TRÊS MESES DEPOIS...

Heriberto e Victória estavam a plenos vapor com aquela felicidade de ter os filhos com quatro meses de muita alegria e risos mil. Era maravilhoso ver como Laís seguia linda, inteligente e muito forte e como Alan era mais meigo e mais risonho que ela. Heriberto mimava muito os dois e Victória também, embora mimasse menos que ele. Rafael estava perto de receber seu bebê e Laura estava feliz com seu belo João Paulo em casa, despontando em um mês de maternidade. O menino era lindamente loiro e pedia atenção dela o tempo inteiro.

Beth e Luciano tinham se dedicado a ficar mais tempo juntos e naqueles meses ele foi fazendo a adaptação para se aposentar e agora, ele trabalhava apenas no horário da manhã. Beth estava cada dia mais apaixonada por seu orquidário. Cuidava de suas plantas e de Tereza, que ela não largava de modo algum.

Tereza tinha ido morar com Victória, e tinha de Fernando todo apoio que precisa, cuidando dela e fazendo suas vontades, mas não consegua ser tocada por ele, e mesmo com todo amor que ele demonstrava, Tereza recuava com medo todas as vezes que ele tentou ter alguma intimidade com ela...

Virgínia estava em crise, o namoro com Léo estava ameaçado e ela tinha terminado por duas vezes e tinha contado a mãe os motivos, Rafael estava cada dia mais atencioso com a esposa e a Gravidez de Paula seguia feliz. Otávio era o pai mais babão, mais até que Heriberto, que tinha ido visitar os dois.

Laura e Tereza se falavam de modo educado, mas não eram amigas, não havia modo de ser. Mas Tereza seria eternamente grata a tudo que Laura tinha feito por ela. Quando saiu do hospital depois das três semanas de repouso que tinha passado lá no hospital, procurou Laura e agradeceu pessoalmente na companhia de Fernando.

Victória e Heriberto estavam mais que felizes, ele tinha voltado as suas pesquisas no hospital e ela a casa de modas com um novo desfile me breve. Naquela tarde, quase a noitinha já Ana Lívia corria em volta de Vick e Tereza que conversavam sobre a festa de dois anos dela.Vick ajudava a mãe a escolher tudo, as duas estavam sentadas na cama e Fernando tinha pedido a Tereza que se arrumasse e o esperasse pois os dois iam sair juntos.

Tereza se arrumou e ficou conversando com a filha.

TEREZA — Victória ela quer tudo da branca de neve, acho que vi ficar bem lindo. Olha essa festa, Vick!– Tereza mostrou a ela.

VICTÓRIA — Mãe, eu não gostei desse tema! Ana, vem aqui com a irmã! Você quer essa festa assim?

ANA – Que foi, Victólia?– Colocou a mão na cintura.– Você quer o quê comigo? Eu estou bincando, você não viu?

Teresa olhou para ela.

TEREZA— Isso é jeito de falar com sua irmã, Ana Lívia?

ANA — É o jeito sim, na escola eu apendi a fala tudo direito! Eu sou uma quinhança grande!

VICTÓRIA – Você me magoa, Ana Lívia, o que eu fiz pra você?– deixou as coisas com ela, com a mãe.

Ana parou triste e correu pra Vick.

ANA – Ei, Vick.– Ela correu até chegar na irmã.– Dicupa, Vick!

Victória levantou.

VICTÓRIA — Não quero mais falar com você, me magoou!

ANA – Eu te amo, Vick, eu to estessada!

Victoria saiu e foi em direção ao quarto deixando as duas.

ANA – Eu to muito estessada! Mamãe, Vick tá de mal?

TEREZA — Claro que tá, minha filha, você foi muito sem educação! Por quê fez isso? Você é uma menina tão bonita não precisa ser grosseira! Vai pedir desculpa sua irmã!

Ela saiu correndo descalça e fui até o quarto de Vitória.

ANA – Viki. – Olhou de trás da porta se escondendo. – Vickkķkkķkkkk!

Victória continuou dando atenção a Alan fingido que não a via e nem ouvia. Ana ficou mais uns segundos depois entrou rebolando e desfilando.

