Vizinhos

Momentos de Prazer


No dia seguinte...

P.O.V Da Jade

— Abre a porra dessa porta agora! Quero fazer xixi! - Sam esmurrava a porta do banheiro.

— Estou no banho, cacete! - Quase gritei.

— Eu não perguntei! Mas que merda! Abre logo! - Ela estava estressada.

Aquilo com certeza era falta de sexo...

Bufei, e ainda toda ensaboada puxei a toalha e me enrolei. Fui abrir a porta para a loira mal-humorada entrar e se aliviar.

— Caramba, Sam! Estou tomando banho, você sabe que gosto de ter privacidade. - Falei.

— Até parece que eu nunca vi você nua, cansei de ver essa sua periquita velha... - Resmungou.

— Periquita velha é a da sua mãe! - Retruquei e ela riu.

— Pior que é mesmo. - Concordou abaixando as calças.

Tirei a toalha, pendurei no gancho e voltei para o mini-box.

— Que mau-humor, hein? Ainda tá na seca? - Perguntei.

— O Nerd quer ir com calma. - Respondeu se aliviando.

— Pelo visto ele não vai regar a sua horta tão cedo... - Comentei prendendo o riso.

— Até parece que o Cabeludinho rega a sua horta todo dia! - Debochou.

— Ele rega e rega muito bem! - Afirmei.

— Sorte sua! - Ouvi ela dando descarga.

— Eu acho que o Freddie curte outra fruta... - Falei só para irritá-la.

— Acha que ele tá comigo só para manter a fachada? - A idiota cogitou.

Mordi a língua para não rir.

— Vai saber, talvez ele queime a rosca mesmo, já que ele ainda não molhou o seu biscoito... - Eu queria mesmo vê-la doidinha.

— Porra, Jade! - Exclamou.

— Bem que eu desconfiei daquele topetinho e das calças apertadas! - Aquilo bastou para ela sair correndo porta afora...

Comecei a rir, ela havia caído no papo. Claro que eu estava só curtindo com a cara dela. Mas pelo visto a Puckett tinha levado à sério...

— O que você falou para a loira? Ela parecia transtornada, até arrastou o Freddie para fora do trailer. - Beck invadiu o banheiro.

— Só dei a entender que o seu amigo é gay. - Abri o box. - Por quê não me dá uma ajudinha aqui? - O chamei, dando o meu melhor sorriso malicioso.

— Você é uma garota muito sacana! - Começou a se despir.

— Sou isso e muitas outras coisas, baby! - Garanti.

Ele ficou nu e se juntou comigo no banho.

— O Benson vai ficar puto se ela for duvidar da sexualidade dele... - Comentou me prensando na parede metálica.

— Ah, é mesmo? Espero que ele pegue ela de jeito! - Deslizei as unhas sobre seu peitoral molhado.

— Vira! - Pediu.

Não hesitei, me virei e apoiei as mãos no metal geladinho.

— O que vai fa...

— Shhhiii! - Puxou meu cabelo e eu arfei. - Cala a boca e empina para mim! - Bateu na minha bunda.

Aquilo ardeu e doeu. Gemi. E obedeci, empinei, me sentindo excitada...

— Oliver! - Arfei sentindo dois dedos me penetrando sem avisos prévios.

— Agora só quero ouvir seus gemidos e meu nome saindo da sua boca, morena... - Lambeu a minha nuca.

Sua língua deslizou pelo meu pescoço e subiu para o meu lóbulo direito.

— Ohhhh... - Gemi quando ele mordeu aquela parte sensível.

— Diz que é minha. - Sua voz rouca me deixou toda arrepiada.

— Sou sua... - Amoleci em seus braços.

Eu estava gostando daquilo. Dele agindo como dominador. Eu costumava ficar sempre no comando...

Uma de suas mãos apertava a minha cintura e a outra se encontrava entre minhas pernas, os dedos longos e agéis me estimulando...

— Repete! - Mandou enfiando os dedos mais fundo.

— Eu sou sua! Porra! Eu sou toda sua! - Arquejei.

Seus dedos sairam de mim, ele me fez empinar mais, e esfregou a glande na minha entrada...

— Toda molhadinha. Do jeito que eu gosto! - Estava me torturando.

— Oliver... - Minha voz saiu rouca.

Eu tremia e ansiava por ele, eu estava tão excitada que chegava a escorrer...

— O que você quer? Diga para mim. Só faço se você pedir... - Me provocou.

"Seu filho da puta!"

— Eu. Quero. Você. - Falei entre pausas.

— Devagar ou com força? - Esfregou a cabecinha inchada no meu clitóris.

