Unidas pelo Sangue

Lembranças que apertam o coração


Cap.: 10 Lembranças que apertam o coração

Eu não tive sonhos, o que foi meio estranho, então um tanto de claridade insistiu em entrar por entre meus olhos que abriram cansados. Minha visão estava embaçada meus músculos do corpo inteiro doíam enquanto minha cabeça parecia que iria explodir, eu consegui me sentar na cama, ainda meio tonta quando passei meus olhos por onde quer que eu estivesse.

- Você está bem? – dizia uma voz feminina que eu reconheci como a de Thalia; não respondi. Estava com uma tremenda dor de cabeça pra começar uma briga logo agora – Me desculpe, mas eu tinha que saber do que você era capaz, eu tinha que testar você – foi quando meus olhos finalmente começavam a se acostumar com a claridade e eu a via um tanto arrependida sentada ao lado da cama onde eu estava sentada quando eu percebi: Estava novamente na enfermaria.

Foi quando eu pus meu rosto entre minhas mãos tentando afastar aquela dor de cabeça, quando uma mecha de meu cabelo caiu perto de meus olhos e... e... era... loiro?

- Céus! – eu dizia num pulo segurando aquela mecha – Mas o que? O que... O que aconteceu?? – eu dizia um tanto estática

- É incrível – disse Thalia – A maioria das filhas de Zeus sempre tem algo a ver com ele, eu por exemplo – e ele apontou para seus olhos – Tenho os olhos, mas você... – e ela parecia estar sem palavras – é realmente incrível

E então as lagrimas começaram a sair por meus olhos, eu estava sem reação. Foi quando as lembranças de pessoas me dizendo o quanto eu parecia com minha mãe passavam por meus olhos... Meu cabelo era minha única lembrança dela... meus cabelos e meus olhos...

Era tudo que me restara de lembrança, era tudo o que eu tinha. Nenhuma foto, nenhuma carta, só isso, apenas isso.

- Calma, não é pra tanto. É apenas cabelo – dizia Thalia, foi quando eu me virei para ela.

- São minhas lembranças! Era tudo que eu tinha pra provar que era realmente filha dela! Era a única lembrança que eu tinha da minha mãe! – e meus olhos já estavam cheios de lagrimas

E ela logo pareceu surpresa e triste

- Aléxis... – foi quando eu me pus a levantar da cama, mas um ferimento que só agora eu notava em meu tórax se abriu e eu apenas o olhei sem uma expressão certa – Aléxis! – e tudo se apagou

Novamente foi um sonho sem sonhos, somente a escuridão... Quando novamente a luz insistiu em entrar entre meus olhos, eles se abriram mais uma vez embaçados e quando finalmente tomaram foco eu me sentei na cama, procurando por quem quer que fosse.

Mas eu nada encontrei. Levantei-me com cuidado e fui até o espelho da enfermaria, eu precisava me ver... Ver como eu estava.

O único espelho da enfermaria ficava em um armário um tanto antigo que usavam para guardar seringas, anestesias, gases, Ambrósia, néctar e etc. Eu o abria um tanto devagar, talvez eu tivesse medo do que fosse ver... eu... não sei ao certo.

Foi quando eu o abri. Meus cabelos estavam loiros claros e dourados ao mesmo tempo, um tanto hipnotizantes, e então eu olhei meus olhos... Azuis claros nas bordas e escuros no interior, mas eles pareciam ter raios se chocando em todos os lados e minha pele parecia mais prateada e reluzente pra dourada de um certo modo.

Céus... meus olhos... meus cabelos... e novamente lagrimas insistiam em cair por meus olhos...

- Não pode ser... – eu murmurei baixo – Volta... – eu disse um pouco mais alto – Volta.. Volta por favor... Volta!! – e então eu fechei meus olhos com força – VOLTA!!!

Foi quando eu os abri e meus cabelos pareciam voltar bem devagar da raiz para baixo à cor normal e eu já estava ofegante eu não sei por que, mas isso havia me cansado com uma incrível rapidez.

E então a porta se abriu com força e lá estava Luna, ele me olhou um tanto aliviada e eu apenas sorri um tanto cansada e então sua expressão mudou para surpresa e confusão e eu apenas me olhei novamente no espelho e meus cabelos e olhos voltavam a ser loiros e azuis

– Não... – eu dizia cansada – NÃO!! – e mais lagrimas insistiam em cair – Eu... Eu disse pra voltar! VOLTA!! – e novamente meus cabelos se tornavam castanhos e minha visão começou a falhar, meu corpo pesar e meu coração bater lento enquanto meus cabelos voltavam a se tornarem loiros – Se foi... – foi tudo que eu disse antes de apagar novamente

Novamente a escuridão, quando meus olhos se abriram mais uma vez cansados e embaçados, eu notei alguém ao meu lado, mas eu já não estava na enfermaria.

