P.O.V. Ísis.

O motivo deste baile estúpido é a chegada de um Príncipe ai. Que babaquice, desperdiçar toda essa comida por causa de um cara.

Eu estava pronta para o caso do metidinho tentar alguma coisa, aposto que não passe de um velho metido á besta. Um cara que se acha.

P.O.V. Caspian.

Estamos na estrada a três meses e finalmente chegamos á Inglaterra. As trompetas soaram e o Rei Eragon nos recebeu com cordialidade.

Então, as enormes portas do pátio são abertas e ela sai. Uma jovem de vestido preto que contrastava lindamente com seus cabelos que eram de um tom de ruivo que parecia fogo, sua pele era extremamente pálida, branca como leite fresco, em seus dedos havia um único anel com uma pedra preta onde estava gravado as letras M e C. Seus olhos eram azuis, ela tinha um olhar profundo e penetrante.

—Quem é ela?

—Ísis. Vou te dar um conselho meu Príncipe, não a irrite.

Ela tinha unhas compridas, unhas que mais pareciam garras.

—Venha vamos entrar. Deve estar fadigado.

Na noite seguinte foi a noite das festividades. Ela estava lá com mais um de seus vestidos pretos.

—Querida?

—Sim mamãe?

—Porque não toca para nós? A música que eu lhe ensinei.

Ela sentou-se no piano e começou a tocar e a cantar. A voz dela era angelical, suave. A letra da música era diferente de tudo o que eu já ouvira.

Mas, era linda. Todos os presentes a aplaudiram e a parabenizaram.

Ísis prestou uma elegante reverência e desceu do palco dirigindo-se a mesa de comes e bebes.

—Deseja vinho Milady?

—Sim por favor.

O servo encheu seu cálice e ela bebeu. Só então notei que haviam dois tipos de jarros, alguns eram dourados e os outros eram prateados. Ísis, o Rei, e mais alguns dos presentes só bebiam dos jarros dourados.

—Servo?

—Sim milorde?

—O que há nos jarros dourados?

—Vinho.

—Sirva-me um pouco deste vinho.

—Lamento senhor, mas os jarros dourados só servem ao Rei, ás suas conselheiras e a família delas.

—Porque?

—Porque é assim que é.

—Você disse conselheiras?

—Sim.

—E quem são essas conselheiras?

—Lady Renesmee Cullen Mikaelson e suas duas filhas Ísis e Sarah.

—Cullen Mikaelson? Por isso o C M no anel.

—Sim.

—Esse nome dela, Ísis de onde saiu?

—E eu que sei? Com todo o respeito Alteza, mas eu tenho cara de quem está no comando? De quem tem intimidade com o Rei?

O servo riu, pediu licença e saiu. Decidi conversar com ela.

—Com licença, Milady.

—A Deusa Egípcia do submundo. O meu nome veio da antiga Deusa Egípcia do submundo. A Poderosa Ísis, aquela que colocava o poderoso Deus Rá de joelhos.

—Porque sua mãe lhe colocaria o nome de uma Deusa pagã?

—Porque Ísis era o nome da primeira e mais poderosa de nós. É o nome de uma mulher forte, determinada, guerreira.

Quando o banquete foi servido havia um tipo específico de carne que só elas comeram, a carne estava quase crua e sangrava. Havia dois de tudo, dois cordeiros, dois faisões, dois leitões. Um estava bem cozido e o outro estava quase cru.

Ela e sua família comeram dos dois tipos, comeram frutas, doces e beberam vinho, mas era como se aquilo não os satisfizessem, eles comeram e beberam mais do que qualquer convidado, eles e o Rei. Uvas, carne, figos, amoras, tortas, bolos, vinho, conhaque, licor e nada deles ficarem bêbados. Ainda estavam totalmente lúcidos.

—Devo admitir que nunca conheci nenhuma outra Lady com um apetite tão voraz quanto o vosso.

—E provavelmente nunca vai. Isso não satisfaz, mas o gosto é ótimo.

—Você é realmente especial Lady Ísis.

—Você nem tem ideia. E á propósito, qual era mesmo o seu nome?

—Caspian.

—E de onde você veio?

—Espanha.

—Está mentindo. De onde você veio?

Perguntou-a olhando diretamente nos meus olhos e as palavras saíram sem eu perceber.

—Nárnia.

—Outra dimensão. Interessante, muito interessante. Com licença, devo me retirar para os meus aposentos. Vejo você amanhã meu jovem e inocente Príncipe.

Ela saiu e eu fiquei com várias perguntas rondando a minha mente. Como ela havia me feito dizer a verdade? Porque? Como poderia ela saber que eu estava mentindo? Lady Ísis me deixa confuso e deslumbrado ao mesmo tempo.