Uma nova realidade

Capítulo 1, poderes despertando


-Por que estou aqui? Qual meu propósito nesse mundo? E por que estou sentindo cheiro de ovo queimado?

—Ei rapazinho, sonhando acordado de novo?

Uma voz feminina, delicada e familiar perguntou atrás de mim. E assim eu percebi que realmente estava olhando para o nada enquanto o ovo que eu estava preparando queimava sem dó.

—A, ótimo, não dá para esse dia começar melhor não?

Agora eu teria que tirar ovo queimado da frigideira e esperar mais ainda para comer. Nossa, desde quando eu to tão distraído? Me virando eu pude ver a imagem óbvia, é claro que a Pérola estaria me observando, ela parece que nunca tira o olho de mim. Ela estava com seu conjunto habitual, essa roupa que eu nunca entendia porque tinha que parecer tanto a de uma bailarina, mas pelo menos em seus braços estava algo que eu não achava de jeito nenhum hoje, roupas limpas, minhas e do Steven.

—Cabelo arrepiado- dizia ela bagunçando ainda mais ele, -e ainda de pijamas, não me diga que acabou de acordar? - A reprovação no olhar dela era bem nítida.

—Eu e Steven acabamos ficando até tarde assistindo um filme- a minha mão na nuca e meu riso nervoso não estavam ajudando. Ela acalmou o olhar, aposto que estava pensando que eu estava dando um passeio sonâmbulo, mesmo tendo um ano que isso não acontece mais.

—Vocês não deviam aproveitar que estávamos fora para fazer esse tipo de coisa.-Bem, eu já esperava uma leve repreensão, contando que fosse só isso, posso lidar. Agora que essa parte passou só falta o bom e velho suspiro e o “vocês não têm jeito. ”

—Vocês não têm jeito.- disse ela quase que lendo a minha mente.

—Aproveita que essa sua tentativa de ser um mestre cuca falhou e vai tomar um banho e se cuidar, deixa que eu cuido da parte de cozinhar. –Ela nem esperou a minha resposta e já estava me empurrando para o banheiro.

—Eu vou precisar disso.- avisei apontando para as roupas.

—Mas já acabaram? Arthur, o que você vem fazendo durante o dia para sujar tantas roupas?

—Exploração? –Tentei falar em tom de brincadeira para tirar qualquer suspeita.

Com isso ela pega uma muda de roupa e estende para mim.-Espero que essa sua exploração diminua bastante, é inviável você consumir tantas roupas assim.

Essa foi a minha deixa, peguei as roupas e fui para o banheiro. Chegando lá e olhando para o espelho eu pude perceber algo, eu já tenho 15 anos, acho que passou da hora de trocar esse pijama azul de tartarugas, eu fico parecendo o oceano. Tirando a camisa do pijama eu percebi 2 coisas, um, esse monte de rosquinha que o Steven tem me dado, está me deixando cheio, e dois, a minha gema no meio do meu peito, ela sempre me deixa confuso de como eu devo me sentir com ela, é a única lembrança da minha mãe, uma mãe que eu não sei nem o nome, mas está aí, esse losango branco é a única coisa que tenho dela, coloquei a mão nela e continuei meu pensamento, eu só tinha 5 anos quando meu pai me entregou para as gems, será que foi por medo? Ou ele realmente só não me queria mesmo? Garnet sempre me diz para não focar tanto no que já passou, mas como não pensar? Se bem que eu tenho que deixar esse tanto de pensamento para lá, aposto que eu to a bastante tempo só olhando para o espelho parado, termino de tirar as minhas roupas e parto para o banho e enquanto a agua cai eu só penso que ideia boa foi deixar meu cabelo um pouco mais curto, ele pode ser liso, mas sempre deu trabalho, e ele sendo preto dava um contraste até que interessante com a minha gema e pele. Me secando eu dei uma olhada nas minhas roupas, até hoje eu lembro de toda a discussão envolvendo elas, a Pérola tinha o argumento da facilidade que seria eu ter as mesmas roupas do Steven e eu queria muito não ser simplesmente igual a ele, lembrar dessa época é engraçado, eu achava que por ser um ano mais velho que o Steven eu tinha que ser mega diferente, por fim a Garnet e ametista ficaram do meu lado, não ia doer ter roupas diferentes, mas infelizmente eu teria que pelo menos ter uma coisa igual, os chinelos rosas, então o resultado foi esse, eu teria que ter a estrela na roupa então preferi que ela ficasse nas costas da camiseta sem mangas azul, e para completar uma calça preta , bem normal, certeza que daqui a algum tempo eu vou querer mudar isso. Arrumado e penteado eu finalmente saio do banheiro, e minha visão é agradável, toda a família está reunida, Steven ainda está conversando algo com a Pérola, enquanto isso Ametista está devorando um café da manhã que eu tenho certeza que era para mim, já a Garnet está no sofá, olhando paro nada, como sempre. Quando chego perto eu finalmente percebo sobre o que eles estão falando, Steven está comentando sobre algo chamado biscoito gatinho, e pelo que me lembro é algum tipo de sobremesa. Quando eu chego na mesa começo a encarar a Ametista que está nem se importando.

