Fernando se sentiu ferver de raiva pelo jeito dela.

LENA— O que quer? Veio ver sua filhinha?

FERNANDO— Por que está gritando assim? Ela é só um bebê, Lena!

LENA — Sua queridinha está aqui, toma ela, pode levar! – estendeu o bebê gritando para ele. – Nunca devia ter dado para você! Olha a desgraça que virou minha vida com essa peste!

Fernando pegou a pequena com o maior cuidado do mundo.

FERNANDO— Cale a boca!

LENA — Me dá meu dinheiro e pode levar ela. Tá com ele ai? Eu quero em dinheiro, não me engana com cheque não! Cade?

Ele nem pensou foi até o carro e pegou o envelope e jogou nela fazendo algumas notas cair no chão.

FERNANDO — Não nos procure ou eu te meto na cadeia! Tem trinta mil aí e é suficiente!

A neném chorava nos braços dele e Fernando tentava acalmar ela, mas ele mesmo estava nervoso.

LENA— Eu não vou procurar, eu te daria essa peste de graça! – bateu a porta.

Fernando ficou um pouco desesperado e de imediato ligou para Tereza.

TEREZA— Oi, amor... o que foi?

FERNANDO — Tereza, pelo amor de Deus o que eu faço pra fazer ela parar de chorar?

TEREZA— Já pegou Ana Lívia? Calma, Nando põe ela perto do você, do seu coração. Ela deve estar assustada, fala com ela que você é pai dela, que você a ama, ela vai sentir.

Fernando a segurou melhor em seus braços fazendo carinho como podia, tinha que segurar o telefone.

FERNANDO— Que mais? – Balançava ela em seus braços com calma.

TEREZA— Agora se acalma porque ela sente que você está nervoso e chora mais! Beija ela amor, ela não deve ter sido beijada.

FERNANDO— Tá, eu vou desligar senão eu não consigo segurar ela.

TEREZA — Vê se tá com a fralda suja e vem correndo pra casa!

FERNANDO— Ela está molhada...

TEREZA— Vem logo, vamos dar banho nela...

FERNANDO— Tá bom, eu vou...

TEREZA — Te amo, aguenta, você é pai agora! – ela riu acalmando ele.

FERNANDO— Eu também te amo!

Desligou e segurou a neném melhor a olhou e ela escondeu o rosto em seu peito, ele olhou para os lados e achou um bar foi até ele e comprou um pirulito, foi a primeira coisa que ele pensou naquele momento, ela pegou e mostrou a ele que tinha que abrir. Ela soluçava ainda pelo choro.

Fernando sorriu e abriu, foi pro carro e não sabia como levar ela nem a cadeirinha tinha ali ainda. Colocou ela no banco de trás e a prendeu no cinto da melhor forma possível, voltou ao bar e comprou mais dez reais de pirulito e colocou na frente dela e disse:

FERNANDO — Quietinha, nos vamos pra casa isso é tudo seu...

Ana Lívia o olhou e pegou os pirulitos espalhando no banco do carro. Ele sorriu e fechou a porta e foi para o outro lado, saiu com o carro a vinte por hora e depois de uma hora ele chegou em casa com ela já dormindo no banco de trás. Tereza veio aflita até o carro.

TEREZA— Fernando, por que demorou? Cadê ela?

FERNANDO— Ela é um bebê, eu não posso correr! – Falou apavorado, foi ao carro e pegou a menina.

Tereza olhou pirulitos, mas não disse nada.

TEREZA— Vamos entrar amor, Beth está ai.

FERNANDO— Vamos, você comprou tudo?

TEREZA— Comprei muito coisa, Nando, mas aos poucos vamos colocando tudo no lugar. – ela ajeitou Ana Lívia em seu colo e cheirou ela. – Ela precisa de um banho, amor, vou acordá-la. Eu vou deixar ela cheirosinha, papai.

FERNANDO— Ela vai chorar, eu vou pegar os pirulito!

TEREZA — Amor, ela não pode comer doces ainda é muito pequena, não faz bem! Vamos dar banho, ela pode chorar, vamos acalmá-la e dar comida a ela. Já preparei uma mamadeira e ela vai dormir...

FERNANDO— É melhor levar ela no médico.

TEREZA— Vamos levar, mas não hoje. – Tereza parou e olhou para ele. – Ela já tem tudo que precisa para ser feliz, tem a mim e a você, confia em mim, vai ficar tudo bem!

FERNANDO— Eu tô nervoso!

TEREZA— Eu sei, não estou calma também, mas vamos conseguir.

Beth apareceu...

TEREZA— Lembra que você dava amor e atenção a Vick, é a mesma coisa, mas com uma pequenininha... Oi, Tia Beth! Olhe como eu sou linda e cabeluda.

BETH — Meu Deus, Tetê ela é tão pequena!

TEREZA – Ela é um bebê maltratado, amiga! Precisa inclusive ganhar peso, olha a mãozinha de minha bichinha.

BETH— Vamos, amiga dar banho nela. – Beth foi até ela e pegou Aninha no colo e ela acordou. – Não precisa chorar, meu amor, Tia Beth é linda! Mamãe ali é feia! – Falou e saiu andando.

Aninha fez bico para chorar.

BETH— Mais até assim é linda, tia. – fez voz de bebê

Tereza riu e seguiu as duas indo até o quarto dela e ajeitou a banheira para o banho e colocou a água e quando veio a cama buscar a bebê, Beth já tinha despido ela. Tereza estendeu os braços, pegou ela a olhando nos olhinhos.

