Dormimos durante um bom tempo, deixando ela no piloto automático, esperando a nave chegar em NY quando algo acabou com o nosso sono, era a nave, ela começou a balançar de um lado para o outro e a diminuir a altitude. Sam e eu corremos para controla-la a fim de sobrevivermos, olhei para o painel de orientação e vi que estávamos longe de nosso destino. Misteriosamente conseguimos aterrissar em segurança em um lugar muito estranho, tinha prédios esquisitos, com cores vibrantes e pessoas com olhos pequenos.

Fascinada em descobrir onde estava fiquei olhando para aquele lugar, porém não durou e meu irmão me trouxe à realidade.

– Pand, estamos no Japão – disse ele assustado.

Graças ao sistema de invisibilidade, nós mantivemos sem atrair a atenção da população que estava a alguns metros. Mas infelizmente o que possibilita a comunicação com nossa mãe e nosso mestre acabou se quebrando, logo estávamos à deriva em um país desconhecido. Saímos cuidadosamente e observamos o mundo a nossa volta, tinha inúmeras luzes e propagandas ao redor, várias cores e inúmeros objetos tecnológicos estavam por lá.

Perambulando, encontramos um outdoor eletrônico enorme, que anunciava um torneio de lutas, onde qualquer um podia entrar e o prêmio seria uma viajem as indústrias Stark em um revolucionário avião hipersônico, criado pelo lendário Tony Stark, com uma tecnologia considerada Black Box, onde só o criador sabe do que é feito o aparato, como ele viaja tão rápido e só ele pode conserta-lo. Sam olhou para mim com uma cara de euforia e corremos para o local de inscrição para finalmente podermos chegar perto de nosso pai.

O lugar era uma casinha pequena e vermelha, com receio toquei a campainha e um velhinho abriu a porta. Ele andava com uma bengala e usava óculos, sem sabermos se era o lugar certo, conversamos com o senhor. Segundo ele a inscrição era ali, o prêmio seria entregue ao final de várias series de lutas contra vários guerreiros de técnicas únicas e que ninguém se responsabilizava caso alguém morra, a luta só acabava caso alguém admitisse derrota ou morrendo em batalha. Sabendo um pouco do risco que era participar de tal disputa, eu, como irmã mais velha, assumi a responsabilidade de ganhar o torneio, assim mantendo a vida do meu maninho a salvo. Tendo terminado de me inscrever, soube que o dia para tal evento seria daqui a um mês, as lutas aconteceriam em um palco enorme montado em uma parte da cidade e já comecei a treinar para vencer.

Durante esse período, Sam me ajudou a melhorar o meu manejo de sabre, treinamos o uso da força e em especial, testei aquela sensação que mudou o meu cabelo. Fiquei tentando domina-la a fim de ser o meu trunfo durante as lutas, visto que, o uso da força é apenas em casos extremos ou contra o mal. Se aproximando do dia fatídico, aumentei a minha concentração e treino. Então o dia chegou, Sam foi para o local da plateia e eu fiquei esperando ser chamada, olhando as outras batalhas em um telão.

Vi cada pessoa mais estranha que a outra, tinha seres com dois metros, outros com menos de um metro e meio, verdes, azuis, cor de pele, amarelos.... Inúmeros seres, alguns eram de outro planeta ou galáxia, pois eram muito diferentes das pessoas que conheci ou convivi antes. Fiz certas amizades com alguns deles, mas era como lobos em pele de cordeiro, por enquanto eram meus “amigos”, mas seria no duelo em que eles mostrariam quem eram de verdade.

Esperei e esperei, até que a minha hora chegou. Ao sair do local de espera vi o esplendor do evento, milhares de pessoas assistindo as lutas, um local resplandecente e cheio de tensão. Vi meu adversário a minha frente, com o que parecia um exagerado braço robótico, implantado em seu corpo. Começou uma contagem decrescente de 5 a 0 e espetáculo começou. Ataquei com meu sabre sem vontade de mata-lo, apenas de feri-lo, porém vi que a sua armadura resistia bastante, vendo esse ataque ridículo, ele avançou mirando em minha barriga, senti como se tivesse perdido todo o ar de meus pulmões. Mas não desisti, vendo Sam lá no alto, não podia decepcioná-lo, não podia perder, nossa família merece ser reunida novamente e será ganham todas as batalhas que nosso sonho será realizado, uma família completa.

Voltei minha concentração na luta, saindo dos devaneios da minha mente. Analisando a minha situação decidi não usar a força, pois ela é poderosa demais e só deveria ser usada contra o mal.

Me concentrei e preparei meu trunfo, me senti mais forte, resistente e rápida, me joguei encima do inimigo e fiz uma serie assustadora de cortes nele, e quando notei, sua armadura estava despedaçada e seus braços cortados no chão. Ele desmaiou e ganhei a luta, a plateia gritou de emoção pela bela luta dada a eles e lá no alto meu irmão gritava o meu nome.