Viagem no tempo.

Quem é o verdadeiro monstro?


P.O.V. Cardeal William.

É chegada a hora de mandar essas bruxas e esses demônios de volta para o fosso do inferno de onde vieram.

Marchamos para o campo onde eu vi a bruxa que eu havia matado.

Elas eram em cinco. Cinco bruxas exatamente iguais, vestidas exatamente igual, elas estavam liderando o vasto exército. E havia uma ruiva também.

—Senhor Juíz William. Você veio encontrar a morte? Sabe, quando você morrer vai direto pro inferno.

—Cinco bruxas iguais?

—Com essa você não contava. A imortalidade é uma benção concedida a poucos.

—Eu vejo que alguns de seus soldados não são seus. O que houve com o Rei Eragon? Você o matou?

—Jovem Eragon!

A formação se abriu e o Rei Eragon passou em seu cavalo.

—Agora, eu me dirijo aos homens que estão aqui para lutar pelo Cardeal William. Esse homem por quem vocês lutam nada sabe sobre as bruxas, sobre de onde vem o poder delas, essas mulheres cuidaram de mim desde que eu era criança, me alimentaram, me educaram e a líder delas salvou minha vida sem pedir nada em troca. Ela não cobrou absolutamente nada de minha mãe e me salvou da morte certa e quando minha mãe faleceu eu as acolhi como elas me acolheram. Então, vocês podem lutar e morrer por um homem que jamais lutaria e morreria por vocês ou podem juntar-se a nós.

—Você está do lado delas?

—Sim. Mesmo sabendo que a minha raça caçava a dela, Lady Mikaelson arriscou sua vida para salvar a minha e eu os garanto que essas mulheres a quem vocês chamam de servas do diabo são muito mais humanas e muito mais ligadas á Deus do que vocês jamais serão.

—Blasfêmia!

—Verdade!

—Qual de vocês é a que eu peguei?

—Eu. Meu nome é Sarah Cullen Mikaelson e eu atravessei o véu e a minha mãe me trouxe de volta.

—Atravessou o véu? O que isso quer dizer?

—Na linguagem das bruxas, atravessar o véu quer dizer morrer.

Disse o Rei Eragon.

—E como sabe tudo isso?

—Eu fui criado pelas bruxas. E elas tem um coração do tamanho do mundo, elas acolhem todos que pedem abrigo, ajudam todos que pedem auxílio, consolam os que choram, alimentam os famintos e nunca sob nenhuma circunstância cobram por isso.

A multidão atrás concordou. De repente um de meus soldados se aproximou delas, colocou a espada no chão e ficou de joelhos.

—Eu tenho uma filha, ela está muito doente se curarem a minha filha eu vos servirei.

A bruxa finalmente se pronunciou a de capa vermelha que estava no centro e liderava a formação.

—Não precisa servir meu irmão. Eu curarei a sua filha, se não atacar o meu povo. Tudo o que queremos é paz, queremos que seus exércitos parem de atacar nossas famílias e matar nossos filhos. Mas, infelizmente sangue clama por sangue.

—O que quer dizer?

—Quer dizer que o homem que tirou a vida da minha filha e de todas as minhas irmãs deve morrer.

—Você matou meus filhos também.

—Não senhor William, eu não sou como você. Eu não mato inocentes. Tragam as prisioneiras!

Os soldados trouxeram as minhas filhas e a minha esposa.

—Elizabeth! Katherine! Elissa!

—É verdade papai? Que você matou aquelas pessoas?

—Elas são bruxas minha filha. São servas do diabo.

—Não papai. Elas são gentis, elas rezam papai igual a nós.

—Exijo que liberte minha família!

—Cardeal, você não está em posição de fazer exigência alguma. Entregue-se e elas saem livres ou posso massacrar seu exército, matar sua família e depois te matar.

—Pelo amor de Deus Robert! Essa mulher cuidou de nós, nos tratou bem e não feriu nem a mim e nem as nossas meninas. Renda-se.

—Podemos fazer a troca? Ou vai deixar sua esposa e filhas pagarem pelo seu pecado?

—Tudo bem. Eu vou.

—Realizaremos a troca no meio.

A bruxa desmontou e eu também.

Eu me entreguei e ela soltou a minha família.

—Sugiro que tampe os olhos das suas filhas e feche os seus.

A minha esposa tampou os olhos das nossas filhas, mas manteve os seus abertos.

—Eu te amo.

—Eu te amo.

O rosto da bruxa mudou e ela enfiou os dentes no meu pescoço, vi minha vida toda passar diante de meus olhos e então havia uma mulher de vestido preto.

—É hora de atravessar.

P.O.V. Elizabeth.

As minhas filhas perderam o pai tão criancinhas.

—Lamento a sua perda senhora, mas o seu marido tinha que pagar pelas vidas que tirou e pela vida da minha filha.

—Eu entendo.

—Vão em paz.

—E a minha filha?

—Leve-me até a vossa casa.

P.O.V. Renesmee.

Infelizmente nem todos concordaram com a paz e agora temos que lutar de uma maneira ou de outra. O reforço, os cruzados não nos vão deixar em paz.