- difícil achar um desses na Itália? – perguntei novamente.

- e como, sabia que ele canta? Ele tem uma voz muito bonita.

- que legal!

- esta prontinha, boa sorte. – sussurrou.

- obrigada. – eu disse saindo da sala, Jane já estava pronta, totalmente linda, com um vestido azul marinho, entramos em outra carruagem, que partiu para Verona, chegamos depois de horas em Verona, paramos em frente a um castelo lindo. Saímos então, e caminhamos vagarosamente, até a escadaria, nos olhamos e nos damos as mãos, até chegarmos a porta estamos com as mãos suadas e nervosas, quer dizer, eu estava nervosa e Jane não, pois já havia os conhecido. Fomos recepcionadas até a sala do trono, havia três tronos, um em que ao meio era o rei Luciano, ao lado direito um cara com cabelos castanho-escuros (que provavelmente era o Diego) e ao esquerdo havia o garoto de que Jane havia comentado, era o Luca. Diego se levantou com um sorriso contagiante, e caminhou até nossa direção, cá entre nós, todos estavam certos, ele era realmente lindo.

- você deve ser Blair Barone, muito prazer sou Diego. – disse ele se apresentando, e com um movimento beijou a minha mão.

– olá Diego, o prazer é todo meu. – disse me curvando.

- haha o Dieguinho vai casar! – escutei Luca brincando.

- cala a boca, pelo menos eu tenho com quem casar, e ela ainda é bonita, em quanto você vai ficar solterão. Imagina Luca Fainello o Solteirão. Apelido bonito, não? – retrucou Diego.

- os dois não briguem! – disse Luciano. – Blair e Diego, podem conversar. Não sejam tímidos.

- pai! Deixa as coisas rolarem naturalmente. – diz Luca.

- esta bem. – diz Luciano.

- quer ir lá no jardim? – perguntou Diego.

- claro. – eu disse.

- oh os dois ficam tão lindinhos juntos! – escutei Jane dizendo.

- eu escutei! – gritei.

- é verdade! – gritou de volta.

Caminhamos até o jardim, que era imenso, havia varias rosas.

- vou voltar para a Áustria? – perguntei.

- vai, claro, mas daqui a dois meses. – respondeu Diego.

Sorri, fui em direção a uma rosa, ele segurou então minha mão.

- sabe o que eu ouvi falar de você?- perguntou Diego.

- não, o que? – perguntei curiosa.

- que era a moça mais bonita da Áustria.

- sério, ouvi o mesmo de você. – eu disse.

- nossa. – disse Diego.

- é verdade que canta? – perguntei.

Nenhuma resposta apenas um sorriso.

– cante algo. – eu disse. – eu te ajudo. – continuei.

Preso em uma caixa

memórias como cartas

suas mãos em linha reta

muitas vezes desconhecem

escrevo sobre você

daquelas paisagens do norte

daqueles contos estranhos

que voltam para mim

reportando-me à você

Ás vezes sei a imagem

vácuo no vórtice

elaborou uma taça para nós

tão inatingível

surges

na alma

como não sentir mais

o peso das lágrimas

que fluem

onde sua vida é igual a minha

seu silêncio cintila

como a lua do mar

propagando-se em nós

Agora sei a imagem

vácuo no vórtice

caminhar nas nuvens

música ao ar livre

Agora sei a origem

mãe me surprende

invente a imagem

que quiser

(instrumentos)

Agora sei a imagem

vácuo no vórtice

caminhar nas nuvens

música ao ar livre

mãe me surprende

invente a imagem

que quiser

cantamos juntos.

- Wow, foi perfeito, que voz hein! Dizer que cantas bem é pouco. – eu disse batendo palmas.

- fizemos um belo dueto, você também canta perfeitamente. – Diego disse.

- mentiroso. – eu disse virando as costas.