Era Luna. Ela parecia cansada e me olhava com seus olhos sem cor, eu estava na varanda da casa grande e agora notava estar bebendo um copo de algo doce como mel... néctar

- Oi... – eu disse um tanto baixo, mas ela pareceu notar, seus olhos tomaram novamente cor e ela sorriu foi quando sua expressão se tornou triste.

- Aléxis... Sobre... – e sua voz falhava – Sobre o seu cabelo... Esqueça, por favor... Você é tudo que eu tenho – e ela já ameaçava chorar

- Você fala isso por que não é com você, não são seus cabelos, não suas lembranças.

- Tem razão, – disse ela – não são meus cabelos... não são minhas lembranças. Mas Aléxis, você quase morreu tentando faze-los voltarem ao normal, por favor, por favor esqueça isso! Não morra vai? – e logo as lagrimas caíram de seus olhos – Você tinha dito...! Você...! – e ela parecia estar sem palavras.

- Pro que der e vier – foi quando eu a olhei nos olhos – Eu sei. Não vou, eu prometo – e ela simplesmente me abraçou – Eu só queria... Eu só..! Eu só queria saber o por que: O porquê disso tudo – e então ela me abraçou mais forte – Eu estou aqui, calma

E ela chorou em meus braços até que eu simplesmente dormi novamente naquele abraço relaxante... Eu acordei com alguém segurando firme a minha mão, era quente...

Eu abri meus olhos e eu estava novamente na enfermaria e Thyler segurava minha mão, eu afaguei um pouco seus cabelos e toquei sua testa com a ponta dos dedos. Foi apenas um toque, mas eu pude sentir... Era quente... mais que o normal, mas não um quente desconfortável, um quente relaxante, um quente intenso...

Ele dormia um tanto desconfortável na cadeira ao lado da cama. Ele parecia cansado e... triste. Eu soltei sua mão aos poucos e assim que o fiz eu senti como se uma parte minha pedisse novamente por aquele calor intenso, eu balancei a cabeça para afastar tais pensamentos, mas eu tinha que admitir, ele tinha um calor único, e uns olhos penetrantes que agora descansavam enquanto ele dormia.

Eu levantei devagar, tentado me acostumar com as coisas já que minha cabeça toda girava.

Fui direto para o meu chalé, tomei um banho e me troquei, então simplesmente fui para a colina e inspirei seu maravilhoso ar e novamente todas minhas feridas pareceram se curar.

Eu fechei meus olhos em busca de paz em minha cabeça, foi quando eu os abri e olhei para os céus. Eles pareciam receosos de um certo modo.

Não sei quanto tempo eu fiquei lá, mas me pareceram mais segundos do que horas, só sei que quando me dei conta já estava na hora do café da manhã e só agora eu percebia o quanto estava com fome.

Eu fui direto para o refeitório, peguei um tanto de comida, taquei parte a Zeus e me sentei na mesa do mesmo quando alguém me abraçou por trás.

- Que bom que acordou... – dizia Luna e eu apenas sorri e logo conversávamos felizes na mesa de Zeus.

E então eu passei meus olhos por cada mesa, Thyler me olhava feliz com seus olhos cansados e seu sorriso simpático, os irmãos Stoll pareceram surpresos e me olhavam como se nunca tivessem me visto de um jeito um tanto bobo.

Eu olhei para July e ela parecia me olhar ainda sem perceber quem eu era, e então murmurou sem som um “Luck novo?” e eu apenas revirei os olhos e murmurei algo como “Depois te conto”, e me virei para a mesa de Afrodite.

Todas as filhas de Afrodite pareciam me olhar com ódio mortal, menos Mary que me olhava feliz murmurando algo como “Ficou legal” ou “Vou querer saber como ficou tão bonita assim”, ou seja, eu nada disse em troca, apenas revirei os olhos.

Passei meus olhos por Percy e ele me olhava curioso enquanto Annabeth o fitava com certa raiva eu diria já o tal Nico me olhava como os outros, de um jeito meio bobo e eu tive que rir,quer dizer, ele tem uma cara de “eu odeio o mundo e todas as coisas vivas” ele com essa cara de bobo é a coisa mais hilária que eu já vi.

Então reparei os olhares que a mesa de Apolo me lançava.

Os garotos de Apolo pareciam me comer com os olhos junto com os de Afrodite, já alguns me olhavam confiantes – sim, um destes era Hérick. Ô garoto chato... – enquanto as garotas de Apolo pareciam divertidas até mesmo Mel que me olhou sorridente, o único garoto de Apolo que eu acho que não reparou em mim foi o Travor, ele parecia perdido em seus pensamentos.

Foi quando eu percebi: Thalia não estava na mesa de Zeus. Eu passei meus olhos procurando por ela, quando a encontrei na mesa de Ártemis. Ela me olhava um tanto triste... até arrependida, e então seus olhos caíram sobre Luna que lhe olhava fria quando Thalia simplesmente desviou o olhar.

- O que aconteceu? – eu disse

- Nós brigamos – disse ela

- O que? Por quê? Eu pensei que você adorava as historias de caçadora da Thalia...