ANA — Na passalela Anaaaaa Linviaaaa! Ela é munita, ela e a rima de vick!– E parou na frente de Vick sorrindo com os braços para cima.

Victória a olhou e ficou séria mesmo querendo rir.

ANA – Ih ta zangada mesmo em!

VICTÓRIA — O que quer, Ana Lívia?

Ela ficou parada.

ANA – Eu vim pedi dicupa, eu to estessada! Ai ei guito porque eu não aguento mais!– Ela imitava o pai que andava nervoso.–Tudo sou eu, eu, só eu!

VICTÓRIA – Você não tem nem idade pra ta estressada! Não tem nem dois anos ainda e nem conta pra pagar e ta estressada? Me respeita, Ana Lívia!

ANA – Então, não vai dicupa?

VICTÓRIA – Não você foi muito mal criada esta de castigo e não vou mais te dar o peito quando quiser esse é o seu castigo.

Ela se encostou na cama e foi deslizando. A olhou séria até chegar a cabeça na cama e chorou baixinho. Amava tanto Victória que se ela brigar se era pior do que você fosse Tereza.

VICTÓRIA – Por que está chorando, Ana?

Ela chorou mais um pouco e depois falou baixinho.

ANA – Eu te amo, Vick, eu não quilia ser uma burra! A tia falou que quem briga com zoutros é uma burra!

VICTÓRIA – Você não é burra, só faz essas coisas feias sem precisar, Ana.

Ela olhou para Vick.

ANA – Eu vou embora! Vick não ama mais Ana!

VICTÓRIA – Ana, você tem tudo porque faz isso?

Ela ficou na frente dela prestou atenção, estava educando ela e não queria que ela fizesse aquele tipo de coisa, Tereza, ela já não ouvia mais.

ANA – Eu fazo porque eu fico tiste!– Mexeu as mãos e olhou.

VICTÓRIA – E por que você está triste? O que esta te faltando conta pra mim?

ANA – É seguedo.– Ela foi em Vick.

VICTÓRIA – Eu sei guardar segredo, pode me contar!– Alan se movia impaciente e prestava atenção em tudo que elas falavam e achava que era com ele e sorria.– Ou eu não vou te dar festa nenhuma!

ANA – Vick, é seguedo não pode contar! Eu quelo alguém bincano comigo, quelo bincar e não i pa ecola!

VICTÓRIA – Me conta Ana ou eu vou chamar a mamãe!

ANA – Ai eu quelia um biço! E minha mãe vai biga!

VICTÓRIA – E você já tentou pedir? Falar ao invés de ser essa malcriada que esta sendo?– falou como mãe.

ANA – Eu não quelo ser malquinhada não, Vick, eu gosto de ser boa!– Olhou pra irmã e começou a prestar atenção no bebê que estava no colo dela e começou a brincar com ele.

VICTÓRIA — Então, seja boa ou eu não quero mais papo com você e vou falar para Heriberto não te dar mais beijo e nem vai dormir mais aqui com nos dois e nem nada vai ficar sentada lá na sua cadeira do castigo da próxima vez olhando pra parede!

Ela olhou para Vick.

ANA – Você dicupou?– ela esperou Victória falar.

VICTÓRIA – Eu desculpo mais ainda está castigada!

ANA – Sem mamá?– Ela falou olhando Alan. – Viu não biga com sua mãe, que ela corta o mama!– Fez um gesto com a mão.

VICTÓRIA – Sim, sem mama!

Beijou o bebê e se virou para sair.

ANA – Posso ir bincar?

VICTÓRIA – Sim, agora você pode!

ANA – Eu te amo tá, Vick um montão.

VICTÓRIA – Eu também te amo rabugenta!

E saiu correndo. Tereza veio até Vick e se sentou com a filha.

TEREZA – Ele se desculpou? – o rosto dela trazia uma tristeza estranha.

VICTÓRIA — Sim, ela quer um bicho e por isso esta estressada. O que a senhora tem?– deixou Alan na cama e pegou Lais que reclamou no berço sentou e deu peito a ela.

TEREZA – Fernando quer sair hoje.

