Uma semana havia se passado desde que Natasha havia se mudado para o apartamento de Steve, embora ele insistisse em dizer que era deles.

Eles haviam se adaptado muito rápido à aquela nova vida e à nova rotina que haviam criado juntos.

Passar o dia aconchegados no sofá da sala ou na cama, correr juntos ou andar de mãos dadas pelas ruas do Brooklyn eram coisas que Natasha antes achava uma baboseira mas que agora havia descoberto adorar fazer com Steve, assim como cozinhar junto dele ou assistir algum filme em seus braços, mesmo sabendo que nunca terminariam de assistir porque sempre acabam mais interessados um no outro.

Eram essas pequenas coisas que Natasha descobriu que a faziam feliz.

Pela primeira vez em sua vida ela se sentia plenamente feliz. Pela primeira vez Natasha estava sendo apenas ela, sem ter que se preocupar com a próxima identidade falsa que iria assumir ou quem iria matar à seguir.

Pela primeira vez, depois de tantos anos, Natasha havia encontrado um lugar para chamar de lar.

Steve também estava mais feliz que nunca por finalmente poder estar com Natasha e viver aquela vida que tanto quis com ela naquele pequeno porém aconchegante apartamento que agora era o lar deles.

Ele acordava todas as manhãs e todas as noites ia dormir sorrindo. Os dias agora eram mais felizes com Natasha ao seu lado. Ela o fazia feliz e o fazia se sentir o homem mais sortudo do universo por tê-la com ele.

*****

Na manhã de sexta-feira, o alarme que Steve programou começa a tocar por volta das seis horas, quando o sol ainda se erguia no horizonte.

Steve acorda primeiro, como de costume, e estica o braço para alcançar seu celular que estava no criado-mudo e desliga o alarme.

Ao abrir os olhos, Steve percebe que o quarto ainda estava um pouco escuro, criando um ambiente aconchegante, e ao olhar pela janela, que estava por trás da cortina, ele pôde ver que o dia já estava amanhecendo.

Ele olha para baixo e vê que Natasha nem havia se mexido. Ela continuava dormindo pesado em seus braços.

Steve afasta uma mecha de cabelo ruivo do rosto de Nat e coloca atrás da orelha dela antes de sussurrar em seu ouvido.

—Amor...

—Hm... - ela resmunga em forma de protesto e afunda o rosto no vão do pescoço dele

—Bom dia - Steve sussurra novamente no ouvido dela e beija sua bochecha, fazendo Natasha esboçar um sorriso timido, mesmo estando de olhos fechados e levemente adormecida - hora de acordar. Esqueceu que hoje vamos ver o Clint, a Laura e as crianças?

No mesmo instante que Steve fala sobre os Barton, Natasha abre os olhos e desenterra o rosto do vão do pescoço dele. Steve ri e beija a testa dela.

—Que horas são? - Natasha pergunta com a voz rouca enquanto olhava para Steve

—Seis

—Eu só preciso de um banho gelado e xícara de café forte para acordar direito

Steve ri

—Vai lá tomar seu banho que eu faço o café

—Okay - Natasha se senta na cama e tira o cobertor de cima dela, mas antes que pudesse se levantar, Steve coloca a mão suavemente em seu pulso, fazendo ela olhar para ele, que continuava deitado

—Não esqueceu nada não? - ele brinca apontando para seus lábios, indicando que queria um beijo

Natasha sorri e se inclina para dar um selinho nele.

—Bom dia, Capitão

—Bom dia, linda

Natasha sorri de como Steve a chama e ele dá outro selinho nela

—Eu vou tomar o banho antes que percamos mais tempo - Natasha fala coçando os olhos de sono

—E eu vou fazer o café... temos que sair de casa em no máximo daqui uma hora para chegarmos à tempo no aeroporto

Natasha assente e dá outro selinho em Steve antes se levantar da cama e caminhar até o banheiro, fechando a porta em seguida.

Steve fica alguns segundos olhando para a porta por onde Natasha havia passado antes de se levantar e sair do quarto para preparar o café. Ele coloca o pó e a água na cafeteira elétrica e liga o eletrodoméstico.

Ele ainda prepara algumas torradas e arruma a mesa, colocando a manteiga de amendoim que Natasha tanto adorava comer pela manhã, e pega também o pote da geléia que ele gostava.

Steve estava terminando de colocar o café quente no bule quando Natasha adentra a sala conjugada com a cozinha, já vestindo a roupa com a qual iria viajar, uma calça jeans, uma camiseta preta básica e um cardigan também preto e nos pés um tênis branco.

—Deixa que eu faço isso, vá se arrumar - fala adentrando a cozinha e se aproximando de Steve, que rosqueava a tampa do bule

—Já terminei aqui

—Eu coloco o café na mesa, vai lá se arrumar que você ainda está de pijama - Natasha fala pegando o bule das mãos dele

—Okay - dá um selinho nela e vai pra o quarto se arrumar

Natasha anda até a mesa e sorri ao ver que Steve já havia arrumado e se preocupado até com a manteiga de amendoim que ela gostava de comer.

Ela coloca o bule em cima e caminha até a janela da sala e abre a cortina para observar a rua e assistir o amanhecer do dia.

Mesmo sendo super cedo, já haviam pessoas fazendo suas corridas matinais, levando seus cães para passear e outras saindo para trabalhar.

