Verdadeiro Tesouro

Preciosas Emoçoes.


Os primeiros raios de sol começaram a atingir seu rosto, fazendo o caçador se acomodar melhor, não se lembrava da última vez que tinha dormido tao bem, mas sabia o motivo, pois o mesmo se mexia confortavelmente em seus braços resmungando por ter que acordar cedo.

Sabia que ele teria que sair de perto da mesma, antes que os outros acordassem, já que o senso de auto preservação de Marguerite impedia sempre a mesma de assumir seus sentimentos. Porem pode relaxar em alívio, depois de tudo que passaram nos últimos 3 dias, vê-la bem e protegida em seus braços era o que mais importava. Claro que a raiva ainda o consumia ao ver os pequenos machucados na pele delicada, mas nada que o tempo e muitos mimos não a curassem.

O caçador também não parava de remoer o que poderia ter acontecido se eles não tivessem chegado a tempo…e mais uma vez as lembranças atingiram sua mente.

A três dias atras Marguerite e Verónica resolveram ter um dia de garotas, deixando os rapazes com as tarefas, o que alegrou e muito a herdeira, elas iriam para um lago não muito longe da casa da arvore, e la junto com uma cesta de piquenique, curtiriam o sol, e Marguerite aplicaria alguns produtos que organizou para que elas ficassem mais bonitas, situação que para roxton e Malone era desnecessária, John roxton não cansava de olhar para a herdeira a cada minuto, pois sua beleza natural sempre o atraia.

Mas estavam decididas, e com isso deixaram George, Malone e roxton para trás logo nos primeiros raios da manha, claro que o mesmo reforçou diversas vezes para a herdeira tomar cuidado, e prestarem sempre atenção ao redor, o que a fez revirar os olhos com a preocupação exagerada porem sorrir feliz pra ele, já que era evidente em sua voz a preocupação.

Ele não sabia dizer o por que mas sentia algo estranho quando não estava perto dela, e lhe causava arrepios saber que algo lhe poderia acontecer, mesmo Verónica também estando lá.

Os afazeres daquele dia eram poucos e em pouco menos de 3 horas tudo estava feito e os homens também decidiram ter seu momento, sentando e jogando conversa fora com um bom charuto que roxton guardava para momentos especiais, acompanhado de uma boa xicara de café, já que era muito cedo para uma dose de whisky.

Foi percetível para Malone e Charllenger que o caçador não parava de olhar para o elevador esperando ouvir o retorno das meninas, o que foi motivo de zombaçao deixando o caçador levemente envergonhado, mas a cada instante que passava a ansiedade dentro de si crescia e o impulsionava a sair da casa da arvore em busca delas.

Muitas vezes esse instinto os tinha salvo de várias situações e ignora-lo seria um erro, por isso ele se levantou num instante assustando os dois amigos e pegou seu rifle, os outros dois não entenderam, mas não deixariam o amigo ir sozinho, e os três partiram para o lago.

A cada passo dado roxton sentia seu peito se apertar, e quando chegara ao lago e vira tudo revirado sem sinal delas, o coração dele foi ao chão. Aonde elas estavam? os rastros indicaram uma luta, talvez três a cinco homens, mas por que não ouviram tiros? A resposta estava bem ali, o coldre de Marguerite permanecia perto da arvore com algumas peças de suas roupas, e elas foram pegas perto do lago. O desespero começou a tomar conta do caçador, não sabiam aonde elas estavam e nem para onde foram levadas.

Vendo a expressão do amigo, Malone chegou perto do mesmo e colocou a mão em seu ombro para passar conforto, só achariam respostas quando se acalmassem e olhassem para a cena de uma forma geral, procurando um rastro.

— roxton, Marguerite e Veronica já passaram por diversos problemas para se deixarem cair tao fácil, você sabe muito bem como as duas são, principalmente Marguerite que se desenrasca como ninguém, nós vamos acha-las. – A calma que Malone transmitida, não era sentida, pois por dentro também estava ansioso, não tinha sentimentos tao intensos como aqueles dois, porem ele e verónica vinham compartilhando algo a mais nos últimos tempos e não poderia acabar tudo derrepente.

Quando se acalmou roxton conseguiu enxergar mais os detalhes a sua volta, conseguiu ver as movimentações de terra na direção em que elas foram arrastadas e alguns galhos quebrados, precisava se focar.

