Gibbs estava de cara fechada durante praticamente todo o voo até a bela ilha de Oahu. Ele não sabia o que era pior. Ficar sentado em uma lata de sardinha sobre o oceano, ouvir algumas crianças gritando ou o simples fato de Anna dizer que tinha encontrado alguém decente para compartilhar sua vida três minutos antes do voo.

— Nem deu tempo de eu ficar em Washington. – Gibbs reclamou. – Três minutos. Ela esperou eu estar checando minhas mensagens antes do voo para Anna me dizer sobre o namorado.

— Vai começar outra vez. – Jenny arrumou os óculos de leitura. – Jethro, estamos indo para o Havaí ver sua filha que está lá há quase duas semanas e para curtir a passagem de ano. Não para ver você eliminar outro candidato.

— Para o seu governo, eu não matei o primeiro namorado dela. – Gibbs cruzou as mãos no peito. – Ele literalmente causou aquilo a si mesmo se envolvendo com os Bulldogs de Midtown.

— Mas ainda assim ele está morto. – Jenny apenas respondeu. – Apesar que Anna se livrou bastante de uma encrenca futura.

— Mas esse novo cara, ele não vai se espantar. – Gibbs fez beicinho.

— Ele é líder de uma força tarefa, já foi Seal da marinha, conquistou várias medalhas por honra e bravura. – Jenny estava lendo a ficha que Abby havia conseguido. – Jethro, ele é perfeito para nossa Anna.

— Está bem. – Gibbs suspirou. – Mas eu não vou demonstrar nenhum sentimento com ele até ver se ele a ama.

— Está bem, senhor Grinch. – Jenny o beijou. – Mas talvez aja um espaço para mim.

— Sempre haverá. – Gibbs a beijou.

Abby e Tim olhavam pelo céu durante a viagem. O agente não podia realmente ser tão grato quanto naquele momento com sua esposa ao seu lado.

— Eu amo você, Abby. – Tim sorriu. – Não sei se eu já disse isso hoje?

— É claro que sim, mas pode continuar a dizer isso sempre. – Abby beijou Timothy. – Eu nunca vou deixar você deixar de dizer que me ama. Porque cara, eu te amo.

— Oh, é tão lindos. – Ziva sorriu. – E tão perfeito que vocês dois estão juntinhos.

— Sim, e ainda bem que Bruce tinha o antidoto. – Tony completou. – Ou ela iria parar em um caixão.

— Sim, como um presente de Strange. – Tony Stark respondeu.

— O que você faz aqui, afinal? – Tony olhou para o “amigo”. – Você não tem um avião particular?

— O que posso dizer, eu amo estar com a galera. – Stark se arrumou na poltrona.

— Então paga os salgadinhos aqui. – Gibbs gritou da frente. – Eu realmente estou com fome.

— Por favor, moça. – Stark chamou a aeromoça. – Traga suco de laranja, sanduiches e de preferência traga seu número de telefone para Steve aqui.

— Tony! – Rogers corou profundamente, mas olhou para a moça que lhe deu seu número. – Obrigado.

Enquanto isso, no Havaí, Steve e Anna faziam suas últimas arrumações. Ele havia convidado Anna para morar com ela na sua casa. Claro, que primeiro ela ficou no quarto de hospedes.

— Tem certeza que seu pai vai me aprovar? – Steve olhou para a namorada. – Porque eu não quero ultrapassar os limites.

— Tenho certeza que meu pai vai te aprovar, Steven. – Anna o beijou. – Mas se você o levar para conhecer o Aloha Stadium e quem sabe mostrar para ele o melhor lugar do Havaí, talvez ele aprove a sua bondade.

— Eu acho que deve fazer um seguro de vida, Steve. – Danny entrou com alguns petiscos. – Afinal, o cara é agente federal. Tenho medo do que ele já fez.

— Ele atirou no cara que matou a primeira esposa e filha. – Anna apenas disse. – Ele caçou o cara até o México. E eu acho muito bom.

— Steve, acho que ela é uma mulher perfeita para você. – Danny roubou uma batata frita. – Boa sorte.

O avião que levava todo mundo pousou finalmente no aeroporto de Honolulu. O humor de Gibbs estava levemente melhor, mas ele não parecia satisfeito.

— Aloha. – Anna colocou um colar havaiano no pai. – Bem-vindo ao Havaí.

— Obrigado, querida. – Gibbs beijou a filha no rosto. – E quem é seu amigo?

— Esse é meu namorado Steve McGarrett. – Anna sentiu que poderia cortar a tensão com uma faca de manteiga. – Ele é comandante da equipe Five 0.

— É um prazer conhecer você, senhor. – Steve viu quando Gibbs resolveu andar ao invés de cumprimentar o homem. – Bem, foi melhor do que eu pensei.

— Aloha, mãe. – Anna colocou um colar em sua mãe. – Bem-vinda ao Havaí.

— Mahalo, filha. – Jenny a abraçou. – E você deve ser o namorado dela. Sou Jenny Shepard-Gibbs.

— É um prazer, senhora. – Steve beijou a mão de Jenny, fazendo um grunhido escapar de Gibbs. – Eu vejo de onde Anna herdou a beleza dela.

— Você é muito gentil, Comandante McGarrett. – Jenny olhou para Gibbs. – Perdoe o mau humor do meu marido. Ele ainda não quer admitir que nossa Anna cresceu.

— Sinceramente eu entendo. – Steve sorriu. – E por favor, me chame de Steve.

— Filha, eu adorei ele. – Jenny abraçou a filha.

— Aloha. – Danny colocou um colar em Abby e depois em Tim. – Todos do time tem um exército de filhos?

— Todos gostam de assistir filmes. – Abby sorriu, tentando evitar a palavra sexo. – E você? Tem filhos?

— Dois. – Danno sorriu. – São meu tudo.

— Estou feliz. – Abby puxou Tim. – Ah! Aqui nesse aeroporto tem um quiosque daquela loja em Washington que eu sempre quis.

— Vamos dar uma passadinha lá. – Tim se virou para os filhos. – Vão com seus tios. A gente se vê em breve.

— Certo, pai. – Emily puxou Amanda.

Gibbs olhou para o terminal do aeroporto e o ônibus que foi fretado para levar todos para casa estava estacionado.

— Pai! – Anna o puxou para o lado, chateada por ele ter sido grosseiro. – Eu não gosto de fazer isso, afinal você é meu pai. Mas você não deveria ter tratado Steve assim.

— E como eu deveria, Anna? – Gibbs falou um pouco rude.

— Pai, eu não tenho mais doze anos. – Anna apenas o olhou. – Você não precisa ter medo de eu fazer besteira.

— Como quando você pegou meu carro e saiu com as amigas e depois disse que tinha sido roubado? – Gibbs a olhou.

— Pai, eu tinha 16 anos. – Anna o lembrou. – E depois, Steve não como Jhonny. Ele não é um gangster, um Bad boy ou um viciado em drogas. Ele é bom rapaz. Ele é como você, pai. Ele olha para mim como você olha para a mamãe.

— Promete que se ele te machucar eu posso chutar a bunda dele? – Gibbs tocou os cabelos da filha.

— Você e mamãe terão todo o espaço se ele pisar na bola. – Anna deu um sorriso fofo. – Então?

— Eu vou dar uma chance, mas apenas uma. – Gibbs virou para Steve. – Muito prazer.

Jenny se aproximou de Anna e sorriu para a filha. As duas estavam realmente esperando que Gibbs deixasse o lado superprotetor dele de lado.

Eles só teriam que esperar.