- A culpa é dela – dizia Luna – A culpa é toda dela – continuava ela fria

- A culpa de que?

- De você estar assim! De você quase morrer tentando fazer tudo voltar ao normal! A culpa é toda dela!! – e então ela desviou os olhos dos meus e apenas fitou sua comida – Não quero falar nisso

- Luna... – e eu tentei tocar seu rosto, mas ela apenas o desviou para o lado contrario – Como quiser – eu disse já olhando para Thalia triste em sua mesa – pelo menos por enquanto – eu murmurei para mim mesma.

Depois do café o que eu menos tive foi privacidade, já que todos os filhos de Apolo insistiam em me seguir tanto quanto os de Afrodite e eu juro que se eu vir a cara do Hérick de novo com ele dizendo “Oi amor, que saudade...” eu juro, mas eu juro mesmo que caio na porrada com ele.

Santo Zeus! Paciência eu tenho, mas também não é pra tanto! Eu me dirigi a colina, afinal ninguém ia tanto lá quanto eu, pelo menos era o que eu pensava.

Eu já podia sentir aquele ar mágico, foi quando eu apenas vi Thalia sentada encostada ao grande pinheiro. Ela parecia relaxar calmamente, enquanto inspirava aquele ar, cheguei a pensar que estava dormindo, quando ela apenas disse:

- Me desculpe – e meu coração quase parou com o susto

- Hãn... Tudo bem, por enquanto, esqueça – e eu já ia embora quando ela apenas disse:

- Estou falando sério – e ela abriu seus olhos cor de céu – Me desculpe – e então ela inspirou bem fundo e demoradamente – Sabe, a vida de uma caçadora é cheia de emoções e viagens que fazemos juntas em busca de novas aventuras, mas ser uma caçadora não é fácil. Todos nós sofremos até encontrar Lady Ártemis, cada uma de nós tem seus motivos para sermos quem somos, mas o mais comum entre eles é o amor. A dor de amor não correspondido, a dor do desapontamento.

E ela simplesmente olhou para os céus alguns segundo quando virou seu olhar para mim, ela parecia cansada e frágil em relação a isso, mas demonstrava força em cada uma de suas palavras:

- Ao entrarmos para a caça juramos virgindade eterna e desistir do amor. Muitas de nós somos frágeis em relação a isso, cada uma de nós tem seus motivos e razões para odiar os homens, mas ninguém controla o próprio coração Aléxis. Não é que eu esteja lhe falando que estou apaixonada ou algo assim, meu coração já não bate por isso, ele bate pela caça. Mas Aléxis – e ela me olhou nos olhos – como caçadoras recebemos certas missões de Lady Ártemis, algumas relacionadas à caça, mas outras a algo bem maior.

E ela novamente fitou os céus e inspirou bem fundo, quando eu me sentei ao seu lado.

- Minha missão foi treinar você, conhece-la e criar um laço. Criar laços não são exatamente o meu forte – ela dizia com uma careta – Mas com vocês foi diferente... – e ela olhava em meus olhos – Quando você me contou sobre já estar dominando as “brisas”, eu fiquei feliz por você, de verdade! Mas minha missão era levar esta informação a Lady Ártemis, e como o ordenado eu o fiz: lutei com você quase até a morte, Ártemis me fez prometer que não pegaria leve com você, mas não importa. Pode ter tamanha força, mas ainda é uma criança.

Eu fiquei um tanto sem reação e disse a primeira coisa que veio a minha cabeça:

- Fala como se você também não fosse

- E não sou, mas isso não importa agora, você me perdoa?

- E agora você vem me pedir perdão? – eu disse um tanto irônica e ela apenas me olhava com duvida – Se você não fez por querer a culpa não é sua. Quem deve pedir perdão é Lady Ártemis, a deusa da caça e da lua, afinal as ordens foram dela – e eu apenas me levantei – Até...

Foi quando ela segurou meu pulso e apenas disse sem olhar em meus olhos, enquanto eu simplesmente não me virei para ela:

- Hoje, as 01:30. Quero você no chalé de Ártemis – eu não entendi muito bem, mas apenas assenti educadamente e logo eu me fui da colina.

O que afinal essa deusa queria comigo? Eu não sabia e nem queria pensar nisso... não agora...

Tentei andar sem destino a algum lugar, sabe, me perder em meus pensamentos. Mas isso parecia impossível já que os filhos de Afrodite e Apolo insistiam em ficar me tirando deles o tempo todo.

Então eu fui à área de treinamento, e lá estavam as gêmeas Wendy e Valery e o Michael. Tinha um grupinho de filhos de Apolo ao canto, mas decide ignorar isso.

Eu fui direto até as gêmeas que me olharam felizes e surpresas, mas eu pude sentir um tanto de medo em seus olhares...