VICTÓRIA — E o que a de errado nisso, mamãe?– Ela a olhou.

Tereza sentiu-se triste e juntou as mãos sentindo o estômago doer.

TEREZA – Filha, eu tenho que te dizer uma coisa!– ela suspirou.– Somos amigas e eu quero conversar, mas posso esperar que coloque meu neto no berço dele, ele já dormiu. Eu espero você, filha! – e se deitou na cama esperando que a filha lhe desse atenção.

Vick deixou Lais no berço e Alan que já havia dormido ali sozinho ela também o colocou em seu berço e voltou até a mãe!

VICTÓRIA – Diz, mãe o que foi?–Ela abraçou Vick como se fosse uma criança, sorriu e a olhou.

TEREZA— Filha, eu não sei se consigo sair e jantar e ....– estava com os olhos fechados, apertou Vick contra ela.

Tereza fazia terapia naqueles meses todos. Vick agarrou a mãe com todo seu amor e beijou os cabelos dela

VICTÓRIA — Mamãe, a senhora consegue, sim sair, jantar e voltar pra casa antes da meia noite que a senhora se esqueceu que não pode ter relação ainda? Já está pensando em trepar. – Falou brincando para tirar a tensão da mãe.

Ela suspirou.

TEREZA — Não quero que ele me toque, Vick, não posso e não quero que ele me toque, filha, completei os três meses, já estou liberada, mas não quero.

VICTÓRIA – Então, diga a ele, Fernando não tem cara de que vai te forçar a alguma coisa e eu sei que ele está dormindo no sofá da sala!

TEREZA – Como você sabe? Ele volta para o quarto todo dia de manhã. Não consigo dormir com ele ali do meu lado, filha, eu acordo assustada e eu não.

VICTÓRIA – Porque eu o vejo, tenho dois bebês que acordam muito a noite.

TEREZA – Eu o amo, Vick, eu o amo e ele é maravilhoso! Você sabe que posso ajudá-lo de outros modos, mas eu não consigo, toda vez que ele chega perto para me beijar, lembro do seu pai.... – ela fechou os olhos e suspirou.

VICTÓRIA – O que a terapeuta te falou? Vai com calma, mãe faz como se vocês dois fossem namorados e comecem do zero. Olha a senhora pode fazer igual eu e o Heriberto jovens.Começa com beijo e depois com língua e depois bem depois você conhece a espada de São jorge!– Não se aguentou e riu.

Tereza riu com ela.

TEREZA – A terapeuta disse que devo respeitar meu tempo, mas que não posso fugir da realidade, que preciso reaprender a desfrutar do meu corpo e do contato com os outros, que devo abraçar, beijar e tocar as pessoas, para perder o medo. É muita tortura, isso funcionava com você virgem se torturando, Fernando é um homem, vivido, não posso pedir que se comporte como adolescente....– ela pensou.

VICTÓRIA – Mas ele te ama e se está dormindo na sala por você ou as vezes no chão do quarto porque você tem uma foguetinha que conta tudo que, aliás, está muito quieta!

TEREZA – Ta brincando com os brinquedos dela e a babá ta lá.– ela suspirou.– O que ela contou?Essa semana entrou no banho do pai e disse que queria também, ele deu banho nela, foi uma farra.

VICTÓRIA – Disse que o pai dorme no chão e que ela dorme junto com ele porque ela ama o paizinho e não quero ele tiste! – Imitou ela.

TEREZA – Ela está nos vigiando esses dias pediu o peito, eu disse que não tinha ela cheirou e disse: Papai, então é seu, não tem leite!

Vick riu.

VICTÓRIA – Mãe, aí ela vem aqui no meu quarto e diz: Vick, mamãe secou da só um pouquinho, só um pouquinho mesmo, eu tô passando mal de fome...

TEREZA — E você dá, né, filha? Você dá!

VICTÓRIA – Sim, eu dou! Ela não pede todo dia!

ANA – Tudo bem, amor, tudo bem!

Fenando chegou na porta com flores nas mãos, Tereza não tinha visto ele.

FERNANDO – Boa noite.– Ele falou com a voz carregada de amor.– Sabia que tem uma mini Sandoval lá na sala pintando as paredes e a babá?

