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Bathilda Bagshot


Bathilda Bagshot foi dormir ligeiramente bem na noite de 31 de outubro de 1981. Havia tomado o chá da tarde com os vizinhos e um amigo dos Potter´s e ainda brincado com o pequeno Harry.

Nas duas primeiras horas de sono, dormiu tranquilamente mais entre as 22 horas ate 22:30, um estrondo absurdamente alto a espantou. Assustada andou o mais rápido que sua coluna permitia, até a porta da frente. De onde ela estava, e com a péssima visão que adquiriu com a idade, a única coisa que seus olhos permitiram ver foi um grande clarão verde que inundou toda a rua. Mas ela não precisava de visão para poder saber de onde veio o clarão. Da casa dos Potter´s, é claro.

Moravam uma rua acima da sua, e irradiavam seus dias com felicidades. O Sr e a Sra Potter eram incríveis, grandes bruxos , que por serem tão bons acabaram colocando a vida do único filho em perigo. Desde o dia em que os conheceu pela primeira vez, sabia que aquele inevitável ato iria acontecer com eles. Mais estava sendo precipitada, poderia nem ter acontecido tal acaso.

No meio da rua esqueceu que não havia pegado o casaco, e se encontrava no meio da rua tarde e com frio. Ora como eles eram importantes para ela.

Demorou, quem sabe uns 10 minutos para conseguir chegar em frente a casa dos Potter´s, ou o que restou. A casa apesar de agora esta frágil, mantinha a fachada, mais no andar superior, bem precisamente onde ficava o quarto do pequeno Potter, as telhas haviam caído e havia uma cratera no teto.

Não precisou empurrar a porta, pois esta estava escancarada, e quem a recebeu no hall de entrada foi ninguém menos que o próprio dono. Morto.

James Potter estava caído no chão de barriga para cima, sem varinha , e os óculos caídos ao lado como uma prova de que sim ele estava morto.

Uma falta de ar assumiu a velha senhora encostou-se a parede, já sabia o que tinha acontecido. Voldemort. Havia acabado com todos. E ela nem ao menos se deu ao trabalho de subir as escadas para poder ver o corpo de Lily e Harry.

Ao longe ouviu o som de um bebê a chorar , mas achou que sua mente estaria lhe pregando uma peça. Saiu novamente ao vento frio da noite,para avisar a Dumbledore sobre o que havia acontecido,e se deu conta que falhou com ele e com os Potter´s, afinal havia falhado com eles. E com um fio de voz , disse:

–Expectro Patronum.

As memorias usadas pareciam distantes e inimagináveis. Momentos felizes que ela mesma não se lembrava. Albus Dumbledore e o sobrinho estudando, o tempo em que brincavam na rua felizes e ate mesmo sua infância.

Uma lagrima desceu pelo seu rosto velho e enrugado, sendo logo desparecida enquanto Bathilda Bagshot fazia seu caminho de volta para casa, de volta para sua pacata vida, de volta para solidão.