Stephen Strange estava em uma missão não oficial por parte de Tony Stark. Depois de muita conversa, os dois decidiram que Bruce precisava aprender algumas coisas.

— Que bom que está aqui. – Strange se sentou em frente a Bruce na cafeteria. – Eu fui escolhido para comunicar a você que eu vou te dar um “banimento” temporário. Você precisa dar um tempo e deixar as coisas esfriarem antes que possa voltar. Aproveite e pense no que você fez. Você vai para Dormammu, sem escala para pegar um lanche. Pense no que você fez.

Stephen viu Bruce se preparar e logo ele aplicou o feitiço, dando um pequeno tempo para Bruce pensar nas coisas.

— Abby, eu sei que você pode me ouvir. – Tim passou a mão pelo cabelo dela. – Eu preciso que você acorde. Sinto sua falta.

Eles haviam retirado a sedação há quase dois dias e Abby ainda não havia acordado. Fazia mais de uma semana que ela estava no hospital e todos estavam torcendo para que a cientista logo se recuperasse.

A mão de Abby caiu para o lado, assustando Tim. No começo, ele achou que estava vendo dobrado, mas logo a cabeça dela caiu para o lado e os lábios se separaram um pouco.

Tim apertou o botão da enfermeira e foi forçado a sair do quarto dela. A porta ficou fechada por quase 30 minutos. Todos estavam reunidos esperando algum médico sair e dizer que ela ficaria bem.

Logo, um médico meio careca deixou o quarto e se sentou, tentando parar a dor de cabeça de preocupação que sentia.

— Depois de um extenso exame com Abby, que está acordada, percebemos que ela esqueceu algumas partes. – Ele olhou para Tim. – A parte do sequestro. É temporário, mas acho que ela não vai realmente se lembrar.

— Não. – Tim se ajoelhou, as mãos no rosto. – Como? Por que?

— Acreditamos que é temporário, mas não temos certeza se é ou não. – O médico se levantou. – Só o tempo poderá dizer.

Tim olhou Abby de uma fresta da porta do quarto e tinha muito medo dela gritar com ele. Ele decidiu entrar um pouco.

— Oi, Abby. – Tim se aproximou da esposa com cuidado. – Você quer conversar sobre alguma coisa?

— Talvez você deveria me contar o que aconteceu? – Abby o olhou nos olhos. – Eu esqueci algumas partes.

— Você foi sequestrada por um cara chamado Loki. – Tim começou. – Ele estava trabalhando com Vance.

Abby olhou para ele com medo. De repente, ela o olhou como se fosse um inimigo.

— Saí daqui! – Abby começou a se agitar. – Cai fora daqui!

Tim se levantou enquanto os médicos a ajudavam. Abby provavelmente tinha alguma sequela direta daquilo.

Gibbs que estava do lado de fora, ficou chocado com a explosão dela. Ele viu Tim sair e começar a ir embora.

— Onde você vai? – Gibbs perguntou, pensando que ele estava abandonando Abby. – Você não vai desistir dela apenas por causa disso?

— Estou indo buscar nossa foto de casamento. – Tim o encarou. – Eu nunca vou desistir de Abby. Só quero que ela saiba que é verdade tudo o que eu disser. Mesmo que ela ache que eu estou bravo com ela

Jenny sorriu para aquelas palavras. Ela colocou uma mão no ombro de Gibbs e se voltou para um Callen bravo na cadeira de rodas.

— Bem, você finalmente saiu. – Jenny sorriu para Elisa. – Como ele está?

— Com problemas. – Elisa brincou. – Precisa ficar duas semanas sem sexo. Acho que ele preferia passar por uma parede de pregos do que ficar sem brincar. Mas também, quem mandou usar um colete adulterado?

— Eu já aprendi. – Callen resmungou. – Só o que me consola é que eu posso ver ela sem roupas. E eu não sabia que logo aquele estava adulterado

Callen levou um tapa na nuca de Elisa. Todos sorriram com aquilo. Mas Callen sabia que havia algo de errado no jeito que todos pareciam chateados.

— Abby acordou, mas ela não se lembra de nada o que aconteceu naquele dia. Felizmente ela se lembra de todo o resto. – Jenny contou. – E Tim foi para a casa dos dois pegar o porta retratos deles.

— Jenny, eu posso falar com você? – Elisa pediu um tempo longe de Callen e do restante. – Soube pelo ar que a promotoria pretende prender Tony e Tim por uma pequena confusão.

Pegando o celular, Jenny tentou ligar para Tim, se preocupando quando ele não atendeu.