Nova Iorque era conhecida por ser uma cidade que nunca adormece e era mesmo, logo cedo as ruas e avenidas da metrópole já estavam cheias de pessoas e veículos.

Natasha estava tão distraída olhando o movimento da rua que apenas nota a presença de Steve quando ele coloca os cabelos ruivos com pontas loiras para o lado e beija seu pescoço enquanto passava os braços em torno da cintura dela.

Natasha olha para Steve sorrindo e ele sorri de volta.

—Agora sim, apropriadamente bom dia, amor

—Bom dia lindo. Dormiu bem? - Nat pergunta se virando de frente para Steve e coloca suas mãos sobre os ombros dele

—Muito - Steve responde sorrindo e a puxa pela cintura mais para perto dele

—Hmm... o que é que aconteceu de tão bom essa noite? - ela pergunta num tom de brincadeira e um sorriso maroto

—Sabe o que é? Eu dormi a noite toda com a mulher mais linda do universo ao meu lado - Steve entra na brincadeira de Natasha, que sorri ao ouvir sobre ela ser a mulher mais linda no ponto de vista dele.

Steve então a beija e Natasha passa os braços ao redor do pescoço dele, sem apartar seus lábios. O beijo termina minutos depois pela falta de ar.

—Acho melhor nos apressarmos, já são 6:30 - Steve fala olhando para seu relógio digital de pulso

—Tem razão - Natasha sai dos braços dele e se senta em uma cadeira

Steve se senta ao lado dela e tomam café da manhã.

*****

Às 7 horas em ponto Natasha e Steve deixam o apartamento e seguem no carro de Steve, que dirigia, até o aeroporto de LaGuardia, de onde saíria seu vôo para o Missouri.

Natasha estava nervosa e ao mesmo tempo estava ansiosa por rever os Barton, principalmente Laura e as crianças que ela não via a mais de sete anos por conta da guerra civil e do estalo.

Estava ansiosa também porque iria apresentar Steve como seu namorado e como Clint era um irmão mais velho para ela e bastante protetor, Natasha sentia-se como se fosse uma adolescente indo apresentar o namorado ao pai.

Mesmo concentrado na direção, Steve percebe o nervosismo e a ansiedade de Natasha e coloca uma mão na perna dela e acaricia o local por cima do jeans da ruiva numa tentativa de acalmá-la.

Natasha olha para Steve assim que sente a mão dele em sua perna e coloca a dela por cima e acaricia. Ele sorri sem tirar os olhos da direção.

—Está ansiosa por ver a Laura e as crianças, não é? - Steve quebra o silêncio qie pairava no carro

—Muito! O Cooper, a Lilá e o Nate devem ter crescido horrores desde a última vez que os vi pessoalmente

—Quando foi?

—Antes de irmos para Lagos e a loucura de guerra civil e fuga começar. Nós nem éramos nada ainda

—Faz tempo então. Eles devem ter crescido mesmo, principalmente o menorzinho... eu lembro que a esposa do Clint estava grávida quando os conheci

—Sim ela estava esperando o Nathaniel. O traidor - ela brinca e Steve olha para ela de relance

—O que o bebê fez para você? - Steve pergunta achando graça do apelido

—Nasceu menino

—Como assim? - Steve pergunta sem entender nada enquanto dava seta para trocar de faixa na pista e assim o faz

—Se ele fosse uma menina, ia se chamar Natasha. Eu fiquei toda certa e empolgada achando que ia ser tia de uma menina com meu nome e ai descubro que na verdade ia ser tia de um menino chamado Nathaniel

Steve não aguenta e começa a rir da frustração presente na voz de Natasha ao contar essa história.

—Mas Nathaniel não deriva de Natasha?

—Sim mas não é a mesma coisa

—Se um dia nós tivermos uma filha, eu deixo você chamá-la Natasha - Steve brinca olhando para Natasha por alguns segundos e em seguida já olha novamente para o trânsito

—Eu acho tão brega quem coloca nos filhos o mesmo nome dos pais, falta de criatividade

Steve ri

Eles passam o restante do percurso conversando sobre suposições de como seriam as reações do pessoal ao verem Natasha viva e combinam como iriam fazer a surpresa.

*****

Eles chegam em LaGuardia por volta das 7:40 da manhã e Steve estaciona o carro no próprio estacionamento do aeroporto.

Natasha e Steve saem do carro quase que ao mesmo tempo e Steve abre a porta traseira do veículo e tira a mala de dentro.

Steve tranca o carro e guarda a chave no bolso da calça jeans que usava antes de levantar o puxador da mala e puxá-la.

Natasha aguardava encostada na lataria do veículo, com os braços cruzados contra seu corpo por conta do vento gelado que batia naquela manhã, e olhava distraída para o chão.

—Vamos indo, amor? - pergunta Steve se aproximando de Nat com a mão estendida para que ela segurasse. Ela ergue a cabeça para olhar para ele e assente, descruzando os braços e pegando na mão dele.

Eles adentram o aeroporto de mãos dadas enquanto Steve puxava a mala com a outra mão.

O aeroporto estava cheio, mesmo sendo cedo. Talvez fosse pelo verão e as familias estivessem aproveitando para sair de férias ou viajando para reencontrar familiares, como era o caso deles indo rever os Barton, que eram a familia de Natasha.