BETH — Tereza, não vai afogar a menina!

TEREZA— Oi, meu amor, eu sou a sua mamãe. – a colocou bem perto e sentiu Ana Lívia fazer xixi nela. Ana começou a chorar de verdade.

BETH — Chorou de medo, Tereza, ela estava quietinha comigo.

TEREZA— Estou batizada!– Riu.

Beth caiu na risada e Tetê foi para a banheira.

TEREZA — Não venha aqui roubar minha filha, sua safada! – Riu dela.

Fernando estava na sala com um copo na mão nervoso.

TEREZA — Mando ela fazer xixi em você! – Riu.

BETH— Já é minha, Tereza, ela vai amar mais a madrinha que a mãe!

Tereza colocou a menina na banheira, e Beth foi para perto delas com um patinho de borracha que deu a menina e viu a amiga que começou a jogar água lentamente nas costinhas pequena. E Tereza viu as marcas, viu assaduras e sentiu o coração cortar.

TEREZA— Olha Beth, que vagabunda duma figa! – mostrou as marcas de assadura na pequena e lentamente começou a ir limpando o corpinha dela e dava beijinhos enquanto fazia isso. – Uma pessoa dessa não deveria ser mãe! – Ana Lívia estava brincando, mas olhava para as duas vola e meia, estava concentrada no pato que Beth deu e as vezes, resmungava.– Pega o celular e tira foto aqui, quero guardar para o julgamento quando vamos pedir a guarda definitiva dela .

BETH— Já vai posta foto no face que tem filha! – Zombou dela para descontrair. Tereza riu.

TEREZA— isso é você que faz, a velha cibernética é você! – manteve aquele ritual e foi acalmando cade vez mais a menina, depois lavou os cabelos dela.

BETH— Na cama a gente tira quando ela estiver sequinha.

Tereza olhou com sorriso para ela todo tempo, mas Ana Lívia não sorria. Depois de alguns minutos, ela cobriu o bebê com a toalha e levou ao quarto beijando e cheirando ela. Enxugou, passou pomada em todas assaduras depois de Beth tira foto.

BETH— Eu vou buscar a mamadeira dela. – Falou encantada pela neném.

TEREZA — Sim, dindinha, vai buscar o papá que alguém deve estar faminta! Oi, minha filha!– ela olhou o neném e sorriu. – Eu sei que você não me conhece e está com medo...

Beth foi até a cozinha e voltou com a mamadeira e uma maçã na mão. Olhou Fernando e riu, voltou para o quarto e ficou na porta olhando as duas...

TEREZA— Mas vamos ser amigas, eu vou cuidar de você e juntas vamos cuidar do seu papai. Eu também estou com medo, mas sou sua mãezinha agora e temos que resolver os problemas juntas. – cheirou ela e beijou vestindo um lindo vestido e calçando sapatinhos brancos, o vestido era branco também, como um recomeço. Pegou a escova e penteou o cabelo dela.

TEREZA — Mamãezinha vai te dar papá agora, cade a sua... – parou olhando a porta e riu.

Beth entrou com a mamadeira e a fruta.

BETH — Mamãe vai dar papá.– Riu imitando ela.

TEREZA— Não deboche de mim, já estou apaixonada por ela e você também!

Beth sentou na cama e ofertou as duas mãos para que Ana decidisse o que queria.

TEREZA— Seremos quatro velhos mimando uma criança, nós dois e os padrinhos dela, porque você não tenha dúvida, Luciano será convidado por Fernando a ser padrinho dela e depois serão de nosso casamento!

Ana pegou a mamadeira e levou a boca chupando rapidamente, a outra mão ela pegou um pedaço da maçã. Largou um pouco a mamadeira e mordeu a maçã.

TEREZA— Calma, filha, devagar! – Tereza corrigiu e recolocou a mamadeira na boca dela e a deitou em seu colo. – Vem com mãezinha, se acalma! – a menina mamava olhando para ela e para Beth em silêncio e num dado momento, ela retirou a mamadeira da boca e tocou o seio de Tereza puxando a blusa que ela usava.

ANA— Mama. – falou olhando a puxando a blusa.

Tereza olhou para Beth, naquele momento ficou assustada.

BETH— Quer que eu ligue para Victória? É a única que tem leite nesse momento ou melhor pode estimular o leite.

TEREZA— Beth, eu sei que pode, mas... – ela olhou e a menina puxou com mais força a blusa dela.

ANA — Mama, mama, mama!

TEREZA — Filha, mamãezinha não tem leite aqui.– ela sentiu o coração partir-se.

BETH— Só leite em pó! – Beth não aguentou e riu alto.

TEREZA — Mas como consolo, eu vou te mostrar! – abriu a blusa, depois o sutiã e sem que tivesse tempo de dizer algo a menina avançou no seio e chupou com força. Tereza fechou os olhos e viu estrelas, doeu muito, não havia nada ali. Beth somente olhou aquele momento com carinho.

TEREZA— Não tem, Ana Lívia, não tem nada. – ela tocou o rosto dela, mas a menina não soltava o peito e se ajeitou chupando mais calma e virando os olhos para dormir. – O que ela está fazendo, Beth não tem nada ai?

BETH — Ela precisa acostumar a ficar sem ela, é um bebê é sente falta, se doer muito você a tira, ela está fazendo de chupeta. Lembra quando Ana Júlia fez isso comigo? Vivia pendurada em mim sem sair nada?

