O dia começou logo cedo para Steve, que na verdade mal pregou o olho durante a noite tamanha ansiedade que tomava conta dele.

Esse seria o dia decisivo na vida do Capitão. Era o dia que ele saberia se teria Nat de volta ou se teria que seguir em frente sem ela.

Steve levanta da cama e vai direto para o banheiro afim de tomar uma ducha antes de ir para a nova base dos Vingadores, onde seria instalado o novo túnel quântico que usariam para devolver as jóias.

Enquanto tomava banho, o Capitão passava em sua mente tudo que planejava falar para Natasha caso o plano desse certo e ele conseguisse tê-la de volta. Ele estava decidido em deixar sua insegurança de lado e se declarar. Se ela não sentisse o mesmo, ele fingiria que nada aconteceu mas pelo menos teria Nat de volta, mesmo que fosse apenas de longe como uma amiga.

*****

Steve veste uma roupa comoda e coloca o uniforme e o escudo de Capitão América dentro de uma mochila grande.

Com tudo pronto, Steve envia uma mensagem para Scott Lang antes de deixar o apartamento onde vivia para avisar que estava a caminho.

Ele espera alguns minutos até que Scott responde que ele e Hope, a Vespa, estavam esperando por ele no laboratório junto a Bruce Benner.

Com a confirmação, Steve deixa o apartamento por volta das 8:30 e dirige até o novo complexo dos Vingadores, que ficava cerca de 40 minutos do Brooklyn.

Enquanto dirigia, a cabeça de Steve estava cheia pelas lembranças de Natasha e de tudo que eles viveram. Era como um filme, em sua cabeça passavam cenas do momento que eles se conheceram no porta aviões da S.H.I.E.L.D, de quando eles lutaram juntos contra a H.Y.D.R.A e foi impossível não sorrir ao lembrar de quando se beijaram na escada rolante do shopping para despitar os agentes da H.Y.D.R.A

Steve chega na nova base dos Vingadores por volta das 9:10, dentro do tempo previsto para o trajeto e estaciona o carro numa vaga vazia do estacionamento. Ele tira a chave do contato e sai do carro e abre o porta malas para pegar a mochila onde estava o escudo e o uniforme e o fecha em seguida.

Steve caminha até a entrada do novo complexo e passa pela identificação, colocando suas digitais e seu rosto para reconhecimento. Alguns segundos depois a voz robótica de F.R.I.D.A.Y soa:

—Steve Rogers. Capitão América. Vingador. Acesso autorizado - uma luz verde acende no controle do scanner e um clique indica que a porta havia sido destravada

—Obrigada, Sexta-Feira

—De nada, Capitão

Steve abre a porta e entra no novo complexo dos Vingadores, que era muito maior que o antigo, sendo pensado para abrigar todos os novos e antigos heróis e ainda mais os heróis que pudessem surgir no futuro.

O complexo estava vazio e silencioso, provávelmente o pessoal ainda estava dormindo por ainda estar cedo, então Steve faz o mínimo ruído possível para não acordar

ninguém.

Ele segue direto para o laboratório que ainda não estava totalmente pronto, onde estavam Hope, Bruce e Scott trabalhando nos últimos ajustes do túnel quântico.

—Bom dia, Cap - Scott o sauda assim que Steve entra no laboratório, chamando a atenção de Hope e de Bruce que conversavam entre si sobre as partículas Pym

—Hey Steve! - Bruce sorri

—Hey Bruce, bom dia Scott e olá senhorita Van Dyne, é bom revê-la

—Senhorita é muito formal, me chame de Hope - a Vespa responde sorrindo e Steve assente - é ótimo revê-lo também

—Obrigada. E como vão os preparativos?

—Tudo dentro do planejado. O Scott acabou de coletar as partículas Pym que você vai levar com você para viajar no tempo - Bruce explica de um modo mais simples para que Steve compreendesse. O capitão assente em confirmação

—Você levará mais partículas que o necessário, por precaução... não queremos ter problemas, certo? - Hope comenta

—Concerteza não...

—Bom já está quase tudo pronto... vamos ligá-lo no jardim. É melhor e tem mais espaço - Bruce explica o plano

—Como acharem melhor

*****

Steve, Bruce, Scott e Hope passam o restante da manhã no laborário para terminar os últimos ajustes do túnel e deixar tudo pronto para quando fossem ligá-lo.

Por volta das onze da manhã Steve se retira do laboratório para tomar uma xicara de café, afinal de tanta ansiedade e nervosismo, nem café da manhã ele havia tomado ainda.

Assim que chega na cozinha, Steve é recepcionado por Sam e Bucky, que estavam tomando seu café da manhã.

