Você Pertence a Mim.

Capítulo 25- Quem Diria...


"Você pegou na minha mão, você me mostrou como

Você me prometeu que ficaria por perto,

Aham... Tá certo

Eu absorvi suas palavras e eu acreditei

Em tudo, que você me disse,

É, aham... Tá certo

Se alguém dissesse há três anos, que você iria embora

Eu apagaria todos eles com um soco, porque eles estariam errados

Eu sei melhor que eles, porque você disse "para sempre"

"E sempre", quem diria...

(...)

Eu queria poder te tocar de novo

Eu queria poder ainda te chamar de amigo

Eu daria qualquer coisa

Quando alguém disse "seja agradecido agora, antes que eles estejam muito longe"

Eu acho que eu não sabia, eu estava totalmente errada

Eles sabiam melhor que eu, ainda sim você disse "para sempre"

"E sempre", quem diria

Eu te manterei trancado em minha mente

Até nós nos encontrarmos novamente

Até nós...

Até nós nos encontrarmos novamente

E eu não te esquecerei, meu amigo

O que aconteceu?”

Em meios a risos, brincadeiras e conversas animadas, Rachel e eu saímos do pub como duas crianças que passaram o dia inteiro no parque de diversões.

- A noite foi ótima...

Ele ria puxando minha mão para que andássemos juntos.

- Concordo... Aliás, minhas melhores noites são com você.

Eu sorria abraçando fortemente. Caminhamos mais um pouco até pararmos na porta do hotel.

- Está entregue.

Rachel soltara minha mão formando um sorriso maroto em sua face angelical.

- Obrigada pelo passeio...

Agradeci-o beijando sua bochecha.

- Isto foi cortesia da casa. Ah, não se esqueça de conversar com Axl, ele pode estar passando por algo difícil e estar triste.

O moreno relembrou-me.

- Tudo bem, até breve Rachel.

Acenei.

- Até meu anjo.

Bolan se aproximara novamente e beijou minha testa com carinho desaparecendo pelas ruas de Londres. Rachel tinha toda razão, eu precisava falar com Axl para saber o que se passava na cabeça do pobre ruivo. Cumprimentei amistosamente a garota da recepção e me pus a subir as escadas. Passei pelo meu quarto e abri a porta andando vagarosamente para que não acordasse Rosalie que dormia profundamente. Deixei minhas coisas em cima do sofá e voltei a caminhar em direção ao quarto de Axl. Minhas mãos soavam e meu coração batia acelerado, era hora da verdade, pensei comigo mesma.

Abri a porta vagarosamente e dei de cara com uma cena horrenda e suja. Axl transando com uma garota na minha frente. Eu não acreditava no que eu via, meus lábios se abriram e lágrimas começaram a descer por meu rosto, aquele canalha havia me usado...

- Vejo que Kurt tinha razão, eu NUNCA deveria ter o deixado para ficar ao lado de um filho da puta como você!

Disse, esmurrando a porta com força, queria sair dali o mais rápido possível.

- Alice, não é o que você pensa...

O ruivo vinha atrás de mim cobrindo-se apenas com o lençol da cama.

- Então o que era? Estava brincando de médico com aquela vagabunda!?

Apontava para a garota que observava a cena da porta horrorizada.

- Deixa eu te explicar...

Ele segurou meu queixo, mas o empurrei na mesma hora.

- Não tem explicação o que você fez comigo William... Você me usou, me fez de boba o tempo inteiro. Onde estava aquele Will sonhador que conhecera anos atrás.

Axl encarava-me entristecido e voltei a falar.

- Ah, acabei de me lembrar que ele foi morto e enterrado junto com suas mentiras e declarações... Will, eu te amava de verdade, sempre amei, só que nunca você me deu o devido valor. Chega, eu não quero mais saber de você, morra, desapareça e NUNCA MAIS ouse em me procurar... E aproveite o resto da noite com sua vadiazinha.

Chorava sofregamente enquanto dava as costas para o único homem que amei a minha vida inteira e que me apunhalara pelas costas. Peguei as malas do meu quarto e ia me dirigindo a escada quando Axl me parou mais uma vez.

- Para onde vais?

Ele impedia minha passagem.

- Não te interessa. Saia da minha frente.

Disse limpando as lágrimas que escorriam sem parar.

- Não vou sair até me dizer por que vai embora...

Bailey insistia mais uma vez.

- Não se faça de desentendido... Axl vou repetir mais uma vez, eu não tenho mais cinco anos. Não sou mais uma criança boba que acredita em contos de fada e nos seus juramentos medíocres. Essa sua “doce criança” foi lesada e humilhada pelo único homem que desejou e amou noite e dia, fazendo tudo para que conseguisse ficar ao lado daquele bastardo que ela jurou amor. Você mentiu para mim... Como pode? Como pode me afastar do meu melhor amigo? Como você teve a coragem de enganar uma pessoa que sempre fez tudo para te agradar? Esse não foi o William que eu conheci há muito tempo atrás. Este velho William foi tomado pela luxúria e pela fama que subiu a sua cabeça. Esse não é o Will que um dia eu amei esse ser que se encontra na minha frente é o mais grotesco pesadelo que virou realidade.

Disse, o empurrando mais uma vez fazendo-o cair na escada. Passei por ele sem olhar para trás, ele não merecia uma segunda chance, ele pisou em todas que dei a ele. Desci as escadas com pressa e me retirei do hotel, meu lugar já não era mais ali. Caminhava pela calçada arrastando minha mala com o choro se tornando mais intenso a cada minuto, eu não tinha onde dormir, onde comer e muito menos de um ombro amigo. Mais uma vez se encontrava sozinha naquele mundo, perdida na triste realidade da garota de coração partido que teve seu coração roubado e pisoteado por um rapaz cruel. Entrei numa rua qualquer, encontrando uma pilha de caixas, parece que havia encontrado um lugar para dormir hoje à noite. Coloquei as malas em uma caixa e peguei uma um pouco maior para me deitar, apertei o colar de Kurt com força derramando mais e mais lágrimas que saiam como uma correnteza pelo meu rosto alvo e entristecido. Quem diria que meu príncipe encantado virara o vilão do meu conto de fadas? Meus olhos pesaram fazendo-me embarcar num sono agitado e commuitos pesadelos.