TEREZA— Não está doendo tanto mais, apenas estou preocupada, ela largou a mamadeira, mamou só metade. Eu me lembro e você tinha que por as tetas pra fora a qualquer hora! – riu dela.

BETH — Sim e ela ficava ali até dormir. Quando ela cochilar, você troca e coloca a mamadeira pra ela tomar.

Fernando entrou no quarto nesse momento...

FERNANDO— O que... – olhou para ela.

Tereza o olhou e estendeu a mão.

TEREZA— Vem cá, Nando, senta aqui do nosso lado, vem ver nossa filhinha. – ela se acalmou.

Beth levantou dando lugar a ele.

BETH— Bom, eu acho que não sou mais necessária aqui e vou voltar pra casa.

Fernando se aproximou e sentou na cama dando um beijo em Tereza. Beth se aproximou e beijou a amiga e depois a neném.

BETH— Não esquece de por a mamadeira no lugar. – Sorriu e depois de se despedir saiu do quarto indo embora.

TEREZA — Obrigada, minha irmã.– Tereza sorriu para ela piscando. – A sua dindinha já vai, amor. – falou com a filha e voltou a beijar Fernando na boca. – Amor, você bebeu...

FERNANDO— Só um gole, tô nervoso. – Falou afoito. – Por que ela está no seu peito? Eles são meus. – Falou brincando e ela sorriu.

TEREZA — Me parece que não serão mais. Ela mesma puxou e tomou para ela.– sorriu.

FERNANDO — Ela comeu? Bebeu o leite?

TEREZA – Tomou metade da mamadeira e agora vai dormir, já dormiu. Ela me cheirou e quis o peito e eu dei. Amor, você se importa? Eu decidi sem te consultar ela é sua filha...

FERNANDO— Ela é nossa agora!

Ela o olhou e puxou o peito da boquinha dela, mas ela puxou de volta sugando com força e fazendo Tereza fechar os olhos. Tereza o beijou e cheirou ele que não se soltava dela.

TEREZA — Eu quero fazer amor para comemorar e quero um presente, um presente caro, já disse! – implicou com ele, pois ele sempre dava presentes caros.

FERNANDO— Eu não vou te dar presentes já disse! Todos os presente são de Ana agora e pelo jeito que ela está aí nos meus peitos não vai fazer nada comigo, nem meia foda! Eu vou tomar banho, que ela me molhou todo.

Tereza riu e o olhou.

TEREZA— Eu te amo, vamos fazer amor, quando ela estiver dormindo de verdade.

Ele riu e levantou.

FERNANDO— Esfomeada!

TEREZA — E você me mostra a saudades que estava de mim com esse seu pintão... – provocou ele.

FERNANDO— Você vai se assar, Tereza.– Ele falou e foi para o banho deixando ela ali com a filha.

Tereza ficou ali naqueles segundos, ela chorou, sentiu o coração flutuar e se viu em um passado tão distante, de novo era mãe. Sentiu a força da sucção e sentiu que a menina estava disposta a dormir ali. Puxou a pequena do seio e ela resmungou, então a colocou no outro e sentiu a sucção forte. Sorriu.

TEREZA— Você vai ser feliz, meu amor, você vai ser muito. Vamos contar a sua irmã antes que ela saiba por outro e dê um xilique! – Pegou o celular que estava na cama tirou fotos da menina mamando e depois ligou para Victória, tocou por quatro vezes até ela atender. – Filha? Já saiu da empresa?

VICTÓRIA— Mamãe, onde está, meu Deus, você é doida? – Falou preocupada. – Estou a horas te esperando e com fome!

TEREZA— Filha, perdão, você ainda não almoçou? Vai comer, meu amor, eu não poderei voltar. Na verdade, filha, eu queria que você viesse aqui em casa e comesse aqui em casa.

VICTÓRIA— Bruxa... – xingou.

TEREZA— Você pode vir almoçar comigo...

VICTÓRIA— Eu morrendo de fome, se Heriberto descobre vou dizer que a culpa é sua.

TEREZA— Vem, meu amor, vem aqui em casa e almoçamos, vou pedir a Cida para fazer um salmão como você gosta, purê de batata e salada com arroz branco, e comemos nós três. Fernando está aqui!

VICTÓRIA — Agora entendi tudo, vocês não vão ficar se agarrando na minha frente, não, né?

TEREZA — Não, amor, não vamos, vem almoçar com sua mãe e com seu paizinho dois. Beth acabou de sair daqui. – Ana Lívia sugou forte e Tereza gemeu de dor

VICTÓRIA— Está tudo bem, mamãe?

TEREZA— Está sim, minha filha, são só umas coisas que quero te mostrar.– no meio de todas as coisas que tinha comprado para Ana Lívia tinha comprado dez presentes para a o bebê de Victória.

VICTÓRIA— Esta bem, mãe eu estou indo!

Estava tudo separado em duas bolsas que ela ia entregar assim que a filha chegasse.

TEREZA— Heriberto poderia vir também não quer ligar para ele? Ele almoça aqui...

VICTÓRIA— Não vou ligar não, mamãe.

TEREZA— Tudo bem, meu amor, então, vem logo, sim. Já estou pedindo para preparar.

VICTÓRIA — Sim, em meia hora eu chego!

TEREZA— Está bem ,minha estrelinha, filha, eu te amo! Acima de tudo no mundo está você para mim , Victória, você!

VICTÓRIA— Eu também amo, mãe.

TEREZA – Isso não muda, não importa o que aconteça!