—Ae amigão, bom te ver fora daquele quarto - comenta Sam com um sorriso, ele estava feliz que Steve havia se levantado da cama após tantos dias praticamente trancafiado dentro do quarto e ter aparecido na base nova dos Vingadores

—E ai Sam! Hey Bucky - ele dá uns tapinhas no ombro do velho amigo, que sorri para ele

—Como vai? - Bucky pergunta

—Indo... não digo que estou melhor mas estou um pouco mais conformado - Steve decide guardar pra si o plano de recuperar Nat caso não desse certo

—Eu sei o quanto a Natasha era importante pra você... - Sam comenta e Steve olha para ele - Só não entendo se você gosta dela, porque nunca falou nada?

—Espera, você gosta da Romanoff? - Bucky pergunta surpreso

—É eu gosto. Mas descobri tarde demais... eu nunca falei nada porque tinha medo de perder a amizade dela. Imagina minha cara de idiota caso ela não sentisse o mesmo? E eu não sou o melhor com mulheres

—Isso é - Bucky zoa e Steve finge que dá um murro na barriga dele mas era de mentirinha e os dois riem

—Mas estava na cara que ela gostava de você. Quem é que vira uma fugitiva do governo para ajudar um simples amigo? A Natasha foi atrás de você, Steve! Essa é a maior prova de que ela gostava de você! Fora que eu sei que vocês tinham seus momentos... quando eu voltava para o esconderijo vocês sempre estavam nervosos como se eu estivesse pegando vocês no pulo.

—Ah seila, Sam. Não vou ser hipócrita e dizer que nunca aconteceu nada durante os anos que fomos figitivos e durante os cinco anos desde o estalo... eu e ela nos envolvemos intimamente mas nunca fomos um casal oficialmente. A Natasha não parecia querer algo sério e estava bem do jeito que estava... eu nunca fui bom com mulheres, então deixei para lá... bom, agora se me derem licença, eu vou fazer meu café que ganho mais! - Steve caminha até o armário e pega o pó de café e prepara uma xícara para ele

—Sabia que vocês haviam tido algo! Era nítico que rolava algo quando vocês ficavam sozinhos. Vocês aproveitavam que a Wanda ia se encontrar com o Visão e eu ia ver minha irmã e os meus sobrinhos para ficarem juntos. Eu sabia!

—Contente em saber? - Steve pensa alto enquanto fervia a água

—A propósito, obrigada por nos deixar ficar no seu apartamento por esses dias... mas eu decidi ficar aqui na base, não é por nada mas acho que você precisa do seu espaço - comenta Bucky

—Vocês sabem que não me incomodam em absolutamente nada. Eu preciso me desculpar por não ter sido o melhor anfitrião

—Steve, você está passando por um momento delicado. Está de luto. É compreensivel. Não se culpe - comenta Sam

—Nós decidimos ficar por aqui... eu estou pensando em alugar algo no Brooklyn ou no Queens. Apenas preciso me reestabelecer primeiro - comenta Bucky - eu começo minhas terapias essa semana

—Fico feliz de ouvir isso, meu amigo - Steve sorri pra ele - eu posso te levar, só falar

—Não quero incomodar

—Não incomoda, Bucky. Você sabe disso

—Também posso te levar caso o Steve não possa. Não incomoda - Sam se oferece também

—Okay... então aceito - Steve e Sam sorriem

—E você Sam, o que pretende fazer da vida? - Steve pergunta direcionamdo o olhar à Sam

—Talvez fique por aqui mas talvez eu vá para a Lousiana... não decidi ainda...

—Entendo...

O assunto muda e Bucky e Sam começam a conversar sobre armas e sobre assuntos militares, comparando as tecnologias da década de 1940 com as da década de 2010/2020.

Steve coloca o café numa xícara e se senta para beber e ouvir a conversa dos amigos, mas não prestou muita atenção sobre o que eles estavam conversando. Sua cabeça estava em outro lugar naquele momento.

Eles escutam passos se aproximando da cozinha e logo vêem Wanda chegando com um rapaz louro e bem alto que parecia ser Visão logo atrás.

—Bom dia... - Wanda cumprimenta os presentes assim que eles entram na cozinha

—E ai gente! - cumprimenta Bucky

—Bom dia casal! - Sam sorri

Nisso Steve, que estava de costas do de onde eles vinham, se vira e os vê por fim. Com um sorriso leve no rosto, o capitão se levanta de sua cadeira para cumprimentá-los

—Então é verdade mesmo! Visão está de volta! - Steve sorri levemente ao vê-los e caminha até eles, estendendo os braços e abraçando Visão - bom te ver, amigo!

—Bom te ver também, capitão

—Me chame de Steve. Capitão é muito formal

Os dois riem. Steve cumprimenta Wanda apenas com um abraço silencioso e abre espaço para que o casal seguisse seu caminho e de fato entrassem na cozinha e volta a se sentar para terminar de tomar seu café.

—Bacon e ovos mexidos? - ele escuta Wanda perguntar à Visão

—Eu ainda estou aprendendo o gosto das coisas e descobrindo preferências. O que você for comer eu como o mesmo. Quer ajuda?

