Capitulo 4

Chegando a casa, subi direto para o quarto indo me preparar para o encontro com o misterioso Daniel, minha tia estava sabendo de toda a história e por causa dos acontecimentos que ocorria de vez em quando com estrangeiros, ficou muito grata quando o jovem de, sobretudo fora me buscar em casa na hora que combinara comigo.

Quando a campainha tocou, tia Anna foi rapidamente atender e quando abriu a porta ficou emocionada com o buquê de orquídeas que ganhou de Daniel, a mesma então disse:

Obrigada Daniel, não precisava.

Daniel então com sua gentileza e como um cavalheiro respondeu:

Imagina, Sra. Anna você merece mais do que este simples buquê de flores.

Aí, Daniel assim você me deixa constrangida.

Este buquê Sra. Anna é dado de todo o meu coração.

Você sempre tão gentil e carinhoso Daniel, espera um momento que vou chamar Hécate para você tudo bem?

Ah, sim é claro.

Então disse há minha tia descendo as escadas:

Não é necessário tia estou bem aqui.

Nossa, disse Daniel impressionado como a minha aparência.

Hécate você está linda, disse minha Tia.

Também era para ficar fantasticamente arrasadora, fiquei mais de duas horas se arrumando, escolhendo a roupa perfeita para aquela ocasião.

Vamos então, eu disse á ele.

Sim claro, disse o jovem.

Então fomos para o carro, ele cavalheiro como sempre abriu a porta para mim e logo depois entro no carro e deu a partida. No trajeto não falamos nenhuma palavra, apenas fica observando o que ele estava fazendo, mas quando eu olhava para frente percebia que não me olhava de um jeito estranho com um meio sorriso em seu rosto.

Fomos ao um restaurante fora da cidade de Frankfurt, este era muito elegante só frequentava pessoas da alta sociedade, fiquei como um peixe fora d'água, mas curti á noite. No entanto quando estávamos jantando, percebi seus olhos não estavam mais da cor de fogo, o jovem então logo percebeu que estava reparando em algo e me perguntou:

O que tanto está olhando.

Tímida eu disse:

Seus olhos?

Sim o que têm eles?

Estão castanhos claros, mais no dia em que o conheci eram vermelhos como sangue.

Ah, são lentes de contato, você acreditou que eu tinha os olhos daquele tom?

Sim pareciam reais.

Ah, o jovem respondeu num tom irônico.

Bom o que faz Daniel?

Eu?

Vejamos estudo na Universidade de Berlim á 120 km daqui de Frankfurt, faço engenharia genética. E você o que faz?

Bom, respondi a ele tímida.

Sim, o que faz?

Eu estudo na Universidade Metodista, faço veterinária lá no Brasil.

Hum, legal sua profissão. Respondeu o jovem com um tom meio irônico.

Então está gostando da Alemanha?

Ah , sim estou. Aqui é tudo maravilhoso, a única queixa que nesta cidade faz muito frio e chove quase o dia inteiro.

Sim é verdade, mas gosto daqui me sinto bem. Respondeu Daniel com um sorriso encantador.

O que você curti Hécate de música e outras coisas?

Porque você quer saber tanto, respondi á ele.

Não é nada, é que te acho interessante.

Ah, interessante eu. Uma pessoa que gosta de músicas de levantar defunto, como diz minha mãe e minha tia e que gosta de ler em cemitério literaturas e livros que me deixam ir a qualquer lugar que eu queira?

Nossa você então gosta de músicas clássicas ou góticas e gosta de ler em cemitério. Bom hobbie.

Hum, você acha isto interessante?

Sim acho você é diferente das outras garotas, por isso te convidei para sair.

Ah, está explicado. Nesta hora fiquei magoada, pensei que era atraente para ele,mas ser estranha era a resposta pelo convite de sair com o cara mais cobiçado da Alemanha. Fiquei decepcionada.

Está explicado o quê Hécate?

Que você só me convidou porque sou estranha, não sou igual á estas garotas que gostam de ser vestir bem e chamar a atenção. Depois desta Daniel pode ficar aí com seu jantarzinho, porque eu vou embora.

Calma aí Hécate, você nem tocou na comida.

Perdi meu apetite. Nesta hora peguei minha bolsa e sai do restaurante, quando olhei para trás ele estava na minha frente.

Nossa quer me matar de susto garoto?

Não, só quero que você me entenda. Não quis ofende-la por te dizer que você não é igual às outras.

Bom Daniel eu só quero ir para casa.

Calma você nem curtiu á noite. Desculpa eu estraguei tudo não é?

Deixa quieto só me leva para casa, estou com sono é isso.

Não é nada disso, você está magoada comigo. Olha não quis ofendê-la, só quis dizer que te acho interessante do meu jeito.

E qual é o seu jeito?

Como posso te dizer á você. Bom é que gosto de garotas assim, simples e esquisitas.

Nossa , você um cara perfeito gosta de garotas assim como eu?

É sério isso Daniel?

Sim é verdade. Então você me acha perfeito, por quê?

Ah, sei lá. Respondi tímida.

Você é tudo que uma garota sonha um jovem lindo, educado e atencioso, estuda e é verdadeiro com as pessoas.

Nossa é isso que você acha de mim?

Sim porque, você não gostou?

Não é isso, ás vezes Hécate as aparências enganam.

Depois deste diálogo imenso que tivemos a ultima palavra que me disse ficou dentro de minha mente. Após o nosso primeiro encontro não nos vimos mais, e assim foi indo semanas e mais semanas sem vê-lo, parecia que ele nunca tivesse existido, somente em meus sonhos mais profundos ou em meu subconsciente não sei, mas estava á procura do jovem rapaz de sorriso meigo e misterioso. Ás vezes penso que ele nunca existiu somente em minha cabeça em meu subconsciente.