A resiliência não é uma dádiva, ao contrário do que muitos acreditam. Não é algo do qual alguém deveria se orgulhar e assumir a plenos pulmões numa rua lotada, carregando-a nos ombros como um prêmio ou um dom com o qual poucos tiveram a sorte de ser contemplados.

Eu sou uma pessoa resiliente. E não, não estou sendo hipócrita ou orgulhosa ou sei lá mais o que possam estar me chamando agora. Por grande parte da vida eu me achei especial e superior, única, eu diria. Mas o tempo me tornou mais sábia e me trouxe as respostas para as perguntas que nunca cheguei a fazer, "graças à Deus" por isso.

Ser resiliente nada mais é do que ser uma mentira, isso mesmo.
Nós somos como uma folha de papel, no inicio ao menos, e temos de nos preencher com coisas boas e diversas ao longo da vida. Experiências.
Mas o que nós, pessoas resilientes, fazemos quando algum "rabisco" não sai como esperávamos? Nos decepciona? Simplesmente apagamos com a borracha e voltamos a ser uma bela folha em branco.

Mas o que descobri é que, quando olhamos de perto, ainda podemos ver as manchas do lápis e a folha desgastada.