—Acho que isso era para mim.- meu tom é de brincadeira porque sinceramente eu não ligo para isso e afinal eu e ela tínhamos um segredinho, eu sempre acabava dando parte das refeições para ela.

—Mas o que tem tão de especial nesses biscoitos Ste...., Ametista! - Parece que a Pérola finalmente percebeu. – Eu fiz isso para Arthur, não para você! -

— Eu to experimentando só.- disse ela, de boca cheia ainda.

— E pelo jeito estava muito bom né, deixou nada para mim.- disse eu, brincando. Mas não foi o suficiente, eu já estava vendo uma discussão começar, a cara da Pérola entregava isso.

— Está tudo bem Pérola, eu estou afim de comer no big rosquinha mesmo.- Torci para que minha tentativa de acalmar a situação funcionasse.

— Tudo bem estrelinha, pode ir comer o que você quiser hoje, mas isso não faz você livre de uma boa conversa Ametista.- Senti minha bochecha pegar fogo agora.

— Não precisa me chamar assim, sabia! – Disse eu, meio sem jeito. Esse apelido sempre me deixa com vergonha. Assim que terminei de falar uma mão começou a fazer carinho na minha cabeça.

— Você sempre vai ser nossa estrelinha! –E como sempre a Garnet estava com essa cara séria, assim era muito difícil de falar exatamente como ela se sentia.

—Ok, tanto faz.- Era melhor desistir e só aceitar mesmo.

—Quando você voltar vamos terminar a temporada de Alice no mundo normal? Foi uma pena não ter dado para terminar ontem à noite.- Empolgado, finalmente Steven tinha resolvido falar.

—Sim, claro, falta tão pouco para terminar mesmo.- Com isso eu me apressei em direção da cidade, deixando eles conversando sobre esse biscoito gatinho.

Caminhar pela praia sempre alegra o meu dia, não importa o quão para baixo eu estou, é um sentimento de liberdade único, assim como ir para a cidade. Bem, primeira parada, Big rosquinha onde eu provavelmente vou ver mais uma cena de discussão entre Lars e Sadie, basicamente o ponto alto do dia, mas abrindo a porta eu tive uma surpresa, só a Sadie estava no balcão.

— Bom dia Arthur! - Disse ela animada. – Vai querer o de sempre?

— Claro, um monte de rosquinha aleatórias para alegrar o dia.- Aproveitando a brecha apontei para um vazio do lado dela. – O Lars não deveria estar ali?

— Ah! Isso.- disse ela meio sem jeito. - Ele está atrasado, então aqui estou eu cobrindo ele, hehe, “de novo”.- A última parte foi bem baixinha, mas deu para escutar.

— Você deixa ele se aproveitar muito da sua boa vontade. Isso não é certo.- Disse eu pondo o dinheiro no balcão.