— Você sabe... - Sussurrei. - Não me torture. - Pedi.

Sem falar nada, ele me invadiu e me preencheu me fazendo gemer alto e ofegar...

— Porra! Ohhh! Caralho! - Tombei a cabeça no ombro dele e ele me segurou pela cintura, o seu membro estava todo acomodado dentro de mim.

Suas bolas estavam pressionadas contra as minhas nádegas.

— Assim? Você gosta assim? - Se moveu indo tão fundo.

— Ohh, sim... - Fechei os olhos apreciando a sensação que só ele era capaz de causar em mim.

Eu tinha um namorado lindo que sabia como foder gostoso e da maneira que eu gostava.

[...]

P.O.V Da Sam

— Você tá me zoando? - Cruzou os braços, me olhando incrédulo.

— Você é ou não é gay? - Perguntei de novo.

Eu só precisava saber.

— Fala sério... - Jogou a cabeça para trás e riu.

— Estou falando sério, Benson! - Soquei o braço dele com força.

Ele nem demonstrou sentir, apenas continuou rindo.

— Para de rir! - Me irritei e o empurrei.

— Eu podia estar puto com você, mas não estou, mas me fala. De onde tirou essa merda? Eu fingi ser gay quando nos conhecemos, mas te garanto que não sou! - Arfimou, sério.

Até senti uma pontada de irritação no tom dele.

— Tá legal, se você diz... - Desviei o olhar, eu estava me sentindo uma idiota por ter ouvido a vaca da West.

— Você ainda tem dúvidas? - Ergueu uma das sobrancelhas e estreitou os olhos.

— Não! - Neguei rapidamente. - Me desculpa, tá? - Por quê acabei cogitando aquilo?

Se ele terminasse comigo, a Jade ia me pagar...

— Tudo bem. - Descruzou os braços malhados e suspirou.

— Certeza? Não tá com o ego ferido por eu ter duvidado? - Indaguei.

— Não! Eu só fiquei descrente mesmo... - Respondeu.

— Ainda bem que estamos voltando pra casa, né? - Tentei mudar de assunto.

— É... - Assentiu.

O clima tinha ficado estranho... Bem constrangedor.

— Sinto falta do Almôndegas... - Olhe para os meus pés, me lembrando da nossa bolinha de pêlos marrons.

— Também sinto. - Admitiu.

O olhei surpresa... Eu tinha ouvido direito?

— Sente? - Eu perguntei.

— Sim. - Confirmou. - Não se preocupe, ele deve estar bem. A dona Helena deve estar cuidando dele muito bem, logo, logo estaremos em casa e vamos poder matar a saudade! - Me abraçou me deixando ainda mais emocionada.

Ele admitiu em voz alta que também gostava do Almôndegas. Nosso Almôndegas...

Sorri retribuindo o seu abraço carinhoso e reconfortante.

[...]

Horas depois...

P.O.V Do Freddie

— Ai, a minha pepeca está ardendo... - Cat cochichou para a Tori.

Elas estavam sentadas à minha frente.

— Você andou se masturbando? - A Vega cochichou de volta.

— Não. Não. Não! - A ruivinha negou rapidamente.

Olhei para minha namorada e para a amiga dela. As duas se entreolharam e a Sam nem disfarçou ao prender o riso.

— O que estão cochichando, meninas? - Quis saber Robbie curioso.

— A Cat está dizendo que a pepeca dela está em chamas! - Trina que estava ao lado da Valentine disse risonha.

André acabou cuspindo o suco que tomava e começou a tossir.

Beck olhou para trás, ele estava ao volante. Tive vontade de rir, mas me controlei.

Olhei para a West e para a minha loira que estavam vermelhas, segurando futuras gargalhadas.

— O que é pepeca? - Indagou o tonto do Sinjin.

— Pepeca é a buce... - Jade ia falar uma palavra chula, mas o meu amigo a interrompeu.

— Pepeca é a verruga dela! - Ele disse em voz alta.

— É verdade? Você tem verruga, Cat? Pode me mostrar? - O palerma do Robbie ficou curioso também.

Todos nós olhamos para a ruivinha que ficou mais vermelha que o cabelo.

— NÃO! - Soltou um gritinho estridente e cruzou as pernas.

Parei de olhar por cima do assento, a minha loira estava de olho em mim e eu não era besta de apanhar por... Por nada.

André enguliu em seco. Acho que ele viu o que não devia com a cruzada de pernas. Sinjin e Robbie estavam de boca aberta, dois abobalhados...

— O quê, que tá olhando, Harris? - Perguntou Tori parecendo incomodada.

— Nada, não... Juro que não vi nada! - Ele ficou até nervoso.

