Unidas pelo Sangue

A Bússola escolhe o dono


- As noticias vazaram do Olimpo, um novo meio-sangue está nas redondezas de Nova York – e por um minuto ele engoliu em seco – Um filho de um dos grandes foi reconhecido, Jacke Dilan Lake. Percy. – e ele o chamou atento – Seu meio irmão.

Sinceramente eu não tinha a mínima idéia de como o Percy reagiria na verdade nem eu sei como eu reagiria, porém, tudo que ele fez foi ficar quieto fitando o chão.

Ele parecia tenso e perdido em seus pensamentos e apenas reagiu quando Annabeth pegou sua mão. Foi como se ele despertasse. Por um momento eles trocaram um olhar firme com as suas mãos mais grudadas do que nunca, como se compartilhassem a tristeza juntos, a tristeza de ser o ultimo, a saber, a tristeza de ser jogado para o passado e talvez até de ser esquecido. Percy tocou seu rosto por um momento e ela apenas sorriu triste.

- Eu já imaginava – foi tudo que ele disse após encontrar os olhares de Quiron. Percy não parecia abalado, talvez ele já imaginasse, mas eu acho que mesmo ele sabendo disso há algum tempo, a confirmação dói talvez até mais do que deveria doer.

A confirmação de que é verdade, de que você não é o único. De que a outros como você, alguém com quem você pode compartilhar seu peso, mas mesmo assim alguém com quem você automaticamente tem suas concorrências. A concorrência pela atenção do pai.

E só agora eu pensava nisso. Uma concorrência pela atenção de meu pai? Eu não quero isso. Por mim ele pode ficar orgulhoso ou até com raiva de quem quiser, por que quer saber?

Ele não estava lá quando Luna chorava em meus braços sempre que tocavam no assunto de nossos pais. Ele não estava lá pra me tirar das encrencas em que eu me arrumava apenas por ser filha dele. Ele não estava lá pra me explicar que eu troquei tantas vezes de famílias, de casa em casa, com a Luna chorando ainda mais apenas por causa de monstros.

ELE NÃO ESTAVA LÁ! Nunca esteve! Onde esteve ele nos dias de “Leve seus pais para conhecerem o local onde seus filhos se tornaram grandes”? ELE NÃO ESTAVA LÁ!!

FUI SEMPRE EU! EU que tinha que segurar tudo! EU que levava Luna pra fazer qualquer outra coisa invés de ficar sentada naquela cadeira escutando os pais de todos falarem suas profissões e o como suas vidas eram felizes juntos ou dos costumes e hábitos que eles tinham juntos, era EU que fazia isso tudo.

Sempre fui eu, e não o meu “grandioso” PAI, eu sobrevivi muito bem sem ele até agora, por que eu iria querê-lo? Eu podia ter cuidado de Luna e há mim mesma muito bem.

Eu não quero a “grande” oportunidade de participar da profecia, muito menos quero que ela seja minha!

Mas... quando eu penso nisso... sempre que eu penso nisso, imagens de meus amigos do acampamento vem a minha cabeça e tudo que eu posso fazer é sorrir. Eu poderia renunciar a isso tudo, mas a eles... nunca, eu não sei como viveria sem eles...

E é isso que me dói....

Me dói saber que meu destino é por todos em perigo, me dói saber que a culpa será toda minha para todo e todo sempre. Me dói. Me dói muito.

- Como? – perguntei – Onde exatamente ele está?

- Não há como saber exatamente, as noticias vazaram de que possivelmente ele já sabe que é um meio-sangue e de que ele odeia e renega Poseidon...

- Mas... Por quê? – perguntou Percy

- Isso não sabemos... Mas ele teve uma conversa com o próprio e parece estar de acordo com a profecia. Ele prometeu encontra-los amanhã à noite numa festa em Nova York.

- Ótimo, agora vamos ter de revistar todas as festas que acontecerem na cidade... – eu disse

- Não exatamente – e ele tirou uma espécie de embrulho em cobre do bolso do casaco – Hefesto mandou isso para o acampamento, ele disse que ajudara a encontrar o filho de Poseidon, mas que apenas um verdadeiro filho de Hefesto conseguiria abrir.