- Quer dizer que você finalmente acordou? – dizia Michael – Você dorme demais... – dizia ele rindo

- Bem... eu... – eu queria muito pedir desculpas a cada um deles, quando Wendy simplesmente me olhou sincera.

- Ela está bem, era uma novata. Está tudo bem agora – ela dizia, mas eu ainda notava um tanto de medo em sua voz.

- Não precisa ter medo de mim, posso me controlar.

- Não estou com medo de você

- Então não me olhe assim – eu odiava quando as pessoas me olhavam com pena, ainda mais quando me olhavam com medo, como se eu as fosse machucar a qualquer momento. Eu não sou um animal pra me olharem assim.

- Desculpe – ela disse simplesmente um tanto magoada.

Michael pareceu um tanto desconfortável, ele era brincalhão, mas não sabia lidar com situações tensas.

- Quanto tempo eu apaguei? – e ele pareceu um tanto aliviado

- Bem, você está assim desde um dia após o oráculo desmaiar em um sono profuuundo... O que significa que está assim a... – e ele parecia pensativo – Três dias – ele pareceu concluir – Hoje é o quarto, mas tecnicamente o dia ainda não acabou não é?

- Você e essa coisa de “tecnicamente, aproximadamente ou à 2% de chance de...”, não é à toa que não consegue uma namorada – dizia Valery – Fica nesse coisa de “eu tenho só 2% de chance dela gostar de mim e blábláblá” – ela tentava imitar a voz de Michael – Por que não admiti logo que você não tem coragem?

E ele logo ruborizou

- Eu não sou covarde!

- Michael, sinceramente – eu dizia tentando ser gentil – Você é um amigão, mas admita: você é um baita de um covarde quando se trata de garotas.

- Ei! Eu pensei que você fosse minha amiga!

- E eu sou, mas eu não gosto de mentir – eu disse simplesmente e com essa Valery gargalhou alto enquanto Michael apenas me olhava incrédulo e eu lhe mandava um sorriso sapeca ainda rindo um pouco.

- Hahãm – e agora eu notava um garoto, provavelmente do chalé de Apolo. Ele tinha os cabelos castanhos claros, olhos quase negros e o mesmo sorriso simpático de Thyler, sim, com certeza é filho de Apolo – Sou o Matt, filho de Apolo – ele sorria – É Aléxis não é? – ele dizia tentando parecer um tanto confuso

- Sou sim – eu disse um tanto indiferente, foi então que eu percebi como os filhos de Apolo o olhavam, como se não acreditassem e eu apenas pensei uma coisa: “Aposta”. Os garotos do meu colégio costumavam fazer isso: Apostas pra ver quem conseguia sair com uma garota escolhida pelo grupo. Como eu odiava esse tipo de garoto...

– E então – disse ele – Filha de Zeus não é? Bem,você quer treinar comigo? – ah se ele pensava que conseguiria privacidade tentando conversar comigo durante uma boa luta ele estava totalmente enganado, eu não vou deixar ele prestar atenção em mais nada, a não ser que ele queira ter a cabeça decepada.

Eu me virei para a Valery e ela apenas sorriu, Wendy assentiu um tanto indiferente e Michael olhou 2 segundos para o filho de Apolo e assentiu com um rosto um tanto malicioso, talvez ele soubesse o que eu ia fazer.

- Claro – eu disse um tanto confiante e os filhos de Apolo pareciam surpresos e alguns seguravam o riso – Estou louca pra gastar um pouco de energia – eu completei confiante e sorriso dele aumentou ainda mais.

E então um de seus irmãos lhe tacou uma espada leve que todos os arqueiros do acampamento pareciam usar, diziam que suas mãos eram mais “delicadas”, hunf! Maricas...

- Eu não estou querendo me achar... – dizia ele girando a espada em suas mãos – Mas sou um dos melhores do chalé de Apolo – e seus irmãos deram uns gritinhos de confirmação. Ele é um novato, com certeza. Só está tentando se achar e ganhar pontos com seus irmãos, vou dar um desconto pra ele – Então eu vou tentar pegar leve – talvez, “talvez” eu lhe dê um desconto.

- Claro – eu disse tentando soar compreensiva girando minhas baquetas enquanto os filhos de Apolo já pareciam adivinhar o que eu iria fazer

Ele partiu pra cima de mim rápido tentando me desarmar, quando eu cruzei minhas espadas o impedindo de fazer isso, ele pareceu surpreso quando começou a me mandar golpes leves.

- Você... – dizia ele, foi quando eu aumentei a velocidade de meus golpes – já... Consegue dominar os raios? – dizia ele com dificuldade

- Quer ver? – vou quando eu mandei um vento forte em suas costelas com uma de minhas espadas e rapidamente soquei seu tórax, soltando um raio um tanto forte, quando ele pulou pra trás e apenas tossiu forte fitando o chão em busca de ar

- É... – ele tentava formular uma frase – ... bem... forte... – e ele tossiu alto

- E isso é por que você está pegando leve – eu tentava lhe convencer – Obrigada pela consideração – eu sorri – Mas vamos tentar pegar pesado, ok? – e os filhos de Apolo começaram a rir alto

- Claro – disse ele ainda com um tanto de esforço e um tanto de raiva

- Vamos lá – e eu lhe já estava em posição de ataque, mas exatamente como na esgrima, leve e mortal, foi quando ele partiu pra cima de mim com golpes pesados que eu apenas rebati fácil com um sorriso de orelha a orelha.