Era impressão minha ou estava rolando algo entre eles?

— A Cat está usando calcinha com estampa de florzinhas. - Trina começou a rir.

Sam e Jade cochicharam entre si. Minha loira não conseguiu mais se segurar e acabou gargalhando.

De uma coisa eu tinha certeza, a loirinha havia aprontado alguma...

— A sua pepeca ainda está ardendo, ruivinha? - O Shapiro perguntou inocentemente.

O tonto ainda achava que era a verruga...

— Deve estar, né Cat? Pede para ele assoprar! - Disse Jade usando duplo sentido.

— PAREM DE FALAR DA MINHA PEPECA! - A Valentine levantou com um pulo e correu para o banheiro do trailer.

Sam e Jade riram sem pudor.

Levantei e chamei a loira para conversar num canto afastado.

— O que é? Quer beijinho? - Me cutucou e sorriu sacana.

— Foi você, não foi? - Perguntei baixinho.

— Eu o quê, Nerd? - Se fez de desentendida.

— Você sabe! - Cruzei os braços.

— Sim, fui eu. E daí? Vai me punir? - Sorriu maldosa.

— O que você fez? - Fiquei encabulado.

— Coloquei molho de pimenta extra picante no frasco do sabonete íntimo dela. - Admitiu sem remorso.

Dava para ver que ela teve o prazer de fazer aquilo.

— Meu Deus! - Exclamei. - Que maldade! - Eu tinha ficado incrédulo.

— Ai, relaxa, o ardor vai passar depois de meia-hora... - Disse despreocupada.

— A Jade sabia, né? - Indaguei.

— Foi ela que deu a ideia. - Confessou.

Olhei para a morena... Aquelas duas só tinham a cara de anjo.

[...]

Horas depois...

P.O.V Do Beck

Estávamos jantando na pensão de beira de estrada onde alugamos 3 quartos, Sam e Freddie decidiram embrulhar o jantar para levar e ficar lá no trailer mesmo... Foi ideia da melhor amiga da minha namorada.

— Essa sopa tá muito boa. - O Harris molhou um pedaço de pão caseiro.

Ele colocou o pão ensopado na boca e mastigou com vontade.

— Eca! - Minha morena fez cara de nojo e virou o rosto.

— Está enjoada, West? - Trina perguntou atraindo olhares para a Jade.

— Aposto que está grávida! - Tori disse me fazendo engasgar.

— Ai, meu Deus! Vocês vão ter um bebê? - Cat se empolgou.

— Um bebê de verdade? - O Robbie era retardado?

Minha morena deu fortes tapas em minhas costas e eu acabei cuspindo uma ervilha mastigada...

— Deus me livre! Claro que não! - Jade negou.

— Ah, poxa! - A ruivinha lamentou.

Olhei para a minha namorada, eu estava um pouco nervoso e se...?

— Com licença! - Ela levantou de repente e se retirou, saindo dali apressada.

— Querem ensopado de carne com verduras? - A simpática dona da pensão apareceu com uma panela grande.

Era uma senhora gorducha, usava lenço na cabeça e vestido com avental florido.

— Não, obrigada. - Tori recusou.

— Eu quero! - Trina parecia muito faminta.

Cat e Robbie eram vegetarianos, eles estavam tomando sopa de ervilha. Sinjin cutucava a comida com o garfo, separando o que não comia.

Aproveitando que estavam distraídos, levantei e fui ver como a minha morena estava. Eu acabei ficando preocupado com ela.

Fui para o quarto que alugamos. Bati na porta.

— Pode entrar! - Mandou.

Quando entrei, a encontrei deitada e embrulhada, ela não parecia estar bem...

— O que aconteceu? Você não parece bem. - Me aproximei.

— Nada... Eu tô legal. - Mentiu.

— O que a Tori disse... Tem alguma possibilidade? - Eu estava nervoso e um pouco aflito.

— Não! Eu não tô gravida! Relaxa, Oliver... Só estou com cólica. - Explicou para o meu alívio.

— Oh... - Acabei ficando sem graça. - Quer alguma coisa? - Perguntei tentando ser prestativo.

Eu não entendia daquilo e nem sabia o que fazer.

— Não, eu fico enjoada quando estou nesses dias... - Afundou o rosto no travesseiro.

Naquele momento ela estava tão vulnerável, parecia tão delicada e carente...

— Okay, eu vou ficar aqui do seu lado, tá? - Tirei os tênis e deitei ao lado dela, a abraçando.

— Vai jantar. Eu vou ficar bem. - Murmurou com a voz abafada.