- Abrir? – foi quando ele mostrou o que havia embrulhado no pano de cobre.

Era como um medalhão, não dava pra ver exatamente, mas era completamente esculpido em ouro puro, pelo menos era o que parecia já que chegava a brilhar apenas com a pouca luz que havia na sala.

- Um verdadeiro filho de Hefesto – murmurou o líder do chalé do próprio, não deu nem dois segundos o medalhão já estavam em suas mãos com ele desesperadamente tentando abri-la – Mas... – dizia ele com esforço – Não quer abrir...

- Então não é para você – disse Travor – Você não é o filho de Hefesto que deve abri-la

- Está correto – disse Quiron – E muito bem observado jovem garoto de Apolo – e Travor apenas assentiu firme – Vai ficar encarregado de encontrar o verdadeiro filho de Hefesto – e ele assentiu novamente

- Ma-mas... – dizia o garoto de Hefesto – Eu sou o líder do chalé, eu devia me responsabilizar!

- Está mais que claro que o medalhão não o quer

- E pra que o por nas mãos de um filho de Apolo?? – ele perguntou indignado

- Exatamente – continuou Quiron – Para nada o medalhão serviria para ele, por isso ele que o deve carregar, pelo menos até o verdadeiro filho de Hefesto o assumir – o garoto apenas o fitou com mais ódio – A cobiça não faz bem a um herói, controle-se filho de Hefesto! – e o garoto apenas se dirigiu furioso a porta

- Vou avisar ao meu chalé – e logo ele se foi sem ao menos esperar resposta passaram-se longos dois minutos em silencio, quando Thalia finalmente o quebrou.

- Creio que a reunião está encerrada – disse ela – A não ser que alguém tenha algo mais a dizer... – e por um breve momento não houve barulho na sala - ...Quiron? – ela parecia estar esperançosa

- Não – confessou ele – Não a nada mais a discutir – e ele se virou para mim – Arrumem suas coisas, vocês partiram amanhã pela manhã, não devem perder tempo.

Eu assenti e logo já saia apressada pela porta em direção ao meu chalé, não me entenda mal, eu não agüentaria ver Luna ao meu lado ignorando-me completamente. Ela não me desculparia tão cedo, logo seria como se ela não me visse, eu sei que ela faria isso.

Quando Luna fica chateada comigo ele me da respostas curtas para qualquer tentativa de puxar assunto minhas, não me olha nos olhos e me ignora quase a qualquer custo.

Não agüentaria olhar para ela e ver magoa então tudo que eu fiz foi separar umas roupas e por tudo em uma mochila junto com suprimentos, Néctar, Ambrósia, um canivete, um isqueiro e entre outras coisas. Embora eu fosse uma semi-deusa que carrega duas baquetas que se transformam em espadas, nunca se sabe quando um canivete será útil.

Deixei meus pés me levarem junto com meus pensamentos e logo já estava na colina Meio-Sangue. Eu me sentei encostada ao grande pinheiro deixando me levar pelo ar inexplicável da colina.

Foram longas duas horas que eu passei em meu debate silencioso e tudo que eu pude concluir é: Eu não tenho a mínima idéia do que fazer.

Deuses eu vou sair em uma missão arriscando a vida de todos os meus amigos que eu mesma escolhi! Eu estou levando todos para a morte! A culpa será minha e toda minha para todo o sempre mesmo que possivelmente – e é claro que eu sei que isso muito possível – eu morra, mesmo assim carregarei minha culpa para o tumulo, tudo será minha culpa, não há outra saída, não há outra opção.

Levarei minha culpa para o tumulo. E isso é tudo que eu tenho certeza.

Mesmo o ar da colina não conseguia me acalmar, era como tentar respirar na água, era como me afundar em minhas magoas. Tudo que eu fiz foi me dirigir à casa grande.