Natasha e Steve caminham até o guinchê da companhia aérea e entram na fila do check-in, que para a surpresa deles, não estava grande como pensaram que estaria.

Alguns minutos a vez deles chega depoisve despacham a mala, que era maior do que eles pretendiam levar por conta dos presentes que Natasha havia comprado para entregar para as crianças.

Quando terminam de fazer o check-in, pela hora que já era, eles decidem ir para o portão de embarque e aguardar lá dentro.

Natasha e Steve se digirem até o controle de passaportes e vão para o portão de embarque.

Eles caminham de mãos dadas pelos portões a procura do deles até que por fim avistam o deles.

O avião ainda não havia chegado mas já havia bastante gente do vôo aguardando.

Steve encontra duas cadeiras vazias encostadas no vidro que dava vista para a pista do aeroporto e guia Natasha pela mão até o local.

Eles se sentam de costas para o vidro e Steve passa o braço em torno de Natasha, que estava cada vez mais ansiosa à medida que o tempo passava e se aproximava o momento de reencontrar os Barton.

—Ansiosa?

—Muito! Quero que esse avião chegue logo!

Steve ri e passa os braços ao redor de Natasha, que encosta a cabeça no peito dele. Ele beija o topo da cabeça dela e encosta a bochecha em sua testa.

Cerca de meia hora depois o avião chega e o embarque se inicia. Uma fila se forma, mas Steve e Natasha resolvem aguardar um pouco.

Quando a maioria dos passageiros já havia embarcado, eles se levantam e embarcam.

Ao entrarem no avião, que estava lotado, eles andam pelo corredor à procura de seus assentos. Steve ia à frente enquanto que Natasha ia logo atrás e estavam unidos pela mão.

Eles encontram seus assentos e Steve sai da frente para liberar a passagem para Natasha passar. Ela se senta no assento da janela e Steve se senta ao lado dela, no assento do meio.

Steve coloca a mão na perna de Natasha e alisa o local por cima da calça jeans que ela usava.

Natasha, com a cabeça encostada no encosto, olha para Steve e sorri. Ele olha para ela e sorri de volta antes de se inclinar e dar um selinho nela.

—Isso é estranho

—O que é estranho?

—Isso... nós. Eu nunca pensei que isso ia ser sério

—Nossa - Steve finge estar doído, colocando a mão no peito, fazendo Natasha rir baixo

—Não me leve a mal, você sabe que eu gosto muito de você, é só que eu nunca imaginei que seríamos de fato um casal

—É eu também nunca achei, Nat, mas não porque eu não queria, é que eu achava que era você quem não queria

—Então se enganou porque eu queria isso e muito

Ele sorri

—É bom ouvir isso... fico feliz que estamos juntos

—Eu também. É meio estranho te levar para te apresentar como meu namorado

Steve ri

—Você acha que eles vão gostar de mim sendo seu namorado?

—Quem? O Clint?

—Ele, as crianças...

—O Clint é bem protetor comigo, age como um verdadeiro irmão mais velho, mas é uma ótima pessoa e te adora. Ele sabe que você tem um coração enorme e que cuida de mim e que me faz feliz

Ao ouvir Natasha falando a palavra “namorado”, Steve sorri.

—E as crianças?

—O que tem eles?

—Você é a tia querida deles, não vão se sentir enciúmados quando souberem que sou seu namorado?

—Que nada! A Lilá vai adorar te ter como tio, tenho certeza! O Cooper é mais timido mas depois que conversar com você ele vai te adorar também, afinal todos te adoram. Já o Nate não sei muito qual vai ser a reação dele porque quando o vi pela última vez ele era um bebê de colo então não me conhece muito e é mais apegado à Wanda

—Não é ele que tem o nome do irmão dela depois que ele salvou o Clint em Sokóvia?

—Ele mesmo. O nome dele é Nathaniel Pietro

—Está explicado porque os dois são unidos. A Wanda se apegou porque o menino tem o nome do irmão dela e ele se apegou à Wanda por ela ter morando com eles e cuidado dele

Natasha assente um pouco triste por não ter feito parte da vida de Nate e Steve aperta de leve a mão dela, fazendo ela sorrir.

—Sim, mas eu ainda vou conquistar o meu lugar de tia no coraçãozinho dele - Natasha brinca e Steve ri

—Tenho certeza que ele vai adorar ter você como tia

—Você acha? - pergunta com os olhos brilhando e um sorriso leve nos lábios

—Tenho certeza - ele beija a testa dela - você é a melhor tia do mundo. Eu lembro bem como a filha do Clint pulou no seu colo quando te viu

Natasha sorri ao lembrar de Lilá e de Cooper e sente o coração apertar de saudades.

–Só espero não assustá-los quando eu aparecer

—Porque eles se assustariam com você?

—Eles acham que eu estou morta. E se acharem que eu sou um fantasma? - Natasha fala rindo ao imaginar a cena e Steve não se aguenta e ri junto

—Eu acho que a alegria deles em te ver vai ser maior que o medo

—Tomara. Não quero ser a responsável por criar traumas neles

Steve ri e Natasha ri junto.

Minutos depois o alto falante do avião soa para anúnciar sobre o fechamento das portas do avião, que começa a taxiar para a pista de decolagem.

