Uma Viagem...uma Nova Vida....

Capítulo 22- Irmão Desconhecido


Quando chegámos ao bar encontranos Nareesha com duas amigas, fiquei a saber que uma era Kelsey, a namorada de Tom, e a outra Michele a ex do Max.

– Então tu és a famosa Sarah...- disse-me Kelsey com um bonito sorriso.

– Parece que sim...- respondi timida

– Não precisas de ser timida, agora pertences ao clube de namoradas dos meninos- disse piscando-me um olho.

– Sim....é uma boa perspectiva.- sorri

Achei estranho Michelle não falar, apenas me fuzilava com os olhos.

Observei o rosto de Max que entretanto se tinha afastado para a zona mais afastada do bar, demonstrava um ar de desanimo. Pedi desculpa e fui ter com ele.

– Não devias ter vindo para aqui...- disse ele triste quando cheguei

– Porquê?

– Eu e Michelle não estamos assim muito bem...Temos discutido por algo com muito valor para mim..- respondeu focando o seu copo

– E posso saber o quê?- perguntei com voz doce

– Eles fazem um belo par não fazem?- desconversou olhando sério para Nathan e Larah que dançavam bem animados.

– Sim, sem dúvida de que sim...- respondi sentando-me a seu lado.

Não puxei mais o assunto de Michelle pois vi que ele não queria falar. Ele afastou-se avisando de que ía á casa-de-banho e eu decidi ir puxar Jay para dançar.

– Já bebeste muito, e que tal dançar?- perguntei.

– Parece-me bem.- respondeu risonho

Estávamos no meio de uma dança (Iris Goo Goo Dolls) quando todos ouvimos gritos vindos da casa-de-banho e percebemos que se tratava de Max e Michelle a discutir.

– A nossa versão da música é melhor. não é?- gritou Tom tentando abafar os gritos.

– Está calado meu, não vês que estás a estragar a cena?- gritou um da pista.

– Eu vou lá ver o que se passa...- disse afastando-me de Jay.

– Alguma coisa grita que nós vamos lá ter...- respondeu-me


Quando cheguei ao local dos berros tanto Max como Michelle ficaram a olhar para mim..

– Está tudo bem?- perguntei olhando os dois em simultâneo

– Diz-me tu...- respondeu-me Michelle enraivecida.- Já foste com ele para a cama e tudo não já?

– Hã? De que é que estás a falar?- perguntei confusa

– De Max, de quem mais haveria de ser? É obvio de que isso entre ti e Jay é meramente uma fachada.- respondeu-me.

– Michelle, chega! A Sarah é como uma irmã...estás a ser irracional.- disse-lhe Max.

– Queres saber Max? Deixa para lá...ela não merece as minhas defesas, não tem nada a ver com a minha vida...- depois foquei-me nela- eu amo o Jay, se achas que é uma fachada, azar o teu...não sabes o quão maravilhoso é o caracter de Max, tiveste-o a teu lado e não o soubeste aproveitar, e agora? Agora queres alguém para culpar do que se passou...mas acontece que quando vocês acabaram eu ainda não existia na vida dele. A culpa não é minha. Fim- depois saí, ouvindo-a a chamar-me um monte de nomes.

Quando cheguei á pista de dança as lágrimas pediam fervosamente para cair mas eu tentava ser forte. Pedi ao barban (que era quem cuidava da música) para pôr uma banda bem pesada de maneira a que mais ninguém ouvisse a discução e ele assim o fez.

Depois procurei Jay, não o vi por isso dirigi-me a Tom.

– Vou para casa, será que podes avisar Jay se o vires?- perguntei junto ao seu ouvido pois a música estava alta

– Eu aviso. Queres que eu te leve?- perguntou-me.

– Não obrigado...a casa é perto, mas obrigado- respondi

Saí do bar e percebi que alguém me seguia mas não olhei para trás.

Estava a meio do caminho quando ouvi a voz de Nathan e de alguém desconhecido, decidi virar-me e percebi que Nathan estava a falar para alguém di outro lado da rua. O homem fazia-lhe sérias ameaças.

Dei a volta á casa em que eu tinha parado e escondi-me atrás de uns arbustos, escondendo os soluços das lágrimas. Ouvi tudo com atenção.

– Estou aqui, agora despacha-te. Não faço negócios com cobardes!- ouvi Nathan

– Já te disse o que eu queria...sabes bem as ordens que me foram deixadas- respondeu o desconhecido.

– Sim, e achas mesmo que eu me vou afastar da Sarah? O pai dela era um psicopata...como tencionas que eu o faça se moramos na mesma casa?

– Não sei..mas tenho a certeza que descubrirás . E não fales assim do meu pai...ELE TAMBÉM ERA MEU PAI!!!

– Podes te orgulhar disso, saíste mesmo a ele...- provocou Nathan- Mas sabes que mais? Ela se quiser se afastar de mim ok eu não o farei.

Reparei que o desconhecido tirou uma arma do bolso do casaco e apontou a Nathan, como estava de costas não percebi a sua reacção mas continuei a ver a cena.

– OH achas que se me matares me afastas dela? Força..pode ser que sofra menos!- disse Nathan batendo com as mãos no peito.

Vi que o homem ía disparar por isso corri em direcção a Nathan

– NATHAN NÃO!!!!- gritei pulando para a frente dele.

Caí no chao com uma mão na barriga, estava a sangrar muito, o homem tinha fugido e Nathan chorava. Teria eu percebido bem? Tudo aquilo era por minha causa, e aquele homem que dizia ser meu irmão? O Nathan tinha muito que me explicar...

– Nathan quem era ele?- perguntei com dificuldade vendo que ele chamava uma ambulância.

– Ouvimos tiros o que se passou?- gritou Max do fundo da rua.

Pude observar que toda a gente estava agora fora do edificio e olhava para mim e para Nathan sem nada perceber, mas Jay não estava no meio dessas pessoas. Isso zangou-me de uma maneira estranha.

– A Sarah foi baleada....- tentou Nathan dizer entre lágrimas.

– O quê? Não se ouve!- gritou Tom ao lado de Max.

Nathan ganhou força como naquele dia da banheira, levantou-se, pôs as mãos no ar e gritou olhando para o Céu - O QUE É QUE ELA FEZ PARA MERECER SER BALEADA?- depois olhou para eles- QUE FAZEIS AÍ? A SARAH FOI BALEADA E VOCÊS FICAM MERAMENTE AÍ A OLHAR PARA NÓS?

Percebi que Max e Tom correram como loucos até mim quando finalmente perceberam o que se tinha passado.

Siva chegou em seguida acompanhado de Nareesha, Larah e Kelsey.

– Jay?- perguntei fazendo pressão na ferida com a ultima força que me restava..Vi que eles ficavam a olhar uns para os outros- não precisam responder...- depois apenas escuro e nada mais.