Uma coisa que ninguém sabia – ou pelo menos era o que eu pensava – é que a casa grande tem logo após o sótão uma área com a uma visão perfeita para qualquer fase da lua e o acampamento inteiro. Descobri isso quando eu os demais filho de Hermes novatos estávamos explorando as áreas do acampamento e eu escolhi a casa grande descobrindo esse lugar por pura sorte. Talvez a maior da minha vida – pois é eu não tenho muita sorte - -”

Entrei na casa grande tentando ser o mais silenciosa possível e evitando que um qualquer me notasse fui direto ao sótão. O sótão pode ser um lugar bem sinistro se você se deixar levar pelo medo, mas se você for direto pela janela que tiver na parte oeste aos entulhos do sótão você tem a visão mais bonita de todas.

Tudo bem que pra ninguém te notar você tem que ficar num cantinho que não vai direto ao telhado da casa grande, mas a visão continua a ser bonita de todos os modos.

Eu me sentei um pouco mais próxima ao telhado, mas cuidando para que ninguém pudesse me ver – eu não queria companhia, de ninguém, ninguém mesmo – deixei meus pensamentos voarem por poucos segundos até sentir alguém sentar ao meu lado e ouvir uma voz feminina:

- Aqui é muito bom não é? – perguntou Rachel

- É – eu baixei meu rosto – Você já sabia daqui a quanto tempo? – perguntei sem olhá-la.

- Hãn... – dizia ela tentando parecer indiferente – Há uns 3 segundos talvez? – e riu um pouco – Fica em baixo do meu quarto, eu escutei uns barulhos e vim ver o que era e... Cá estamos nós.

- É. Cá estamos nós – e fitei os céus.

- Aléxis – ela me chamou, mas eu ainda não a fitava – A Luna não é feita de porcelana, tem que confiar mais nela.

- Eu sei – e fechei meus olhos e respirei fundo – E eu confio, eu só... Não quero magoá-la.

- A verdade pode doer, mas é melhor que a mentira.

- Eu sei, há como eu sei.... Todos os dias eu me pergunto se a mentira teria sido melhor do que isso.

- E então?

- Eu nunca obtenho uma resposta – e ela me fitava triste quando apenas disse:

- Mas vale a pena tentar

E assim como veio, ela se foi – antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. E lá estava eu novamente. Perdida em meus pensamentos.

“Mas vale a pena tentar”, por que não? Mas as conseqüências podiam ser tantas... Eu sei que ela não é de vidro, mas ela é a minha irmãzinha! Não é fácil deixa-la simplesmente depois de tudo que passamos juntas, mas eu faria qualquer coisa por ela, sempre fiz.

Foi quando eu decidi sair da casa grande indo em direção ao meu chalé. Mas a Luna não estava lá. Eu fui em direção ao refeitório, afinal, quem sabe ela ainda não tivesse almoçado?

Exatamente como havia imaginado, lá estava ela sentada à mesa de Zeus totalmente quieta, ela mexia na comida com o garfo, mas parecia completamente perdida em seus pensamentos para dizer qualquer coisa enquanto Thalia ao seu lado parecia buscar palavras às quais nunca chegavam a sua cabeça. A me ver ela sorriu se levantou e logo se foi.

Luna pareceu não notar que Thalia havia saído de seu lado, ela apenas continuava mexendo com o garfo em sua comida.

Aproximei-me dela aos poucos – talvez eu estivesse com medo dela perceber minha presença e simplesmente se levantar e sair, ignorando-me completamente – e então sentei ao seu lado.

- Luna. – eu a chamei e foi como se a vida voltasse para seus orbes cor de mel escuros

- Aléxis. – ela respondeu. Pude sentir que ela iria levantar e ir embora e meu primeiro impulso foi segurar seu braço foi quando por fim ela me olhou fria – O que quer? – ela disse

- Para o que der e vier não importa se você me quiser ou não, vou estar sempre ao seu lado. Para o que der e vier – repeti – eu prometi você lembra?

E seus olhos já estavam chorosos quando ela me abraçou.

- Sua chata – e eu apenas sorri quando uma lagrima caiu de seus olhos – Usar golpes baixos não vale.

- Vale tudo na guerra e no amor. – e com isso ela me abraçou mais forte – Me perdoe, por favor, eu...! Não queria magoar você – e ela me soltou.