Natasha e Steve afivelam seus cintos e ele pega na mão dela novamente e entrelaça seus dedos.

Pontualmente às 9:00 horas o avião decola.

*****

Cerca se uma hora e meia depois eles desembarcam no aeroporto de Saint Louis, localizado na cidade de mesmo nome e após pegarem a mala na esteira, Natasha e Steve vão até a locadora de carros que ficava no aeroporto e alugam um carro para se deslocarem durante sua estadia de três dias no estado do Missouri.

Eles colocam a mala no porta-malas e entram no carro. Como Natasha conhecia bem o trajeto até a fazenda dos Barton a ponto de nem precisar de GPS, fica decidido que seria ela quem ia dirigir.

Natasha e Steve entram no carro e afivelam os cintos de segurança antes que ela desse partida.

Natasha manobra o carro para fora do estacionamento do aeroporto.

—São três horas de estrada. Eu acho melhor passarmos em um drive-thru e comprar comida - Natasha comenta assim que entram na via expressa, mas não tira sua atenção da pista

—O que achar melhor, amor - Steve fala olhando para Natasha e sorri ao vê-la concentrada enquanto dirigia. Já havia visto Natasha dirigir mas nunca sendo o namorado dela

Natasha sorri ao ouvir Steve chamá-la de “amor” mas nem por isso se desconcentra na direção.

—Eu vou pegar a próxima saída e entrar na cidade... quer pegar comida onde?

—Onde você costumava ir?

—Tem subway, mcdonalds, taco bell...

—Subway parece uma boa

—Então vamos lá

Perto da saída, Natasha dá a seta e sai da via expressa, entrando na cidade de Saint Louis, e dirige até o subway mais próximo, guiando-se por sua memória.

Ao chegarem no subway, Natasha entra com o carro na fila do drive-thru.

Alguns minutos depois chega a vez deles e fazem seus pedidos para o atendente. Em seguida Natasha paga pelos lanches e mais à frente um outro funcionário entrega o pedido à ela.

Natasha passa para Steve, por cima, as bebidas, as quais ele coloca no porta copos que ficava no meio dos assentos, e depois passa para ele o saco com os sanduíches, os quais ele segura para que Natasha pudesse digirir.

Em alguns minutos eles entram novamente na via expressa e seguem viagem rumo à cidade de Branson.

*****

A viagem dura pouco mais de três horas as quais Steve e Natasha passam conversando aleatoriedades e sobre como achavam que seria o reencontro com os Barton.

Eles também comem seus lanches e tomam os refrigerantes.

Por volta das 13hs eles finalmente chegam e passam pela placa de entrada/saída da cidade de Branson.

A cidade era bem pacata, com cerca de 7 mil habitantes. Steve, que nunca havia estado lá, olhava atentamente pela janela o movimento da cidade.

—Bem diferente de Nova Iorque, não é? - Natasha comenta ao perceber a surpresa de Steve quanto à cidade

—Muito... quantos habitantes essa cidade tem?

—Uns 7 mil... não sei ao certo mas dúvido que ultrapasse dos 10 mil - ela olha de relance para Steve enquanto dirige

—Nossa! O Brooklyn tem 2 milhões e é apenas um distrito de Nova Iorque

—Poise, bem diferente

—Eu nunca havia estado aqui porque da primeira e última vez que fui na casa do Clint, nós chegamos de Quinjet e pousamos direto na fazenda

—É eu lembro... estavámos todos destruídos, lembra? - Natasha comenta rindo ao lembrar daquela época

—Nem me fala, a Wanda é a pior pessoa para se ter como inimigo. É que você não viu ela e a Carol acabando com o Thanos na batalha

Natasha ri

—Mas você e o Clint foram os que mais aguentaram firme

—De certa forma, sim. Eu lembro que fiquei bem preocupado com você

—Comigo? - ela pergunta surpresa ao ouvir isso e olha para Steve de relance

—É, você ficou bem abalada... o Clint precisou te pegar no colo

—Naquela época eu passava por uma série de conflitos comigo mesma

—E o que mudou de lá pra cá?

—Você - Natasha fala olhando para Steve por alguns segundos e seus olhares se cruzam, já que ele olhava para ela

—Eu?

—Sim... você me deu a auto confiança que eu precisava - ela fala sorrindo já com os olhos na pista novamente e entra em uma estrada rural que ligava a cidade à fazenda

Steve sorri ao ouvir aquilo. Era bom ouvir que ele a fazia se sentir bem.

—Fico feliz de poder te ajudar pelo menos um por cento do tanto que você já me ajudou nesses anos todos

—Você me ajuda e muito. Graças à você, hoje posso dizer que eu aceito quem eu sou

—Saiba que pode contar comigo para o que for - ele fala colocando a mão na perna dela e acariciando o local por cima do jeans

Ao sentir a mão dele sobre sua perna, Natasha olha para Steve por alguns segundos e sorri para ele, que sorri se volta para ela.

—Digo o mesmo. Nós sempre fomos uma dupla nas missões e agora somos uma dupla na vida - ela fala prestando a atenção na pista mas coloca uma mão por cima da dele enquanto segura o volante com a outra

—É nós somos - Steve concorda com um sorriso enorme ao ouvir Natasha dizer que ele era o parceiro de vida dela e acaricia a mão dela.

*****

Alguns minutos depois na estrada rural eles finalmente chegam na fazenda dos Barton.

