num lugar vago, silencioso, e sinistro.


Após a existência dessa entidade, algumas pessoas do povo passam a morrer sem suspeitas do porque, e olhando as lágrimas e desespero dos humanos com a perda de um ente amado, o tamanho da entidade ia aumentando, até que, ela resolve querer ajudar os humanos, e após o mesmo chorar pelas perdas do povo, milagrosamente, acreditava o povo, os entes passavam a reviver. O povo acredita que foi o milagre de Deus, sendo ele, a entidade que os reviveu. Essa entidade passa a ser adorada pelo seu poder e tamanho, sendo adorado realmente como um deus, sendo construído pelo povo um Santuário de Adoração, que não só o adorasse, mas que também adorasse aos ídolos animais, pois o povo acreditava que as vinte e quatro divindades deram origem à essa divindade milagrosa, e que Deus fez com que eles criassem essas vinte e quatro para que fosse feito um milagre sobre o povo, sendo colocado os vinte e quatro ídolos no santuário. O sacerdote, com um conhecimento e sabedoria maior, pensa consigo mesmo que algo estava errado.

Então é construído um santuário à sua adoração, com respectivos 100 metros, o santuário, supostamente, alcançava o céu. Mas... as pessoas, quando revividas pela entidade, algum tempo depois, passaram a serem vistas com auras negras, auras más, uma má influência sobre sí. O povo tentava tirar a aura pelos transes e até mesmo com rituais, mas nada tirava aquela má influência. O sacerdote reúne o povo no santuário, na parte do solo, enquanto a entidade descansa no nível superior do santuáro, no jardim, feito para sua tranquilidade e mórbido silêncio e sono. O sacerdote diz para o povo que isso que está acontecendo não é mera coincidência, mas algumas pessoas o retruca, dizendo que o milagre foi criado fisicamente. O sacerdote então faz algumas explicações:- Esta entidade não é o que imaginávamos!

– Então o que é? - dizem algumas pessoas.

– Esta entidade se alimenta dos desejos mortais, vocês não percebem? Nós pedimos o que queremos, uma nova vida para nossos amados, mas essas pessoas são ressuscitadas com má influência, ele cresce a cada pessoa que falece, se alimentando dos desejos mortais e de sua alma.- Não podemos acreditar nisso! Ele é o milagre! Se sua tese estiver certa... então qual a origem dessa "criatura" e porque o milagre passou a existir junto à nós?

– Posso dizer que sua origem se deu pelo...

– AAARHH!!! - grita o povo.

Um tremor acontece na terra, o povo dentro do santuário sente a terra descendo. Ao ouvirem a entidade no andar superior.

– Vossos mortais, precisam saber o real valor de suas vidas. Não há eternidade para aqueles que buscam a vida eterna física. Vossa imortalidade pelos seus feitos se dá por não querer a imortalidade, muito menos uma nova vida, sendo ela, a que eu lhes concedo. Vossa imortalidade é apenas da alma, aqui, os feitos humanos geram ondas de ousadias e ofensas à Deus. Fui criado para julgá-los pelos seus pecados a essas vinte e quatro divindades, e sua veracidade à nova vida. HAHAHA! - a entidade parece debochar dos humanos.

– Estão vendo!?

– Você... está nos revelando a imortalidade? - dizem os presentes alí.
– Não! Apenas estou dizendo o que precisam saber, é de suma e deliberada decisão interpretar o que eu proclamei.

– Vocês não entendem!

– Nós nao nos objetaremos ao milagre!

Ao saírem do santuário, notam que a terra abaixou, e agora não há saída da terra alí.