— Timothy McGee? – Uma mulher o segurou e o virou. – Você está preso.

— Qual é a acusação? – Tim deixou o porta retratos cair e quebrar. – Eu preciso voltar para o hospital. Minha esposa está lá.

— É melhor calar a boca e ir andando. – A investigadora fez pouco caso da foto no chão.

Um homem que estava na calçada juntou a foto e olhou para a viatura.

Loki ainda estava preso e agora ele não sabia como continuar, mas saber que Abby estava no hospital era uma boa.

Leon Vance perdeu tudo quando não conseguiu prender Jenny. E agora elas pagariam.

— Anthony DiNozzo? – Uma segunda investigadora perguntou quando a porta foi aberta. – Você está preso.

— Por que? – Ziva quase voou na investigadora, mas pensou melhor. – O que está acontecendo?

— Não tenho que discutir isso. – A mulher empurrou Tony para fora e Ziva só podia olhar.

— Elisa, por que estão prendendo Tim e Tony? – Jenny sentiu a moça a levar para um lugar mais privado.

— A conversa que rola na promotoria é que Vance os implicou em coisas que fizeram antes de você chegar na agencia e algumas depois. – Elisa entregou um Pen drive. – Tentei impedir, mas eles derrubaram a minha medida. Mas eu vou ser a advogada de defesa nem que isso faça eu perder meu emprego.

— E o USB? – Jenny olhou para o Pen drive de 1TB. – O que tem nele?

— Está completo de documentos ultra-sensíveis sobre o esquema que Vance fez com a chefe Strauss. – Elisa olhou para a porta. – Ela administra a promotoria e está até o cabelo loiro de roubos.

— E quando é a audiência? – Jenny perguntou.

— Amanhã. – Elisa respondeu. – Vamos precisar de todos no MTAC. Então se não for muito, chame os vingadores e tente levar Abby até lá, senão, podemos explicar para ela depois.

Como Abby não foi liberada do hospital, Pride ficou com ela no hospital.

Tony Stark olhou para Elisa e decidiu se apresentar.

— Prazer, Tony Stark. – Ele beijou a mão dela. – E o nome dessa beleza seria?

— Elisa. – G o olhou de cima a baixo. – E ela é toda minha.

— Você não deveria ter levantado, G. – Sam olhou para Stark. – Ah, agora entendi. Continue.

— Olhe aqui, senhor eu-sou-o-homem-de-ferro-bilionário-fodão. – Callen o olhou nos olhos. – Ela e eu vamos nos casar e ela está grávida. E eu sei que a Pepper está por aqui. E se você não quiser uma bala no seu ombro eu sugiro que se afaste dela

— Ok, desculpa. – Tony se sentou perto de Steve que sorriu. – Não quero ouvir uma palavra.

— Bem-vindos a essa reunião de emergência. – Elisa assumiu. – Eu sou a promotora de justiça Elisa Pride McGee e estou aqui porque Tony e Tim foram presos por suporto envolvimento com a morte de La Grenouille.

— Sabia que Vance usaria essa morte. – Gibbs ganhou um aceno de Jenny.

— Eles foram presos está tarde e eu estou pronta para acabar com minha carreira para defender eles. – Elisa sorriu. – O motivo por trás de tudo isso está nesses e-mails entre Vance e a chefe da promotoria Erin Strauss. O desvio de dinheiro captado pelo ministério público de Washington para as contas pessoais dela e de Vance.

— Você vai liberar os e-mails assim de graça? – Thor estava confuso.

— Não, quer dizer que se ela insistir em processar eles, esses e-mails e recibos de depósitos vão misteriosamente para a imprensa. – Elisa sorriu. – Tem também isso. Arquivos de compra de coletes a prova de balas. E claro, aqui está o e-mail que detalha qual comprar.

— Todos estão sabotados. – Gibbs notou. – Callen foi ferido de propósito?

— Eu quero a cabeça dessa vadia. – Elisa disse e sorriu no final.

Todos sorriram, sabendo que agora tinham munição para prender uma das parceiras de Vance.

Enquanto a reunião acontecia, Nick Fury caminhou pela nave S.H.I.E.L.D até a prisão temporária de Loki. O homem parecia chateado por estar ali por mais de uma semana sem visitas, apenas recebendo comida por um tipo de sonda.

— Agora você finalmente veio me ver? – Loki apontou para os braços. – Eu posso ser solto? Essa sonda é ruim.

— Vamos conversar um pouco agora. – Fury se sentou. – Depois te dou um prêmio.

Loki sabia que ele tinha contas a prestar. E talvez ele ganhasse um pouco de crédito com o homem.