Tereza o olhou e sorriu.

TEREZA – Boa noite, Fernando!– ela sorriu. – Ela vai apanhar!

VICTÓRIA – Ela esta riscando, eu vou ver...

Victória levantou e saiu dali antes da mãe deixando os dois sozinhos.

TEREZA – Oi... está com fome?– se sentou na cama.

Ele ofertou as flores para ela.

TEREZA — Obrigada.– ela sorriu e pegou cheirando.– São muito lindas!

FERNANDO – Você vai querer ir jantar comigo hoje? – Falou com calma.

Ela o olhou.

TEREZA – Aonde vamos?– ela se acalmou e respirou, ergueu uma mão e alisou o braço dele com carinho, tinha se sentado ao lado dela na cama, fez num gesto sem pensar.

FERNANDO – Num restaurante novo que abriu aqui pertinho da sua comida favorita.

TEREZA — Mexicana?

FERNANDO — Sim, amor...Você quer?

TEREZA — Eu quero sim, eu adoro comida mexicana,

Ele sorriu, ela abriu um sorriso para ele.

TEREZA – Você quer me beijar?– ela falou com o coração acelerado.

FERNANDO – Eu quero sempre te beijar, mas não te quero com medo!

Ela se aproximou de vagar o coração na boca, as mãos frias e beijou ele com um leve sem desejo, voltou e beijou de novo, na segunda vez com mais gosto e ela fechou os olhos e sentiu o cheiro dele. Ele quis segurar ela pela cintura, mas sentiu medo e segurou o rosto dela a beijando com calma, ela chegou mais perto e suspirava com ele ali.

FERNANDO – Eu te amo!

TEREZA – Eu também te amo...

Falou com o coração na boca e deslizou a mão nas costas dela, ela o abraçou com cuidado e desejosa beijou mais.

FERNANDO – Eu quero fazer amor com você. – Sussurrou no ouvido dela beijando de leve.

Ela sentiu o corpo retesar, o peito gelou e ela suspirou sem soltar dele.

TEREZA – Eu tenho medo, Nando.– ela deitou a cabeça no ombro dele sem chorar. Ele a abraçou com cuidado.

FERNANDO – Eu sei esperar!

TEREZA – Eu sei que sabe, amor, eu te amo, você é maravilhoso, eu quero pedir um coisa. – ela estava falando baixinho.

Ele se afastou e a olhou.

FERNANDO – Pode dizer...

TEREZA – Eu quero tentar, mas se eu ficar com medo, você para, amor, você me ajuda? A médica me liberou a uma semana e você está sem mim a quase cinco meses.

FERNANDO — Minha vida é você que manda!

TEREZA – Eu não quero sentir dor.

FERNANDO — Meu amor por que nós dois não vamos só jantar primeiro depois a gente vê o que acontece no final da noite?– Sorriu para ela.

Teresa estava tão temerosos que até mesmo quando ele estendia a mão ela ficava com medo.

TEREZA — Vamos, então, eu já tinha me preparado.

FERNANDO—Eu não quero que você sinta medo se você não quer que eu te toque eu não vou tocar é só você me dizer.Eu posso segurar sua mão?

TEREZA – Pode, amor. – ela ficou de pé com ele e segurou a mão dele com calma.

Ele segurou a mão dela e beijou, ela sorriu meio de lado.

FERNANDO – Vamos, a nossa noite vai ser linda!

TEREZA – Eu sei!– ela sorriu e o acompanhou pagando a bolsa.– Onde está nossa filha? Disse a ela que vamos sair?

Ele olhou pela sala e não a encontrou e nem Vick, sorriu.

FERNANDO — Sim, contei e ela disse que não quer irmão. – Ele riu a garota estava terrível.

TEREZA – Ela disse isso a você? – ela riu alto se aliviando.– Ela está terrível, Nando, nossa filha é terrível.

Tereza e Fernando desceram e pegaram o carro e foram para seu jantar.

NO HOSPITAL...

