Viagem no tempo.

Capítulo 1: Acidente.


P.O.V. Renesmee.

Estávamos limpando o porão pra fazer uma venda de garagem quando a Caroline acha um colar esquisito no fundo de uma caixa.

—Olha que legal.

—O que será que isso faz?

—Sei lá. É só um colar.

—Ele gira olha.

No que eu girei as coisas ao redor começaram a girar também.

—O que tá acontecendo?

—Eu não sei!

Do nada, para e nós estamos no meio do nada.

—Onde estamos?

—Sei lá Caroline.

—Vamos tentar descobrir.

Depois de andar por muito tempo encontramos um vilarejo.

—Isso é um vilarejo?

—Obviamente.

Eu escuto vozes conhecidas.

—Olha é o Elijah e o Klaus.

No que a gente passava o povo encarava.

—Porque está de calças Tatia?

—Tatia? Porque tá me chamando de Tatia, Elijah?

—Não se lembra mais do seu próprio nome?

Comecei a pensar e reparei que eles estavam usando trajes medievais e os cabelos estavam compridos. Eu fechei os olhos e pude ouvir seus corações.

—Caramba! O colar era um vira-tempo.

—Um o que?

—Caroline, viajamos mil anos pra trás.

—Como?

—O vira tempo trouxe a gente pro passado.

P.O.V. Elijah.

Tatia está perdendo a sanidade.

—Como vamos voltar Renesmee?

—Se não me falha a memória, a minha mãe disse que pra ir pro futuro temos que girar no sentido horário e pra ir pro passado giramos no sentido anti-horário.

—E como vamos saber qual é o horário e qual é o anti-horário?

—Como vou saber? Olha no relógio.

—Mas, o meu relógio não tem ponteiro. É digital.

—Que ótimo.

—E o que vamos fazer?

—Não temos escolha, temos que ficar.

—Ficar?! Neste fim de mundo que nem internet tem?!

—Você tem uma ideia melhor?

—Podemos tentar voltar pra casa.

—E se girarmos pro lado errado vamos parar na época dos dinossauros.

—Isso é verdade.

—Você precisa de um médico Tatia.

—Pela última vez, eu não sou a Tatia! E ali está a prova.

Ela virou meu rosto e eu vi outra garota exatamente igual a ela.

—Minha nossa!

—Oi Tatia.

—Como?

—O nosso rosto não nos pertence. Somos cópias da nossa ancestral imortal.

—Cópias?

—É como se passassem a Amara na máquina de xerox.

—Caroline, nessa época não tem nem eletricidade que dirá máquina de xerox.

Disse a menina como se fosse óbvio.

—Vocês ficam tão esquisitos de cabelo comprido.

Disse a loira.

—Está falando conosco?

—É claro né Elijah.

—Como sabe o meu nome?

—É complicado.

—Então descomplique.

Ela ia começar a falar quando a outra a interrompeu.

—Cala a boca Caroline. Não podemos falar nada, se alterarmos o curso dos eventos isso vai influenciar diretamente nas nossas vidas e nas de nossas famílias.

—Como pode saber?

—Lembra do que eu te falei sobre as minhas visões?

—Que elas mudam baseadas nas decisões que as pessoas tomam.

—Exato. Com eles funciona do mesmo jeito, o passado deles influencia diretamente no nosso futuro.

Nada do que ela dizia fazia sentido para nós.

Quando Rebekah chegou a menina olhou pra ela de um jeito que até eu fiquei assustado. Aquilo era ódio em seu olhar.

—Porque me olha assim?

—Ah, nem queira saber. Porque se eu começar a contar, com certeza vou te matar.

—Matar?

—Matar. Da pior e mais dolorosa das maneiras.

—E porque?

—Porque de onde eu venho, você fez coisas horríveis. Você matou, todas aquelas pessoas, você matou. E você jogou o carro da minha prima dentro do rio e ela quase morreu por sua causa.

—Carro?

—Não foi inventado ainda.

—De onde vocês vem?

—Eu nasci em Forks, Washinton no ano de 2001.

—Dois mil e um?

—Isso. Somos do futuro.

Duas mulheres viajantes no tempo. Essa é a coisa mais empolgante que já aconteceu por aqui.

—O que está havendo aqui?

—É o Mikael.

—Não me diga.

O sol tocou a pela da cópia de Tatia e sua pele ganhou um brilho suave.

—O que é isso na sua pele? Como você faz para brilhar?

—Se isso impressiona você, espere até conhecer os meus pais. Eles brilham no sol, como se fossem feitos de diamante.

—Porque?

—Por causa da sua mãe. Ela começou tudo isso.

—O que a nossa mãe tem a ver com vocês?

—Logo, você vai saber. Não posso dizer nada que influencie as decisões de vocês.

—Onde estamos Renesmee?

—Em Mystic Falls. O tempo cronológico muda, mas o local de partida permanece o mesmo. Estamos exatamente onde estávamos quando giramos o vira-tempo.

Notei que a menina estava usando uma aliança de noivado.

—Quem é o sortudo?

—O que?

—O seu noivo.

Ela coçou a cabeça.

—Não pode responder minhas perguntas?

—É você. Você é o meu noivo.

Eu ri.

—Como posso ser seu noivo se você nasceu mil anos depois de mim?

—É complicado.

Ela viu Henrique e vi pena em seu olhar.

—Tão criancinha.

—Eu já tenho doze anos.

—Já é um homenzinho.

Ela sorriu pra ele.

—Ele gostou de você.

—As crianças costumam gostar dela.

—Você parece a Tatia.

—É. Sabe, essa é a primeira vez que sou confundida com a Tatia. Já fui confundida com a Elena, com a Katherine e com a Amara, mas com a Tatia é a primeira vez.

—Você gosta de brincar de pega pega?

—Eu não posso brincar de pega pega. Eu tenho asma.

—O que é Asma?

—É uma doença que me impede de respirar corretamente.

P.O.V. Caroline.

Eu sabia que ela não era asmática coisa nenhuma, ela só falava isso por causa da hipervelocidade.

Não seria justo para com o menino.