VICTÓRIA— Até daqui a pouco!

Tereza sentiu o corpo todo esfriar, não tinha jeito fácil de contar aquilo viu Fernando voltar do banho e o chamou.

FERNANDO— Algum problema?

TEREZA— Nando, Vick vem almoçar, pede Cida pra fazer salmão, purê, salada e arroz branco, só para acelerar. Ela já estava fazendo frango, mas Vick gosta mais de salmão. Meu amor, preciso de ajuda.

FERNANDO — Amor, ela... Victória vai ficar doida de ciúmes! – Ele foi até o closet e se vestiu rapidinho.

TEREZA— Por isso, preciso de sua ajuda, meu amor, me ajuda a conversar com nossa menina. Você sempre foi bom com ela, sempre foi um pai para ela, vamos contar com calma. Mas Ana não quer sair do peito, vai ser pior se ela vir nossa bebê aqui no peito.

FERNANDO— Me da ela aqui, ela vai chorar, mas eu dou a mamadeira. – Tentou ajudar.

Tereza tirou o peito de Ana e ela chorou, chorou muito.

TEREZA — Deixa, não vamos fazer isso. – a menina puxava com as mãozinhas.

ANA— Mama, mama!

FERNANDO — Tereza, não comece a mimar ela!

TEREZA— Deixa ela no peito, não vou fazer sofrer, Vick vai ter que entender.

Fernando a pegou no colo, a deitou e deu a mamadeira. Tereza ficou com o peito para fora.

FERNANDO— Vai arrumar a comida, vai, eu eu dou meu jeito!– Ficou nervoso.

TEREZA — Não, Nando, ela não quer a mamadeira. – a menina a olhava e soltou a mamadeira.

ANA— Mama, mama, mama. – estendeu a mão.

TEREZA — Me dá ela, deixa isso! – pegou a menina.

FERNANDO— Eu não vou te ajudar com, Victória!

TEREZA— Desculpa, minha filha, mamãe está sendo uma boba. Por que não, Nando?

FERNANDO— Ela vai ficar uma fera se te ver assim!

Tereza colocou o peito na boca da menina, ela sorriu e fechou os olhinhos. Tereza tocou os cabelos dela.

TEREZA— Eu criei Victória, ela é ciumenta mas tem um coração de ouro.

Fernando saiu do quarto e foi dar as ordem na cozinha.

TEREZA— Vou confiar na minha filha e na educação que dei a ela!

FERNANDO— Vai pensando que com Victória as coisas são fáceis assim, ela tem bom coração, mas quando está com ciúmes não vê nada e nem ninguém na frente. – Falou sincero.

Tereza suspirou.

TEREZA— Vou dar meu jeito!

Vinte minutos depois Victória chegou, trazendo consigo uma metade de uma melancia, era a sobremesa da vez, tocou e esperou ser atendida pela empregada, sorriu e foi avisada que a mãe estava no quarto, entregou o pedaço de melancia e seguiu para o quarto dela... Chegou na porta parou e não acreditou no que viu.

VICTÓRIA — O que é isso? – Sentiu o ar faltar.

TEREZA — Filha!

E os olhos se encheram de lágrimas, Fernando foi até ela e a quis trazer para perto da mãe, mas Victória recuou.

TEREZA — Vem cá, meu amor, precisamos conversar, vem aqui perto de mim! – Tereza olhou a filha ficar branca, suar. – Meu amor, olha o seu bebê, você não pode ficar nervosa.

Victória se soltou de Fernando e saiu do quarto, era ciumenta ao extremo quando se tratava da mãe. Tereza foi atrás dela com a bebê no colo.

TEREZA — Victoria não sai assim, deixa eu falar com você! – andou atrás da filha.

VICTÓRIA— Foi pra isso que me chamou aqui? Eu vou embora!

TEREZA — Não vai!– falou firme com ela. Falou com um nó na garganta. – Não vai não, Victória Sandoval Rios Bernal! Vai sentar, almoçar porque está com fome e conversar comigo porque sou sua mãe e quero te contar o que aconteceu! – falou baixo para não acordar a menina.

VICTÓRIA — Não vou enquanto estiver assim, me conta outro dia não... – Olhou a criança ali no peito da mãe e virou de costas indo para porta.

TEREZA— Filha, não seja infantil!– Tereza tirou a menina do peito e bebê chorou, aquele choro foi direto em Victória, era uma crueldade deixar uma criança chorar.

VICTÓRIA— Estou indo embora agora!

TEREZA— Victória!– Tereza chamou alto

VICTÓRIA— Vá cuidar dela, mamãe... – falou de costas.

Fernando veio com a mamadeira e saiu com a menina em seus braços depois de beijar Tereza. Tereza foi até ela e a olhou nos olhos.

TEREZA— Filha, por que está chorando?

Victória virou o rosto, Tereza ajeitou a blusa cobrindo o seio.

TEREZA— Meu amor, não seja assim, me ouve antes de sofrer! Por que é tão difícil me ouvir?

Victória ficou muda queria ir embora, matar alguém atropelado no caminho pra passar a sua raiva e seu ciúmes. Não sabia controlar muito bem seus sentimentos, era impulsiva de mais, imatura de mais as vezes pra certas coisas. Se tratando da mãe então era o dobro de ruim falar algo quando estava assim celosa.

TEREZA — Meu amor, controla o ciúmes! Eu quero que saiba o que aconteceu e como aconteceu!