— Vocês dois vão voltar na casa da arvore, pegar alguns suprimentos e algumas munições, não sabemos quão longe foram e o que iremos encontrar, eu vou seguir o rastro e vou deixando pistas para vocês me encontrarem, não podemos perde tempo! – os outros não tiveram tempo nem de discutirem, pois, a única coisa que viram foi as costas do caçador se embrenhando na vegetação.

Roxton corria, pois, depois de um tempo ele reconheceu aonde a trilha iria dar, estavam indo em direção as praias, mais exatamente para o casebre daquele pirata que cobiçava o grande tesouro do Bonnie, e isso arrancou um suspiro de cansaço de John, ele lembrava perfeitamente do dia em que ele e Marguerite esbarraram naquele tesouro, e nas confusões que isso trouxe a todos. Porem a herdeira tinha acabado com todos eles não tinha?

Ao se aproximar da área onde ficava o antigo casebre explodido roxton viu que a área estava diferente, havia de duas a três moradias e alguns homens bebiam e riam em volta de uma fogueira que assava algum tipo de caça. Haviam poucas mulheres que serviam vinho em jarros de prata, e ate havia música, como se comemorassem algo.

Roxton tentou buscar as meninas com os olhos porem da posição em que estava não conseguia ver muito, e não poderia avançar mais sem a chegada de Malone e Charllenger, já que a munição que tinha consigo era pouca para tantos inimigos.

Com isso ele se posicionou e pouco mais de duas horas os amigos chegaram ao seu encontro, tao surpresos quanto ele ao verem aonde estavam.

Ao se embrenharem nas vegetações secas que estavam em volta do casebre, logo uma figura no meio das outras se destacou, o homem que Marguerite tinha feito refém estava la, com algumas cicatrizes novas e sem uma das pernas, substituída por um naco de madeira, claramente arrancada pela explosão, enquanto gesticulava com os braços ele parecia radiante com algo, mas foi somente quando eles avançaram mais um pouco que viram o que tanto alegrava o pirata.

A respiração de John ficou presa em meio a garganta, no meio do oceano, atadas a estacas de madeira as duas mulheres estavam presas, a agua das ondas batia em suas cinturas mas claramente se a mare subisse, o que aconteceria logo, elas se afogariam.

Veronica se balançava tentando se soltar, porem a morena ao seu lado estava desacordada, com a cabeça pendente para o lado, mostrando claramente o rosto meio inchado e vermelho, sinal claro que tinham batido nela. As duas mulheres apresentavam pequenos cortes onde a pele estava exposta, por conta dos galhos em meio a floresta.

Roxton achava que já tinha sentido raiva na sua vida, mas ver ela ali, com as marcas em seu rosto, nublou sua visão, e ele não pensou bem em seus atos. George tinha trazido um pouco de pólvora e em poucos segundos o caçador montou uma pequena bomba e não esperou o aval dos amigos que não entendiam as ações do homem a sua frente.

Ele acendeu e tacou, a bomba feita de tecido e pólvora caiu bem no meio do bando que demorou a nota-la, porem já era tarde, pois ela explodiu levando metade dos homens ali ao desespero.

Por estarem embriagados, eles tinham respostas mais lentas e não sabiam situar de onde os ataques vinham, correndo para todos os lados.

Roxton tacou mais duas bombas e saiu do meio dos arbustos atirando para todos os lados, sem ver se os amigos o seguiam ou não. Seu odio destinado a somente um homem era nítido nas feições firmes do seu rosto.

E o mesmo quando viu o caçador marchando em sua direção, sentiu as forças das pernas vacilarem, sempre tinha tido uma essência covarde e se escondido atras dos comparsas nas brigas, esse gesto de vingança só tinha sido realizado pois queria ser o líder e os outros homens cobraram a postura dele. Mas sabia que seria seu fim.

O caçador não teve muito esforço pois no segundo soco o homem já tinha caído desmaiado no chão, queria sinceramente mata-lo, mas o som das ondas chamou sua atenção e junto com ele a imagem da cara desespera de Verónica que olhava para o lado.

Como era mais alta que Marguerite e estava acorada a loira ainda conseguia manter o queixo fora da água, mas a morena estava já com a cabeça submersa. O desespero tomou conta de roxton, ele só tirou s botas e as armas e pegou uma faca nas mãos correndo em direção a agua, o choque da agua fria não o parou tamanha a adrenalina que tomava suas veias, ele nadou como um louco, soltou as mãos de Verónica em um único puxão com a faca e a mesma terminou de se soltar.

