Você tem um minuto?

Complexidade Adolescente


Olhou-se no espelho do banheiro e admirou os olhos encobertos com a maquiagem borrada, ainda ouvia os berros de sua mãe no andar de baixo repreendendo-a pelo modo como chegara. Não era pra menos, bateção de portas e correrias inexplicadas não faziam parte da educação que ela dera à sua filhinha querida.

A mente era um turbilhão, tentando compreender algo tão complexo como o que pesava em seu peito. Um coração partido doía mais, muito mais, que uma lâmina atravessando a pele, as marcas em seus pulsos comprovavam que tinha experiência para afirmar algo assim.
Mas e a morte? Doía?