Uma história de amor

A primeira advertência!


Desesperada,o coração aos pulos no peito,medo de ser expulsa logo ao primeiro dia!

Quando cheguei á sala de aula,uma mesa de advogado,uma poltrona pequena,e muitos papéis em cima dela.A diretora entrou pela porta,curiosa e me trouxe um pequeno formulário:

–Vejamos,você já conseguiu arranjar confusão no primeiro dia de aula!

–Mais...-Ela foi interrompida

–Não tem mais nem menos Jannye! Agora preencha este formulário.

Ela me entregou os papéis,e uma caneta.

“Eu prometo não me meter na vida de minhas professoras inteligentes e gentis,principalmente na vida de Senhora Burgs...”

Qual era a necessidade disso ?

Deixei escapar:

–Senhora Burgs a bruxa sem vassoura...

A diretora olhou para mim um tom de surpresa,se levantou pegou o meu formulário e o rasgou jogando os pedaços de papel em mim.

–Poxa diretora!

–Você tem que aprender,que a vida nessa escola não é como a vida nos Estados Unidos não garotinha,esta escola contém regras,e terão de ser cumpridas,mais se você não cumpri-las corretamente,não poderás estudar neste colégio,se você fizer mais uma gracinha para qualquer que seja o professor,você está na rua! E nem os Lanccelotti poderão fazer eu mudar de ideia! Agora vá para a sala de aula,e lembre-se da nossa conversinha.

Me levantei,joguei a caneta no chão segurei a mala e fui aindando,de longe ouvi xingos da diretora.

‘Essa menina não aprende mesmo!’

No meio do caminho parei para beber um pouco d’água pois a conversa teria me dado sede,bebi e fui lavar o rosto,olhei meu rosto no espelho decepcionada.

Comecei a chorar,chorei mesmo,me ajoelhei ao chão deixando ao mala como banco,coloquei a mão entre o rosto.Queria me deitar,mais não podia,fiquei lá por tempos até lavar novamente o rosto e começar a correr para a sala.

Assim,corria normalmente,até que a malas despencaram também para os lados e eu deixei as malas baterem com força nos armários,o que fez com que muitas professoras e alunos saíssem da sala para ver o que acontecia. Muitos viam,uma garota estranha,sem uniforme,com uma mala enorme que teria apenas um caderno e um lápis.

Senhora Burgs veio até mim e disse envergonhada:

–Oh minha querida!.-Disse sendo cínica.-Não faça baderna! Meus queridos amigos! Voltem para a aula de vocês está tudo bem! Ela apenas caiu!

Ela me levou para a sala,a força sendo puxada pela blusa.

–Garota! Você me fez passar vergonha! Acaba de voltar da diretoria e faz outra esbórnia ?
–Desculpe-me professora,ainda não me acostumei com esses cínicos dos teus alunos,e você,aliás a diretora entra nisso! Esta é uma das piores escolas que eu já enfrentei...E olha que já enfrentei muitas escolas como esta!

Ela olhou para mim cruzando o braço,depois estendeu-lhe o braço para a porta mandando-me ir para a diretoria novamente.

Peguei a mala e chutei para fora da sala.

–É bom ser quem eu era...-gritei na sala

Lukas sorriu para mim de longe,senti teu sorriso me perseguindo,o mais estranho é que eu pensava nele o tempo todo,ele é tão charmoso..

Balancei a cabeça,como se estivesse tendo um devaneio rápido.

No caminho a diretora encontrou comigo,e virou a cara:

–Ó não,você de novo! O que foi desta vez ?

–Nada diretora eu apenas vim tomar um pouco d’água, a professora autorizou!

–Hum,é bom que seja apenas água mesmo!

Ela foi seguindo seu caminho pelo corredor,e passou direto pela sala do 8º ano.

–Bom dia!.-Disse a moça da portaria.

–Bom dia...-Ela respondeu pensativa.

Desci as escadas e percebi que o 8º ano estava indo embora,lá sentado encostado na parede,estava Lukas,ele olhou e sorriu:

–Olá Mister Franja!

–Olá Senhora encrenca!

Eu olhei para ele e ele para mim e começamos a rir.

–Ah me desculpe eu tenho que ir para a rua Burgmoond,quatro quadras daqui.

–Minha casa é na Rua Burgmoond,também a quatro quadras daqui.Bom na verdade a casa da minha madrasta...

–Eu vivo sozinha..Podemos ir juntos!

–Garota,você tem treze anos! Não pode morar sozinha!

–Desde que me mudei para cá as coisas pioraram,minha avó se mudou para a Alemanha,com meu avô sabe?

–Entendo,meus pais morreram..-Disse num tom triste

–Os meus estão em Los Angeles,mais acho que eles não tem a mínima ideia que existo..

Assim,fomos conversando até a rua Melodie Green terminar.