Ele mergulhou na água soltando as pernas da herdeira e seus braços, o corpo estava mole contra si, e o pânico começou a tomar conta dele.

Com a ajuda da menina da selva, eles levaram ela para areia que caiu inerte, os piratas que sobreviveram estavam amarrados, e Charllenger e Malone vieram correndo ate os amigos.

O jornalista olhava para todo corpo de Verónica vendo se a mesma estava com algum machucado ou corte, porem ela pegou suas mãos e apertou docemente, mostrando que estava bem.

O caçador ignorou todos eles, Marguerite não se mexia e não respirava, ele fazia massagem em seu peit para ela expelir agua e quando o cientista tentou se aproximar ele rosnou para o amigo, num aviso de distancia. Roxton ao perceber que as roupas da herdeira eram apertadas demais abriu os botões para o peito se expandir, mas mesmo assim ela não respondia.

Ele se colocou em seu lado e começou a fazer respiração boa a boca enchendo os pulmões dela com o máximo de ar que conseguia, mesmo ficando quase sem folego, a cada respirada ele implorava a Deus que não tirasse ela dele.

— Mas que droga !!! vamos Marguerite reaja! você não pode me deixar aqui | - ele queria gritar, mas o pânico de ver que ela estava ainda inerte estava deixando ele sem forças.

Tentou mais algumas vezes e mesmo sem poder evitar algumas lagrimas caíram, ele a abraçou e a embalou numa dor contida, e os amigos estavam em choque não sabiam o que fazer, deixando as lagrimas caírem como se fosse um adeus.

— por favor meu amor, não me deixe, você sabe que minha vida não tem sentido sem você, volte para mim Marguerite. - A dor em sua voz era tanta, que bem no fundo da consciência dela, que já estava distancia surtiu um efeito, ela não poderia deixar John, mesmo que o local em que ela estava fosse quente e acolhedor sem dor, e sem medos, ela não podia deixar o homem que era seu destino para trás.

A tosse veio em sua garganta e com isso muita água também fazendo o caçador soltar ela dos braços e a virar de lado para ajudar. Ela demorou alguns minutos ate tomar o folego, e quando abriu os olhos a primeira coisa que viu, era o belo rosto do homem que amava.

Podia ver seus olhos húmidos e a emoção em suas expressões. Primeiro viu medo, depois um profundo alívio, porem o que mais enxergava era amor. Ele a agarrou de novo, esmagando ela em seus braços, e as lagrimas de alegria escorriam em seu rosto.

Os amigos ao perceberem que a amiga estava bem, se jogaram todos em cima dela, caindo todos em uma risada alegre e feliz. Ela tinha bastante dor na garganta, pelo esforço, mas estava viva e isso que importava.

Roxton a ajudou a se levantar, mas a mesma tinha muita fraqueza em suas pernas, o que deixou um ótimo motivo para roxton pegar ela no colo, e ela de bom grado foi, usando uma justificativa que estava muito cansada.

Os prisioneiros foram libertos sobre um forte aviso do caçador que se voltasse a encontra-los a misericórdia não seria o ponto forte de sua personalidade, ainda mais que enquanto falava sempre se lembrava da situação da herdeira.

Andaram por umas 3 horas para se distanciarem bem da praia, e pararam para montar acampamento, eles tinham que tirar as roupas molhadas. E Marguerite tinha que tomar algo quente, pois estava a demonstrar um começo de um caso de hipotermia.

John a todo momento rodeava ela querendo garantir que a mesma tivesse bem e segura, e passou a guarda para Malone. A mesma de bom grado aceitou os confortos do caçador e logo caiu no sono, fazendo roxton por fim relaxar com ela nos braços e o cansaço que lhe bateu o fez se aconchegar mais com ela e dormir também não vendo nada em sua volta.

Piscou novamente voltando ao presente, dando mais um suspiro de alívio, já era para eles terem chegado a casa da arvore, porem no meio do percurso descobriram que algumas espécies de dinossauros estavam a fazer uma migração de zonas por conta das secas e com isso, para passarem seria arriscado ainda mais que a herdeira estava sem condições físicas de correr, ou se mover com agilidade, por isso ainda não tinham desmontado acampamento, e as noites ela só conseguia dormir em seus braços.

