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Sirius Black


Há dias em que nos sentimos bem e felizes em viver, mesmo que estejamos em momentos difíceis, temos pessoas que nos amam e da motivo a nossa vida. Sirius Balck era uma dessas pessoas que era afortunada por ter uma vida difícil mas ter pessoas que tornam a vida mais fácil. James, ou Prongs pro mais íntimos, Lily e seu amado afilhado Harry. Eles tornavam a vida de Sirius especial.

Naquele Halloween ele havia tido um ótimo dia. Havia brincado com Harry, sorrido das piadas bestas de James e “alfinetado” Lily para deixa-la nervosa. Tomou chá com eles e uma vizinha, Bathilda Bagshot.

As 6:00 P.M. Lily e James o chamou em um canto para conversar, não haviam tido noticias de Peter e estavam preocupados, perguntaram gentilmente se ele podia o visitar, e Sirius com um sorriso no rosto se despediu com um beijo na cabeça de Harry e um abraço em Lily, em James deu um grande abraço de urso. Ele saiu da casa acenando e sorrindo pensando em visita-los no próximo dia, mal sabia ele o rumo que sua vida tomaria naquele pouco tempo.

Quando parou na casa de Peter naquela noite notou algo estranho. As luzes estavam apagadas e a porta se abriu com facilidade, não havia ninguém em casa. Demorou exatos 5 minutos para Sirius entender o porquê.

Sirius Black foi o terceiro a visitar os Potter naquela noite. Tal como os outros ele não precisou abrir a porta, e como todas as vezes foi James que o recebeu. Bastou olhar para James uma única vez para lágrimas caírem do seu rosto.

Ali estava James, seu irmão, seu melhor amigo, uma das pessoas que esteve presente em todas as suas boas memórias, em toda a sua vida. Os cabelos estavam desalinhados como sempre, mais de um jeito sem alegria como normalmente era, os olhos estavam abertos e os óculos haviam caído do rosto, estava com o grau rachado e James, seu irmão de outra mãe não sorria. Ao lado do corpo do seu companheiro de todas as horas ele chorou.

Lembrou-se de Lily e Harry poucos minutos depois, quando seu choro alto e fundo parou por alguns minutos e ele ouviu outro choro conhecido. Subiu as escadas de três em três degraus e quando chegou na porta do quarto do afilhado a primeira coisa que ele viu foi uma cabeleira ruiva caída no chão. Olhando para cima ele viu olhos verdes o olhando, Harry. Ele abriu os braços para o padrinho , que o pegou nos braços e o abraçou bem forte. Para ele pouco importava Voldmort, a única coisa que fazia era se sentar no chão com Harry nos braços e sussurrava:

–Não vou te abandonar, não vou te abandonar-fazendo uma pausa de uma frase para outra sussurrando-Foi o Peter, foi o Peter...

Ele ficou assim por muito tempo, em sua mente havia as melhores e milhares de momentos que passou em sua vida, as boas e ruins, em sua lista estava seu irmão ,Régulo, James, Remus, Peter, Dorcas, Lily, Harry e Marlene. As guerras e beijos escondidos, o bem e o mal. E Sirius soube que não iria suportar, perder Marlene, a mulher de sua vida, não tinha sido fácil. Mas tinha tido James e Lily. Agora ele não tinha nada, a não ser Harry.

Sentado ali no chão fragilizado e com a única pessoa que sobrou no mundo que ele amava ,ele tentou buscar uma escolha. Uma escolha onde pudesse machucar Pettigrew ou deixar Harry bem e seguro. Foi bastante tempo pensando ,e enquanto pensava um barulho foi ouvido, e o choro alto de uma pessoa conhecida. Agora ele já tinha sua escolha.