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Extra Chapie #3 Uruha has a horn


Era um belo sábado ensolarado e calmo...

AHÁ! Mentira!

Estava nevando e Tokyo nunca era calma...

E era domingo!

Ahan..Ahan...Quase acreditaram em mim, nee?

Mas então, voltando ao assunto...

Aoi me ligara naquele dia, me chamando para sair.

De início relutei, poxa, estava nevando e eu estava quentinho aqui em casa, nee?

Mas o maldito acabou me convencendo.

Sabe, o Aoi era muito gentil comigo...

Se bem que, às vezes era gentileza, às vezes era leseira.

Tudo bem, nem ligo, também sou lesado às vezes.

Pus uma camiseta, um suéter, uma jaqueta e um casaco, a fim de me proteger do fio absurdo de Tokyo.

Yuu acabara me levando numa espécie de bar/karaokê no centro de Harajuku...eu nem sabia que existia esse lugar em Harajuku.

Todos estavam lá, Reita, Ruki, Saga, Tora e mais um povo que eu nem sabia que existia.

Era por volta das 7 da noite quando chegamos lá.

Ficamos sentados em umas mesas, conversando, com o Reita fazendo alguma coisa sem noção e todo mundo rindo divertido.

Aoi sentara do meu lado, ficando abraçado comigo o tempo todo, com o rosto apoiado no meu ombro.

-Kai?

-Oi? – sorri, me virando.

-Aishiteru.

-...!

-Ahh! Ce tá vermelhinho! – ele ria divertido, apertando minha bochecha.

Eu ri sem jeito, batendo de leve nele.

Ruki estava com uma expressão estranha naquele dia, tipo preocupado.

Ainda perguntei se estava tudo bem, mas ele insistiu afirmando que tudo estava bem.

Continuei abraçado com Aoi, rindo e conversando enquanto Tora cantava algo no karaokê que chegava a me dar vergonha.

Me virei, a fim de puxar um assunto com Ruki quando percebi que ele estava pálido, estático.

Reita também estava, mas estava corado ao invés de pálido.

-Gente, que foi --?

-Então, Shiroyama foi visitar a mamãe e por isso não pôde ir em casa? – ouvi uma voz grave atrás de mim.

Minha espinha gelou.

Eu nem sabia o porquê, mas gelou.

Aoi se virou rapidamente, se levantando da cadeira.

Me virei, vendo o loiro de braços cruzados, enfezado, com o óculos escuro apoiado no nariz.

-Uruha, o que você ta fazendo - -

-Eu que te pergunto, Aoi! O que você ta fazendo aqui, dizendo ‘Aishiteru’ pro Kai?!

-A-aoi? – murmurei, fitando Aoi.

Ruki logo levantou, segurando o loiro que ameaçava partir pra cima do Aoi.

-Seu filho da puta! Vai pôr chifres na sua vó, seu idiota! – Uruha berrava, com o chibi o segurando, dizendo para ele se acalmar.

-Aoi! O que ta acontecendo?! – eu disse, chacoalhando o moreno.

De repente, Uruha parou, começando a rir.

-Ah, Aoi! Há quanto tempo você ta enganando o pobre do Uke?! – ele disse, me fazendo me virar, o fitando. – Vai me dizer que o Aoi não te contou que ele namora comigo?

-...Quê...?

-K-kai..Olha... – Aoi sibilou, suspirando.

-Me explica isso direito, Yuu! Ele ta mentindo, nee?! – eu disse, quase chorando.

-Tu acha que eu ia fazer esse barraco se fosse mentira, Uke?! Sempre ingênuo, puta que pariu! – ele riu, irônico.

-Pára, pára! – eu disse pondo a mão na cabeça. – É verdade isso, Aoi?! Me responde!
-...Kai-chan, e-eu... – ele passou a mão pelo cabelo. – É, é verdade...

-... – mordi o lábio inferior, segurando o choro.

Logo o Ruki soltou o Uruha e veio me abraçar, e eu, sem resistir, comecei a chorar.

Uruha bufou, se sentando na mesa e pedindo uma dose de uísque.

É, o Uruha tava certo, tem que afogar as mágoas mesmo!

-Tu viu o que fez, Shiroyama?! – Ruki bradou, nervoso.

-Ruki, deixa eu conversar com o Ka- -

-Eu não quero conversar com você, Aoi! – gritei, me soltando do Ruki e saindo do bar, fugindo dos olhares dos curiosos.

-Kai!!! – ainda o ouvi me chamar.

-Deixa ele, Aoi. – dessa vez foi a voz do Reita, provavelmente o segurando.

Sabe, desde aquele dia, nunca mais falei com o Aoi...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.