Natasha para o carro na frente da entrada da propriedade e suspira fundo, segurando a emoção de estar ali depois de tanto tempo.

Steve percebe que ela estava emocionada por estar ali depois de tantos anos e leva a mão dela até seus lábios e deposita um beijo na palma, fazendo Natasha olhar para ele e sorrir.

—Pronta?

—Acho que não mas vamos

Ele ri e eles saem do carro, tomando cuidado para não baterem as portas muito forte e evitar que o pessoal acabasse descobrindo antes da hora.

—Vai indo na frente - Natasha sussurra para Steve

—Okay - ele sussurra de volta e beija a testa dela antes de seguir na frente

Conforme o plano, Steve caminha na frente até a porta enquanto Natasha ia atrás.

Eles sobem os degraus da pequena escada que dava acesso à varanda da entrada com cuidado para não fazer barulho e Natasha se escora na parede ao lado da porta para que não a vissem ao abrir a porta.

Steve dá três batidas na porta e aguarda. Segundos depois A porta se abre, revelando Clint, que fica confuso ao ver Steve.

—Steve? Que surpresa! - o gavião sorri e abraça seu antigo amigo - O que faz aqui? Aconteceu algo? Estão todos bem?

Steve nota a preocupação de Clint

—Olá Clint, fique tranquilo, não aconteceu nada. Eu vim aqui por outro motivo...

—O que é?

Antes que Steve pudesse responder, uma mulher ao qual ele reconhece como sendo a esposa de Clint aparece segurandoum garotinho nos braços

—Querido... está tudo bem? - a mulher pergunta colocando uma mão no ombro de Clint, parecendo não notar Steve ali

—Está sim, amor. Se lembra do Steve?

A mulher então olha para Steve e sorri amigávelmente. Steve sorri de volta para ela.

—Olá senhora Barton. Sou Steve Rogers, prazer - fala estendendo a mão cordialmente para a mulher

—Laura Barton, mas pode me chamar apenas de Laura! - ela responde pegando na mão dele - Seja bem vindo! Você é o capitão américa, não?

—Sou sim - Steve então olha para o garotinho nos braços de Laura - e você deve ser o Nathaniel - o garotinho assente timido - é um prazer te conhecer - Steve fala pegando na mãozinha no menino, que sorri timido

—Qual a honra da visita? - Clint pergunta curioso para saber o que Steve fazia lá

—Eu trouxe comigo uma pessoa muito especial

—Imã!! - Nathaniel fala querendo sair do colo da mãe

—É a Wanda? - questiona Laura colocando Nathaniel no chão

Nathaniel, esperto como era para seus três anos e meio (lembrando que ele foi ‘blipado’), passa por Steve e vai até a varanda espiar quem era.

Ao ver uma moça ruiva escorada, como se estivesse se escondendo, ele sorri para ela.

Natasha coloca o dedo indicador nos lábios, indicando que era para ele ficar quietinho e não dedurá-la. O pequeno ri e corre até o pai

—Não, a Wanda ficou em Nova Iorque, eu trouxe outra pessoa... - Steve então olha para Natasha que estava escorada na parede e ouvia toda a conversa emocionada por ouvir as vozes de Clint e principalmente a de Laura depois de 7 anos sem ouvir a melhor amiga e cunhada de consideração - pode vir

Steve se afasta da porta para dar passagem para Natasha.

Ela desencosta as costas da parede e anda até a porta, se revelando para Clint e Laura que ficam em choque ao vê-la.

—Ai meu deus... - Laura fala levando as mãos à boca em choque

Clint tinha os olhos lacrimejados e o rosto mais pálido que uma folha de papel sufite.

—Oi... - Natasha fala em um fio de voz e com os olhos cheios de lágrimas de tanta emoção que sentia ao revê-los, ainda mais Laura, quem não via a mais de sete anos

Clint abraça Natasha, levantando ela do chão e chora emocionado por ver sua melhor amiga e irmã. Natasha passa os braços ao redor do pescoço de Clint e chora nos braços dele

—Você... como? - Clint questiona colocando Natasha novamente no chão e coloca as mãos no rosto dela, como se quisesse confirmar que ela estava mesmo ali

—Eu e o Steve vamos explicar tudo certo, mas primeiro eu quero abraçar uma grande amiga que não vejo a muitos anos - ela fala e olha pra Laura, que sorri emocionada para ela

Natasha sorri de volta e abraça a amiga. As duas choram de saudade, afinal faziam anos que não se viam.

—Que saudade eu tinha de você - Laura fala abraçando Natasha forte

—Eu senti muito mais a sua... foram sete anos pra mim que fiquei

—É mas mesmo que tenham sido dois pra mim, ainda sim senti sua falta

Enquanto isso, Clint pega Nathaniel no colo. O pequeno não estava entendo nada.

—Sabe quem ela é? - Steve escuta Clint perguntando ao filho quem era Natasha. O pequeno faz que não com a cabeça - o nome dela é Natasha. É a irmã do papai. Sua titia.

Enquanto isso, Natasha terminava de abraçar Laura e escuta Clint a apresentando para Nathaniel como sua irmã. Ela sorri para o garotinho e pega na mãozinha dele.

—Oi Nate! Como você cresceu, está lindo! A última vez que te vi você era um bebêzinho gorduxo

O garotinho olha para ela e sorri com vergonha.

