Cap. 17


Ao sairmos da sala precisa, fomos para baixo das arvores da beira do rio. Will me puxou e encarou-me, sério:

- Você ainda se corta?

- Não. – respondi.

- Jura?

- Juro!

- Ok. – me deu um beijo e catou meus braços. - Eu sou o desafio número dois.

- Sério?

- Sim. Deseje-me toda a sorte do mundo. Algo me diz que partirei essa noite.

E assim, com a boca desgraçada de Will, ele foi chamado ao desafio naquela noite. Com o coração na mão, ás duas da manhã fomos todos para a sala de reuniões.

Cruzei os dedos e, sentada ao lado do espelho vi meu namorado enfiar um pé depois do outro e cair em um universo paralelo.

Vi um dragão parado à frente dele. Então era isso. Caí no sono enquanto o meu amor estava no desafio.

POV WILL ON

No momento em que enfiei o pé no espelho, cai em um local com chão macio. Meu coração disparou ao ver um Rabo-Córneo Húngaro guardando um ovo dourado no qual tinha o desenho de uma chave. Caralho. Pensei por alguns incontáveis minutos

O dragão estava dormindo, murmurei um “Imperius” e o dragão me entregou o ovo, tipo, não esperava que funcionasse. Com o ovo em mãos, sorri e fui transportado para a sala de onde havia saído há apenas 20 minutos.

POV WILL OFF

Acordei com a voz de Will, contando e a pena de Alvo escrevendo cada palavra em um pergaminho antigo e depois jogando-o dentro de uma caixa cor-de-rosa.

- Quanto tempo foi o desafio? – perguntei, me jogando em seus braços.

- 20 minutos – respondeu ele. – Vai pro dormitório, pequena, papo de homem aqui.

Cruzei os braços e, birrenta, sentei no sofá azul rasgado e fiquei encarando-os.

- Finjam que não estou aqui. Quero saber o que é “papo de homem”.

- Lílian Luna Potter – James disse, entre dentes – sai daqui agora, papo de homem!

- EU NÃO VOU SAIR. – falei, ainda mais birrenta.

- Você tem dois minutos – ameaçou Alvo.

- Ou o que?

- Ou eu conto pro papai o que você faz quando se sente chateada... – ele fez um movimento horizontal no pulso e deu um rizinho.

Me levantei e mostrei-lhe o dedo do meio e saí dali batendo o pé. Faltava um dia para o início do feriado de Natal. Não teríamos aula para arrumarmos as coisas.

Eu estava brava com Alvo, Will e James. Por sorte, nenhum me procurou até de manhã, enquanto eu jogava as roupas de frio para dentro da mala e enrolava o cachecol verde e prata no pescoço e Will entrou, me abraçando por trás.

- Sai, estou arrumando minhas coisas – falei, ríspida.

Will puxou a varinha e minhas roupas ficaram perfeitamente arrumadas dentro da mala. Ele arrancou a mala de cima da cama e me pôs sentada ali. Antes que eu pudesse reclamar, ele me empurrou e começou a me beijar.

- Concorda em terminar o que começamos esses dias?