Uma Virada no Destino

A tragédia! A luz em meio às trevas!


Bra sentia-se muito apreensiva, seu coração estava apertado, não sabia como contaria a respeito da tragédia. Tentou várias vezes parar de chorar, mas as lágrimas teimavam em cair de seus olhos, estava tão transtornada que nem notou que Pan estava ali com seu irmão no apartamento.

Ao analisar o semblante da irmã, Trunks sentiu que algo estava muito errado, um pressentimento lhe dizia que Bra lhe contaria alguma coisa que iria mudar para sempre sua vida. Movido pela preocupação o rapaz resolveu se concentrar para ver se todos de sua família estavam bem, o que foi confirmado pelo ki deles, porém ao verificar o ki do filho, sentiu que este se encontrava muito fraco, como se estivesse morrendo.

— O que houve? O que aconteceu? – Inquiriu exasperado o homem de madeixas roxas, ganhando um olhar de tristeza e pena da garota.

— O avião onde estava a Marron, o noivo dela e seu filho, caiu nas montanhas hoje pela manhã bem cedo... O único sobrevivente foi o Vincent, a equipe de resgate o encontrou com vida, mas muito machucado, se fosse uma criança normal teria morrido, porém o sangue sayajin que corre em suas veias o salvou ou quase isso – Bra murmurou chorosa, enquanto contava o ocorrido para o irmão, que fechou a porta e caminhou até o sofá onde se sentou e começou a chorar.

— O Papai e a mamãe já sabem? – Perguntou Trunks limpando as lágrimas que escorriam por sua face.

— Sim já sabem! Eles estão no hospital Blue Star aguardando informações médicas do Vincent. Desde as oito da manhã que a mamãe tenta falar com você, porém sem sucesso. Você não atendeu as ligações na empresa e nem no celular, daí resolvi vir aqui – Replicou a jovem meio sayajin encarando o rosto do rapaz se transformar em uma expressão de culpa.

Nesse mesmo instante no quarto de Trunks no pavimento superior, Pan que até o momento encontrava-se deitada na cama, ouviu um choro abafado vindo do andar inferior. Preocupada a garota levantou-se, tomou um banho rápido e colocou um vestido limpo que se encontrava dentro de uma cápsula de emergência que sempre carregava consigo. Então sem mais esperar a filha de Gohan caminhou em direção ao corredor e desceu a escadaria. Ao chegar próxima a sala enxergou seu amado sendo confortado por sua irmã. Notou que ambos pareciam muito tristes, algo havia ocorrido de muito grave, porém ela não sabia o que era, resolveu se aproximar.

Trunks quando sentiu que sua namorada estava próxima a ele, levantou-se e a abraçou fortemente, sendo amparado por ela.

— O que aconteceu? – Pediu preocupada a moça, fazendo ele a encarar por alguns minutos, antes de lhe responder algo.

— O avião em que Marron e o noivo estavam caiu nas montanhas, eles morreram, porém meu filho que se encontrava junto está muito mal no hospital – Murmurou de forma triste num fio de voz.

— Meu amor, nem sei o que fazer ou lhe dizer – Sussurrou enquanto o abraçava e acariciava sua nuca e cabelos arroxeados de forma carinhosa, o fazendo se acalmar um pouco.

— Só fique comigo... não me deixe sozinho – O herdeiro dos Briefs cochichou ao mesmo tempo em que beijava a jovem nos lábios de forma possessiva e arrebatadora.

Bra que estava na sala observando o gesto de carinho do casal, suspirou e depois pigarreou, fazendo o par se separar e olhar para ela, que se encontrava com os braços cruzados, os encarando.

— Bem, já acabaram? – A filha de Bulma pediu um pouco impaciente, deixando sua amiga com o rosto avermelhado.

— Sim, maninha! – Respondeu Trunks aborrecido.

— Vá se arrumar Trunks! Nós precisamos ir até ao hospital – Ordenou Bra ao mesmo tempo em que caminhava até cozinha para preparar um café para o irmão.

Enquanto isso no maior hospital da capital do oeste, na sala de espera, tanto Vegeta como Bulma aguardavam notícias atualizadas sobre o seu neto. Os dois estavam nervosos, andavam de um lado para outro, totalmente irrequietos, seus semblantes demonstravam um misto de medo, angústia e ansiedade.

De repente, o recinto reservado apenas para a família Briefs foi invadido por dois jornalistas, que conseguiram passar pelos seguranças do hospital, fazendo Bulma e Vegeta de forma abrupta voltar à realidade, deixando seus devaneios de lado.

— Senhora Bulma, como está o seu neto? – Inquiriu o jovem jornalista ruivo, não notando o olhar mortal que o príncipe dos sayajins lhe dirigia.

— Não sei, ainda não sabemos, ele está em cirurgia! Vocês poderiam sair daqui... AGORA! – Gritou a cientista já perdendo as estribeiras, pois estava muito nervosa.

— Onde está o seu filho em um momento desses? – Perguntou um homem moreno de meia idade, ligando o gravador.

— NÃO É DA SUA CONTA SEU VERME! – Replicou Vegeta com muita raiva já aumentando o seu ki, sendo impedido de se transformar em super sayajin na frente da imprensa por Bulma, que tocou o braço do marido e balançou a cabeça.

— Por favor, saiam daqui... – Suplicou a mulher de madeixas azuladas cruzando os braços – Respeitem a nossa situação.

Quando os repórteres iriam começar a fazer outras perguntas, três seguranças do hospital entraram correndo e com um pouco de força retiram os intrusos que ali estavam.

Mais alguns minutos se passaram, e finalmente o médico que cuidava do caso de Vincent irrompeu o local, fazendo Bulma num pulo correr até ele.

— Então doutor... como está o meu neto? Ele vai sobreviver? – Pediu aflita a mulher de olhos azuis analisando o rosto do médico que se contorceu em uma carranca de preocupação.

Continua