—Ihhh o gato comeu a língua dele - Clint brinca com o filho em seu braços e faz cócegas na barriga de Nate, que solta uma gargalhada gostosa

—Fala com a moça bonita, filho, diga oi e agradeça pelo elogio - Laura fala mexendo nos cabelos do caçula, que olha para a mãe e em seguida volta a olhar para Natasha

—Oi titia. ‘Bigada’ - ele responde baixinho e Natasha se derrete ao ouvir ele a chamando de “titia”

—Oi meu amorzinho! Quer vir no colo da titia Nat? - Natasha pergunta estendendo os braços em direção à Nathaniel, que para sua surpresa, estica os bracinhos para ela, aceitando colo dela.

Natasha pega Nathaniel do colo de Clint e beija a bochecha do garotinho, que deita a cabeça no ombro dela.

Enquanto isso, Steve apenas assistia a cena feliz por ver Natasha tão feliz por rever os Barton e ficar ainda mais feliz ao pegar o Nathaniel no colo.

—Vamos entrando! Estou terminando o almoço - Laura comenta

—Venham, entrem! - Clint dá passagem para Natasha e Steve entrarem na casa e assim eles o fazem

Natasha carregava Nathaniel em seus braços e Steve estava logo ao lado dela, mas sem demonstrar nenhum afeto pois os Barton ainda não sabiam sobre eles estarem namorando.

—E o onde estão o Cooper e a Lilá? - Natasha questiona ao notar que os sobrinhos mais velhos não haviam aparecido

—Cooper saiu de manhã com amigo da escola e a mãe dele. Foram para uma exposição de histórias de quadrinhos em Kansas City mas voltam à noite. Já a Lilá está no aniversário de uma amiguinha. Mais tarde vou buscá-la - Laura explica e Natasha assente se sentando no sofá com Nathaniel no colo

—Steve, se sente, fique à vontade - Clint fala para Steve ao notar que ele ainda estava em pé. Ele assente e se senta ao lado de Natasha

Clint se senta em uma poltrona e Laura se senta ao lado do marido, no braço da poltrona. Clint passa os braços ao redor da cintura da esposa.

—Fome? sede? - questiona Laura para eles

—Ah tudo certo, senhora. Estamos bem obrigada - Steve agradece

—Já disse que me chame de Laura, somos amigos

—Perdão, Laura. Obrigada mas estamos bem

Ela assente sorrindo

—Como você está aqui? Eu não entendo... eu vi você pular... - Clint cuida das palavras por conta de Nathaniel estar ali

—Uma alma pela jóia. Semanas depois da batalha eu usei o túnel do Scott para devolver as jóias e ao devolver a da alma, eu pedi ao guardião da jóia que devolvesse a Nat - Steve explica

—E cá estou eu

—Faz quanto tempo que você voltou?

—Umas três semanas

—Tudo isso? Porque não nos avisou? Eu e a Laura teríamos ido com as crianças para te ver - Clint questiona

—Exato. Teríamos ido te ver! As crianças choraram muito quando o Clint contou à elas que você havia partido. A Lilá ficou arrasa - Laura comenta e Natasha sente o coração apertar e ao mesmo tempo se aquecer ao ouvir aquilo

—Desculpa, não me entendam mal, é que eu queria fazer uma surpresa para vocês. Foi tão confuso quando eu voltei, de repente o pessoal estava de volta, eu não entendia como tinha voltado - Natasha explica

—Entendo... mas fico feliz que esteja de volta - Laura fala com um sorriso e Natasha sorri de volta para ela

—É bom ter minha irmã de volta! As crianças vão pirar - Clint fala e Natasha sorri para ele

—É bom te ver, maninho

Clint sorri para ela

—Okay... agora qual é a de vocês dois?

—Clint! - Laura o repreende dando um tapa no ombro dele, fazendo Steve, Natasha e até Nathaniel rirem

—Já percebeu, né? - Natasha pergunta e Clint confirma com a cabeça

—Percebeu o que? - Laura pergunta olhando para Clint e depois para Natasha confusa, sem entender do que eles falavam

—A Natasha e o Steve tem um lance desde a guerra civil - Clint explica para Laura, que olha para Natasha surpresa com a revelação - Eu sempre notei que tinha algo entre vocês dois, todos sabiam na verdade, menos vocês dois - Clint completa olhando para Natasha e para Steve

—Na verdade, o que não contamos é que quando o Steve me trouxe de volta de Vormir nós estamos namorando

—Então é por isso que você veio junto. Eu bem que achei estranho. Não me entenda mal, você é meu amigo, é muito bem vindo, mas não fazia sentido você ter vindo junto da Nat até agora - Clint fala olhando para Steve, que estava mais vermelho que um tomate

—Você está envergonhando o rapaz, meu amor - Laura fala para Clint

—Steve, eu sei que você é um homem de palavra e muito honesto. Eu confio em você de olhos fechados, sabe disso, não sabe?

