Sinto um vazio. Achei que o amor poderia preenchê-lo, mas continuo incompleta.

Às vezes, questiono-me sobre o relacionamento que tenho contigo, meu Arthur. Parece-me uma troca de favores ao invés de um casamento.

Sou a musa de teus grandes espetáculos, a ponte entre ti e o público, levo tuas peças ao reconhecimento.

Tu és meu titereiro, moldando-me em tuas personagens, manipulando-me como um fantoche entre os papéis de teus romances. Já fui sete mulheres para ti e serei muito mais se quiseres.

Costumávamos ser um time, mas estás distante...

És homem de coração célere, sinto que já não me pertence.