Vizinhos
O favor: Churrasco- Parte 1
P.O.V Do Freddie
Aquilo era mesmo sério ou ela estava tirando uma com a minha cara? Será que ela queria me desmascarar? É, só podia ser isso, a loirinha já havia sacado que eu não era gay. Poxa, eu estava me divertindo tanto fingindo que era gay e eu realmente estava achando que ela não fosse tão esperta, as loiras sempre costumam ser burrinhas.
— Você poderia ou não fazer esse favor para mim? - Perguntou me lançando um olhar tão meigo.
Os olhos dela eram lindos, azuis num tom tão intenso.
— Claro. Vamos subir para o meu quarto, lá podemos ficar mais à vontade. - Respondi sem hesitar, não custava nada, né? Eu estava curioso para saber qual era a dela. Ela podia muito bem estar apenas me testando.
É, ela só poderia estar me testando mesmo...
Subimos para o meu quarto, ela entrou olhando para as minhas coisas, curiosa.
— Não repara na bagunça, beleza? - Fechei e tranquei a porta.
— Que bagunça? Tudo aqui está limpinho e arrumadinho. - Comentou admirada.
— Gosto das minhas coisas organizadas. - Tive que admitir.
Ela sorriu e assentiu. Colocou uma maleta em cima da cama, eu nem havia reparado naquilo quando ela chegou.
— Será que o seu namorado não vai ficar incomodado? - Perguntou desabotoando o short.
Mas o quê? Aquilo era mesmo sério? Ela queria mesmo que eu a depilasse? Puta merda...
— N-não, ele nem é ciumento... - Gaguejei. Enguli em seco sem tirar os olhos dela que já estava tirando o short. - Vou pegar uma toalha. - Falei indo até o guarda-roupa.
Peguei uma toalha branca, a estendi sobre a cama. A loira já estava apenas de regata e calcinha boxer preta.
— Como quer que eu faça? - Perguntei já bastante nervoso com aquilo.
Ela abriu a maleta e tirou de lá um barbeador roxo que ainda estava na embalagem.
Passei as mãos pelo cabelo, eu já estava sentindo o suor pinicar minha nuca.
"Caralho! Ela não está me testando. Não acredito que vou depilar essa loira linda e gostosa, sou muito sortudo, porra!"
— Só um segundo, vou pegar espuma para barbear... - Avisei e ela assentiu sentando na cama.
Logo retornei com o frasco branco, minhas mãos começaram a suar.
— Vou me deitar para você poder começar... - Sem vergonha nenhuma, a loira tirou a calcinha e se ajeitou sobre a toalha.
Ela já tinha tirado o barbeador da embalagem. O peguei segurando-o com firmeza.
— Não vai se assustar, ok? Essa é a parte mais feia que as mulheres tem... - Comentou risonha, abrindo as pernas.
Uau, que visão era aquela? Nunca vi uma tão linda e pequena como a dela. Me deu vontade de cair de boca e...
"Foco, Benson, foco, homem!"
— Fala alguma coisa, nunca viu nada tão assustador assim, né? - Indagou.
Eu continuei em silêncio, sem palavras. Me aproximei e ela se abriu mais ainda me dando uma ótima visão por sinal.
Passei alguns segundos a admirando atentamente.
— Quer que eu depile o quê? - Perguntei confuso.
— Como assim? Não está vendo a minha situação cabeluda? - Ela parecia indignada com a minha pergunta.
— Cabeluda? Mas não tem quase nada de pêlos, nem dá para ver. - Fui sincero.
— Você é cego? - Perguntou. - Chega mais perto, olhe para isso aqui! - Apontou para a coisinha mais linda que eu já vi na minha vida.
Abaixei a cabeça e a olhei de perto. E era tão perfeitinha.
— Você não precisa depilar. Sua virilha está bem lisinha e esses poucos pêlinhos loiros dão um charme, vai por mim... - Falei me afastando, minhas mãos tremiam e eu estava me controlando para não agarrar ela ali mesmo e... Deixa quieto.
— É mesmo? - Me olhou confusa.
— É sim, ela é bem bonita. - A elogiei e vi a loira corar.
— Você acha mesmo? - Fechou as pernas.