— O que? - perguntou ela assustada. – Não, não, você entendeu errado, ele deve estar com um problema em casa, só isso! - Notei que ela terminou de pôr o meu pedido bem rápido, não preciso ser um gênio para notar que ela está um pouco nervosa.

— Tudo bem! – Eu disse, pegando o meu pedido. –Não vou entrar nessa discussão de novo, já disse que você tem que se valorizar mais.

—Ok, vou tentar. –Disse ela com seu clássico sorriso, mesmo eu notando uma melancolia nos olhos dela. Com isso eu vou para a saída, e para não comer meu formoso café da manhã sozinho sei exatamente para onde ir.

A pizzaria da família da Jenny acabou se tornando ponto de encontro para mim, desde que eu comecei a andar com quem o Lars chama de “descolados”, mas sinceramente não senti vontade nenhuma de por eles em um pedestal, mas tenho que admitir que eles são bem legais, isso não há dúvida pelo menos. Chegando eu tenho a ligeira impressão que tinha alguém me observando, mas olhando em volta, vejo ninguém olhando diretamente para mim, já que a minha pequena paranoia não deu em nada continuo meu caminho, até que chego na pizzaria. Em uma mesa de fora consigo ver 3 figuras já, sentado na cadeira da direita está o Buck, como sempre com seus óculos, no meio está o Creme azedo, nunca entendi o apelido, mas tudo bem, e a esquerda parece que é uma garota, o rosto dela está tapado pelo livro que ela tem nas mãos, com isso só dá para perceber a cor do cabelo dela, que é loiro, e o seu vestido branco.

—Arthur e suas famosas rosquinhas.- Buck foi o primeiro a me cumprimentar, sempre com esse jeito mais descontraído, mas acho que isso só deixa a fala dele mais lenta. Aceno para os dois, sentando logo em seguida, e acho que mesmo com seus fones o Creme me notou, ele acabou acenando confirmando o meu pensamento. Já começo a comer já que a fome tinha chegado finalmente e aproveito para perguntar de alguma novidade.

—A gente está esperando a Jenny acabar o turno dela para nos irmos em um novo tipo de festa, uma que só se você fizer uma manobra de circo você entra.-

—Inovador.- Completou o creme azedo com aquele jeito estranho dele.

Minha cara no momento deve estar variando entre estranhamento e duvida, mas para não me aprofundar em um assunto que eu sei que não vou entender eu discretamente apontei para a garota do meu lado, aproveitando que os dois estavam olhando para mim, e dessa vez quem começou foi o Creme.

—Ela é minha prima. Meu tio gostaria que ela passa-se mais tempo na praia, com um ar mais puro, então ele pediu que ela pudesse ficar os dias que ela não tem nada para fazer aqui mesmo.

Um motivo justo até, eu pelo menos adoro morar perto da praia, a única coisa que não é tão bom é os eventuais ataques de monstro, mas se depender das gems, estamos seguros. Ao olhar para ela eu pude ver que ela está bem focada no livro dela, então para chamar a atenção eu esbarrei na mão dela. Se antes ela não tinha percebido a minha presença agora ela percebeu, e quando ela abaixou o livro dela eu percebi uma coisa, que garota linda. Além dos seus cabelos loiros e longos, ela tinha olhos verdes e o rosto que eu posso jurar que parece o de um anjo. Quando os nossos olhos se encontraram vi que seu olhar estava tentando não se encontrar com o meu e seu rosto dela estava ligeiramente vermelho nas bochechas e no nariz, sortuda, aposto que a minha cara inteira parece um pimentão agora. Antes que eu pudesse continuar que nem um palerma eu virei para os outros dois e puxei um outro assunto.

—Mas então, tirando essa tal festa, nenhuma coisa legal para fazer pela cidade? –

O creme parou um tempo para pensar, mas acabou dando de ombros.

—Não muito para falar a verdade, no real tem o galpão abandonado, mas não acho que seja uma boa ideia ir lá.

—Vocês são receosos de mais, o que é a vida sem um pouco de risco? -

Finalmente a Jenny apareceu servindo os pedidos de todo mundo, em seu famoso uniforme da pizzaria.