Victória saiu correndo para o banheiro e vomitou, ficar nervosa não era bom e duas vezes no mesmo dia e era pior ainda. Tereza foi até ela e entrou no banheiro. Victória tossiu vomitando.

TEREZA — Levanta a cabeça, minha filha, levanta. – se ajoelhou com ela na privada e ficou ali esperando o enjoo passar.

Uns dez minutos depois, Victória olhava a mãe e Tereza a olhou, tocou seu cabelo, seu rosto. Victória se sentia fraca e um pouco zonza. Estava mais branca de papel.

TEREZA — Vamos para minha cama, vem meu amor, precisa deitar!

Vick não teve força para levantar e sentou no chão. Tereza a puxou para perto e apoiou o corpo da filha no seu cheirando e beijando ela enquanto acarinhava seus cabelos.

TEREZA— Meu Deus, tantos anos se passaram e você ainda é a minha menina...

Victória nada disse ainda estava sem saber como agir.

TEREZA— Eu fiz as pazes com Fernando, meu amor e falamos todas as verdades e no meio dessas verdades, ele me disse que tinha uma filha e que essa filha era maltratada e que a mãe, ordinária queria vender a criança. – alisava afilha com amor.

Fernando apareceu ali e viu as duas, estava sem Ana nos braços, ela havia dormido.

FERNANDO— Amor tudo bem?– Olhou preocupado.

TEREZA— Está tudo bem, Nando só estou explicando a nossa estrelinha como aquele raio de luz que está la no quarto entrou como um furacão hoje em nossa vida!

Vick quis se soltar cheira de ciúmes.

FERNANDO— Mas por que aí no chão do banheiro?– Fernando falou.

TEREZA— Porque ela passou mal, está vomitando, vai ficar tudo bem! Tudo bem, mesmo, pode ficar com Aninha, amor, não a deixe sozinha.

Ele assentiu e saiu deixando as duas.

TEREZA — E ele foi busca lá, meu amor, e aqui estamos nós com uma bebê de um ano e dois meses para amar, que foi vendida Vick, que foi vendida pela mãe como se fosse um pedaço de lixo e que tem marcas no corpinho todo de assaduras e maus tratos.

VICTÓRIA — Você é minha, mãe...– Quis chorar de novo e Tereza alisou ela e beijou.

TEREZA— Claro que sou sua mãe, sempre fui e sempre serei. O que isso muda?

VICTÓRIA — Só minha! – choramingou.

TEREZA — Meu amor, você vai competir com uma pequena de menos de dois anos...

Victória se levantou segurando nas coisas...

VICTÓRIA— Vou porque a mãe é minha, só minha. – falou enraivada.

TEREZA— Calma, que você vai cair, me obedece, que estou mandando! Vamos almoçar agora! Anda!

Teresa se levantou e deu a mão a filha para ampará-la e sem perguntar a obrigou a ir até a sala de jantar se sentar para comer. Victória lavou a boca antes de ir obrigada por ela.

TEREZA— Agora você arruma sua comida e vai comer porque você está com fome e eu também nós vamos conversar como adultos! – Começou arrumar a sua comida e comeu.

Victória esperou ela servir, ela sempre a servia quanto estava por perto. Tereza arrumou a comida da filha, toda arrumadinha, depois a de Fernando que se sentou a mesa com elas.

TEREZA— Filho pedi para fazer salmão para você poder comer com a salada de alface americana e tomatinho cereja que faz bem para o seu estômago e evita enjoo.

Victória se ajeitou melhor na cadeira reclamando era sempre assim depois de um enjoo, ficava caidinha e quase não conseguia fazer anda sozinha. Levou a mão ao garfo para comer.

TEREZA — Quer que te dê na boca? Eu vou aí e faço isso. – sorriu para a filha.

Victória negou com a cabeça e começou a comer devagar.

TEREZA— Cida, trás aquela soda para Vick e o suco de uva dela.

Sabia que Victória ia perceber, Victória apenas a olhou, o cuidado com as bebidas dela.

TEREZA— Comprei uns presentes, para meu neto ou neta.

Victória começou a comer um pouco mais rápido, a fome que estava era maior e ela pegou mais de seus tomates ouvindo a mãe.

TEREZA— Só cor neutra, mas tudo lindo! Quando meu amores chegarem, podem ser dois, Vick?Ou tem certeza que é um?

VICTÓRIA— Só um, Miguel já confirmou!

TEREZA— Uma pena porque eu ia adorar se fossem dois. – Segurou a mão de Fernando e acarinhou. Fernando olhou para ela e sorriu,

TEREZA — Já disse a Vick o que me disse? Conte a ela o que me pediu!

FERNANDO— Vick, filha, eu pedi sua mãe em casamento. Eu sei que as coisas estão confusas agora mais a gente quer ser feliz!

TEREZA— Eu acertei, Vitória, eu quero me casar com Nando. – Falou sabendo que a filha ficaria contente na hora.

FERNANDO— Tudo bem é melhor você do que ela ficar solta aí fazendo merda. –Falou arisca sem perceber, largou os talheres sobre a mesa. – Me desculpe.

Tereza riu.

TEREZA— Ele já sabe, Victória, eu contei...

VICTÓRIA— Fez bem porque casamento é a base de confiança, toda relação é isso confiança em primeiro lugar!

TEREZA— Sim! Se não há confiança, não há casamento. Se não amor, não há casamento, se não há alegria não há casamento! Se você ama você perdoa e segue em frente por pessoa!