—Não precisa. Sem ofensa mas você não cozinha nada, Vizh

—Tem razão. Mas quero aprender... - ela apenas sorri e prepara o café deles dois.

—Então, já sabem o que pretendem fazer? Vão ficar aqui também? - pergunta Steve aos dois

—Ainda não - diz Visão

—O mais certo por agora é que decidimos ficar por aqui durante algum tempo até arrumarmos algum lugar pra gente... - Wanda explica enquanto fritava as tiras de bacon - e vocês?

—Também... vou ficar até me reestabelecer financeiramente e psicologicamente. Tudo é confuso ainda - Sam conta

—Eu também não tenho planos. Eu já passei 70 anos congelado. Agora mais 5. Nem sei por onde começar, tudo é estranho e confuso - Bucky revela ao grupo

—Estamos no mesmo barco. Eu também estou confuso por voltar depois de 5 anos... - Sam dá umas batidinhas nas costas do soldado invernal - mas talvez eu vá para a Lousiana, ajudar minha irmã nos negócios da família e com os meninos, agora que ela está viúva está bem complicado. Quando recebemos nossos salários de Vingadores eu mando dinheiro para ela, aqui não tenho muitos gastos, o que me permite ajudar eles bastante

—Sinto muito pela sua irmã... - Wanda comenta apenada

—Obrigada Wandinha - ele sorri e ela ri do apelido que ele e Steve haviam inventado na época da fuga

—E eu vou ficar no meu apartamento... ainda não sei ao certo o que vou fazer da vida... - Steve confirma antes de tomar seu último gole de café antes de se levantar deixar a xícara na máquina de lavar louça - se me dão licença, estarei no laboratório

—Se me permite questionar, mas qual o motivo? - Visão pergunta

—Ah sim, nem comentei! Eu, Bruce, Hank Pym e sua esposa Janet, Scott Lang, o homem formiga do aeroporto, lembra? - Visão confirma com a cabeça - e a namorada dele e filha do Dr. Pym, a Hope, estamos reconstruindo o túnel quântico para devolvermos a jóias

—A tal máquina do tempo que nós contamos - Sam acrecenta à Visão

—Interessante! Se precisarem de ajuda só chamar

—Obrigada Visão! E bem vindo de volta!

—Obrigada, cap... Steve

Steve sorri de leve e se retira, voltando para o laboratório.

******

Naquele mesmo dia pela tarde, logo após o almoço, Steve, Bruce, Sam, Bucky, Visão, Wanda, Scott e Hope seguem para o jardim do novo complexo dos Vingadores, onde Hope coloca o túnel em sua escala normal.

Bruce entrega a maleta contendo as jóias do infinito e Hope entrega a miniatura da nave e os discos para ampliá-la e reduzí-la quando Steve precisasse. O capitão checa todas as jóias e todas as coordenadas e datas. Em seguida pega seu escudo.

—Não faça nenhuma idiotice antes que eu esteja de volta - Steve brinca, fazendo Bucky rir ao lembrar de quando ele foi combater na segunda guerra e disse aquelas mesmas para Steve

—Pode deixar - ele fala rindo e os dois amigos se abraçam

Eles se afastam e Steve sobe na plataforma com o escudo nas mãos. Ele coloca o capacete quântico e espera para iniciar a contagem.

—Preparado? - Bruce pergunta e ele assente

—Não esqueça de ativar seu uniforme quando for voltar. Assim poderemos te puxar de volta - Recorda Hope. Steve assente novamente

—Entrando em três, dois, um... - Hope aciona o botão de ligar. Steve fecha os olhos e entra no túnel, desaparecendo em seguida

A primeira jóia que Steve devolve é a jóia do poder, indo até Morag. Depois ele devolve a jóia do tempo, dando nas mãos da anciã, como Bruce havia dito que era para ser. Em seguida ele devolve a jóia da mente, voltando para a batalha de Nova Iorque ocorrida em 2012.

Assim que Steve retorna para a nave que estava usando para se transportar, um chamado de Bruce pode ser ouvido.

—Capitão, está aí? - Steve escuta a voz do amigo pelo transponder da nave e aciona o emissor para poder retornar a mensagem

—Tudo certo, já devolvi três das jóias, agora estou a caminho de Asgard para devolver a jóia da realidade e depois vou para a base da SHIELD devolver a do espaço. Ainda vai sobrar a pedra da alma, vou para Vormir assim que sair de lá - o Capitão explica e liga a nave novamente, programando o trajeto para Asgard e voltando para o ano de 2013

Como dito, Steve devolve as jóias da realidade e a do espaço para suas respectivas linhas temporais, sobrando apenas a mais importante das jóias, segundo ele: a jóia da alma. A última coisa que ele tinha de Nat.

Era a hora da verdade e Steve sabia que aquela era sua única chance de recuperar Nat e dizer à ela tudo que estava engasgado em sua garganta.