Os amigos fingiam que não viam o caçador entrar na barraca da mesma ao meio da noite, para conforta-la em seus braços, do mesmo jeito que ela esperava ansiosamente por ele.

Não eram ditas palavras, e nem toques ousados, ele somente a aconchegava em seus braços e com o cheiro característico de suas roupas ela rapidamente caia no sono, e todas as manhas antes de todos acordarem ele saia, mas nesta manha queria tanto ficar mais um pouco ao seu lado…

Novamente a morena se remexeu, afundando mais o nariz no pescoço do caçador causando arrepios gostosos em ambos, ela não queria deixar ele ir e o apertou mais entre os finos braços. O mesmo involuntariamente beijou sua testa num gesto de carinho correspondido, e olhou para os olhos que se abriram sonolentos seguidos de um belo sorriso preguiçoso-

— bom dia minha rainha, dormiu bem essa noite? Pronta para ir para casa? - o tom relaxado e feliz do caçador aqueceu o coração da fria e distante herdeira.

— dormi sim…- disse a mesma começando a se espreguiçar como se fosse um gato...- mal vejo a hora de chegarmos em casa e eu tomar um banho quentinho, e deitar na minha cama.

Ela se levantou puxando a camisa cuidadosamente posta de lado, pois só dormia com a parte de cima da peça de renda, e em nenhum momento John se aproveitou dela ou a olhou com segundas intensões, o que lhe agradou muito e aumentou sua confiança no mesmo.

Ele também se endireitou, alongando os longos e fortes braços que estavam nus, chamando a atenção da morena num olhar extremamente agradável, cego seria quem não apreciasse a beleza física do caçador, que também havia tirado a camisa para dormir.

Alguns sons foram ouvidos la fora demonstrando que já tinha alguém de pé, provavelmente Verónica, e por alguns segundos ela ficou tensa, mas depois relaxou, o que ela achava que estava fazendo de errado? John estava pronto para ver a reação da herdeira mas pra sua surpresa ela estava relaxada trançando os cabelos, o que o deixou radiante.

Foi em direção a ela dando um beijo estalado em suas bochechas, arrancando uma risada gostosa da herdeira antes de sair e se deparar mesmo com Verónica arrumando as coisas para o café e desmontando sua barraca. Um acenar de cabeças entre os dois foi o suficiente para o comprimento matinal, e a loira já estava tao habituada a ver os dois juntos que nem deu atenção quando Marguerite saiu logo em seguida da tenda.

Logo apos Charllenger e Malone haviam se juntado aos outros e tomaram um café da manha tranquilo, e se prepararam para ir para casa.

O caminho foi regado de algumas risadas e provocações da herdeira para o jornalista que ficava cada vez mais envergonhado, quando uns barulhos em meio aos arbustos chamaram a atenção de todos os deixando em alerta, roxton se pôs a frente da herdeira em uma posição de proteção, mas relaxaram ao verem assai e alguns guerreiros aparecerem.

— Oh! Que bom que os encontrei, estava mesmo a vossa procura e não estavam na casa da arvore, precisamos da ajuda de vocês com urgência!!

Roxton não precisou se virar para ouvir o suspiro cansado e desanimado da herdeira, oque lhe causou certo incomodo, sabia que ela estava ainda cansada pelo afogamento e queria só ir pra casa. Mas sabia que ela não iria reclamar, quem sabe a Marguerite de antes, mas a de agora não faria os amigos escolherem.

— Diga assai, o que houve…- perguntou uma Verónica ansiosa, normalmente não era grave os assuntos da aldeia zanga, porem…

— Com as secas houveram alguns incêndios, o que destruiu uma parte da nossa aldeia, e precisamos do professor para analisar alguns feridos…

— Claro que vamos ajudar assai- disse um Ned disposto, mas desta vez roxton seria mais egoísta, ele adorava ajudar os amigos, mas quando isso implicava o bem-estar da herdeira ele não considerava tanto assim a sua disponibilidade.

— Vocês vão na frente com assai, eu vou levar Marguerite pra casa, que não esta ainda totalmente recuperada dos últimos acontecimentos, se em dois dias vocês ainda estiverem com dificuldades, partiremos a aldeia zanga para ajuda-los. – A voz firme do caçador não era aberta a discussões, porem os olhares admirados de todos era bem evidente, ate mesmo para herdeira, que sabia que o lorde não negava ajuda nunca, principalmente em casos assim. Assai ia contestar que precisava de todos, ainda mais o lorde sendo um dos mais fortes, porem Verónica sabia que ele seria irredutível nesta decisão, já que se tratava da morena em si, então segurou o braço de assai impedindo ela de falar.