Heriberto estava em sua sala resolvendo uma papelada do jurídico, agora era sempre assim papel e mais papel e ele já começava a se irritar com tudo aqui, iria procurar alguém para ficar naquela sala enfurnado o que ele queria era mexer com suas pesquisas e fazer o que mais gostava salvar vidas mais com tantos problemas ele estava ali sentado olhando aqueles papéis quando a secretaria entrou:

XX – Doutor, tem um policial querendo falar com o senhor.

HERIBERTO — De que se trata? Pode mandar entrar?– ele disse porque sabia que não adiantava não receber.

Ela assentiu e saiu. Logo o homem negro e forte entrou e o olhou, tinha o cape frente a seu corpo.

XX – Boa tarde! O senhor é Heriberto Rios Bernal? – Perguntou por praxe.

HERIBERTO – Sim, eu mesmo, em que posso ajudar?– ele estendeu a mão para ele ficando de pé.

J.M. — Meu nome é Jorge Monteiro e estou no caso de João Sandoval.– Pegou na mão dele o cumprimentando.

HERIBERTO — Sim, meu sogro... queira sentar, por favor.– ele indicou a cadeira.

Jorge sentou junto a ele e começou a falar.

J.M.— O senhor sabia que ele tinha envolvimento com uma das médicas desse hospital?–O encarou.

Heriberto parou e olhou para ele sem saber o que dizer.

HERIBERTO – Tinha? Não, eu não tenho nenhum conhecimento deste fato, o senhor poderia me informar quem é ela?

Ele tirou uma foto e mostrou a ele.

J.M. – Conhece essa mulher?

Heriberto congelou na mesma hora, estava sem acreditar no que via e pegou a foto.

HERIBERTO – Doutora Alessandra...

J.M. – Isso mesmo! Meses atrás ela foi brutalmente assassinada e os indícios só comprovam que foi ele quem a matou.

HERIBERTO – Foi João?– ele olhou a foto mais uma vez.

HERIBERTO – Ela não era boa pessoa, sabemos disso, as ninguém merecia terminar assim. Esse homem era um psicopata.

J.M.–Eles tenham um caso a muitos anos, foi ele quem a formou em médica e tudo que ela era foi graças a ele.

HERIBERTO – E o que esse homem queria com ela?

J.M. – Encontramos uma tia dela que nos contou também que ele a tirou de um bordel e que a contratou para destruiu o seu casamento.

Deixando deixando a foto sobre a mesa. Heriberto ficou em choque o rosto vermelho.

HERIBERTO – Ele nunca descansou, nunca quis que Victória e eu fossemos felizes. No fim ele quase conseguiu, ficou de pé. – Desgraçado! Maldito animal! – falou não contendo sua raiva depois respirou fundo.

Jorge ficou de pé também.

HERIBERTO – O senhor me desculpe, mas ele fez muito mal a minha esposa, filhos e a minha sogra, nem a minha cunhada, um bebê de dois anos, ele poupou.

J.M. – Eu fui encarregado do caso e estudei tudo, iria falar com sua esposa mais depois de tudo que ela passou achei melhor conversar com o senhor.

HERIBERTO — Tudo bem, estou a disposição...

J.M. – Eu entendo o senhor e a mulher que morreu com ele naquela casa em chamas era uma prostituta que cansou de apanhar e se vingou dele.

HERIBERTO — Ele deixou rastro ruim em todos os locais por onde passou.

J.M. – Mas também deixou uma grande fortuna que por lei é de sua esposa.Um oficial de justiça irá entra em contato com ela.

HERIBERTO — Minha esposa não precisa de dinheiro algum, temos o suficiente para sermos felizes e vivermos muito bem!

O homem deu um leve sorriso.

J.M. — Eu imagino que sim, rainha da moda casada com um médico renomado e dono desse hospital não precisam de nada mais para viver.

Ele sorriu.

HERIBERTO – Não nos vemos assim, mas é bem isso... Trabalhamos e somos felizes com o que temos, o senhor aceita um café?

J.M. – Não obrigada, apenas vim dizer que como o acusado dos crimes esta morto e o assassinato de Alessandra foi resolvido o caso foi encerrado.