—Sei sim, você ficou ao meu lado na guerra civil e obrigada por isso

—Não há de que! Eu faria de novo todas as vezes que fosse preciso

—Obrigada

—Cuida da minha irmã, por favor

—Pode deixar, Clint! Eu vou cuidar muito bem dela - Steve fala passando o braço ao redor de Natasha, que cora e mexe nos cabelos de Nate para aliviar o nervosismo

—Own meus parabéns! - Laura fala toma animada

—Obrigada - Natasha agradece com um sorriso timido

—E seja bem vindo à familia, Capitão - Laura fala para Steve

—Pode me chamar de Steve, e obrigada Laura

Laura sorri para Steve, que sorri de volta pra ela.

*****

Eles ficam mais algum tempo conversando até que Laura se lembra do almoço que ela estava fazendo e volta para a cozinha para terminá-lo.

Natasha vai com Laura para ajudá-la na cozinha, deixando Clint e Steve conversando e olhando Nathaniel.

Laura e Natasha arrumam a mesa e os cinco se sentam para almoçar. Eles brindam pela volta de Natasha e pela adição de Steve à família.

*****

Por volta das quatro e meia, Laura sai com o carro dos Barton para buscar Lilá. Enquanto isso, em casa, Steve, Clint e Natasha bolam um plano para surpreendê-la.

—Nat, se esconde em algum canto - Steve fala e Natasha assente

—Nate, não é pra falar nada sobre a titia Nat, você só fale para a sua irmã que tem uma pessoa que veio de longe para vê-la - Clint explica o plano para o filho, que prestava atenção no pai enquanto brincava com seus brinquedos no chão da sala

—Eu vou estar no lavabo, fale pra Lilá que tem alguém lá - Natasha reafirma para Nathaniel o que Clint havia acabado de dizer

O garotinho assente com um sorriso maroto, fazendo os três adultos sorrirem.

—Elas devem estar chegando, vai lá - Clint fala colocando a mão nas costas de Natasha, que assente e vai pra o lavabo e fecha a porta

—Vai ser um reencontro emocionante - comenta Steve com Clint

—Vai mesmo! A Lilá foi a que mais sofreu - Clint comenta

—Tadinha... mas o bom que a tia Nat está de volta. Eu lembro quando vim da última vez, de como ela reagiu ao ver a Nat

—Sim é daquele jeito mesmo!

Steve sorri de lado e Clint dá dois tapinhas no ombro dele.

—Não fiquem igual duas estátuas aí paradas! Atuem normal - Natasha os adverte de dentro do lavabo, fazendo os dois rirem

—Ela tem razão, vamos sentar e fingir que você veio de visita e estamos conversando - Clint comenta e Steve assente

Eles se sentam no sofá e Nathaniel fica no chão, brincando com seus brinquedos.

Alguns minutos depois a porta se abre e uma garotinha com um laço grande branco no cabelo e vestido rosa adentra a sala.

—Papai! - a garotinha pula nos braços de Clint, que a pega no colo e a enche de beijos no rosto

Era nitido como Clint ainda sentia falta dos filhos e da esposa, mesmo quase um mês após reencontrá-los.

—Minha princesa - Clint fala abraçando a filha, que sorria - foi boa a festa da sua amiguinha?

—Muito! O bolo era uma delicia

Os adultos riem

—Que bom que você gostou da festa, mas não vai cumprimentar o amigo do papai? - Clint questiona e só ai que Lilá nota a presença de Steve que estava ao lado de Clint

—Oi! Eu lembro de você!

—Lembra? - Steve pergunta surpreso por não esperar que Lilá se lembrasse dele, afinal ela era pequena e para ela que havia sido blipada faziam mais de três anos desde que ele havia estado lá

—Sim. Você trabalha com meu papai e com a minha tia Nat

—Exatamente! Você ê é muito esperta para a sua idade! Tem quantos anos?

—Obrigada! Meu papai disse que era para eu ter 14 se o cara mal não tivesse feito eu sumir, então tenho 9. A minha mãe também diz que eu sou muito inteligente e que eu tenho um Q.Y alto para minha idade - Lilá conta para Steve, que prestava atenção na garotinha e acha graça

—É QI filha - Laura a corrige

—Isso ai!

Os adultos riem

—Sua mãe está certa! Você é a menina mais inteligente que eu conheço! - Steve comenta e Lilá sorri

—Obrigada

—Não há de que

—Lili, tem uma moça no “banheilo’ - Nate fala para a irmã

—Quem? - Lilá olha para o irmão e pergunta sem entender. Em resposta Nathaniel encolhe os ombros

—Papai mandou dizer que tá no ‘banheilo’ - ele responde e olha para Laura esperando a aprovação da mãe para saber se havia feito o certo. Em resposta, Laura dá uma piscadela à ele

—É a Wanda? - Lilá pergunta toda animada e sai do colo de Clint

–Você vai ter que conferir por si só - Laura responde sorrindo e Lilá, sem entender muito o que eles estavam tramando, vai até o lavabo e abre a porta um tanto hesitante, se surpreendendo ao ver quem era a pessoa que estava dentro do lavabo

—Surpresaaaa! - Natasha grita assim que Lilá abre a porta

—Tia! - Lilá pula nos braços de Natasha, que a pega no colo, e começa a chorar de emoção ao ver a tia

—Own meu amorzinho, não chora - Natasha alisa as costas da sobrinha e sussurra no ouvido da garotinha

—Você voltou! O papai disse que você tinha ido lá pra cima e virado uma estrela - Lilá fala chorando e coloca as mãozinhas no rosto de Natasha, que chorava junto

—Ow meu deus. Mas a titia voltou! Eu não consegui ficar no céu porque o tio Steve foi lá me visitar e disse que vocês todos precisavam de mim. Eu não fui porque quis, meu amorzinho. Desculpa a titia por feito você ficar triste - Natasha fala de um jeito mais simples para que Lilá entendesse

Em resposta a garotinha afunda o rosto no pescoço de Natasha e passa os braços ao redor do pescoço dela.