Steve programa a nave para o planeta Vormir no ano de 2014 e durante todo o trajeto ele pensou em Nat e em como queria recuperá-la.

Ao se aproximar do planeta, os sistemas de GPS da nave apitam, indicando que o destino estava próximo. Steve diminui a potência dos motores, diminuindo a velocidade e aos poucos se aproxima da órbita de Vormir.

Steve inicia a entrada no planeta roxo e inicia o plano de pouso em uma zona mais plana de Vormir.

A nave dá uma chacoalhada ao tocar o solo arenoso mas logo se estabiliza novamente. Steve desliga as turbinas e os equipamentos da nave. Ele fica algum tempo sentado, tomando coragem para enfrentar o que estava por vir. Era agora ou nunca

Steve suspira e desafivela seus cintos, se levantando de seu assento em seguida. Ele caminha até a maleta onde estava a jóia da alma e a abre.

—Farei o que for preciso para trazer você de volta, Nat... - ele pensa alto enquanto olha para a jóia e pega antes de caminhar para fora da nave.

Ele encolhe a mesma com o disco que Hope havia dado à ele e a coloca em um chaveiro antes de seguir seu caminho até o local do sacrifício de Nat, segundo Clint.

Vormir era um planeta lindo, mas melancólico. Um tom de púrpura pintava o céu, mas também criava um tom sombrio.

O local onde a nave estava estacionada ficava a alguns quilometros do penhasco o qual Clint disse que Natasha fez o sacrificio e era para lá que Steve estava indo.

A subida era ingrime mas nada tão dificil de subir, ainda mais Steve tendo o soro do super soldado.

Ao chegar no topo do penhasco, Steve olha para baixo e um nó se forma em sua garganta ao ver que havia sangue seco lá embaixo. Ele sabia que aquele sangue era de Natasha e imaginar a cena que Clint teve que presenciar o destruiu. Era naquele ponto que a mulher que ele descobriu ser apaixonado havia sacrificado su vida

—Steven Grant Rogers, filho de Sarah

Steve escuta uma voz muito conhecida por ele. Ao olhar na direção de onde ela vinha, Steve se depara com seu velho inimigo: Johann Shmidt mais conhecido como caveira vermelha.

—O que você está fazendo aqui?

—Eu que te pergunto Rogers

—Eu perguntei primeiro, Shmidt

—Eu fui aprisionado aqui. A jóia do espaço me trouxe para cá, onde fui sentenciado a permanecer e me tornar o guardião da jóia. Se você está aqui pela jóia como eu suspeito, sinto informar que uma ruiva acabou de se sacrificar e um homem com arco e flecha a levou embora

—Eu sei, é por isso que estou aqui... vim devolver a jóia

—Como? Isso nunca aconteceu antes

—Mas vai acontecer porque é o que vou fazer - Steve então mostra a jóia para o caveira vermelha, comprovando o que ele afirmava - antes de devolver, quero recuperar a Natasha Romanoff, a garota ruiva que se sacrificou pela jóia

—Isso não será possível

—Uma alma pela jóia, não é mesmo?

—Exato

—Eu devolvo a jóia e você me devolve a Natasha...

—Como saberei que não é uma trapaça, Rogers

—Sei que nos odiamos mas confie em mim... eu não minto. Eu devolvo a pedra se me garantir que vai me devolver a Natasha

—Eu vou... ela voltará no momento que você devolver a jóia

—Como posso confiar em você?

—Do mesmo modo que vou confiar que você a devolverá

—Trato feito...

—Solte a jóia no penhasco, ela saberá o caminho de volta

Steve assente nervoso e conta até cinco antes de soltar a jóia no penhasco.

Nada aconteceu nos segundos seguintes. Steve começa a se enfurecer com Shimdt por tê-lo enganado mas antes de poder falar algo ele apaga.

O capitão acorda em um lugar molhado, parecia ser um lago. Steve abre os olhos e olha para o céu roxo púrpura e sente um nó na garganta ao recobrar a consciência por completo e perceber que seu plano não havia dado certo. Natasha não havia voltado e nem voltaria.

Uma lágrima solitária desce pelo rosto de Steve e ele se senta na água mesmo, se sentindo um perdedor.

Eles estava tão desorientado e perdido por saber que Natasha não voltaria mais, que nem escuta os passos que se aproximavam dele.

Steve apenas se dá conta de que não estava sozinho quando escuta uma voz, mas não era qualquer voz. Era a voz dela. A voz de Natasha.

—Quem é você?

Steve congela ao ouvir aquela voz. A voz que ele descobriu ser a sua favorita. Ele ainda fecha os olhos e aperta antes de voltar a abrir para ver se não era uma ilusão da sua cabeça, mas então a voz soa novamente.

—Responda... quem é você e o que faz aqui?

