No dia seguinte...

Pov's Merida

Desci do carro e o destranquei.

Suspirei nervosa.

Eu consegui dormir bem à noite por conta do beijo de Hans e acabei sonhando com ele.E agora?Cadê a coragem para encará-lo?

Entrei na clínica e me aliviei ao ver que somente Elsa estava ali.

—Bom dia Elsa-sorri colocando minhas coisas na mesa.

—Bom dia Meri-disse me encarando-Tá tudo bem?

Franzi a testa confusa.

—Tá,porque?-questionei dando de ombros.

—É que...você parece mais radiante,mais bonita,mais feliz...aconteceu algo que eu deva saber?-riu arqueando uma sobrancelha.

—Não-neguei.

Meu coração deu um pulo quando Hans entrou na clínica.

Meu rosto corou violentamente quando ele me encarou.

Abaixei o olhar e me sentei na mesa,voltando ao que estava fazendo.

—Bom dia gente-cumprimentou Hans antes de entrar na sala.

Pov's Hans

Ouvi batidas na porta.

Ergui meu olhar.

—Entre-pedi.

Elsa entrou e fechou a porta.

—Não pense que eu não percebi o clima entre você e Merida-alertou meio aborrecida-O que aconteceu?

Suspirei.

—Nós saímos pra jantar ontem e...beijei ela-respondi envergonhado.

Ela arregalou os olhos.

Me assustei quando ela começou a gargalhar.

—Qual é a graça?-perguntei confuso.

—EU GANHEI A APOSTA QUE EU FIZ COM O JACK!-berrou animada.

—Eu não acredito que você apostou que eu beijaria a Merida!-exclamei irritado.

Ela riu se aproximando e colocou uma mão em meu ombro.

—Relaxa Hans,esse clima não vai ficar assim pra sempre-afirmou.

(...)

Pov's Merida

Eu estava recolhendo minhas coisas.O expediente havia acabado.

—Merida?

Ergui meu olhar vendo Hans me encarando.

—Pode vir até minha sala,por favor?-pediu já se afastando.

Deixei minhas coisas em cima da mesa e o segui.

Entrei na sala enquanto Hans fechava a porta.

Me virei para encará-lo.

—Precisamos conversar sobre ontem-declarou.

Minhas bochechas coraram.

—Agora?-perguntei incomodada.

—Agora-afirmou.

Suspirei.

—Falar o que sobre ontem,Hans?Que você está apaixonado por mim?É muito cedo pra dizer-comentei.

—Eu não sei exatamente o que sinto por você,mas eu te garanto,Merida-confessou-É real.

Abaixei o olhar perdido.

—Você...ficou viúvo há dois anos-alertei-Não sente falta da sua esposa?

—É claro que sinto-respondeu-Mas isso não significa que posso seguir em frente.

Levantei as sobrancelhas surpresa.

—Hans...

Ele se aproximou rápido,segurou meu rosto e me beijou.

Minhas mãos foram para seus cabelos e suas mãos passearam por minhas costas.

Senti ele me empurrar pra trás,enquanto nos beijávamos.

Senti meu quadril se encostar na mesa.

Nos separamos ofegantes e nos encaramos.

—Você...e os seus filhos,não gostariam de jantar lá em casa comigo e com Emily?-questionou.


Sorri assentindo com a cabeça.

(...)

Depois de buscar Letícia e Zack na escola,eu e eles fomos para a casa de Hans.

Toquei a campanhia.

Demorou alguns segundos para a porta ser aberta por Hans.

—Entrem-pediu dando passagem.

Entramos e olhamos ao redor enquanto Hans fechava a porta.

—Emily!-pediu ele.

A linda garotinha de cachos negros e olhos azuis desceu as escadas.

—Sim papai?-perguntou sorridente.Que fofa gente.

—Porque não leva Letícia e Zack para brincar com você em seu quarto?Eu e Merida vamos colocar o jantar na mesa-respondeu.

Emily virou e subiu as escadas junto com meus filhos.

—Seus filhos são comportados?-questionou indo pra cozinha e eu o segui.

—Haha,só o Zack,já a Letty...puxou pra mim-brinquei.

Me surpreendi com o cheiro bom.

—Nossa,você que fez?-perguntei surpresa.

—Sim,pode esperar na sala,ainda não está pronto-declarou-Vou pegar um pouco de vinho pra gente.

Me aproximei e lhe dei um beijo na bochecha,fazendo-o me encarar surpreso.

Sorri pra ele antes de sair da cozinha e ir pra sala.

Olhei ao redor e avistei uma foto acima da lareira.Hans e Emily estavam na foto com uma mulher bonita de cabelos negros e olhos azuis.

Não tinha dúvidas:Era a esposa de Hans.

Ouvi passos atrás de mim.

—Como foi que ela morreu?-perguntei ao ver Hans com duas taças e um garrafa de vinho.

Ele suspirou.

—Acidente de carro,nunca encontraram o culpado-respondeu tristonho.

Franzi a testa confusa.Espera...

—Qual era o nome dela?-questionei aflita.

Ele me encarou não percebendo meu tom de voz.

—Julianne.Julianne Silvys-declarou.

Meu Deus.A Julianne...a mulher que eu matei...era a esposa dele...

Engoli o seco.

—Onde é o banheiro?-perguntei nervosa.

—Lá em cima,segunda porta à direita-explicou.

Assenti me afastando e subindo as escadas.

Segui sua indicação e entrei no banheiro,trancando a porta.

Encostei minhas costas na porta e comecei a chorar.