- Vamos lá! Pode vir com tudo! – eu dizia e então ele me lançou um golpe que eu apenas desviei saltando para trás exatamente como nas aulas de ginástica olímpica, sim, eu estava querendo mostrar exatamente o que eu podia fazer.

E então ele avançou em minha direção com um golpe pesado que rebati de leve e logo controlei o vento que contornava minha espada direita e simplesmente o joguei com força em seu pé direito, não o cortei é claro, apenas o empurrei. O que o fez dar um 360º no ar.

Ele caiu tossindo forte, o que foi meio ridículo. Seus irmãos riam mais e mais e ele me olhou confuso e assustado.

- Na próxima vez, escolha melhor com quem quer lutar, ou simplesmente treine muito mais. Lute por sua vida ou pela vida daqueles que escolher defender e não por uma aposta estúpida! – e os garotos de Apolo apenas riram mais enquanto ele fitava o chão chateado

- O que é que ta acontecendo aqui? – dizia a voz Thyler que agora aparecia entre seus irmãos. Ao me ver ele sorriu e eu sorri de volta, mas quando ele viu seu irmão caído, olhou para minhas espadas e seus irmãos que continham uma expressão quase indiferente ele apenas murmurou um “Aposta” cansado e veio até Matt que ainda jazia no chão – Ei! Levanta

E seu irmão o olhou confuso quando ele se virou para mim

- A Aléxis não é uma garota com quem você possa treinar – ele dizia meio sem jeito – Ela vai acabar deixando você com feridas em tudo quando é lugar, e acredite, ela derrotaria você em 2 segundos se quisesse – assim que ele disse isso eu corei um pouco, quando eu vim ao acampamento à primeira pessoa depois de Percy a lutar comigo foi ele, e vamos dizer que ele não ficou muito bem, nem eu, mas ele tinha boa quantidade de ferimentos no corpo, mas insistia em treinar comigo, eu não sei o que ele tinha na cabeça, mas com o tempo ele foi melhorando, até estar como agora... Habilidoso e ágil.

- Eu percebi – dizia Matt levantando com a ajuda de Thyler enquanto eu apenas fiz uma careta

- Mas você mereceu – disse ele simplesmente enquanto seu o irmão o olhava sem entender – A Aléxis pode ser esquentada e tudo, mas ela sabe se controlar – e ele me olhou com aqueles olhos penetrantes quando se virou para Matt – Você mereceu – e Matt apenas fitava o chão confuso.

- Da próxima vez – eu tentei parecer fria enquanto lhe apontava com a espada – Não vou pegar leve – e Thyler apenas riu e eu simplesmente sorri confiante enquanto me dirigia ao refeitório, afinal já estava tarde, já devíamos estar em horário de almoço.

Quando passei pelos filhos de Apolo eu sorri mais uma vez enquanto eles me seguiam com o olhar, e eu já viajava novamente em meus pensamentos.

- Aléxis!! – gritava a voz de Thyler, ele parecia ofegante e eu apenas lhe mandava um sorriso meio confuso – Ahn, – dizia ele ainda tentando recuperar o fôlego – Sobre... sobre o seu cabelos e... bem, os seus olhos... – e o meu sorriso foi desaparecendo pouco a pouco enquanto eu apenas o olhava confusa e um tanto chateada quando ele apenas me olhou no fundo dos meus olhos com seus olhos penetrantes que pareciam ler meus sentimentos

- Ficou legal – disse ele – No fundo você está como sempre, seus olhos não mudaram nada.

- Como assim? Eles estão azuis não estão?

- Podem estar azuis, verdes ou até laranjas – e ele ria simpático – Mas não importa, por que uma coisa neles nunca vai mudar. Sabe, o jeito que eles ficam quando está nervosa ou ansiosa, com as bordas claras e o interior escuro ou quando está feliz ou simplesmente normal e eles ficam escuros nas bordas e claros no interior. Isso nunca vai mudar, sempre vou poder ver através de seus olhos – foi quando eu me perdi em seu olhar...

- Aléxis!!! – e eu senti como se alguém pulasse literalmente em cima de mim – Ah! – e então Mary me soltou um tanto triste – Desculpe, eu não queria atrapalhar eu...

- MARY! – eu soltei simplesmente – Por que raios você pulou em cima de mim?! – e Thyler apenas riu um tanto sem jeito – Hãn... Bem,..

- Tudo bem – dizia ele – eu tenho que guiar o meu chalé até o refeitório – e ele se virou para mim – até – e ele sorriu e logo se foi enquanto eu olhava o lugar onde alguns segundos estava ele dizendo tais coisas para mim...