HERIBERTO – Eu agradeço e confirmo a eficiência de todos vocês.– deu a mão a ele e sorriu.– Passar bem, e qualquer coisa estamos a disposição.

Ele pegou.

J.M.— Sei que estão! Obrigada por me ouvir. Passar bem!

Se virou para ir embora.

HERIBERTO – Eu que agradeço! – e esperou que ele fosse, pegou o celular e ligou para Vick.

Era tarde, olhou o relógio, tinha perdido a hora, ela ia reclamar que ele não tinha chegado. Ela atendeu de imediato e ao fundo se ouvia a voz de Ana Lívia gritando.

VICTÓRIA — Oi?– Ela falou seca.

HERIBERTO – Oi amor, me desculpa...Tive uns documentos para despachar e demorei.Já estou indo. Ana está agitada? Já vou chegar para dar um banho nela e brincar um pouco com os três.

VICTÓRIA — Você sabe que eu não gosto de ficar sozinha, poxa seus filhos estão com saudades de você está aí desde ontem!

HERIBERTO – Amor, já estou indo, você está certa, Victória!

VICTÓRIA – Eu quero meu marido.– Falou manhosa.

HERIBERTO – Eu quero minha mulher!– ele falou rouco.– Pelada, peluda e sem pudor algum, estou com saudades e hoje quero sexo selvagem, Vick! – ele estava dizendo a verdade.

Ela sorriu.

HERIBERTO – Vivi está em casa? Quero conversar com ela e hoje preciso que ela durma com as crianças porque vamos fazer a noite inteira.

VICTÓRIA – Safado... Amor ela saiu era duas e não voltou ainda.

HERIBERTO – Isso não está bom, esse homem e ela...

VICTÓRIA – Nossa filha está estranha, amor. Vem pra casa!

HERIBERTO – Eu quero falar com ela hoje, quero que me diga o que está havendo. Já estou indo, amor, me deixe falar com Ana.

VICTÓRIA — Ana, toma.– Deu o telefone para ela que pegou eufórica.

HERIBERTO — Oi benzinho, como você está?– ele sorriu, estava feliz que eles morassem com eles.

ANA – Elibeto a Vick bigo comigo e não me ama mais e que não me quer e que não quer mais eu com você.

Victória a olhou indignada a menina era uma peste. Heriberto riu e falou com ela.

HERIBERTO – Amor, eu comprei um presente para você e para os gêmeos.– ele falou pegando as coisas e os pacotes com os presentes e saindo da sala dele para ir embora.

ANA – Não, elibeto presente é só de Ana. Só meu!Ana tá tão tiste.– Falou sofrida.

HERIBERTO – Não, Ana, você é a fada madrinha que vai dar os presentes a seus sobrinhos.– ele riu e foi até o carro.– Tá triste por que, meu amor? O que foi que fizeram com você? Vick foi malvada?

ANA — Porque não me cheila mais só cheira eles. A Vick não me gosta e mamãe vai me tazer outro irmão hoje do jantar.

Ele achava graça das coisas que ela dizia o que irritava Victória que dizia que ele estava deseducando ela. Mas Heriberto sempre pensava no bem estar e na felicidade dela. Falava sentada na cama mexendo os pezinhos. Heriberto soltou uma gargalhada e entrou no carro.

ANA – Ana tá sofrendo sem elibeto aqui...

HERIBERTO – Eu te cheirei a dois adias atrás, amorzinho e to indo pra casa te dar um banho de espuma na banheira como você gosta.

Ela deu um grito e começou a pular na cama.

ANA — Elibeto me ama Vick, me ama, só a mim me ama!

HERIBERTO – Vick ama você, Ana não diz isso...E eu amo Vick também e onde que sua mãe foi buscar um irmão?

ANA – Não ama não, só ama eu!

HERIBERTO – Quem te disse isso?

ANA — Eu vi meu papai falando que ia fazer tazer um irmão pra mim.

Ele riu.

HERIBERTO – Seu pai disse isso para você ou você ouviu ele falando com alguém?

ANA – Ele tava no telefone dizendo eu vou trazer sim o seu irmão.

Ligou o carro e começou a dirigir, em quinze minutos ele estaria em casa.