Enquanto isso, Steve, Clint e Laura assistiam a cena emocionados. Era nítido pra todos que Natasha e Lilá se adoravam e que a garotinha sentia falta da tia.

*****

Lilá e Nathaniel dividiam o colo de Natasha, que estava sentada no sofá e segurava cada um em uma perna.

Os dois irmãos haviam passado o resto da tarde nos braços de Natasha.

Lilá matando a saudades que sentia da tia e Nate que havia acabado de conhecé-la, por assim dizer, mas já a adorava.

*****

Perto da hora de Cooper voltar para casa, eles decidem fazer uma surpresa para o menino. Agora o plano era de Natasha abrir a porta e ver a reação dele.

Da sala, eles escutam um barulho de porta de carro se fechando e Clint espia na janela, por entre as cortinas.

—Ele chegou - Clint sussurra ao observar pela janela o filho mais velho andando até a varanda da fachada e então Natasha coloca Lilá e Nathaniel no chão com cuidado e se levanta, indo até a porta e coloca a mão na maçaneta

Quando a campainha toca, Natasha gira a maçaneta e abre a porta.

Cooper arregala os olhos ao ver a tia.

—Não vai me dar um abraço, moleque? - Natasha brinca e Cooper a abraça forte, passando os braços ao redor da cintura da tia. Natasha sorri e o abraça forte - que saudades!

—Também senti muita saudades, mas como? Meu pai disse que você tinha morrido

—É eu morri mas eu consegui voltar. Eu soube que vocês estavam tristes e voltei

—Que bom porque nós realmente precisávamos de você, tia - Cooper fala a abraçando mais forte pela cintura

Natasha sorri emocionada e beija o topo da cabeça dele e o abraça.

*****

Depois do último reencontro do dia, Natasha e Steve contam à Lilá e à Cooper que eles estavam namorando e logo os irmãos já estavam chamando Steve de tio Steve, assim como o pequeno Nathaniel, que também estava chamando Natasha de titia Nat, para o deleite dela, e Steve de titio Steve.

Para comemorar, eles pedem uma pizza e ao terminar de comer, Steve vai até o carro e pega a mala deles.

Natasha e Steve levam a mala oara o antigo quarto de hóspedes, que havia passado a ser o de Wanda mas agora era novamente o quarto de hóspedes, e pegam os presentes das crianças, que ficam doidas ao recebê-los.

Por volta das dez horas da noite, horário especial de dormir que as crianças tinham nas férias de verão,

eles se despedem de Steve, de Clint e de Natasha para irem se recolher.

Ao se despedir da tia, Lilá pede que Natasha a colocasse para dormir, o que com muita alegria ela aceita.

Laura e Natasha sobem as escadas com os três e Laura segue com Nate para o quarto dele enquanto que Natasha segue com Lilá para o dela.

Natasha ajuda Lilá a colocar o pijama e escova os cabelos da garotinha antes de colocá-la na cama e cobrí-la com o cobertor.

—Adorei te ver tia!

—Eu também adorei te ver. Estava com saudades

—Eu também! Você vai morar longe ainda, né? - Lilá pergunta triste

—Eu vou continuar em Nova Iorque porque minha vida está lá mas sempre que der vou vir aqui, assim como você e seus irmãos podem ir conhecer a casa da titia

—Eu quero!

—Então faremos o seguinte, amanhã nós vemos com sua mãe e seu pai se você e o Cooper, se ele quiser ir. O Nate é pequeno e acho que ele não vai querer ficar sem seus pais mas você e o Cooper podem ir passar alguns dias comigo e com o Steve em Nova Iorque antes das aulas retornarem

—Ebaaaaaa!

Natasha ri da animação da sobrinha de consideração.

—A Wanda mora bem perto de lá com o namorado dela, nós podemos combinar com eles de saírmos todos juntos, assim você conhece ele também caso não conheça

—Eu quero!

—Eu também! Vamos ver primeiro se seus pais deixam eu roubar você e seu irmão por uns dias

Lilá ri e assente

—Boa noite, tia!

—Boa noite, Lilá - Natasha fala e beija a testa da garotinha em seguida

Natasha então caminha até a porta do quarto da garotinha, que vira de lado e fecha os olhos, e apaga a luz do quarto e fecha a porta.

Ela desce as escadas e alguns minutos depois e senta no sofá ao lado de Steve, que passa o braço ao redor dela.

Laura se junta à eles alguns minutos depois e se senta com Clint no outro sofá.

Os dois casais passam o resto da noite bebendo umas cervejas e conversando baixo para não atrapalhar o sono das crianças que dormiam no andar de cima.

*****

Por volta das duas horas da manhã eles sobem as escadas e entram em seus respectivos quartos.

Natasha e Steve trocam de roupa em silêncio e se deitam na cama.

Steve abraça Natasha, que deita a cabeça em seu peito e os dois logo adormecem cansados pela viagem mas felizes por estarem em família.