—Linda como sempre Jenny.- acabei falando sem pensar. Esse habito ainda vai me pôr em problemas.

—A, que isso Arthur, você também não é nada mal.- Ela disse me dando uma piscada travessa, acho que com isso devo ter ficado vermelho, eu tento não pensar muito, mas suspeito que tenha uma pequena queda por ela, mas acho que infelizmente a diferença de idade deixa isso inviável. Com a chegada dela acabamos conversando mais enquanto comíamos, nosso tempo junto sempre era algo muito divertido e leve. Depois de uma hora quase conversando, eles tinham que ir para sua festa, acabamos despedindo e na mesa ficamos só eu e a prima do creme. Estar sozinho acabou me dando uma ideia, esse galpão abandonando que eles falaram acabou me intrigando.

—Não está pensando realmente em ir nesse galpão, está?

A minha cara de surpreso deve ter sido incrível, por que só consegui balbuciar algumas palavras sem significado, com isso ela continuou.

—Não gostaria que você...- ao dar essa pausa eu pude perceber um pouco de vermelhidão em seu rosto. –Sabe, se machucasse.

Ela terminou a frase meio que desviando o contato de olhos, que eu tenho certeza que a gente estava mantendo ele por uns bons segundos.

—Não se preocupe.- falei isso com o dedão apontado para mim mesmo, tentando demonstrar confiança. –Essa não é a primeira vez que exploro lugares perigosos.- Acho que minha tentativa de acalmar ela não funcionou muito bem, mas era o máximo que eu podia fazer, não ia desistir de ir lá agora. Me despedi da minha nova conhecida e comecei a ir embora, mas em dois passos eu percebi que não perguntei algo muito importante, e quando me virei para perguntar ouvi sua voz mais uma vez.

—É Jessica, desculpa não ter falado antes.-

Realmente estava achando que essa garota lia mentes, com isso me despedi apropriadamente e parti em busca de minha aventura.

Na minha cabeça uma aventura super épica aconteceria até no caminho para o galpão, mas minhas expectativas foram altas demais e realmente nada aconteceu no caminho, com somente 10 minutos de caminhada eu cheguei no misterioso galpão, que de fato não parecia nada assustador, acho que ter vindo com o sol a pino de quase duas da tarde não contribuiu com o clima de “terror”. Analisando o tal galpão por fora eu pude perceber algo, a fachada lembrava muito a de um restaurante, mas seja o que foi que aconteceu com o lugar, o deixou quase irreconhecível. Algo no meu corpo me dizia para ir embora, eu tinha a impressão que tinha algo lá dentro, como se fosse um ponto se movimentando, mas não tinha indicio de nenhuma atividade por perto, e eu realmente estava querendo entrar e me exibir para o pessoal que ficou receoso de vir, e com esse pensamento eu entrei no misterioso galpão. Estando dentro eu pude confirmar as minhas suspeitas, o lugar era de fato um restaurante, a quantidade de mesas e cadeiras quebradas meio que indicavam isso, também pude perceber que estranhamente não havia inseto nenhum no lugar, nenhuma barata ou aranha, absolutamente nada, o que não fazia sentido algum, essas coisas naturalmente acontecem em lugares velhos. Continuei a minha exploração escolhendo agora ir na direção do que era a cozinha, como a luz não estava chegando muito bem naquela parte do restaurante eu realmente estava com dificuldade para enxergar o porquê do meu pé estar um tanto como grudento naquela parte, ignorando isso fui logo ver onde estava a pia, queria descobrir se depois de tanto tempo ainda tinha prato por aqui, chegando perto dela o meu pé foi parando de grudar e pude perceber que a mangueira que provavelmente era usada para lavar estava para baixo, me agachei e percebi que ela passava por uma fresta no chão e ia direto para baixo, pude perceber também que o próprio chão era cheio dessas frestas, o que não pude perceber a tempo era que essa frestas estavam ficando cada vez mais finas e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa eu acabei despencando no misterioso buraco.