Steve olha por cima de seus ombros, um pouco receioso, com medo de aquilo ser uma ilusão, mas ao virar o pescoço e olhar para trás ele vê a mulher por quem ele tardiamente descobriu ser apaixonado parada logo atrás dele.

Natasha tinha um braço esticado e apontava seu bracelete de laser para ele, em posição de ataque.

No momento que Steve se vira e que Natasha o vê, imediatamente abaixa o braço em choque por vê-lo.

—Steve... - Steve nota a voz dela trêmula e os olhos verdes da ruiva marejarem

—Nat... - ele se levanta e fica em pé de frente para ela. Seus olhos estavam marejados pela emoção de vê-la e viva

—O que você está fazendo aqui? Você morreu? Nós perdemos? Cadê o Clint? - ela pergunta num tom desesperado, aflita ao pensar na possibilidade de Steve ter morrido

—Nat, calma, eu sei que parece confuso mas eu não morri, eu estou vivo e agora você também está - Steve fala se aproximando com cautela e coloca as mãos nas laterais dos braços dela

—Como? Eu pulei do penhasco... era para eu estar morta, o Clint tinha que pegar a jóia...

—Ele pegou. Nat, você esteve morta até agora e graças à você conseguimos a jóia da alma. Nat, nós vencemos! Thanos foi dizimado. Nem ele nem o exército dele existem mais

Ela sorri

—É sério?

—Sim é sério! E o melhor de tudo, a metade das pessoas dizimadas por ele voltou. O Sam, a Wanda, o Bucky, até mesmo o Visão. Todos eles voltaram. Agora você também!

Natasha sorri ao pensar em todos os que haviam morrido no estalo e que ela tanto sentia falta, mas então percebe que Steve não havia lhe contado tudo.

—A que custo? - a teoria de Natasha se confirmou quando Steve abaixou a cabeça para olhar para seus pés

—Nós perdemos o Tony... ele morreu ao estalar os dedos na manopla para dizimar Thanos e seu exército

Os olhos de Natasha se enchem de lágrimas ao ouvir aquilo mas ela soube disfarçar. Ela era Natasha Romanoff, ela não chorava.

—Mas como eu estou viva? Eu não entendo

—Uma jóia por uma jóia. Eu estou em missão para devolver as jóias para suas respectivas linhas temporais. Eu deixei a da alma por último e pedi que você voltasse quando eu entregasse ela. E aconteceu, você está aqui.

—Porque você fez isso?

Era agora ou nunca. Se Steve não falasse naquele momento ele não conseguiria.

—Porque eu te amo e não consigo viver sem você - Steve caminha até Natasha a passos largos e coloca as mãos no rosto dela antes de beijá-la

Steve esperava receber algum choque ou algum chute da espiã por beijá-la assim, do nada, mas nada disso aconteceu, pelo contrário, Natasha coloca as mãos no rosto de Steve e corresponde o beijo, que era lento mas ao mesmo tempo apressado. Um misto de saudade e alegria.

—Quando você ia me contar? - Natasha pergunta assim que eles se separam mas continuam com as mãos nos rostos um do outro

—O que?

—Eu sempre achei que você estava comigo por carência. Você ama a Peggy...

—Isso não é verdade, Nat. Eu me envolvi com você porque gosto de você. Não vou mentir e dizer que a Peggy não foi importante para mim, mas ela faz parte do meu passado. Eu quero que você seja parte do meu futuro

—Steve... - Natasha ia falar algo mas Steve a beija novamente

Natasha apenas aproveita o beijo e passa os braços ao redor do pescoço do capitão, que desce as mãos até a cintura dela, a puxando mais para perto dele e aprofunda o beijo.

O beijo era lento e ao mesmo tempo desesperado por parte de Steve, que estava sedendo dos lábios de Natasha. Toda a saudade e toda a tristeza que ele sentiu naquele um mês sem ela refletia no beijo, o tornando desesperado.

Natasha por sua vez se controlava para não pular nos braços dele de alegria por saber que ele gostava dela de verdade e que ela não era apenas um passatempo ou um tapa buraco para acabar com a carência dele. Para o descontentamento dos dois, eles precisam se separar quando o ar falta à eles.

—Nat... eu descobri tarde de mais que eu te amo... você não imagina o quão dificeis foram essas semanas sem você

—Semanas? - Natasha pergunta surpresa. Para ela era como se houvessem passado somente um minuto entre seu pulo no penhasco e o encontro com Steve - que dia é hoje?

—16 de julho...

—Meu deus...

—Eu sei como se sente. Desorientada - ela assente olhando pra ele - eu senti a mesma coisa quando acordei depois de 70 anos, mas enfim... o que quero dizer é que eu sempre tive uma atração por você. Acho que desde quando nos conhecemos mas eu sempre fiquei preso ao passado sem pensar nas possibilidades que o futuro tinha para mim. Tudo que aconteceu entre nós nos últimos anos foi real. Eu nunca usei você como escape. Eu realmente gosto de você só que quando você não voltou depois de um minuto, meu mundo desabou. Eu descobri da pior forma que te amo e que sou completamente apaixonado por você

—Steve...

