Capítulo 26

Parte 2 final

P.O.V America

Acordei um pouco sonolenta, mas com a leve sensação de ter dormido muito. O quarto onde eu estava definitivamente não era o meu. Ele era todo azul, com cortinas em cores neutras e bem amplo. Muito maior que o meu, com duas varandas enormes, e a cama onde eu estava era perfeita, gigante king size. Bem macia “como flocos de algodão” – Como diria May. Se ela estivesse aqui iria surtar!

Tentei me levantar não consegui. Notei que me braço estava enfaixado, e meu pé esquerdo estava suspenso por vários travesseiros. Me sentei na cama e organizei meus cabelos, olhei mais um pouco através do quarto e logo percebi que era um quarto masculino, e de alguém que amava fotografias. Maxon. Mas como eu estava no quarto dele? Como? Por que?

Novamente tentei me levantar mas, foi uma tentativa em vão. Olhei para o criado mudo e vi algumas fotos, peguei-as e comecei a observar. Eram todas de mim, em vários ângulos. Em dias diferentes, fotos que eu nunca saberia que haviam sido tiradas, se não fosse por esta ocasião.

– Que coisa feia! Mexendo nas minhas fotos?! Vejo que já esta completamente recuperada. O doutor me disse que logo iria passar a febre, e a dor com o remédio. Por isto eu saí. – uma voz familiar disse, era Maxon. Me virei e o vi. Enrubeci rapidamente pela situação em que ele estava. Ele estava saindo do banho com os cabelos molhados, com uma toalha na mão os secando. E uma envolta da sua cintura. Enrubeci mais ainda, ao me deparar com seu sorriso malicioso.

– Pare de me olhar, com esse olhar de lobo mau! Eu sei que eu sou sexy. – ele disse zombeteiro-

– Max! Seu convencido! – eu disse, jogando um dos muitos travesseiros da cama nele. Mas infelizmente errei o alvo.-

– Hooooo, querendo me agredir? Antes mesmo de nosso casamento? O que farei sobre isto? – ele perguntou se aproximando.-

– Nem pense! Eu conheço seus jogos de sedução príncipe! Agora falando seriamente, como eu vim parar aqui? – eu perguntei, olhando firmemente em seus olhos que logo se escureceram.-

– O soldado Leger. Aspen Leger seu ex. Ele te salvou. – ele disse, com o olhar sombrio.-

– Será que sinto uma pontada de ciúmes em você meu querido? – eu disse sorrindo-

– Sempre minha querida, sempre. Você sabe que me deixa doido.- ele disse me beijando-

– Max ande, vá vestir uma roupa! – eu disse, empurrando-o

– Okay, mas depois você terá que me aguentar o resto da tarde.- ele disse-

– Nossa o resto da tarde? Kriss e Elise como ficam? Elas não sabem que sou sua escolha. – eu disse, preocupada.

– Sabem sim, depois do seu acidente, eu falei com elas. E expliquei a situação. Kriss ficou inconsolável, mas Elise ficou calma e nos desejou um bom casamento, e vida juntos. Pedi a elas sigilo, e disse que elas podem permanecer aqui até sexta. Kriss não queria mas, minha mãe a convenceu. E desde então ela está trancada em seu quarto. Não sai para nada, mas eu ainda não fui ve-la pois, você era e é mina prioridade.- ele disse seriamente.-

– Max... me sinto tão mau por isto...- eu disse-

– Tudo bem minha querida, nem sempre tudo sai como imaginamos. Já falei com Sylvia para não dar continuidade aquele trabalho que ela havia passado vocês. Todos dentro do castelo sabem minha decisão. Mas foi pedido silêncio até segunda ordem. E como eles temem meu pai o farão. – ele disse-

– Max... por favor vista-se. Não consigo falar com você. Quando você está assim. – eu disse enrubecendo-

– Hah sim, só um instante! – ele saiu, e depois de cinco minutos voltou, com suas roupas habituais de príncipe.-