Acabei acordando com todo o meu corpo dolorido e em uma posição estranha, eu sabia que provavelmente eu tinha caído de costas, já que era a região que mais doía, pude perceber também que pela minha cede e fome eu estava desacordado a mais de um dia, nunca entendi o porquê das dicas que a Garnet me dava de saber como meu corpo estava, agora eu entendi, ao abrir os olhos estava tudo escuro e ao mexer meu corpo eu estava meio que apertado, fiz mais força e consegui abrir o que estava me prendendo e estranhamente era um casulo, me sentei e olhei ao meu redor, eu estava em um túnel, que em toda sua extensão, que eu conseguia ver é claro, tinha em sua parede e teto várias pedrinhas brancas que estavam servindo como iluminação. Me apressei para levantar e com isso olhei atrás de mim, marcas indicavam que eu estava sendo arrastado até certo ponto e então, por algum motivo o que estava me arrastando parou, nem tive tempo para pensar de como eu sairia dessa situação, a sensação de um ponto se movendo voltou, só que dessa eu sentia o ponto bem atrás de mim, e ao virar eu tive a confirmação, uma aranha gigantesca estava atrás de mim, mas eu sabia que não era um animal, aquilo só podia ser um dos monstros que as gems enfrentam, não esperei nem mais um minuto, comecei a correr completamente desesperado, eu sei muito bem que algo assim pode me matar em um piscar de olhos. E sentia cada vez mais ela se aproximando, era obvio que essa coisa era mais rápida que eu e com isso me desespero só subia, minhas pernas doíam, meu rosto queimava, provavelmente porque eu devia estar chorando, e a gema no meu peito brilhava e era algo que nunca tinha acontecido antes, de repente eu senti algo golpeando minhas pernas, a criatura chegou em mim, com isso acabei caindo de cara no chão, no chão eu notei que minha gema parou de brilhar e na minha frente tinha um pequeno bastão branco, nos poucos milésimos de segundos que pude olhar para ele eu vi, era muito bonito, ornamentado e eu podia jurar que tinham alguns diamantes incrustado nele, deixando de lado a beleza do objeto eu peguei ele e me virei pra encarar esse monstro de frente, parecendo que o pequeno bastão sentia minhas necessidades ele deixou o seu tamanho original e se expandiu em um bastão de combate, e bem a tempo pois ele serviu para parar as mandíbulas que estavam sedentas para me devorar. Com muita dificuldade eu estava conseguindo manter a boca dessa coisa afastada, mas meus braços estavam começando a falhar pouco a pouco, a saliva estava escorrendo da sua boa, e cada pingo que caia em mim eu sentia uma dor incrível, aquilo era ácido? Pouco a pouco a boca ia chegando perto de mim, e agora estava a centímetros de minha cara, meu braço direito estava mais fraco, com isso a presa esquerda da criatura começou a arranhar minha Bochecha, a dor estava ficando insuportável e meu desespero estava me dominando, eu chorava e esperneava, eu tinha certeza que eu morreria naquele momento, meus olhos fecham, aceitei o fato que eles não abririam mais. Antes que o monstro pudesse me finalizar pude ouvir um estrondo, ao abris os olhos em vi que a parede de cima do túnel tinha quebrado, e três figuras desceram, suas silhuetas quase que de deuses que atenderam ao meu chamado, então a segunda mais alta empala o monstro que explode e acaba sobrando somente uma pedra caindo no chão, a mais baixa se apressou e prendeu a pedra em uma bolha, agora sem a aranha por cima de mim eu pude ter certeza de quem eram, a gems vieram me salvar, Pérola foi a primeira a se aproximar, seguida de Garnet e Ametista, ela colocou as mãos em meus ombros, seu olhar de preocupação era nítido, todas elas estavam falando, preocupadas, mas em meu momento de choque eu não consegui entender nada do que era dito, eu só consegui fazer uma coisa, parti para abraçar a Pérola, meu desespero se transformou em um alivio gigantesco, eu chorava e soluçava em seus braços, e logo eu pude sentir as outras vindo me abraçar também, eu estava aliviado, feliz e seguro naquele abraço, minhas mães sempre iriam me proteger.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.