Ignorando Minerva McGonagall , Draco fazia o trabalho sozinho. Todas as noites depois que a maioria estava descansando, ele inspecionava algumas áreas.

A magia negra chamava por ele, como um antigo comensal da morte, era mais fácil identificar. O arrepiava quando sentia o formigamento na marca. -Voldemort está te chamando Malfoy? - A ruiva surgiu no escuro, ele estava encarando a marca no seu braço.

—Vá se foder Weasley. - Disse cobrindo aquele pedaço de pele com a manga da camisa. Seguiu em frente a ignorando.

—Cadê seu humor malfoy? - Ela o seguia tendo certa dificuldade já que ele andava rápido. Na verdade, não se surpreenderia se ele começasse a correr só pra fugir dela.

E foi exatamente o que fez. Draco começou a correr em meio ao escuro. Ginna parou incrédula, observando os cabelos loiros se afastarem rápido.


—Malfoy, eu também posso correr. - Disse indo na direção dele.

Que ruiva maldita, pensava o loiro a observando correr em sua direção.

Ginna então teve uma ideia, tiraria uma com a cara de Draco Malfoy. De longe ela viu que ele a observava e fingiu cair.

Draco perceberá o instante que a garota foi puxada e saiu de sua visão. Ela só caiu. Disse a si mesmo. Parte dele quis continuar o caminho, inspecionar mais alguma parte. Mas ele ficou ali olhando pro escuro, esperando ver a cabeleira ruiva surgir. Mas isso não aconteceu.

Droga. Era só o que faltava.

Nada era tão ruim, que não pudesse piorar. Foi com essa frase dançando na sua mente que Draco correu ao encontro de Ginna rezando que ela estivesse bem. Não que realmente se importasse, mas a situação dos Malfoy perante a sociedade já estava mal o suficiente, e se por acaso aquela idiota se machucasse estando na companhia dele, ainda mais onde os dois lidam com magia negra, seria um desastre total.

Ginna soltou a varinha a alguns metros dela e fechou os olhos esperando. Quase desistiu pela demora, mas quando escutou passos rápidos sem sua direção fechou os olhos e prendeu a respiração.

Draco a encontrou no chão. Estava desacordada, olhou atentamente seu rosto procurando algum sinal de que estava respirando mas pra seu desespero, concluiu que não.

—Weasley. - Ele chamou se abaixando. Olhou em volta viu a varinha dela. - Porra, mas que Diabos.

Pegou a cabeça da garota tirando do chão e depois olhou pro resto do corpo dessa vez mais perto, estava escuro demais. Lumus. Sem nenhum sinal aparente de algo errado.

—Porra. - Falou e em um movimento de supetão a pegou no colo. Ginna não esperava aquele movimento e abriu os olhos um pouco assustada.

—Não acredito. - Draco olhava pra sua expressão chocado e com raiva.

Naquele lugar não tinha magia negra o suficiente pra derrubar uma pessoa, ainda mais a Weasley.

Ele a soltou no mesmo instante, e Ginna quase levava um tombo se não colocasse seus reflexos para trabalhar.

—Idiota. - Disse rindo, e passando a mãos nas roupas sujas pela falsa queda. -Draco Malfoy preocupado comigo. - Seus olhos mesmo no escuro, Draco pode ver que brilhavam pela pegadinha que ele caiu.

—Você faria o mesmo não é. - Desdenhou. -Aposto que podia ser Voldemort que você o ajudaria, não é esse o lance da Grifinória?!

Ginna não gostou dele ter citado logo aquele nome. - Estraga prazeres. - Falou fechando a cara.

— Da próxima vez que fizer outra palhaçada dessas, se depender de mim, vai morrer. - Falou

—Que bom, parece então,que está aceitando que vamos trabalhar juntos. - Draco revirou os olhos com as palavras dela.

— Esta tarde, se quiser, pode ficar, eu vou dormir. - Lhe devolveu sua varinha e marchou pro acampamento sem esperar por ela.

Uma semana depois, eles tinham que novamente fazer as inspeções. Ginna não deixaria que Draco a ignorasse como daquela vez que saiu sem lhe dizer nada como se eles não tivessem que trabalhar juntos. E com isso saiu em direção onde ele estava.

Como sempre Draco estava sozinho. Malfoy fazia questão de afastar todos que chegavam perto dele, podia ser até algo banal como um simples bom dia, ele fechava a cara e saia de perto.

—As oito da noite. - Disse pra ele que fingia não notar sua presença.

—Não sei do que está falando.

Ginna revirou os olhos. - Nosso pequeno trabalho em dupla Malfoy.

E saiu sem dizer mais nada.

Para surpresa de Ginna, as oito da noite assim que saiu da barraca encontrou ele a uma certa distância com cara de poucos amigos. Começou a andar e ela o seguiu.

—Vamos logo acabar com isso. - Falou sem olhar pra ela.

—Vamos. - Concordou de bom grado.Gostava de provocar Malfoy com sua simples presença, mas isso não queria dizer que ansiava por sua companhia.


Acenderam as varinhas e começaram o trabalho. Draco sabia o que fazia, e sinceramente não sabia o que estava fazendo ali, claramente ele podia fazer aquilo sozinho.

Fazia feitiços silenciosos, e ela o olhava.

—Ali do outro lado. - Falou e ela se sobressaltou.

Ele a ficou olhando ficar parada, até que ela passou pro outro lado. Não esperava que ele fosse realmente cooperar.

Algo se movia dentro de parede. Antes que pudesse sussurrar algum feitiço sentiu algo gelado subir pela sua perna. Uma cobra.

—Malfoy. -Sussurrou seu nome

Aquilo era uma pegadinha dele? Tinha que ser

Não ousava se mexer. De repente estava tomada por medo. E tinha que pensar com a mente clara.

Droga. Não é como se ela tivesse feito tanto naquela pegadinha, poque raios uma cobra?


A cobra agora envolvia metade de seu corpo, a apertando. Que horas mesmo Malfoy, apareceria pra rir da sua cara?

Do outro lado Draco terminava seu trabalho. Sua pegadinha parecia não ter dado certo. Teria que ser mais astucioso da próxima vez.

—Você está calada Weasley? Será que cortaram sua língua? - A voz de Malfoy próxima lhe trouxe uma sensação de alívio.

—Depulso. - Draco falou descompassado vendo a Cobra envolvendo quase todo o corpo dela.

Ginna respirou fundo colocando a mão no coração. - Você está bem? - Malfoy a perguntava, e ele parecia realmente preocupado.

—Não fui eu. - Ele se defendeu vendo seu olhar confuso.

Se afastou indo em direção ao animal que jazia morto. - Uma cobra normal. Você podia lidar facilmente. - Falou desdenhando

Ginna deu de ombros. - Fiquei assustada.

—Vamos embora. - Disse passando por ela.

—Espera. - Ginna o puxou pelo braço. - Havia algo na parede- E no momento em que tocou uma explosão os atingiu. Os dois. Uma gosma verde agora os cobria.

—Puta que pariu. - Ginna estava incrédula.

Draco não sabia se sorria ou praguejava junto já que também tinha sido atingido.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.