HERIBERTO — Não era isso não amor, não era isso, eu to indo tá, me espera, te amo, vou desligar.

ANA — Te amo mais que Vick. – Ela falou rindo e pulando na cama.

Ele desligou o celular a foi para casa. Victória olhou pra ela e pegou o telefone.

VICTÓRIA — Você não tem mais jeito, Ana Lívia!

Ana olhou bem Vick e falou sorrindo...

ANA — Helibeto compou um pesente pa mim Vick!– ela pulou mais. – Pula ingal eu, Vick que você não fica estessada!– e pulava quase caiu da cama, foi na beirada e quando voltou deu com a cabeça na guarda da cama, ficou olhando Vick por dois segundos e depois abriu um berreiro.

Victória se assustou e a pegou no colo e olhando o galo que se formava em sua testa e colocou uma mão na cabeça e chorou abraçando Vick e sofria de verdade pois estava doendo.

ANA – Eu num quelo morre, ai, vick, ta doenoo muito, eu quelo vive!

VICTÓRIA – Calma que a Vick vai pegar um gelo pra por aí na sua testa.

ANA – Ai, Deuso castigo eu, Vick!

Ela saiu do quarto com ela no colo e foi até a geladeira, pegou um saquinho com gelo e deu a ela para colocar na testa.

ANA — Minha mãe vai me bater, ela vai biga co mi go.– soluçava e chorava e segurava o saco de gelo.

VICTÓRIA — Por que ela vai brigar com você?

ANA – Pur que eu se machuquei sem quere e ela vai me biga.– e chorou mais.

VICTÓRIA – Não vai não, amorzinho! – Vick a segurou melhor e foi para a sala senta com ela.

ANA — Eu não quelo um irmão não, Vick!Eu não quelo!– Vick a olhou.– Liga pa minha mãe e diz que não quelo um irmão não!

VICTÓRIA – Nem eu quero, Ana para de dizer besteira!

ANA – Ai meu Deuso, ai meu Deuso...

VICTÓRIA – Você e eu tá ótimas de filha...

ANA – Me dá um mamá, por favor, eu to maçucada.– ela tocou o seio de Vick.–Por favor, Vick, um pouquinho de mamá pa eu não chola!– e soluçava ainda nervosa.

VICTÓRIA — Se você me morder como da outra vez eu não dou mais.

Ela fez que não com a cabeça e esperou o peito. Victória tirou o seio da blusa e deu a ela, tinha fixação pelo mamá e Tereza tinha secado o leito com o trauma do sequestro. Agarrou com força, mas não mordeu apenas sugou forte, depois foi se acalmando e fechou os olhos como se fosse dormir acariciando o seio da irmã.

Vick pegou o saquinho de gelo e segurou na testa dela.

ANA – Te amo, Vick, nem tá dueno, você me culou, e deu remedio pa mim!

VICTÓRIA – Então, já sarou e posso guarda o mama?

Ela agarrou o mama e ficou quieta sugando e por mais de cinco minutos ela ficou ali alisando vick e olhando a irma que ela amava mais que tudo. Heriberto chegou com os presentes na mão e sorriu vendo as duas.

HERIBERTO – Boa noite, meus amores.

Vick o olhou e sorriu. Foi até elas sorrindo e disse:

HERIBERTO — Pode largar esse mamá que é meu esse mamá ai!

Vick a olhou e esperou pela próxima pérola que a menina iria soltar. Ela soltou o mamá e sorriu.

ANA – Oi meu amor, Helibeto...

Heriberto riu abaixou beijou Vick, um selinho e depois pegou Ana no colo a fazendo rir e jogando ela para cima, várias vezes, ele começou a gargalhar depois ele se sentou ao lado de Vick co Ana no colo. Vick guardou o seio e ficou olhando os dois. Ana o agarrou e ficou rindo.

ANA – Vick mim deu mamá que eu cai oh.– mostrou o machucado na cabeça. – Ela ne runha não, é boa pa mim e me dá amor!

Heriberto riu alto.

HERIBERTO – É ruim, ANA.

Vick sorriu e tocou os cabelos dele acariciando. Ela sorriu e olhou para ele gesticulando.