- É irônico! – soltou ela rindo – Logo eu que sou filha de quem sou interrompo o que eu mais gosto de ver? – mas eu não prestava atenção, meus pensamentos voavam em como ele sabia disso de meus olhos... quer dizer, nem eu sei, ou sabia, ah sei lá! Mas ele notara... – Aléxis? – Meus olhos... quer dizer que eles ficam assim mesmo quando eu to nervosa? – Ei!! ALÉXIS! – e eu saltei para trás

- Eu?

- Esquece... – e eu apenas ri um pouco sem jeito – Mas agora, me diga: Como ficou assim? Sabe... com os cabelos loiros e... os olhos...

- Eu não sei – eu disse simplesmente

- Você pintou? – perguntava ela ignorando minha resposta

- Não

- E está usando lentes?

- Não estou usando lentes – eu dizia já um tanto irritada

- Eu pensei que adorasse os seus olhos sabe, e o seu cabelo...

- EU NÃO SEI COMO EU ESTOU ASSIM CARAMBA! – e ela apenas me olhava assustada e um tanto sem entender – Me desculpe – eu pedi – Mas eu não sei – eu dizia já triste

- Quer dizer então... que você não fez nada? – e eu apenas assenti um pouco triste – Muito estranho... – e então ela pareceu notar minha expressão – Vamos para o refeitório, a caminho de lá eu lhe ponho a par dos acontecimentos aqui no acampamento – dizia ela confiante e eu apenas sorri enquanto íamos até o refeitório.

A Mary não é fofoqueira, ela só é curiosa e conta tudo o que sabe apenas para aqueles que podem guardar qualquer que seja o segredo, em outros casos ela comenta, é diferente das filhas de Afrodite já que a maioria chega falando logo sem medo de magoar alguém.

Pelo que ela me contou ela estava namorando Kevin Sigmund, um garoto do chalé de Dionísio. Ele por incrível que pareça, é um cara legal. Ele é alvo de cabelos chocolate um tanto ondulados rebeldes curtos e olhos castanhos vinho. Era alto, um tanto esportista e sim, ele era muito bonito.

A Mary sempre tinha gostado dele, mas nunca teve coragem de dizer isso a ele, era incrível que agora eles estivessem namorando. E ela não deixava de sorrir... talvez no fundo eu visse que ela estava um tanto preocupada, mas também feliz e segura.

Ela começou a dar gritinhos de o como ele era maravilhoso enquanto eu apenas ria de o como ela não deixava de sorrir e falar cada vez mais nele.

Quando chegamos ao refeitório, o Kevin foi direto até a Mary e tudo que eu fiz foi sair de fininho, o Kevin era um cara legal. Ele é simpático, gentil, ágil, forte, bonito e de coração bom, tudo o que a Mary sempre gostou, cada parte dele, até a parte Dionísio, ela amava.

Eu peguei umas frutas e logo Luna se sentou ao meu lado, e nós conversamos por um tempo.

Ela falava algo sobre a profecia ter se espalhado pelo acampamento e foi quando eu percebi que Thalia não estava no refeitório, eu passei meus olhos por todas as mesas e... nada, nem sinal dela

Foi quando eu me lembrei “Hoje, as 01:30. Quero você no chalé de Ártemis”, eu olhei no relógio e ali dizia: 01:25. Ou seja: eu tinha 5 minutos para chegar até o chalé de Ártemis.

Eu sai correndo sem dar explicações a ninguém com a maça ainda na boca e quando cheguei a porta do chalé dei uma olhada no relógio, ele marcava 01:30.

Foi quando a porta se abriu e uma Thalia saiu de lá me olhando um tanto confusa

- Chegou cedo – disse ela e então notou a maça em minha boca, foi quando eu rapidamente a tirei ainda tentando me concentrar em comer – Entendo... – e então ela começou a rir, quando seus olhos pararam atrás de mim confusos e tristes.

Eu olhei para trás sem entender e lá estava Luna que parecia concentrada em olhar para as arvores simplesmente para não encontrar novamente o seu olhar, quando se virou para mim.

- Eu apenas... – dizia ela e olhou brevemente para Thalia – eu apenas queria saber pra onde a Aléxis estava indo – ela disse um tanto envergonhada mais tentando parecer fria.

- Você também pode vir não há problema – e então ela se virou para mim – Venham.

Ela nos levava a uma área um pouco afastada da colina, um pouco mais ao norte e ao sul ao mesmo tempo, e foi quando ela parou no meio de um campo aberto que eu nunca havia percebido que existia no acampamento.

- Chame a sua Fênix, chame Athalia – eu simplesmente a olhava sem entender.

- O que você quer que eu faça? Fique gritando o nome dela por ai?

- Ela pode ler seus pensamentos não é?

- Hãn, bem... é

- Então – ela disse como se fosse a coisa mais simples do mundo – Chame ela, chame-a por seus pensamentos. Pode fazer isso?