—Desculpa. Se você não sente o mesmo podemos fingir que nada aconteceu? Continuarmos sendo os bons amigos? Agora sem benefícios, só amigos...

—Shhh... - ela o cala colocando a mão na boca dele - eu também estou apaixonada por você

Steve tira a mão de Natasha que estava em sua boca e olha para ela com um sorriso

—Isso é sério? - ele pergunta incrédulo, sem acreditar que aquilo era real

—Sim...

—Te amo

—Eu.. também te amo - Natasha parecia um pouco travada por não estar acostumada a dizer aquele tipo de coisa e Steve a puxa para mais um beijo, o qual ela retribui

—Não queria acabar com esse momento importante mas será que podemos ir indo? - Steve pergunta assim que se separam pela falta de ar

—Mas é claro, como se eu quisesse ficar nesse lugar

Steve ri da ironia dela

—A nave está num chaveiro mas vou aumentá-la numa planície que há por trás do penhasco - ele explica e Natasha assente

Eles então começam a caminhar lado a lado até onde Steve havia dito que era a planicie.

—Steve?

—Hm... - ele olha para ela e ela pra ele

—O que nós somos? Amigos com benefícios ainda?

—Bom... era isso que eu queria saber. O que você que eu seja para você?

Natasha sorri ao lembrar de quando ela fez aquela mesma pergunta anos atrás naquela caminhonete.

—Que tal alguém importante?

—Tipo uma namorada?

—Ah não sei... você quem sabe

—Você aceita?

—É eu aceito... - ela responde com um sorriso enorme estampado no rosto

Steve sorri e pega na mão dela. Natasha sorri e entrelaça seus dedos nos dele e caminham até o local plano que Steve havia falado sobre.

*****

Ao chegarem no local plano no qual Steve estacionou a nave, Steve aciona o disco de aumento e a nave aparece em seu tamanho real. Steve abre as portas e eles entram.

Natasha senta no assento do copiloto e afivela os cintos dela enquanto Steve, no assento do piloto, afivela seu cinto e liga a nave, os motores, e o transponder, mas antes de colocar a data e as coordenadas pra voltar ao presente, ele decide consultar Natasha sobre algo que tinha o plano de fazer

—Nat

—Hm.. - ela olha para ele

—Tudo bem se fizermos uma parada em 1945? Eu prometi uma dança à Peggy a qual nunca pude cumprir... se você estiver desconfortável, esquece isso... iremos direto para casa

—Ei está tudo bem, podemos sim. Só que eu não particulas Pym suficientes. Apenas uma, o suficiente para voltar para 2023...

—Eu tenho partículas reservas. A Hope me deu a mais caso eu precisasse

—Hope? Quem é Hope?

—É a namorada do Scott, a Vespa. Ela assim como todos os que foram vitimas do estalo voltou e nos ajudou na batalha contra Thanos. O pai dela é Hank Pym, dono da tecnologia

—Entendi... Sem problemas então - Natasha responde sorrindo e Steve sorri para ela

—Obrigada pela compreensão... eu prometo que será rápido. Eu só quero deixar o passado para trás com chave de ouro e nada melhor que cumprir uma antiga promessa

—Eu não tenho problema algum. Vai em frente

Natasha por dentro estava morrendo de ciúmes ao pensar em Steve se encontrando com Peggy no passado mas por fora continuou mantendo a pose de durona e inabalável.

—Okay - Steve então configura as coordenadas para Nova Iorque no ano de 1945, pouco após ele ter sido congelado e dá início no procedimento de decolagem - pronta pra decolar?

—Pronta

—Segura firme que por conta do solo arenoso a nave vai chacoalhar - ele olha para Natasha e ela olha para ele e assente

Steve então coloca os manetes de empuxo em posição de aceleração e a nave começa a dar uma chacoalhada e a decolar. Sem problemas, eles decolam de Vormir.

—Finalmente deixamos Vormir - Natasha suspira aliviada por tudo ter dado certo

—É saímos. E espero nunca mais voltar pra lá

—Nem eu - Natasha ri

Steve olha para Natasha e sorri pra ela, que sorri de volta para ele

*****

Ao chegarem em Nova Iorque da década de 1940, Steve inicia os procedimentos de pouso em uma região descampada, uma espécie de parque onde não havia pessoas em volta.

Assim que a nave pousa, Steve desliga os motores e os equipamentos da mesma enquanto Natasha desafivela seus cintos. Ele faz o mesmo e se levanta do assento do piloto e começa a tirar o uniforme, deixando Natasha confusa

—O que você está fazendo? - ela pergunta se virando para vê-lo

—Eu não posso andar na rua vestido assim. Técnicamente eu estou congelado e presumidamente morto. Caso alguém me veja assim pode causar problemas nas linhas temporais - ele explica enquanto termina de tirar o uniforme e veste uma roupa qualquer que ele havia levado de reserva.