- Eu não sou de vidro – disse ela

- Então não haja como se fosse. – e ela apenas fitou o chão – Eu quero dizer... Você é minha irmã. – eu disse como se explicasse tudo – Minha irmãzinha...

- Você não é tão mais velha assim sabia? – ela me cortou fitando-me revoltada e eu ri.

- Mas ainda assim sou a mais velha, mas Luna, não importa ok? Eu sempre vou te ver como você realmente é, e para mim, você sempre será a minha irmãzinha. Se não quer que eu te veja assim, se esforce e mude. Torne-se forte, eu sei que você pode – e eu ri novamente – afinal é minha irmã.

E ela apenas fitava-me em um misto de surpresa, alegria e confusão. Tudo ao mesmo tempo. Como se demorasse a entender minhas palavras e por fim seus olhos se tornaram chorosos e as lagrimas simplesmente se deixaram cair por seu rosto angelical.

Eu as limpei com cuidado quando novamente ela me abraçou com urgência e se pôs a chorar em meus braços.

- Eu vou mudar, eu vou ser forte! Eu prometo. Apenas... Dê-me tempo.

- Tudo bem, como quiser. – e ela me soltou relutante enquanto eu apenas sorria – Mas você vai ser sempre a minha irmãzinha. – e ela me deu um soco de leve no ombro o que eu estranhei bastante, quer dizer, a Luna nunca fez isso, pelo menos não que eu me lembre.

- Serei sua irmã, não “irmãzinha”. Eu nasci no mesmo dia que você ok? – e com essa eu tive que rir.

- Dois minutos podem fazer muita diferença – eu disse rindo enquanto ela apenas revirou os olhos.

Ela finalmente me perdoara, mas eu teria de deixar de me preocupar tanto com ela, seria difícil, mas não impossível... Fiquei o tempo todo conversando com ela na mesa de Zeus até que ela me disse que iria para a área de treinamento e para não ficar sem comer tudo que fiz foi pegar umas frutas e a acompanhar comendo tudo de uma vez.

Era engraçado ver como ela estava feliz em finalmente sair do acampamento e ter alguma ação de verdade, mas eu pude sentir que ela também estava preocupada e tocar nesse assunto era difícil pra mim.

“Eu estou levando meus amigos para a morte”.

Isso era tudo que girava na minha cabeça, mas eu tinha que me manter forte embora meu coração doesse.

Eu sentei na grama e a observei treinar com os filhos de Apolo e sorria quando ela virava seus olhares para mim, mas meus pensamentos estavam longe. “Levarei todos para a morte” foi quando senti alguém se sentar ao meu lado e July sorriu triste ao encontrar meus olhos e eu logo entendi.

- Como ela está? – Perguntei

- Está levando. – Respondeu-me ela – Sabe como ela é, está trancada no chalé de Afrodite sem querer dar as caras. – e ela me olhou sério – Ela está magoada, você... Você devia falar com ela, quer dizer, fazer as pazes sabe...

- Não. – eu a cortei – Eu não posso, será que você não entende July? Eu não posso levá-la comigo, não posso arriscar sua vida mais do que já arrisquei. – e por um momento ela ficou quieta.

- Aléxis. – ela me chamou – Somos uma família, sempre fomos, por favor, nos deixe ajudar eu...

- Não, eu não vou levar vocês. – disse contendo minha dor – Será que é tão difícil de entender isso?

- Sabe que eu só quero ajudar. – ela me fitou triste, mas eu não olhei em seus olhos.

- Não dessa vez July. Por favor, não dessa vez... – e ela se levantou.

Por um instante eu achei que ela fosse ter um surto de raiva e sair batendo os pés, mas tudo que ela foi dizer em uma voz forçada:

- Claro – foi quando simplesmente do nada Travor estava a sua frente e quando digo a sua frente quero dizer BEM a sua frente mesmo, ele estava apenas alguns centímetros dela e quando ela se levantou para ir embora acabou dando de cara com seu abdômen musculoso – O que quer filho de Apolo? – soltou ela ainda em sua voz forçada.