— tudo bem, tenham cuidado ao retornar a casa, qualquer coisa nos comunicamos pelos espelhos. - e sem muito mais conversa a loira se embrenhou na mata com os outros deixando o casal para trás.

Marguerite ate abriu a boca para contestar, mas o homem ao seu lado sorriu gentil para ela abraçando a mesma pelos ombros e empurrando ela em direção a casa que já estava bem perto, e ela resolveu não contestar gostou dos cuidados dedicados a ela.

A casa da arvore estava exatamente do jeito que os rapazes deixaram pois saíram correndo, com as xicaras de café na mesa e os charutos mal apagados, causando um olhar interrogador por parte da morena e um sorriso amarelo vindo do caçador.

— Por que você não vai tomar um banho, enquanto eu limpo isso aqui e faço nosso jantar? – ele disse jogando charme, deixando a herdeira feliz com a ideia do banho quente.

Ela acenou com a cabeça feliz e vou rapidamente pegar suas coisas, o lorde rapidamente deu uma ordem em tudo e pensou no que poderia fazer para eles comerem, optando por uma sopa de legumes e carne de raptor grelhada. Terminou de por a mesa, bem na hora em que ela aprecia envolta em seu robe roxo e os cabelos húmidos com um sorriso feliz no rosto, o cheiro de seu perfume invadiu o espaço do caçador deixando ele fascinado por ela.

— Parece delicioso lorde roxton, vamos comer, que depois eu arrumo as coisas e você vai tomar seu banho.

Comeram entre sorrisos e conversas banais, e o céu já estava escuro quando ela terminou de limpar tudo e foi para o seu quarto, ouvindo o os sons do quarto de roxton que era grudado ao seu, provavelmente terminando de se arrumar.

Ele certificou que o elevador estava travado em cima, e fechou todas as proteções para mante-los seguros, foi em direção ao quarto da herdeira, para lhe desejar boa noite e avisar que estaria a disposição qualquer coisa que ela precisasse, pois não iria se oferecer para dormir com ela já que estavam em casa, e em nenhum momento ela pediu….

Ao parar na entrada do quarto que tinha como porta um pano estendido ele perguntou se podia entrar e a mesma disse que sim, ela estava de costas para ele e a iluminação do quarto era feita por algumas velas e a luz da lua que estava bem presente aquela noite.

A respiração dele ficou presa na garganta, pois diferente das camisolas longas que ela usava, hoje a vestimenta era mais curta parando em meio as coxas definidas e deixando as belas pernas da morena a mostra, os cabelos longos e negros caiam livres pelas costas dela e eram iluminados com os reflexos lunares, os olhos verdes com um brilho especial estavam atrativos e ele não se conteve ao dar um passo para mais perto dela.

— Eu… vim me certificar que esta tudo bem, e saber se precisava de mais alguma coisa… antes de me retirar…- ele teve que engolir em seco antes de tentar dizer alguma coisa.

— oh, esta tudo bem John, eu creio que tudo que preciso esta bem aqui….

Ele lhe lançou um sorriso gentil e beijou sua testa, antes de se virar e ir em direção ao seu quarto, mas parou bem na porta, ele não conseguia aguentar mais…

— Marguerite...- ela que arrumava os lençóis se virou, esperando ele continuar a frase…- não da mais, já não posso e não consigo esconder, esta sendo impossível controlar minha vontade de ter você, não só seu corpo, mas seu coração, esta sendo maior que qualquer coisa, acredite em mim… - os olhos dela estavam fixos nele e ela não conseguia nem se mexer tamanha a surpresa... – eu já mudei, e provei que não sou mais quem eu era, eu já sem sei mais quem eu sou, só sei que por você eu mudei e mudaria quantas vezes fossem necessárias… eu acredito que isso tudo seja amor, meu amor… por você… olhe para mim…- pois a mesma tinha desviado o olhar quando ele falou em amor..- e te ver assim, linda e tao linda, tao perto de mim… é tudo o que eu sempre quis.