—Não tinha pensado nisso

—É muito delicado mexer com o tempo...

—É eu sei... você tinha isso planejado, não tinha?

—É eu tinha. Assim como planejei tentar recuperar você

—E se eu não voltasse, o que faria? - ela pergunta curiosa

—Não sei, Nat... eu estava e ainda estou cogitando me afastar um pouco das missões quando retornasse para a nossa linha temporal. Não estou dizendo vou deixar de ser o Capitão América, apenas penso em dar uma pausa na vida de vingador. Estou lutando a muito tempo, como já conversamos algumas vezes, eu pretendo ter uma vida normal, sabe? e outra, Scott, Hope, Thor, Carol, Sam, Bucky e Rhodes estão mais dispostos a continuar o legado dos Vingadores e creio que eles serão as novas promessas da equipe. Acho que se eu tivesse que continuar sem você, eu me aposentaria de vez e tentaria seguir em frente, embora fosse ser muito dificil

—Mas e a Peggy? Você não voltaria no passado para ficar com ela? - Natasha precisava saber disso. Ela queria entender até que ponto Steve gostava dela para que ela não se machucasse

—Não... eu faria o que estou fazendo. Teria uma última dança mas não ficaria com ela. Eu voltaria para 2023. Cansei de me prender ao passado, Nat

—Ow que evolução! Você era super apaixonado por ela, o que mudou?

—Você - ele se aproxima de Natasha e se inclina para dar um selinho nela - Já estou pronto, vamos?

—Acho mellhor eu ficar te esperando aqui...

—Porque você não vem também?

—Steve, isso é algo entre você e a Peggy, eu não tenho nada a ver

—Okay... eu volto logo - Steve, já trocado, beija o topo de sua cabeça antes de abrir a porta e sair da nave.

Natasha assiste Steve deixar a nave e suspira fundo. Ela fez o que pôde para disfarçar seu ciúme e parece que funcionou, Steve nem percebeu que por debaixo da faceta de durona, Natasha estava morrendo de ciúme por ver Steve indo atrás de Peggy, mesmo ele dizendo que seria para uma última dança, para cumprir sua promessa antiga.

E se Steve visse que amava Peggy mais do que dizia gostar dela? E se ele resolvesse ficar com Peggy no passado? Por mais que havia dito que não permaneceria nem mesmo se ela não tivesse voltado, quem garantia que lee não mudaria de idéia? A cabeça de Natasha girava com esses pensamentos, imaginando Steve e Peggy juntos. Ela nunca imaginou que sentiria ciúme. Essa não era ela. Natasha Romanoff não tinha ciúme.

Enquanto isso, Steve andava pelas tão conhecidas de Nova Iorque, sempre meio cabisbaixo para não ser reconhecido, afinal seu rosto era bem conhecido na América.

Steve tinha a mesma sensação de quando acordou em Nova Iorque em 2012 após 70 anos no gelo, mas agora era ao contrário. Ele havia voltado para 1945, sua época, mas ele estranhou por já estar acostumado com a modernidade afinal eram mais de onze anos vivendo no futuro. Era estranho não ver os enormes arranha céus e o trânsito caótico da Nova Iorque atual.

Cartazes expostos pela rua comemoravam o fim da segunda guerra e pediam pelo julgamento e condenação dos nazistas. As pessoas também andavam mais felizes. A vida parecia ter voltado ao normal, algo que Steve nunca pode ver acontecer.

Após alguns minutos de caminhada, Steve finalmente chega no antigo endereço onde Peggy vivia quando foi congelado. Ele para em frente à porta e suspira fundo, rezando para que ela estivesse lá. Steve toma coragem e bate na porta.

Após alguns minutos sem obter resposta, Steve ia desistindo e dá as costas para retornar para onde Nat estava lhe esperando quando a porta se abre e uma conhecida voz soa.

—Posso ajudar?

Steve se vira e Peggy coloca a mão na boca, tremendo e pálida, como se tivesse visto uma assombração

—Oi Peggy...

—Steve... como?

—Eu posso explicar, é uma história complicada

—Entre, vamos conversar - ela dá espaço para ele passar e Steve então entra

Eles se sentam e Steve explica para Peggy o que havia lhe acontecido quando ele caiu no gelo e o que viveu desde o dia que ele foi descongelado, contou sobre os vingadores e também sobre as jóias do infinito, a alertando sobre a infiltração da H.Y.D.R.A na S.H.I.E.LD e também sobre o estalo e a batalha contra Thanos.

–E porque você veio até aqui?