— Não, eu vou ficar aqui com você. Até você se sentir melhor... Eu quero ficar aqui ao seu lado, amor. - Acariciei seus cabelos e me enfiei debaixo do cobertor quentinho junto com ela.

Eu não podia deixá-la sozinha naquele momento. O mínimo que eu poderia fazer, era lhe fazer companhia, e lhe dar atenção e carinho.

[...]

P.O.V Da Sam

— A gente vai passar a noite aqui mesmo? - Meu moreno me fez sentar no colo dele.

— Sim, o trailer é todo nosso pelo resto da noite... - Comecei a desabotoar sua camisa xadrez.

Ele estava com uma camiseta branca por baixo.

Segurei sua nuca e o beijei, suas mãos deslizaram por minhas costas. Ele apertou a minha cintura, comecei a rebolar no colo dele, o provocando, roçando meus seios ainda cobertos por minha regata no peitoral dele...

Paramos beijo. Tirei sua camiseta e ele me ajudou a retirar a minha regata. As mãos másculas apertaram meus seios por cima do sutiã, me arrancando um gemido.

Ele levou as mãos para trás, procurando o fecho.

— Fica aqui na frente. - Mostrei.

— Hum... Assim facilita muito. - Sorriu.

Freddie abriu o fecho, puxou as alças e o sutiã escorregou, libertando meus seios. Meu coração estava acelerado e eu sentia um friozinho na barriga.

— São lindos. - Os envolveu enchendo as mãos.

Sorri acariciando seus cabelos macios. Sua boca foi para o meu pescoço, pendi a cabeça para o lado. Ele depositou um beijo, roçou a nariz na minha pele, suspirei.

Beijou meus ombros. O meu busto.

— Ahhh! - Arfei sentindo sua boca no meu seio direito.

Sua língua contornou o meu mamilo. Ele sugou devagar e o mordiscou, me arrancando um gemido. Puxei os fios macios e rebolei em seu colo.

— Oh, porra! Você está me deixando duro... - Se remexeu embaixo de mim.

Apertei seu quadril com as coxas.

Sorri e o beijei novamente. Sua língua invadiu a minha boca, acariciando a minha com avidez.

Quando o ar nos faltou, terminamos de nos despir.

— Tem certeza? - Seus lindos olhos castanhos se fixaram nos meus.

— Tenho. - Respondi convicta.

— Você é linda, fica ainda mais linda com essas bochechas coradas... - Tocou no meu rosto.

Deitamos em seu colchonete, ele ficou por cima, entre minhas pernas. Ambos excitados, ele não quebrou o contato visual quando encaixou nossos corpos, me penetrando devagar...

Me senti preenchida, completa. A sensação de tê-lo dentro de mim era boa demais... Era a melhor sensação.

Passei as pernas ao seu redor, enlaçando seu quadril, o sentindo se mover...

— Você é tão apertada... - Sussurrou no meu ouvido, a boca tocando a minha orelha.

— Oow, Freddie... Mais rápido. - Pedi movimentando meus quadris.

Aos poucos, o meu moreno foi acelerando o rítmo das estocadas. Eu não era virgem, nem ele. Mas o Benson estava sendo tão calmo e cuidadoso como se tivesse medo de me machucar...

— Que aperto gostoso... É tão bom te sentir... Tão macia e molhadinha... Ohhh! - Gemeu rouco.

Comecei a me mover, empurrando meus quadris contra ele, o sentindo ir mais fundo. Entramos em sintonia, gemendo... Nossos corpos unidos como um só.

Arranhei suas costas. Ele me beijou, foi um beijo lento, ávido, delicioso... Nossos corpos se chocavam cada vez mais.

Suor brotava de nossas peles. Corpos quentes em sincronia. Aquele atrito gostoso... Eu estava quase lá.

— Freddie... Oh! Mais rápido! - Cravei as unhas em seus ombros.

Ele gemeu rouco. Seu corpo quente e másculo tremulou, e ele chegou ao ápice, se derramando dentro de mim... O calor acumulado em meu ventre se espalhou, ele ainda sofria de espasmos quando eu atingi o meu, me contraindo ao redor dele, nossos corpos trêmulos e suados.

Ele se retirou e se jogou ao meu lado, tão ofegante quanto eu.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

— Valeu à pena esperar, amor... - Comentou baixinho me arrancando um sorriso.

— Sim, bebê. - Tive que concordar.

— Preciso de uma ducha agora. - Levantou.

— Vou com você. - Me levantei.

Eu estava suada. Precisava mesmo de um banho depois daqueles momentos de prazer...

Eu não estava no meu período fértil, e o anticoncepcional estava em dia, por isso não usamos camisinha. Não corríamos riscos... Foi um momento único e muito especial.