Ele se aproximou dela, pousando as mãos em seus braços numa caricia delicada, os olhos dela estavam levemente húmidos, por sentiu a intensidade das palavras que sabia que saiam do fundo do coração do caçador, pois do mesmo jeito que ele tinha mudado por ela, em seu jeito conquistador, ela tinha mudado pelo amor dele, deixando suas barreiras caírem, para deixa-lo entrar.

Ficando nas pontas dos pes ela juntou os lábios aos dele, dando a autorização que ele tanto aguardava, o mesmo não demorou a responder a caricia, e enlaçou a cintura dela delicadamente trazendo a mesma para mais perto de si, que segurou firmes os braços do caçador para se manter de pé. Sem interromper o beijo ele desceu a alça da camisola de renda, arrancando suspiros ansiosos que deixaram a pele dos dois arrepiadas.

Os beijos desceram pelo pescoço delicado e depois para o ombro. Ela envergou o pescoço para o lado oposto dando mais acesso ao homem que parecia faminto por ela, mas sem ser rude, deixando as fortes mãos com toques delicados, como se a estivesse venerando.

Ela com as mãos livres foi desabotoando a camisa que ele vestia deixando os belos músculos expostos e deslizando as mãos sobre eles o que arrancou um gemido longo do caçador, deixando ela com um sorriso malicioso nos lábios. Sem precisar de muito esforço, ele foi empurrando o corpo da mesma para a beirada da cama a fazendo se deitar levemente e com isso tirando o resto da camisola que estava em seu corpo, a deixando com uma aparecia angelical que era iluminada pela lua, e deixando visível somente as roupas íntimas de renda.

Ele mesmo tirou sua calça, deixando o corpo nu a mostra, fazendo ela arfar em deleite, o homem era firme em todos os pontos, desde os braços, a barriga definida, as pernas torneadas faziam jus aos exercícios diários, e seu membro também era belo de se ver, tudo junto formava uma imagem deslumbrante para os olhos cobiçosos da herdeira, e inflou um pouco o ego do caçador, pois ver a apreciação nos olhos dela, deixa ele feliz e a altura, ate por que Marguerite era uma imagem fora da realidade para qualquer homem.

Ver ela ali esparramada na cama, com os cabelos em volta de si como um manto, em contraste com a pele delicada e clara era um sonho, os olhos verdes brilhantes e a boca rosada pelos beijos trocados deixavam a mesma com um ar de uma verdadeira rainha que tinha tudo e todos aos seus pés.

Ele se inclinou sobre ela começando a beijar os tornozelos, subindo pelas pantorrilhas e indo pela parte interna de sua coxa, fazendo a mesma suspirar de prazer, passou levemente o nariz em sua fenda por cima da renda deixando os dois inebriados de prazer, mordiscou o umbigo dela, e por fim chegou aos seios dando a devida atenção ao direto mas com a mão estimulando o esquerdo, queria que ela estivesse pronta para si.

Marguerite não aguentava mais, queria sentir o caçador dentro dela…

— John… - ela gemeu baixo numa suplica, como se implorasse por uma ação dele que não chegava nunca.

Ele não precisou de mais, se posicionou no meio de suas pernas que se abriram em deleite para ele, e olhando fundo nos olhos dela, ela foi a penetrando devagar, para não a machucar, a sensação da união de ambos era majestosa. Como se finalmente os dois estivessem completos.

Ele deixou ela se acostumar, antes de começarem um vai e vem maravilhoso, num ritmo de sincronia perfeito, característico deles. Os olhos sempre um no outro deixava tudo mais intenso, e a herdeira muito mais segura, já que quando olhava para o incrível homem acima de si, ela só via amor.

As mãos entrelaçadas estavam juntas fortes, tentando passar para o outro como a intensidade daquilo que faziam era especial e único, e logo os primeiros sinais de que o prazer de ambos estava próximo, fez aumentarem o ritmo, os dois juntos chegaram ao ápice, e o som do gemido de prazer emitido foi abafado por um beijo doce e apaixonado pela parte de ambos.

Ele se desvinculou dela, mas não se afastou trazendo a mesma para seus braços a apertando forte e carinhosamente, o cheiro dos dois juntos era inebriante e a sonolência que os atingiu também era um conforto.

Ela já tinha os olhos fechados, mas pode ouvir com clareza as palavras doces que o caçador emitiu antes de se entregar ao sono…

— O meu verdadeiro tesouro é você…

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.