Victória se encostou na cadeira e tocou a barriga. Tereza sorriu olhando para filha linda que tinha.

TEREZA— Você ficou mais bonita, Victória estava mais bonita! Você ficou mais linda depois que engravidou, filha. Muito mais, embora isso seja quase impossível, sempre foi linda!

VICTÓRIA— Não venha me bajular, Tereza... – ela encarou a mãe.

TEREZA— Não preciso bajular você, Victória Sandoval e saiba, não me chame de Tereza que não gosto!– começou a comer.

Victória riu de lado sabia muito bem como a mãe ficava quando ela a chamava assim. Comeu mais um pouco e tomou seu suco de uva.

VICTÓRIA— Eu preciso deitar, estou enjoada!

TEREZA— Vamos ao meu quarto, você deita lá, filha.– deixou o prato e foi ajudar a filha.

VICTÓRIA— Licença Fernando, bom almoço. – Sorriu de lado e se levantou.

Fernando sorriu e quando ia falar elas já tinha ido. Tereza fez um gesto com a boca para o marido e subiu com a filha, era mais delicada que a filha que tinha acabado de ganhar. Ela subiram e quando Victória ia entrar no quarto parou olhando a cama.

TEREZA— Vem, minha filha, eu coloco ela no berço. Ela está exausta, nem vai perceber.

Victória sentou na cama e a olhou dormir.

VICTÓRIA— Não precisa acorda ela, não vou matar ela com o travesseiro. – Falou debochada e ciumenta.

TEREZA — Ele pode chorar e vai incomodar você, não quer mesmo que eu a leve? – Tereza abaixou perto de sua pequena e beijou com amor, os cabelinhos estavam suados. Victória fechou mais ainda a cara.

VICTÓRIA — É melhor ligar para Heriberto vir me buscar.

TEREZA— Não senhora! – falou firme.– Pode tratar de se acalmar e depois se não melhorar ele vem. Deita logo! – falou olhando a manha de Victória.

Tereza ajeitou Ana Lívia no meio da cama dando espaço para Vick se deitar. Victória tirou os sapatos e deitou na ponta da cama longe da neném.

VICTÓRIA— É melhor deixar uma mamadeira pronta pra ela. – Falou no instinto de mãe.

TEREZA – Vou fazer, desço e faço agora! Mas vou esperar você deitar e ver como vai ficar. – tocou a testa de Vick.

VICTÓRIA— Eu já estou deita e bem não se preocupe sofro disso todo dia.

TEREZA— Tá bem! – tocou a filha com amor e sorriu.– Eu te amo, muito mesmo Vick. Você sempre será minha estrelinha!

Victória suspirou era uma derrota sentir ciúmes de um bebê.

TEREZA— Vou fazer a mamadeira dela, descanse! – Tereza saiu depois de olhar o bebê e Vick.

Victória suspirou e puxou a manta pra cobrir seu corpo, tocou a perna da neném com cuidado e percebeu ela um pouco geladinha mesmo um pouco suada, cobriu ela também. Ana Lívia se virou de lado chegando perto dela dormindo. Vick sorriu um pouquinho ao ver o bico que ela fez dormindo e se aproximou mais dela e a cheirou.

Victória a sentiu suspirar e agarrar sua blusa como se estivesse com medo. A menina suspirou e fungou por um peito, depois moveu a mãozinha com carinho, fazia tudo dormindo. Vick passou um braço por debaixo da cabecinha dela com cuidado para que ela dormisse mais perto dela a outra mão abraçou seu corpinho e sussurrou olhando ela...

VICTÓRIA— Não vamos ser amigas, ouviu...

Ana Lívia sorriu dormindo como se pressentisse que era mentira aquela declaração e com a mãozinha colocou em Vick no peito. Vick beijou os cabelos dela e fechou os olhos com sono. Tereza olhou da porta escondido, estava esperando para ver a reação dela e como se comportaria em sua ausência, riu sem som e não deixou que Vick a visse. Entrou e viu as duas. Colocou a mamadeira no criado mudo.

TEREZA— Vick, me chame se precisar e tente dormir!

Victória só abriu os olhos a olhou e depois virou o rosto fechando os olhos de novo.

TEREZA — Fiquem bem.

Tereza saiu do quarto e desceu olhando Fernando no sofá.

TEREZA — Ainda está bebendo?

FERNANDO— É suco, mulher!

Ela avançou no copo para beber, mas parou.

TEREZA— Não posso beber, meu Deus!– e se deitou ao lado dele, suspirou.– O que está vendo?Vamos aproveitar porque esse silêncio dura apenas vinte minutos.

FERNANDO— Se vai querer dar uma?– Zombou dela.

TEREZA— Eu quero três! Mas e se ela acordar... – Se aconchegou nele. – Meus seios doem, doem muito. – Tocou com cuidado.

FERNANDO— Você a deixou aí muito tempo, mas tempo do que deixa a mim...– Desceu a alça da blusa e a beijou o ombro dela descendo para o seio tirando ele para fora o tocando com cuidado. – Amor, não me leva a mal, mas posso te falar uma coisa?

TEREZA— Não pode mais, Nando, você não pode mais ficar ai.Pode dizer o que quiser.

Ele a olhou.

FERNANDO – Vamos tomar banho?

TEREZA— Sim, Nando, estou cheirando a xixi! – Ela gargalhou. – Vamos agora!

FERNANDO— Graças a Deus! – Disse e a pegou no colo e foram para o quarto de hóspede.

