Shh, não ligue para o que falam

— Gigante idiota. — Falou um dos camponeses apontando uma lança de madeira .

— Saia, daqui seu monstro. — Disse outra pessoa que diferente do outro tacava pedras na direção da gigante, obrigando a recuar cada vez mais.

Diane não conguia entender o motivo pelo qual aquelas pessoas a tratavam daquela maneira, desde que pisou naquela vila as reações foram bem contrárias do que ela pensava. Eram gritos assustados por sua aproximação, reações que ela não esperava encontrar.

A razão por estar ali era pura, não tinha malícia em destruir aquela cidade, pelo contrário o que ela queria era apenas fazer amigos.

E pensar que foi tola o bastante para não ouvir os conselhos de seus companheiros de equipe, eles avisaram que seria uma má ideia uma vez que a vila em questão não era simpatizante de gigantes, mesmo assim ela não quis ouvir a verdade.

Lágrimas não demoraram nada a descer, os pés se moveram na direção contrária correndo para longe dali.

Correu para perto da taberna, fazendo uma grande agitação com os pés no chão algo que chamou a atenção de todos ali, Elizabeth pensou em ir e conversar com a amiga, contudo acabou sendo impedida por King.

O rei das fadas flutuou para fora do estabelecimento até estar perto de Diane, ela abraçava suas pernas e chorava baixinho aquela cena partia seu coração em mil pedaços. Odiava vê la chorar, odiava a expressão triste que de vez em quando tomava seu rosto.

— Diane... — Murmurou o rapaz.

Não levantou o rosto, não queria falar com ninguém queria ficar quieta.

— Vai embora. — Disse a gigante.

Suspirou fundo, aproximando se um pouco dela e tocando um dos braços dela.

— Não chora, não tem motivo para chorar Diane.

Ela acabou rindo de maneira rouca ao ouvir aquilo. Como ele poderia dizer aquilo? Não sabia pelo o que ela passava, ele era normal ela por outro lado não.

— É fácil falar, você não é comparado com um monstro King. — Retrucou o pecado da inveja.

Iria falar um de seus inúmeros discursos, porém preferiu por se calar.

Em silêncio King acabou com a distância entre eles, tocando seu rosto com carinho.

— Você não precisa ouvir o que os outros dizem Diane, não precisa ligar para a opinião dos outros, se fizer isso você nunca vai viver.

Confusa franziu o cenho, o quê ele estava dizendo?

King sorriu qua do os olhares se cruzaram e novamente ele movimentou sua mão pelo rosto da amiga. O choro já não vinha mais, tinha parado no segundo em que o amigo ficou mais próximo de si.

— Você é linda do jeito que é, não é um monstro.

— Não sou? — Rebateu a morena.

Antes de responder ele movimentou o rosto para os lados em uma negativa lenta. E também não ficou ali parado por mais tempo, flutuou até que os lábios encostas sem na testa e pudesse deixar um beijo casto ali. Riu baixinho quando a viu corar, era a primeira vez que as reações eram inversas e internamente ele estava adorando aquilo.

— Você sempre foi linda para mim, Diane.

Queria falar alguma coisa, entretanto sua voz não saia e também não queria estragar aquele momento com ele, limpou o rosto com uma das mãos e abriu um sorriso largo que foi rapidamente respondido por outro.

Só talvez King tivesse razão, ela não precisava ligar para opiniões de outras pessoas só precisava ligar para o que pensava. E agora Diane só tinha a certeza que desejava ter mais momentos como aquele com King.