—Vim cumprir uma promessa antiga. Me concede uma dança? - Steve se levanta e extende a mão para Peggy

—Adoraria - Peggy sorri e pega na mão dele e se levanta

Steve e Peggy então dançam na sala da moça, mas como bons amigos.

—Eu temo que tenha que ir... - Steve fala assim que a dança termina e olha a hora no relógio que tinha em seu pulso

—Foi ótimo lhe ver outra vez, Steve

—Digo o mesmo, Peggy

—Corra atrás da sua felicidade, seja feliz com ela

—Como assim?

—Quando você contou sobre essa tal batalha, os seus olhos brilharam ao falar dessa garota que se sacrificou pela jóia da alma, você gosta dela, não é?

—Eu vou ser bem franco, eu me apaixonei por ela. Eu a trouxe de volta ao devolver a jóia

—E onde ela está? Porque não veio?

—Ela quis nos dar esse tempo a sós. Ela está na nave me esperando

—Seus olhos brilham ao falar dela. É uma garota de sorte. Não a deixe escapar e seja muito feliz com ela

—Obrigada, Peggy. Um dia no futuro você conhecerá a Nat. Ela será uma agente da S.H.I.E.L.D

—Sei que vou adorar conhecê-la. Parece ser uma pessoa de coração puro por ter dado a própria vida para salvar a todos

—Ela é sim... - Steve sorri todo bobo ao lembrar de Natasha

—Você merece ser feliz com ela

—Obrigada. Te desejo de coração toda a felicidade do mundo

Steve prefere não contar à Peggy sobre o futuro marido dela

—Desejo o mesmo à você, Steve

—Obrigada. Um último abraço?

—Claro - Peggy sorri e se aproxima dele

Os dois se abraçam uma última vez e quando se separam Peggy guia Steve até a porta. Steve a abraça mais uma vez e vai embora.

Enquanto isso Natasha aguardava pelo retorno de Steve, ainda dentro da nave, sentada no assento do copiloto.

Ela tentava imaginar o que estava acontecendo. E se Steve tivesse se arrependido do que disse à ela e voltasse para Peggy? Será que estavam se beijando ou outra coisa?

O barulho da porta da nave se abrindo faz Natasha se levantar depressa de seu assento e sacar uma arma antes de ficar em posição de ataque e aponta a arma para a entrada.

—Nat! Calma, sou eu, Steve

Ao ouvir a voz dele, Natasha abaixa a arma e suspira aliviada

—Me assustou!

—Me desculpe...

—Tudo bem, como foi com a Peggy?

—Foi bom, conversamos...

—Só conversaram?

—Nat, você está com ciúme? - ele fica feliz em ver que estava estava com ciúme

—Que? Não! Eu não tenho ciúme. Está delirando, Rogers - ela fica toda desconcertada

—Aham, sei...

—Eu estou falando sério! - ela fala guardando a arma novamente

—Nat, você não precisa ser durona o tempo todo... sentir ciúme é normal - ele sorri

—Mas eu não sinto... - ela disfarça e olha para o chão

—Nat... isso não te faz mais vulnerável. Eu fico feliz que você tenha ciúme de mim e sabe porque? - Natasha nada responde, apenas ergue o rosto para olhar para ele - porque eu gosto muito de você e fico feliz de saber que você gosta de mim

Ela sorri de leve

—Eu achei que você ia se arrepender do que disse pra mim ao ver a Peggy e ia ficar com ela

Ele ri, deixando Natasha confusa

—Nat, a Peggy é uma pessoa especial na minha vida sim mas agora faz parte do meu passado e você é quem eu quero no meu futuro. É você quem eu amo e com quem eu quero construir uma vida - Steve se aproxima de Natasha, colocando as mãos no rosto dela e a beija

—Eu também quero uma vida com você. Desculpa, sou uma idiota eu sei. Eu só tenho medo de me magoar outra vez

—Ei você não é uma idiota, não diga mais isso - dá um selinho nela - e eu prometo que nunca vou te magoar

—Eu sei, não quis te ofender, não foi pessoal. Eu sei que você é um homem de bem e de honra. É só que não costumo dar certo com relacionamentos

—Não sei você mas eu tenho um pressentimento que nós vamos dar certo - ele sorri e dá outro selinho nela - vamos pra casa?

—Vamos - ela sorri concordando

Steve então se afasta dela e veste novamente seu uniforme enquanto Natasha volta a se sentar no assento do copiloto e afivela o cinto.

Ele se senta ao lado dela no assento do piloto e liga a nave e configura as coordenadas e a posição dos manetes de empuxo. A nave decola e eles partem rumo à Nova Iorque de 2023.

Um clarão os atinge, os fazendo fechar os olhos e tudo fica preto.

Quando eles abrem os olhos novamente, eles estavam de pé em uma espécie de plataforma e Steve tinha um braço ao redor da cintura de Natasha, a segurando, enquanto carregava o escudo na outra mão quando escutam uma voz:

—Nat? - Bruce em um fio de voz