- Acho que sim – eu dizia ainda sem entender, foi quando eu fechei meus olhos tentando me concentrar ao máximo e tudo que eu fiz foi pensar:

Atha, eu preciso ver você. Sabe onde eu estou? Pode vir aqui?” e foi quando ouvi aquela voz de uma garota de 14 anos em minha mente.

“Eu sinto você” e o meu coração palpitou mais forte “Aléxis...” e a voz parecia divertida “Abra os olhos Aléxis. Olhe para os céus” e foi o que eu fiz.

Nos céus voava uma graciosa ave do tamanho de uma águia, ela parecia me olhar com aqueles olhos cor de fogo quando se aproximou de mim. Ela não tinha mais aquela aparência de um pintinho vermelho, parecia uma águia forte e bem treinada que agora pousava bem a minha frente.

- Atha... Atha é você? Quer dizer, é você mesma? – e ela apenas pareceu rir – Que saudade pequena...

“Também senti sua falta Aléxis, eu disse que ficaria forte, ficaríamos fortes, e vamos ficar ainda mais” ela dizia confiante.

- Ela está bem saudável – dizia Thalia

- Obrigada

- Hm?

- Obrigada por tê-la treinado

- Mas eu não a treinei Aléxis – disse ela simplesmente

- Hãn?

- Apenas a mestra pode treinar sua Fênix, eu não a treinei.

- Então... Por quê? Por que ela está desse tamanho e... tão forte?

- Uma Fênix cresce junto com seu mestre, ou neste caso, mestra.

“Eu lhe disse, ficaremos fortes, juntas” ela dizia confiante.

- Quer dizer que você sabia? – eu perguntei já com raiva

“Na verdade... Não” confessou ela “Mas eu acho que entendo, um pouco pelo menos”.

- Então – dizia Thalia – Solte seu poder – e eu me virei para ela

- Está louca?

- Solte-o, aos poucos – dizia ela enquanto eu a olhava sem entender – Confie em mim – e eu assenti de leve enquanto os raios bombeavam em minhas veias.

Eu fui soltando aos poucos quando Thalia simplesmente disse:

- Olhe – e eu me virei para Atha.

Uma corrente elétrica parecia passar por seu corpo de ave que agora crescia a cada luz prateada que reluzia de seu corpo, ela já tinha quase uns dois metros quando olhou em meus olhos.

“É o suficiente” disse ela em minha mente e eu imediatamente parei, mas o poder ainda circulava por mim “Eu posso agüentar mais, mas é o suficiente” e ela se inclinou seu pescoço para mim “Venha, suba” e ela pareceu sorrir “Vamos voar”.

Foi quando meu estomago se contorceu um pouco. Thalia foi até a Fênix com uma espécie de montaria em suas mãos, ela pos em Atha que não pareceu muito feliz com isso, quando então ela se virou para mim:

- É apenas temporário, terá de apreender a montar sem uma montaria.

- TA LOUCA?! – eu disse enquanto ela apenas me olhou com tédio em seus olhos

“Não tenha medo, apenas tente, pelo menos uma vez” dizia Atha quase suplicante e tudo que eu fiz foi subir devagar na montaria que ficava entre suas asas.

- Aléxis...! – dizia Luna que parecia ainda estar tentando processar cada palavra em sua cabeça

- Vou ficar bem – e eu apenas fechei meus olhos e respirei fundo

“Está pronta?”

- Mais que nunca – e eu os abri enquanto ela simplesmente sorriu

“Segure-se!” e logo ela estava sobre ar arvores com um forte impulso e um bater de asas em direção aos céus. Ela ia tão rápido que vento que batia em meu rosto chegou a fazê-lo gelar e meu coração parar por instantes e logo bater tão forte em meu peito que sentia que ele ia acabar explodindo enquanto eu soltava um grito um tanto desesperado e Atha apenas ria.

- Do que você está rindo??! – eu perguntava com os olhos lacrimejando pelo vento forte.

“Não tenha medo Aléxis” e ela olhou para os céus “Apenas sinta” e logo ela mudou sua direção para a praia do acampamento enquanto eu apenas gritava, eu não sabia se gritava de felicidade, pânico ou entusiasmo, mas Atha pareceu gostar.

Eu fechei meus olhos em busca de proteção e uma montada de sensações passou por meu corpo. Era alucinante, emocionante e totalmente rápido, era incrível. Foi quando eu percebi Atha sorrir.

“Você sente?” disse Atha.

- Sinto – e eu abri meus olhos

“Isso é apenas o começo, segure-se!” e ela estava a prestes de se chocar contra a água, mas ela simplesmente desviou e voava por cima dela. Ela ia tão rápido que o vento chegava a cortar o mar com o impulso da velocidade de Atha.

Ela partiu para as colinas desviando de cada curva com agilidade e rapidez. Eu já não gritava de medo, era alucinante e impossível de um jeito um tanto estranho ter medo daquela sensação de tudo caindo e ao mesmo tempo flutuando ao seu redor.

