Breaking Boundaries.

A sala de espera do hospital universitário de Washington estava lotada. Entre todos os agentes e super-heróis presentes, um grande peso reinava.

Abby estava sendo examinada, Callen estava atualmente na cirurgia e Jenny sendo checada por precauções.

Gibbs estava com Jenny. Ele pensou que a tinha perdido, mas agora, sentiu como se seus dois amigos estivessem ainda em perigo.

— Bem, tudo parece bem com a senhora, senhorita Gibbs. – O médico anotou na tabela. – Entretanto, vamos coletar uma amostra de sangue para alguns testes.

— Que tipo de teste? – Gibbs olhou para o médico preocupado. – Algo de grave?

— É exatamente para descartar algo de grave. – O médico fez sinal para uma enfermeira e ela apenas coletou e saiu rapidamente. – Vamos aproveitar e olhar essa contusão na cabeça. Eu volto já.

Jenny olhou para Gibbs sem expressão. Tudo o que ela desejava era saber o que estava acontecendo com Abby e Callen.

Na sala de exames perto da UTI, Abby estava sendo checada. Um IV estava levando soro para ela e os sensores do monitor cardíaco estavam em seus lugares.

— Doutor, acho que ela vai precisar de uma cirurgia. – A enfermeira disse. – Ela tem um pequeno inchado no cérebro.

— Vou bipar para a sala de cirurgia 3. – A enfermeira disse. – Podem apressar isso?

— Claro. – O médico respondeu.

Na sala de cirurgia, Callen estava sendo aberto. Um projetil foi retirado do peito dele e sangue começou a jorrar.

— Doutor, os níveis dele estão baixando. – A enfermeira que cuidava de G gritou.

— Prepare um miligrama de Amiodarona. – O cirurgião disse.

— Ele está parando. – O outro correu para pegar o desfibrilador.

— Carregue em 360. – Todo mundo se afastou. – Agora!

Um choque. Dois choques. Três choques depois, Callen finalmente voltou.

— Ok, ele voltou. – O cirurgião suspirou. – Certo. Vamos continuar.

Jenny e Gibbs estavam esperando os resultados do exame de sangue e Abby foi levada para uma cirurgia de emergência.

— Eu deveria ter sido um marido mais presente. – Tim suspirou. – Eu deveria ter deixado ela sozinha no laboratório.

— Tim, ninguém podia imaginar. – Bruce tentou conversar.

— E o que você tem a ver com isso? – Tim estava chateado. – Você a sequestrou, levou ela de mim por um mês inteiro e agora quer me dar conselhos?

— Tudo bem, já chega. – Hetty se levantou. – Aqui não é lugar para brigar. Temos dois agentes em estado grave e mais uma sendo verificada. Se quiserem uma briga, vão lá no estacionamento, mas com o senhor Banner vai ser perigoso.

— Bruce, por aqui. – Steve levou Bruce para longe.

— Ei, Tim. – Stark se sentou perto dele. – Você quer um café?

— Eu quero minha esposa. – Tim sabia que havia algo errado. – Quero dizer, você viu o que Vance fez com ela. Viu a marca na parede.

— Ele usou um soro potencializador de força. – Natasha falou. – É algo que foi criado para potencializar a força de quem usa. Jenny disse que ele tinha uma seringa no braço quando viu ele depois do sequestro.

Todos sabiam que Vance estava literalmente querendo alguma coisa com aquele soro.

Enquanto isso, Jenny estava olhando para o médico querendo descobrir se a expressão dele era boa ou ruim.

— Bem, seus exames estão bons. – O médico sorriu para ela. – Meus parabéns.

— Por que? – Jenny pensou que fosse por estar bem.

— Você está grávida. – Ele viu Gibbs olhando para ele com uma expressão de choque. – Pelo visto você não fazia ideia.

— Bem, eu senti meus peitos doloridos e eu tenho alguns enjoos. – Jenny observou. – Mas eu nem pensei em gravidez.

— Bem, eu sugiro que marque uma ultrassonografia logo para poder ver até que ponto você está. – O médico se levantou e apertou a mão de Gibbs. – Parabéns, papai.

— Muito obrigado. – Gibbs sorriu e beijou Jenny do lado de fora do consultório. – Nós vamos ser pais.

— Sim. – Jenny abraçou Gibbs. – Ainda bem que Vance não me machucou.

— Espero que Abby fique bem. – Gibbs a abraçou, sabendo que poderia realmente estar errado.

Elisa correu pelos corredores do hospital. Pride tentou acompanhar a filha, mas mesmo de salto e grávida de quase quatro meses ele não conseguia.

— Estou aqui pelo agente especial Grisha Callen. – Elisa falou. – Sou a noiva dele.

— Ele acabou de sair da cirurgia, senhorita. – A enfermeira informou. – Eu não sei se você está autorizada a entrar lá.

— Mas eu estou. – Elisa mostrou um documento. – Se olhar no seu sistema, eu vou estar lá.

A enfermeira que parecia se vontade conferiu a lista de descobriu que Elisa era mesmo a primeira lista.

— Pode entrar, senhorita Elisa. – A enfermeira olhou para a promotora com ar de superior. – UTI cirúrgica.

— Obrigada. – Elisa e Pride seguiram para a uti.

Grace estava olhando pelo quarto branco do hospital. Ela tinha uma algema em sua mão. Ela já havia sido informada sobre a morte de Eric e o sequestro de Abby e Jenny.

Gibbs entrou no quarto da mulher e se sentou. Ele estava tentando não ficar irritado.

— Fico feliz que esteja bem, Grace. – Gibbs olhou para ela. – Eu sei que já foi informada sobre tudo.

— Popeye, eu sei que eu errei em muitas coisas. – Grace começou. – Mas eu nunca quis fazer mal a Abby. Isso é algo que eu nunca faria. Precisa acreditar nisso.

— Eu acredito. – Gibbs suspirou. – Mas seria muito legal se você contasse para mim o que aconteceu com você, com Abby.

— Posso começar pelo meu sequestro? – Grace viu Gibbs assentir com a cabeça. – Tudo começou quando eu estava no teatro. Eu havia saído com um carro bonito e ele disse que iria me levar para um jantar. A idéia de alguém finalmente me notar era ótima. Mas quando dobramos a esquina, ele me jogou no chão, tirou o casaco.

Gibbs observou a frequência cardíaca de Grace aumentar. Ele apenas deu um sorriso, tentando tranquilizar ela.

— Achei que ele iria me violentar naquele momento. – Grace suspirou. – Porém, do nada ele se transformou em outra pessoa. Ele me disse que seu nome era Loki e ele queria o soro transmutacional.

— E como Abby entra nisso tudo? – Gibbs perguntou. – O sequestro.

— Loki me hipnotizou e fazendo isso, me fez ligar para Abby. – Grace olhou para ele. – Ela chegou na cafeteria que eu marquei o encontro e Loki estava disfarçado como um cliente qualquer.

Ele sabe muito bem controlar a magia porque a próxima coisa que vi era ele fazendo um movimento com as mãos e a luz apagando e voltando. Depois um tremor de terra e quando coloquei a mão na barriga, senti o sangue e desmaiei.

Gibbs não sabia o que pensar daquilo tudo. Por um lado, ele ainda deveria esperar para mais questionamentos, mas Vance continuava em fuga.

E tudo o que ele mais queria naquele momento, era vingança. Vingança contra Vance e talvez contra Loki.