— Uhum... - Assenti.
Não aguentei e comecei a rir. Não sei o que deu em mim. Simplesmente comecei a gargalhar do nada.
— Mentiroso! - Jogou um travesseiro em mim.
— Ah, me desculpa, mas isso é sacanagem, né? Você queria me testar, é isso? Vindo aqui exibir essa sua vagina que está mais rala que a cabeça do meu bisavô... Olha para isso, quase não tem pêlos e os poucos que tem são loirinhos e nem dá para ver direito... - Falei entre risos.
— Só podia ser gay mesmo! - Sentou na cama me fuzilando.
— Ah, meu amor, não fica com raiva. Só estou sendo sincero! - Me defendi.
— Foda-se! Você vai ou não vai me depilar? - Cruzou os braços toda emburrada.
— Vou. Deita aí e abra as perninhas, florzinha. - Imitei uma voz fina.
A loira voltou a deitar em cima da toalha e abriu as pernas para mim. Voltei a ficar sério e tentei me concentrar.
— Use as luvas que tem na maleta! - Mandou.
— Tá, lindinha! - Usei meu tom brincalhão.
Coloquei as luvas de plástico e peguei o barbeador. Fui rápido e cuidadoso. Deixei apenas uma fina linha de pêlinhos enfeitando sua "menina".
— Prontinho, flor. Terminei o meu serviço. - Pisquei limpando a espuma com a toalha.
— Obrigada. - A loira levantou e foi se olhar no meu espelho de corpo inteiro. - Gostei. - Aprovou.
A bunda dela era uma visão do paraíso. Eu já estava duro e latejando, fiquei ainda mais excitado. Sentei na cama pondo um travesseiro no meu colo.
— Por quê você está suado e todo vermelhinho? - Indagou enquanto vestia a calcinha.
— Sou muito calorento e coro com facilidade. - Menti.
Minha vontade era de agarrar ela, jogá-la na cama, dar uns bons tapas naquela bunda e depois meter bem fundo naquela bocetinha até fazer ela gritar meu nome e gozar muito.
— Valeu mesmo. Eu costumo depilar tudo, mas agora vou deixar ela sempre assim, vou mostrar para a Jade depois. Quando chegar em casa, vou colocar o meu biquíni novo e vou me refrescar na piscina! - Disse animada.
— Disponha, foi um imenso prazer... Quero dizer, ah, não foi nada demais, que bom que gostou do resultado. - Falei sentindo o meu pau latejar cada vez mais.
— Algum problema? - Se aproximou.
— N-não, eu só estou apertado para ir ao banheiro... - Não era totalmente mentira.
— Ah, já estou indo... Não precisa me levar até a porta. - Sorriu.
Assim que ela saiu do quarto, eu corri para o banheiro e me tranquei ali. Me aliviei batendo uma pensando nela, foi inevitável.
[...]
P.O.V Do Beck
Quando cheguei em casa, encontrei o meu amigo todo alegrinho cantando. Ele cantava e sorria enquanto aspirava a sala, fui levar as compras para a cozinha e quando retornei para a sala, ele ainda estava cantando e dançando, dando giros e mais giros fazendo o espanador de microfone.
— Você por acaso afogou o ganso, foi? - Indaguei.
Ele só ficava daquele jeito após dar uma boa trepada.
— Não. - Parou com a dancinha e com a cantoria e abriu um sorrisão.
— O que foi, então? Ganhou na loteria? - Perguntei brincando.
— Nada disso, mano. Hoje eu vi a "preciosa" da gatinha loira. - Revelou.
— Como assim? Tu pegou ela? Me conta tudo! - Sentei no sofá e ele me olhou estranho.
— Que gay! Vai pentear o cabelo vai, tu tá parecendo uma mulherzinha querendo os detalhes! - Zombou.
— Qual é? Você viu a garota nua e nem quer me contar a história direito. - Me indignei.
— Tá legal... Ela veio aqui querendo um favor, ela acha mesmo que sou gay e me pediu para depilar ela. Foi isso. - Resumiu.
Não aguentei e caí na risada. Aquilo era hilário.
— E você depilou direitinho? - Indaguei entre risos.