Era mais uma coisa estranha e totalmente sem nexo que eu não podia controlar, a ânsia pela velocidade era algo extremo que eu apenas almejava por mais e mais.

- Mais rápido! – eu pedi e ela apenas riu

“Pensei que nunca iria pedir” e logo ela cortava os céus de um jeito inesperado e totalmente sem controle enquanto eu apenas ria e gritava ao mesmo tempo. Aquilo me dava uma sensação inexplicável de felicidade. Voamos por cima do acampamento e eu gritando a plenos pulmões, era totalmente frenético voar, foi quando ela diminui a velocidade e logo voávamos com suavidade e ao mesmo tempo leveza por todo o acampamento.

Com o tempo ela foi diminuído até voar, levemente calma por entre a colina e passar levemente pelo acampamento até simplesmente pousar na área de treinamento, ela me olhava feliz, porém cansada quando apenas sorriu.

Eu literalmente pulei para fora da montaria e logo estava deitada no chão da arena ofegante, eu não sei por que, mas isto me cansara mais que o normal, mas foi divertido.

Atha se jogou ao meu lado e logo eu fechei meus olhos tentado me acalmar aos poucos e simplesmente esconder parte daquele poder que insistia em ser expelido do meu corpo e quando os abri Atha já não estava com todo aquele 2 metros de altura. Ela tinha um tamanho mediano entre uma águia, mas não exatamente uma águia já que ela tinha talvez uns 3 ou 4 centímetros a mais.

Nós ficamos um tempo assim sem nada dizer, apenas observar o céu que agora parecia mais receoso que nunca, como se guardasse um segredo que estivesse prestes a revelar.

Eu me levantei com cuidado e logo me virei para Atha que apenas voou até o meu ombro direito, pelas garras que ela tinha eu pensei que fosse me machucar com isso, mas eu simplesmente não senti nada, eu a olhava sem entender quando ela apenas sorriu.

“Não posso machucar você” dizia ela “apenas se eu quiser” ela acrescentou.

Aquilo não me deixou muito tranqüila se é que você me entende, então eu simplesmente ri um tanto nervosa enquanto ia em direção ao refeitório, afinal já estava de noite, foi só ai que eu percebi que tínhamos ficado todo esse tempo voando.

Ao refeitório eu notei Thalia sentada na mesa de Zeus um tanto feliz enquanto conversava com Luna e eu apenas sorri quando ela me olhou por uns dois segundos e sorriu de volta.

Eu peguei um tanto de comida, taquei parte a Zeus e em um prato separado eu pus umas uvas e 2 maças, taquei uma a Zeus e um cacho maior das uvas que tinha pegado. Quando eu me sentei na mesa de Zeus Atha voou para a mesa enquanto apenas me olhava feliz eu lhe taquei duas uvas que ela pegou no ar enquanto me olhava feliz.

Foi quando Luna começou a falar desesperadamente o quanto devia ser legal voar e que Atha foi super veloz e blábláblá... Eu lhe prometi que na próxima vez ela voaria conosco, claro, se Atha agüentasse. Atha apenas sorria um tanto sem jeito e apenas me disse que não haveria problema, mas teria que treinar um pouco mais e que talvez não fosse tão rápido quanto antes, mas não deixava de sorrir ao falar isso.

Depois do jantar Quiron veio galopando até mim um tanto preocupado e apenas me disse que amanha as 7:30 da manha me queria na casa grande, e que levasse Luna também. Eu fiquei um tanto chateada já que eu preferia deitar e acordar lá pelas 4 da tarde já que meu corpo chegava a doer e pesar pelo cansaço, mas é claro que eu não lhe disse isso, apenas assenti educadamente, e aquela foi à primeira (que espero de muitas noites) que Thalia dormiu no chalé de Zeus conosco.

Ela é muito legal quando você a conhece, pode ter aquele jeito gótico meio punk, mas ela é uma boa pessoa, uma das melhores que já conheci e fico feliz de dizer que sou irmã dela.

Antes de dormimos fizemos uma guerra de travesseiros onde Atha foi a quem ganhou, mas ela usava ataque aéreo e isso dificultava um pouco as coisas pra nós, o que chegava a ser quase injusto.

Mas no final nos três demos umas boas travisseradas nela o que chegou a ser divertido e logo caímos cansadas na cama com todas as coisas bagunçadas e jogadas pelo chalé.

Thalia e Luna dormiram instantaneamente, enquanto eu olhava para o teto, eu respirei profunda e pesadamente com os olhos fechados quando eu os abri de novo.

- Boa noite Atha – e ela pareceu sorrir por eu sentir sua presença ainda acordada.

“Boa noite Aléxis” e eu logo serrei meus olhos com um sorriso calmo nos lábios enquanto tudo ficava escuro aos poucos e uma sensação calma me tomava de pouco em pouco.