Tereza e Fernando tomaram banho rápido e ela foi ao quarto ver as duas ainda dormiam juntas e felizes. Tirou uma foto e voltou ao quero, Fernando estava sonolento vendo tv.

TEREZA— Você não vai dormir quando ela chorar a noite. – deitou junto a ele, estava de vestido leve e sem calcinha.

FERNANDO — Vai sentar no meu colinho? – Falou brincando e ela riu dela. – Agora só temos dez minutos pelo seu relógio de mãe!

TEREZA— O que você quer Nando? Vamos virar rei e rainha da rapidinha. Você quer mesmo?Não está cansado?

FERNANDO— Já vi que você não quer, então, vou ficar aqui e mole, se bem que você poderia me fazer um agrado aqui em baixo, em amor. – Falou safado.

TEREZA — Não é isso, amor estou tensa com elas duas lá.

TEREZA — Deixa eu ver, tá mole completo? Você não está me querendo nada senão já estaria um pouco duro.

FERNANDO— Coloca na boca que fica rapidinho do jeito que gosta.– Gargalhou.– Deixa elas duas lá, Tereza, Vick é mãe e sabe cuidar de um bebê.

Tereza se posicionou entre as pernas dele.

TEREZA— Tira essa bermuda, me ajuda Nando, não dá pra ser sensual assim! Você quer me ver enquanto eu faço? Ou posso ficar vestida?

Ele riu e a puxou para um beijo.

FERNANDO— Vamos descasar um pouco se me deixar duro vou querer meus peitos e você está com dor. Vamos curtir aqui só nos dois agarrados.

TEREZA— Não pode mais tocar neles, Nando.– agarrou ele e cheirou. – Ela vai ficar usando de chupeta, não pode mais tocar com sua boca. – declarou.

FERNANDO— Eu posso sim, de dia dela e de noite meu!– A cheirou de volta.

TEREZA— Nando você vai fazer pirraça com isso? Não pode ficar um pouco sem meus peitos? Ela é pequena e precisa mesmo desse carinho.

FERNANDO — Você pode ficar um pouco sem meu pau?

Tereza o olhou e riu...

TEREZA— Meu Deus homem, tem outras partes de mim que você pode ter. – ela riu e beijou o peito dele.

FERNANDO— Ah Tereza, você vai ter que andar de perna aberta de tanto que eu vou te usar aí em baixo.

Ela sorriu com aquele orgulho.

TEREZA— É toda sua, pode usar! – sorriu feliz.

FERNANDO — Vamos casar em duas semanas! – Ele a olhou sério.

TEREZA — Não, Nando! – Ela se sentou na cama. – Como assim casar e uma semana sem... – Gaguejou enquanto olhava para ele. – Assim sem preparar sem saber como serão as coisas?

FERNANDO— Você não quer é isso? Já entendi! – Tirou ela de seu colo e saiu da cama. – É melhor eu e minha filha irmos pra minha casa!

TEREZA — Fernando!– Falou séria. – Já não basta o show de Vick? Você também quer fazer um Show? Eu preciso que você me ajude não me crie mais problemas. Você realmente não está pensando direito quando fala uma coisa dessa. Você não vai a lugar nenhum com a minha filha!

FERNANDO— Então, casar é um problema pra você? – Falou indignado.

TEREZA— Não, só não precisa ser correndo, me deixa ajeitar as coisas de nossa menina e casamos, me deixa acostumar com ela.

FERNANDO— Anos, Tereza, anos eu te peço em casamento e você não aceita e o que quer que eu pense? A sim, casar é um problema!

TEREZA— Ta bom, Fernando!– Deitou longe dele. – Se vamos brigar por causa desse maldito casamento então casamos amanhã. Pronto quer casar amanhã? Você não entende eu nunca corri de você!

FERNANDO— Não seja debochada!– Calçou os chinelo e foi pra porta.

TEREZA— Fernando, não sai, estamos conversando, eu não terminei de falar! Não estou sendo Debochada com você, estou apenas tentando te explicar, meu amor, vem cá. Não fica desse jeito não. Acabou de me dar uma filha, vem cá. – Abriu os braços para ele no gesto de carinho.

FERNANDO— Explicar o que? – Se virou para ela.

TEREZA— Vem cá, deita aqui sem drama!

Ele saiu do quarto, passou no dele e viu as meninas e desceu. Tereza suspirou.

FERNANDO— Onde já se viu que casar agora é problema? – Esbravejou na sala.

Ele foi até a sala onde ele estava e parou na porta olhando para ele e colocou um gole de tequila.

TEREZA — Fernando Lima do Amaral! Não vai me responder? Está bebendo de novo? Tem uma criança nessa casa! Não sabemos com ela vai reagir as mudanças. Como quer que me case nessa confusão? Ela pode simplesmente só chorar e querer ficar só no peito.

FERNANDO— Eu não vou ficar aqui com ela se não for casado com você! Já te dei moleza demais!

TEREZA — Moleza?– ela chegou bem perto dele e segurou no membro sorrindo

TEREZA — Hoje me deu bem duro! Era só dureza dentro de mim!

FERNANDO— Não faça trocadilhos que não vou te comer.

Ela riu dele.

TEREZA— Deixe disso, homem, que tanto te preocupa? Que te troque por outro? – brincou, não estava pensando no ex -marido, era só uma brincadeira.

Ele se afastou dela.

FERNANDO— Eu não quero mais as coisas erradas, não entende? Quero assegurar que se eu morrer, essa criança vai ter com quem ficar que não a tirem de você por não ser nada dela.