Ela parecia surpresa... E irritada, isso não era bom, quando a July fica irritado o melhor a fazer é sair de perto por que... Bom, vocês devem imaginar bem o porquê.

Mas Travor parecia tão surpreso quanto ela. Eu podia jurar que há apenas alguns segundos ele estava ao lado de Luna treinando e sorrindo como sempre fazia. Porém agora Luna parecia parar e fitar-lhe surpresa, como se não acreditasse que ele estivesse lá, ao lado de July tão rápido. – Na verdade todo o chalé de Apolo pareceu parar.

- C-como... – dizia ele, foi quando aconteceu: Travor e July estavam ali, os dois, com os lábios colados e os olhos mais que abertos e logo ela o empurrou com força fazendo-o cair com força no chão com o empurrão.

Eu não preciso dizer que fiquei mais que surpresa preciso? Por que puxa, pra mim o Travor sempre gostou da Luna e não é atoa que ele fica todo bobo tentando arrumar confusão apenas para vê-la sorrir e lembrar dele nem que seja apenas como o garoto mais bagunceiro do chalé de Apolo, mas o Travor sempre foi muito frágil em relação a ela.

Ele sabia que ela era sonhadora em relação ao seu primeiro beijo e tudo, acho que foi por isso que ele se tornou tão frágil em relação ao caso “mais que amizade”, eu não o culpo, a Luna é problemática em relação a isso. Ele tem coragem ou deve gostar muito dela pra insistir tanto em tentar se passar pelo cara perfeito – ou pelo menos o mais encantador – mas uma coisa que eu aprendi é: Ninguém é perfeito. Temos que aprender a lidar com os defeitos de quem amamos. O problema é que eu nunca senti algo forte o bastante por alguém pra dizer que posso agüentar essa pessoa todos os dias da minha vida porque eu a amo.

Eu nunca amei ninguém. Quer dizer, tema Luna, o Thyler, a Mary, a July, a Mel... Mas são espécies de amor diferentes, como irmãos talvez, eu não sei, é muito complicado...

– D-d-desculpa e-eu... – gaguejou Travor

- ESTÁ LOUCO? – gritou July – QUER MORRER?? – e logo Thyler corria em direção a Travor e só agora eu notava que todos na área de treinamento pareciam ter parado diante a “cena” presenciada há pouco.

- O que houve com você? – Perguntou Thyler enquanto o ajudava a levantar. Diferente dos outros ele parecia divertido e nada muito surpreso com o que acabar de ver – Você nunca foi muito atirado. – dizia ele segurando o riso.

- O que? – soltou ele – Você acha que eu daria em cima dessa louca?!

- LOUCA? – gritou – ESTÁ CHAMANDO QUEM DE LOUCA FOI VOCÊ QUE ME AGARROU!! – e Travor engoliu em seco

- E-eu...

- Você é doido é?!

- Eu não queria te beijar droga! – ele gritou, foi então que Thyler segurou forte em seu braço e algo em seu pescoço brilhou e era impulsionado em direção a July.

Talvez por pura curiosidade – ou instinto, eu não sei, classifique como quiser. Eu fiquei em frente a ele, ele me olhava confuso, foi quando peguei o colar que estava em seu pescoço e ele pareceu relaxar. Não era exatamente um colar, era o objeto reluzente como ouro que eu havia visto na reunião, ele o havia colocado em um colar e preso ao seu pescoço e agora o objeto parecia possuído em minha mão.

Era como se ele tivesse vida e quisesse estar a todo o custo não mãos de July, tive que me esforçar pra continuar segurando o objeto, porém ele escapou de minhas mãos.

O objeto ia em direção a ela em uma velocidade incrível, ela ficou assustando e eu também cheguei a pensar que algo ruim fosse acontecer, foi quando ele simplesmente parou no ar girando cuidadosamente em frente a ela, ela pos as mãos em volta do objeto e girou em sua mão freneticamente enquanto começa a brilhar com enorme intensidade e em cima de sua cabeça formavam-se um símbolo. Dois martelos de forjas pegando fogo.

O símbolo de Hefesto.