— Nem te conto... - Sorriu malicioso. - Você comprou a carne para o churrasco? - Perguntou mudando de assunto.
— Comprei carne, frango e calabresa. Também comprei molho enlatado e muita cerveja! - Respondi.
— Ótimo. - Ele sorriu.
— Eu já convidei aquele rapaz chamado Robbie e ele disse que vai trazer um amigo. Também convidei as irmãs gatinhas. - Avisei.
— Vou convidar as vizinhas gostosas. A loira tem cara de ser boa de boca. - Comentou.
— Tá, vai lá... - Ri com o comentário dele.
[...]
P.O.V Da Sam
— E aí? O que você achou? - Abaixei a boxer e mostrei minha depilação para a Jade.
— Olha só, você conseguiu se depilar sem a minha ajuda. - Ela ficou admirada.
— Eu não me depilei. Eu pedi para o Topetudo me depilar! - Contei e ganhei uma bela cuspida bem na cara.
— O quê? - A morena arregalou os olhos e me olhou como eu fosse retardada.
— Valeu mesmo, eu amo usar café para hidratar o rosto. - Ironizei e limpei meu rosto com a regata.
— Foi mal, não foi minha intenção cuspir meu precioso café na tua cara. - Retrucou. - Não acredito que você teve coragem para pedir para aquele cara te depilar. - Disse incrédula.
— Tive e daí? Ele é gay! - Respondi indiferente.
— Mesmo assim, você é realmente louca. - Arfimou.
— Deixa de ser chata, ele nem me tocou com segundas intenções. - Falei levantando a minha boxer.
— É, talvez você tenha razão... Mas eu queria ter visto a cena... Você abrindo as pernas para ele, ele não se assustou, não? - Era raro ela rir.
— Ha, ha, muito engraçado! - Mostrei língua para ela. - Vou dar um mergulho! - Peguei meu biquíni e fui para o banheiro, eu precisava tirar o DNA dela misturado com café da minha cara.
Minutos depois...
— Ei, psiu! - Parei de nadar e olhei para os lados. - Estou aqui! - Era o vizinho Topetudo me chamando.
Saí da piscina e fui para perto da cerca. Ele estava sem camisa. Até que ele não era de se jogar fora...
— Oi. - Sorri enquanto torcia o meu cabelo.
— Oi. Gostei do biquíni. - Seus olhos castanhos desceram por meu corpo.
— Quer dar um mergulho comigo? - Perguntei, ele estava suado ou aquilo era água?
— Agora não. Acabei de encher a piscina. Hoje vamos fazer churrasco, gosta de cerveja? Você e sua amiga estão convidadas. - Ele se apoiou na cerca.
— Oba! Adoro churrasco e uma cervejinha cairia bem. Hoje está fazendo bastante calor. - Comentei.
— Muito calor mesmo. - Concordou comigo.
— Temos que levar alguma coisa? - Perguntei.
— Só se quiserem. - Respondeu.
— Okay. - Assenti.
[...]
P.O.V Da Jade
— O casal Purpurina nos convidou para um churrasco. Hoje vou encher a pança! - A loira me avisou.
— Hum... Legal! - Murmurei sem ânimo. - Vou chamar o André. - Tirei o celular do bolso.
— Tá, o Harris ama churrasco e vai topar ir também. - Ela comentou.
— Por quê você abriu 6 latinhas de feijão? - Perguntei enquanto digitava uma mensagem para o meu ficante.
— Não podemos chegar lá de mãos abanando, né? - Respondeu.
— Podíamos levar uma sobremesa. Faz aquela torta de morango com calda de cereja. - Sugeri.
— Tô com preguiça. Vai ser feijão mesmo. - Sam despejou tudo dentro de uma panela média.
A loira picou uma cebola inteira, salsinha e jogou dentro. Cortou uma linguiça das grandes em finas rodelas, acrescentou bacon em pedacinhos e um pouco de água. Jogou alguns temperos dentro da panela, remexeu e tampou.
— Eu não vou comer isso. - Avisei. Ela havia colocado uma quantidade absurda de bacon.
— Por quê não? Ninguém resiste ao feijão adubado da mamãe aqui! - Se gabou.
[...]