– Como esta se sentindo meu amor? – ele me pergunta-

– Bem melhor, eu acho... só não gosto de parecer uma inválida. Não consigo mexer meu pé. E como faremos no jornal oficial sexta- feira?- eu pergunto-

– Calma, futura senhora Scrheave. Resolverei isto, você ficará sentadinha e ninguém verá seu lindo pezinho, machucado. E outra coisa eu quero que quando, você se sentir melhor fale com Sylvia. – ele me disse-

– Senhora Scrheave gostei. Falar com a Sylvia por que Max?-

– Porque você precisa decorar seu quarto. Ele esta temporariamente em reforma. Ou melhor o quarto da princesa está. Pois o nosso quarto, o que será nosso após o casamento. Eu quero que você decore. Por isso preciso que fale com Sylvia. E quero que você dê os toques pessoais seus, no quarto da princesa. Tudo bem?- ele disse segurando meu rosto em suas mãos.-

– Sim, obrigada Max. Eu te amo.- eu disse-

– Eu também te amo minha querida. – ele disse me beijando.- Mas agora tenho que ir, a reunião de ontem foi remarcada para hoje. Mas eu serei totalmente seu durante a tarde okay? Agora suas criadas virão daqui a alguns minutos para prepara-la para o dia. Mas quero que fique em repouso absoluto. E outra coisa: Marlee ficará com você até eu voltar, e ela trará seu café matinal. Até o almoço meu amor- Ele disse e saiu-

Fiquei um tempo esperando que as meninas chegassem, mas elas demoravam. Então eu resolvi levantar. Com um pouco de esforço consegui. Comecei a andar pelo quarto procurando algo para fazer, mas não encontrava. Eu comecei a procurar nas prateleiras que tinham, na parede. E encontrei um livro, que me chamou muita atenção. Era o livro que Maxon estava em mãos, aquele dia na biblioteca real. Decidi ler e ver o que de interessante ele possuía. Voltei para a cama, e sentei-me. Abri o livro e de lá caiu um envelope, estava lacrado. Fiquei um tempo debatendo se abria ou não. Mas decidi por abrir. Tentei abrir o envelope, sem deixar rastros mas eu estava quase rasgando o papel, então abri a gaveta do criado mudo ( do meu lado direito) e procurei uma tesoura. Não achei, mas encontrei um envelope com um bilhete, escrito: Maxon. Abri o envelope e comecei a ler. Ficando ainda meio boba com o que estava escrito. Aquela vadia da Daphne me prometera que havia aberto mão do Max. Agora eu sabia que era mentira.

Éramos amigos que tinham percebido que não queriam ficar longe um do outro. Éramos diferentes em diversos sentidos, mas, ao mesmo tempo, muito parecidos. Não dava para dizer que nossa relação era obra do destino, mas ela parecia mais forte do que qualquer coisa que eu já tinha vivido antes."

Daphne

Ps: Me espere, não se case ainda. Eu irei provar que sou boa o bastante para você. Eu sei que você também me ama.

E porque infernos ele guardou isto? Por que ele não me disse? Raios! Só sinto raiva... já não me basta ter que passar por tudo isto para ficarmos juntos. Ainda vem a biscate da Daphne. Estou tão enfurecida que nem consigo pensar direito.

Me levanto rapidamente, e saio correndo do quarto dele, ainda com as duas cartas na mão. Estou cheia de raiva, não consigo enxergar direito, fora que meu pé e meu braço estão imobilizados, o que faz com que eu me não consiga se mais rápida. Estou sentindo uma dor enorme, não sei o que doí mais: Meu corpo ou meu coração.

Desço as escadas rapidamente e vou para o jardim. Desabo no chão assim que chego ao jardim. Rasgo o envelope e começo a ler o conteúdo.

Fico atônita, não consigo acreditar no que acabo de ler. O rei Clarkson ele... hoh não! Isto é um desastre! Por isto que o Max, estava preocupado comigo, mas porque ele não me disse? Ele não confia em mim? E ainda por cima vem aquela carta da Daphne. Não sei mais o que farei. Só sei que isso não vai ficar assim.