Ela foi até ele e o abraçou.

TEREZA — Amor, eu entendo e sei sua preocupação, mas pensa que depois de tanto tempo eu estou me casando com homem que eu amo. Você não pode me negar o direito de preparar para linda festa e fazer as coisas do jeito que eu sempre quis depois de todo esse tempo. É justo comigo?

FERNANDO— Duas semanas com Beth e Victória você consegue fazer três festas de fazer inveja.

TEREZA— Tudo bem, Fernando você é tão importante para você vamos nos casar daqui a duas semanas! Eu vou fazer o que você quer porque sei o quanto é importante para você se casar comigo mas eu me sinto casada com você não é nenhum papel que muda isso.

FERNANDO— Mas pra mim muda tudo, deixo você e minha filhas seguras!

TEREZA— Ta bom, amor...Você não me parece convincente!– Ela foi até ele deu um beijo delicioso mordendo os lábios dele enlaçando o pescoço com os braço.

Ele a abraçou e desceu as mãos apertando seu traseiro a correspondeu com o beijo.

TEREZA — Eu te amo, nos casamos em duas semanas!

FERNANDO – Também te amo, gostosa! – Falou rindo.

TEREZA— Vai me comer agora? – Pegou a mão dele colocou entre suas pernas. – Olha ai...

FERNANDO— Não vou comer e nem da presentes até ser minha mulher!– Tirou a mão.

TEREZA— Não tem trato sobre isso, você quer mesmo fazer isso ?

FERNANDO— Vou fazer até me implorar pra casar em três dias. – Riu e a deitou no sofá ficando sobre ela e a beijando.

TEREZA— Não é justo, a ditadura acabou e você vai me torturar. Por que vai fazer isso, Nando?

FERNANDO— Porque eu sou mal!– Voltou a beijar ela muito.

NO QUARTO...

Victória despertou assustada e ao abrir os olhos Aninha estava sentada na cama a olhando, séria. Coçou os olhos e se ajeitou na cama sentando,estendeu os braços para que ela viesse no seu colo e esperou para ver se ela viria ou iria chorar.

ANA —Mama! –Falou séria.

Victória olhou para o lado e pegou a mamadeira dela.

VICTÓRIA — Vem aqui tomar o leite comigo.

O bebê não sorriu, mas também não resistiu, foi até Victória. Victória a pegou no colo e a deitou com cuidado dando a mamadeira a ela.

VICTÓRIA— Você é feiinha. – Implicou com a bebê e riu de leve.

Ana mamou com fome queria mais, mamava rápido, quase sem respirar.

VICTÓRIA — Quer mais? Gulosa!

Ela brincou com a mamadeira e colocou na boca de Vick e passou o bico. Victória levantou com ela no colo pegando a mamadeira.

ANA—Mama.

VICTÓRIA— Vamos pegar algo pra nós duas comermos que também estou com fome.

A menina segurou o cabelo e puxou. Vick ajeitou ela no colo.

VICTÓRIA — Garota...– Segurou a mão dela e tirou. Desceu devagar e viu os safado se pegando no sofá ficou em silêncio e foi pra cozinha.

ANA—Buxa!–A pequena vozinha foi ouvido com olhos atentos ela repetiu. –Buxa!

VICTÓRIA— Bruxa é a sua mãe aquela banguela.

Ana Lívia sorriu.

Victória abriu a geladeira e tinha um bolo de chocolate e uma tapoer com fruta olhou a neném e pegou as frutas, não podia comer doce. A sentou na bancada e pegou uma colher, mas Ana Lívia enfiou a mão dentro do pote e pegando um monte colocou na boca. Amassou as frutas enquanto comia. Victória riu e viu ela sujar toda a roupa.

VICTÓRIA— Sua mãe vai ficar doida de te ver suja! – Riu mais e comeu.

ANA—Mamãe de neném, mamãe de neném. –Olhou para o lado como se procurasse alguém.

VICTÓRIA— Mamãe de neném, nada, mamãe de Victória! – Falou. – Come mais um pouco... – Ela na sabia o nome da neném. – Qual teu nome em?– Perguntou olhando ela comer.

Ana Lívia Comeu mais um pedaço lambendo a mão e sorriu, puxou a roupa de Victória.

VICTÓRIA— Quer me ver suja como você, porquinha. – Falou brincando vamos pegar seu leite e ela segurou em Vick.– O que foi?– A pegou no colo e ela segurou de novo de cabelos de Vitória que gritou sem querer e viu Ana fazer bico de choro. – Desculpa, não chora! – Balançou ela em seus braços, abriu a geladeira e pegou uma mamadeira pronta e colocou para esquentar.

Um minuto depois ela provou e estava quentinho e deu a ela. Ana olhava com atenção.

VICTÓRIA — Vamos subir porque teus pais estão se pegando no sofá e você não precisa ver isso, eles são feios! – Falou rindo.

TEREZA— Victória...

Victória se assustou e olhou, Tereza se ajeitou soltando Fernando e olhando para Vick já ficando de pé.

TEREZA — O que houve, ela está com fome? –foi até as duas.

Victória se afastou para não deixar ela pegar, segurou ela mais firme entre os braços.Tereza riu e olhou a menina beijando os cabelinhos dela.

TEREZA —Me dá ela...

VICTÓRIA— Não atenta ela, deixa ela comigo! Não vou te dar!

Subiu as escadas e foi paro quarto, porque Victória era assim, intensa...