Nos arrumamos, coloquei meu melhor biquíni e vesti um short jeans preto. A Sam colocou um biquíni roxo e vestiu uma saia jeans bem curtinha. O André comprou um fardo de Coca-cola em latinha. A loira pegou a panela cheia de feijão e fomos para a casa do casal.
Toquei a campainha e quem atendeu a porta foi o tal de Freddie.
— Entrem, fiquem à vontade! - Nos recepcionou sendo simpático.
Lá da sala, já podíamos ouvir o som vindo lá dos fundos. Sam entregou a panela para ele e o moreno nos conduziu para a área da piscina/quintal.
Nos deparamos com alguns de nossos vizinhos ali curtindo o som e a piscina. Robbie e Sinjin saíram da piscina, ambos de sunguinhas com estampas ridículas. A do Robbie tinha estampa de bolinhas amarelas e a do Sinjin tinha estampa de estrelas coloridas. Os dois patetas estavam com bóias.
Cat estava tomando sol numa espreguiçadeira. E as vacas Vega também estavam ali. Tori estava passando protetor solar na barriga e Trina estava fazendo topless. Mas que merda era aquela? Visão dos infernos.
— Vadias! - Sam e eu falamos juntas.
— Para de olhar! - Dei um tapa na cabeça do André.
— Eu não estava olhando, meu Docinho de coco. - Massageou a cabeça, desviando o olhar.
— Estava sim! - A loira falou.
— O churrasco está quase pronto. - O tal de Beck avisou.
Ele estava com o cabelo amarrado, usando apenas sunga e... Não sei porquê, mas subiu um calor quando olhei para ele.
O André entregou o isopor com as latinhas de Coca para o outro rapaz e quando olhei para o lado, a Sam não estava mais perto de mim.
A comilona já estava beliscando na mesa posta que tinha ali.
— JÁ TEM CHURRASCO PRONTO, GALERA! - O tal de Beck gritou.
Sinjin, Sam e Robbie foram os primeiros a correr para se servirem.
Olhei para as Vega, Tori abaixou os óculos escuros e torceu o nariz. Trina sentou na espreguiçadeira e me mostrou o dedo do meio.
— Sai da frente, sua esquisita! - Cat me empurrou.
— Como é que é? - Agarrei o cabelo dela.
— Deixa pra lá, Jade! - André pediu.
— Mas foi ela que...
— Aqui não, por favor! - Ele não queria que eu fizesse barraco.
A soltei bufando de raiva e ela saiu correndo para perto da churrasqueira.
— Hum... Isso aqui tá muito bom. - Sam apareceu com um prato bem cheio, falando de boca cheia.
O Harris foi se servir também e eu fiquei ali perto da porta, emburrada.
— Quer uma cervejinha? - O rapaz de sunga vermelha, o de cabelinho gay me ofereceu uma latinha.
— Quero. - Aceitei.
Ele descaradamente fitou o meu busto e vi seu olhar de cobiça.
— Gosta do que vê? - Indaguei.
— Ainda pergunta? - Sorriu malicioso.
— Você não é gay, né? - Perguntei, ele poderia ser bi, certo?
— Gay? Eu? Fala sério, eu tenho cara de gay? - Se aproximou e eu ri entrando, ele me seguiu e paramos na cozinha.
— Tem sim. - Respondi.
— Mas eu não sou gay. - Arfimou e eu percebi que ele estava dizendo a verdade. - E o meu amigo também não. - Revelou o que eu comecei a desconfiar naquele exato instante.
— Puta merda! A Sam vai matar ele! - Avisei.
— A ideia foi toda dele. - Confessou.
Tomei um longo gole da cerveja que estava bem geladinha e coloquei a latinha em cima da pia.
— Sabe, eu ainda tenho minhas dúvidas... - Desci o olhar pelo seu corpo.
— Quer que eu acabe com elas? - Me prensou na pia.
Não o respondi com palavras. O puxei pela nuca e o beijei. Ele apertou minha cintura e sua língua invadiu minha boca. Suas mãos deslizavam pela minha cintura, quadris e coxas, ele me ergueu e me colocou sentada na pia. Apalpei seu pau por cima da sunga e senti o quanto ele estava ficando duro. É, ele não era gay mesmo. Pude ter a certeza.
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