VICTÓRIA – Ela tá com implicância comigo, amor, eu falei, não é runha!

ANA – To não, Vick só não quelo oto irmão. Você pode ser minha irmã, que tem mamá!Tá estessada!– ela botou a mão no peito.

Ela riu dela e de Heriberto, ele a beijou.

HERIBERTO – Olha aquela caixa grande ali, vai abrir que é sua...

ANA – Miinha?– ela saiu do colo dele correndo e pegou a caixa arrastando até Vick.

Vick cheirou ele estava com saudades.

ANA – Ajuda eu, Vick, que não consegu.

E depois ajudou Ana com a caixa. Heriberto beijou Vick na boca com amor enquanto Ana arrastava a caixa.

ANA – É gande, né Vick.

Heriberto olhava a cena delas.

VICTÓRIA – Só você que ganha presente agora, Ana!

HERIBERTO — Os gêmeos dormiram amor?

Falou ajuda ela a abrir... Ele riu, o dela só entregaria mais tarde

HERIBERTO – Ta com ciumes, é?

ANA – Eu sou bonita!

VICTÓRIA – Sim não tem muito tempo não, estão lá na nossa cama!

ANA — bo ni ta!

VICTÓRIA — Você é feia e pequena!

HERIBERTO – Era o que você queria Ana, o que você queria?

ANA – Eu sou gandona oh! – se esticou e ficou na ponta do pé. – Helibeto falou, Ana livia ta gandona ne Teleza! – imitou ele.

Victória não conseguiu não rir alto.

VICTÓRIA — Se acha demais! Nanica!

Abriram o presente, era uma casinha de acampar da barbie que eles tiveram que montar na hora porque ela ficou doida e no meio da sala onde ela adormeceu brincando dentro sem domar o banho de banheira de tão cansada que ficou trinta minutos depois. Heriberto a pegou para levar ao quarto e ela se queixou.

ANA – Deiça eu aqui, gente, deiça eu, meu deuso... – mas Heriberto levou assim mesmo com Vick ao lado dele.

Vick se levantou depois de ouviu o chorinho de Alan e foi até ele.Colocaram ela na cama e depois foram para o quarto onde ele namorou os filhos adormecidos por mais de meia hora, cheirando, beijando com amor e por fim colocaram os dois no berço. Sentiu as mãos dela em seu corpo, abraçando ele por trás, ele sorriu.

HERIBERTO – Eu preciso achar Vivi, amor! Vai pra banheira e me espera. Vou buscar nossa filha no apartamento daquele homem agora!

VICTÓRIA – Amor, eu não vou ficar na banheira até você voltar, não! – Falou manhosa. – Eu te espero chegar!

HERIBERTO – Eu vou buscá- la, amor.– ele virou se para ela a beijando e sorrindo quando a mão desde para entre as pernas dela. – Meu botãozinho vai rosa vai ficar vermelho hoje.

Ela estremeceu.

VICTÓRIA – Eu te espero só de roupão! – Mordeu os lábios dele. Eu te amo e não demora!

HERIBERTO – Não vou amor, não vou! – ele sorriu desejoso dela.

Heriberto saiu do quarto e desceu pegando a chave do carro, com dez minutos chegou a casa estava destrancada e ele entrou, ouvia uma música vinda do quarto e caminhou, seu coração acelerado, o rosto avermelhou-se a tempos que ele não gostava daquele namoro.

Foi andando mais rápido o coração na boca abriu a porta e no quarto, nua dançando e se roçando numa vara de polidance estava uma mulher loira que ele não conhecia com o namorado de vivi nu se masturbando na cama enquanto olhava ela... Vivi não estava no quarto. Heriberto apenas olhou...

HERIBERTO – Onde está minha filha, vagabundo!

Leo tratou de se tapar e levantou.

LEO — O que está fazendo na minha casa?

HERIBERTO – Cadê minha filha! Eu só vim buscar minha filha! – Ele olhou nervoso para a mulher que se cobriu assustada. – Está de safadeza traindo minha filha!

Heriberto bufou... e seus olhos viraram fogo...